Ironic escrita por Lih


Capítulo 1
Beijos, dúvidas e ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Hey, eu sou Lih, prazer!
Primeira fic pessoal, então deem um desconto e sejam bonzinhos, ok.
One-shot Percabeth.



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Aquele era um dos mais belos dias de sol no acampamento meio-sangue. Se bem que graças ao senhor D. todos os dias eram agradáveis e tinham sol, mas aquele parecia ter um ar de especial, mais iluminado, como se Apolo se sentisse mais brilhante naquele dia.

Enquanto caminhava via como as coisas iam se recuperando aos poucos: campistas treinavam, sátiros tentavam sem sucesso beijar ninfas, filhos de Hermes faziam pegadinhas, filhos de ares arrumavam confusão, o de sempre. Após a guerra contra os titãs tudo estava calmo, a únicas missões eram para localizar novos semideuses, já que os sátiros não conseguiam cobrir toda a área de aparições. E claro, mas não menos importante, eu e Percy estávamos namorando.

Meu Percy.

Pensei um pouco alto demais, tendo como resposta risinhos zombeteiros de garotas que passavam por perto.

Nosso namoro ia bem. Quero dizer, pelos deuses, como alguém era lindo, fofo e carinhoso ao mesmo tempo? Era incrível como ele podia ser tão perfeito de uma forma tão atrapalhada e boba. E toda vez que eu o via, eu ficava tão... Sei lá.

Por falar nisso, digo, no Percy, não nos meus sentimentos e na perfeição imperfeita e totalmente desgrenhada dele, eu estava indo até o chalé de Poseidon, procurar por ele. Ontem na fogueira, ele disse que não se sentia muito bem e se retirou mais cedo.

Fiquei preocupada quando ele não apareceu para o café, hoje cedo.

Passei pela casa grande e por mais alguns sátiros. Me parece que eles desistiram das Ninfas e agora estão perseguindo filhas de Afrodite. Por Atena, isso sempre termina com alguém cheio de purpurina ou enxilhadas. Então finalmente pus os pés no piso encrustado de conchas do chalé três, um leve cheiro de maresia tomando conta do ar.

Entrando no chalé, me deparei com a cena mais linda que uma filha de Atena poderia ver: Percy dormindo de bruços, em uma cama totalmente bagunçada, com seus cabelos mais bagunçados ainda.

Sério, como alguém tinha um talento tão grande para desarrumar os cabelos enquanto dormia? E que talento, ele estava nada menos que lindo.

Não resisti.

Aproximei-me da cama silenciosamente, passando as mãos por toda a extensão de suas pernas, arrastando meus dedos por suas costas e finalmente sussurrei em seu ouvido.

Acorda Percy. Ele não moveu um músculo.

Tentei mais uma, duas, três vezes e nada. Ele não iria acordar facilmente estava em um sono profundo. Tive outra ideia, então. Não, eu não poderia parar, não com aquele cheiro de mar que agora estava empestado em minhas roupas também. Sentei-me ao seu lado e comecei a beijar todo o seu rosto e pescoço. Poderia eu chamar isso de amor, de ação absoluta de hormônios ou até de Afrodite, mas me deu vontade de acordá-lo assim.

Confesso que estava gostando da brincadeira.

Suas pálpebras flexionaram-se e ele se espreguiçou parecendo acordar. Sua mão agarrou o meu braço e antes que Groover pudesse dizer eu amo enxilhadas eu já estava imobilizada, encaixada em um golpe de judô. Que patético Annabeth, presa pelo cabeça de algas.

Ele me virou de forma que ficou sobre meu corpo, sentado. Sua expressão suavizou com um belo sorriso, quando viu que era eu.

É você sabidinha. Ele sorriu Desculpe reflexo de semideus. Disse ele referindo-se ao golpe.

Eu até poderia deixar para lá, visto que a poucos minutos estava preocupada com o seu bem estar e tudo mais, porém, ele ainda era o meu cabeça de algas e eu não poderia deixar que ele me pegasse desprevenida. Com os irmãs Stoll no acamamento nunca se sabe que boato se espalhara. Em um movimento rápido inverti nossas posições com o mesmo golpe que ele me aplicara, ficando eu, agora em cima dele.

Então os boatos que ouvi eram verdadeiros, Perseu Jackson, você é constantemente acordado por belas garotas com beijos? Provoquei, fingindo estar zangada, com meu melhor tom indignado.

C-claro que não... É-é só que... F-foi só um reflexo. Gaguejou ele atrapalhado.

Tudo bem cabeça-de-algas, estava só brincando. Ele pareceu aliviado e eu sorri com sua cara de bobo, o tirando da imobilização continuando sentada em seu colo. Mas quem não deve não teme. Ele soltou um grunhido. E eu rí Está se sentindo melhor? Perguntei o puxando para um beijo.

Agora que você está aqui. Disse ele. Aos poucos, nosso calmo e terno beijo de bom dia, foi esquentando, ficando cada vez mais urgente. Ele pediu passagem, e nossas línguas travavam uma luta pelo controle. Ele desceu os beijos para o meu pescoço fazendo um arrepio percorrer meu corpo. Eu distribuía chupões, a fim de deixar marcas em seu colo, enquanto ele mordiscava minha orelha.

Assim como as como as chamas sobem à medida que a madeira queima, a vontade de ficar mais perto dele me influenciou a apertar mais nosso encaixe. Com todo aquele desejo emanado de nossos corpos, pensei onde iríamos parar.

Quase como uma resposta, senti algo crescer embaixo de mim. Algo sólido, grande e duro. Meus deuses! Percy estava excitado! Me desesperei com tal possibilidade. Ele me beijava cada vez mais intensamente, eu o sentia crescer cada vez mais. Pela primeira vez, eu não sabia o que fazer ou o que falar. O resultado? Travei. Fiquei totalmente estática, sem mover um fio de cabelo sequer. Percy às vezes é meio lerdo então levou alguns segundos para perceber a minha situação. Confuso ele se afastou bruscamente, desvencilhando-se de mim, notei que ele estava quase tão vermelho quanto eu.

Me desculpe. Disse, agora totalmente corado indo em direção ao banheiro. É-é melhor você ir para o seu chalé, se as harpias nos pegam aqui, eu nem sei o que pode acontecer. Balbuciou sem olhar diretamente para mim.

Tudo o que fui capaz de dizer foi um:

É.

Saí de lá atordoada e completamente indignada. Eu, Annabeth Chase, filha de Atena, fiquei paralisada por causa de um filho de Poseidon, e esse filho ainda por cima era o Percy.

Se bem que não poderia ser outro.

Depois de me recompor, o que levou alguns minutos, pois não se é fácil disfarçar o rubor quando se tem a pele clara e loira, fui ao meu chalé estudar com os meus irmãos.

Mas eu não posso dizer que hoje estava realmente prestando atenção, na verdade eu nem sabia sobre o que estávamos estudando. Minha cabeça estava em outro lugar, no chalé do Percy, naquela cena. A imagem de nós dois agarrados, nós beijando cheios de desejo, aquela coisa dele se pressionando contra meu corpo. Fiquei tão obcecada com aquilo, que até sentia alguém me cutucar, só que no braço, é claro. E tinha mesmo alguém o fazendo.

Annabeth, Annabeth, você está ai? Estalava os dedos ao meu lado Sammy, um de meus irmãos recém-chegados.

Oi? Claro. O que foi? Perguntei atordoada. Será que as pessoas tinham essa impressão ao olhar de perto nos meus olhos? Ele parecia irritado e disposto a ter um duelo verbal comigo sobre o que quer que seja o assunto à ser discutido até o fim do dia se possível.

Você está ai á horas olhando para esse livro, parece até que entrou em transe. Ah, que bom ele não queria uma discussão intelectual, só estava preocupado, talvez quisesse me perguntar algo sobre metafísica ou quem sabe sobre meus alto nível de concentração mesmo sendo uma semideusa. Mas não parece prestar atenção no que estamos estudando, de qualquer forma. Ele continuou. Um leve tom irônico mesclado com um pouco de ameaça. Filhos de Atena encaram como uma ofensa alguém não está de fato prestando atenção nos estudos. Então seu tom suavizou novamente. Nós já estávamos pensando em chamar o Senhor D. Brincou ele.

Não é nada, só o livro muito interessante mesmo, você fica tão fissurada com a história que parece até que não está prestando atenção. Menti.

Tudo bem, você disfarça, eu finjo que acredito. Não quero me meter na sua vida já tenho problemas demais como meio-sangue... Ele parou, seu olhos cinzentos assim como os meus entristecendo, Sammy havia visto a mãe e os irmãos mortais morrerem. Eu só queria te avisar que nós já acabamos. Estamos indo almoçar, você vai? Ou prefere ficar ai, com seu livro interessante? Disse ele novamente com um risinho irônico. Senso de humor de difícil entendimento esse dele.

Não respondi, estava irritada demais para brigar com ele, apenas sai do chalé e me juntei com os outros, na mesa de Atena.

Procurei por Percy, e o avistei na mesa de Afrodite. Meu sangue ferveu, pensei que iria explodir de raiva. Imagine só, você vai almoçar esperando uma refeição tranquila e saborosa e vê seu namorado rodeado de garotas bonitas e atraentes loucas para quebrar o coração de alguém, e não pode ir até lá porque está com vergonha de encará-lo. E por que está com vergonha? Porque é inexperiente demais para seguir o ritmo de um namoro do século XXI.

Eu garanto, não é a melhor sensação do mudo. Já estava imaginando qual era a melhor forma de decapitar uma pessoa mentalmente, quando fui interrompida por um jorro de palavras.

Você e Percy estão brigados? Rachel E. Dare, ex-quase namorada de Percy haviam boatos de que ela dera um beijo nele. Perguntou feito uma metralhadora, me assustando.

Não, claro que não. Respondi, mais aborrecida do que irritada. Por mais que ela fosse o oráculo e jurasse virgindade eterna eu ainda mantinha certo ciúme dela.

Você não está vendo? Insistiu ela indignada.

O quê? Me fiz de desentendida. A última pessoa com quem eu queria falar sobre aquilo era Rachel.

O seu namorado rodeado de garotas, que não estão nem ai para o fato dele ser comprometido ou não. Disse ela como se aquilo fosse o obvio. O que realmente era. Por favor, sejamos realistas.

Não preciso me preocupar, sei que o cabeça de algas nunca teria inteligência o suficiente para me trair. Ele só está lá por que Quiron pediu que as ajudasse com os Pégasos. Hun, bem querida já que você perguntou, eu estava agora mesmo pensando em como asfixia-las, o que você acha melhor? Travesseiro a noite ou lago? Não pensem que disse isso, certas coisas só podem ser feitas na imaginação.

Annabeth eu sei que o Percy é, bem... O Percy. Mas olhe para elas. disse com uma careta do tipo: qual o seu problema? E saiu.

Eu estava morrendo de vontade de ir lá. Elas estavam perto demais, quase ultrapassando o limite Olhe para os meu peitos. Geralmente eu não tinha problemas com as garotas do acampamento, exceto pelas novatas, que achavam muito interessante o fato de Percy ser filho de Poseidon, o deus dos mares.

Quando uma delas o tocou no ombro quase todos meus músculos flexionaram-se para ir até lá mas então lembrei-me daquela manhã. E pelo resto do almoço tudo o que pude fazer foi observa-las de longe fazendo algo que seria praticamente se jogar em cima do meu namorado.

[...]

O dia se passou normalmente, eu evite o cabeça-de-algas o máximo possível e ele pareceu fazer o mesmo.

Hoje à noite a fogueira estava grande e alta, todos estavam agitados com os novos campistas que chegavam a toda hora, cada vez em maior número. Tentei procurar pelo fogo uma chama vermelha-sangue ou azul, que talvez seria a minha. Não sabia qual era meu estado ali. Raivosa ou triste?

Mesmo com toda aquela animação minha noite, minha vida, minha existência não estava completa sem Percy. Mas aquele clima desconfortável que havia se instalado, me impedia de ir falar com ele. Fiquei o jantar inteiro inquieta, aquilo estava me torturando, eu não iria aguentar mais, resolvi logo acabar com aquilo e fui falar com ele.


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Notas finais do capítulo

Aposto que vocês vão comentar minha finc