The World Can Be Wonderful escrita por Miyuki Yagami


Capítulo 1
Prologue


Notas iniciais do capítulo

Sou toda ouvidos (olhos).
Boa leitura.
Capítulos postados aos domingos.



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“Você entende o quão importante é para o mundo?” – fora uma frase que li outrora e que me marcou para sempre. Acho que essa pergunta já se passou pela cabeça de todos, e a maioria não obteve uma resposta concreta.

É uma pena, em minha opinião.

Tão triste quanto deixar de comer para obter um corpo impecável.

Mas o que é uma pena?

Acho que é o valor que as pessoas não se dão.

Extremamente triste.

“Todos podem estar contra você,

Todos podem esquecer-se de você,

Todos podem te matar sem que perceba,

Mas estarei aqui para recolher seus restos.”

Fora isso que ele disse no primeiro dia de aula, mais ou menos, na verdade, isso é apenas um trecho do que ele compartilhou. Recitou algo que não era um poema, em minha concepção. Mas era tão deprimente quanto. Não que todos os poemas sejam deprimentes, veja bem, mas para mim todos são. Isso é algo que não vai mudar.

- Muito bem, pode se sentar. – disse o sensei, depois de se recuperar do baque inicial. Todos ficaram horrorizados com o garoto novato. Era tradição. A cada vez que entrava um novato, ele tinha que ir até a frente e contar sobre a sua vida. Poderia ser uma história, ou simplesmente dizer o nome, mas a cada ano entrava pelo menos três pessoas.

Esse ano entrou somente ele.

- Alguém aqui deseja dizer algo? – perguntou o professor.

Ergui a mão e escutei múrmuros de desaprovação. Dei de ombros. Múrmuros de desaprovação eram normais para mim.

- Hatsune?

Levantei de minha mesa.

- Acredito que, isso é algo irrelevante. – comecei. Disse tudo olhando fixamente o garoto. Ele queria se esconder com tanta atenção em cima dele. Olhou para baixo. – Obviamente isso não é obra das mentes mais brilhantes da literatura, o que me leva a perguntar, se me permite professor, quem escreveu esse, ahn, poema?

O garoto estava intensamente interessado no chão.

- Ahn, Hatsune, não acho que – começou meu professor. Levantei a mão. Eu queria uma resposta.

- Shion-kun, quem escreveu? – perguntei. Ele finalmente olhou para mim, os olhos intensos encarando os meus.

- Hum, meu amigo. – respondeu tão baixo que quase não escutei.

- Certo. E, saberia me responder se, por acaso, seu amigo tem um nome? – perguntei. Nós dois sabíamos onde eu iria chegar.

- Sim.

- Qual o nome dele? – perguntei.

- Hatsune! – exclamou o professor.

- Só um momento. – pedi.

Shion não me respondeu.

Virei para o professor, e me sentei.

- Continuando, esse poema foi escrito por Shion-kun, sobre algum desentendimento amoroso, ou ainda – prossegui. – mais provável, um relacionamento que nem começou.

Podia sentir olhares desaprovadores atrás de mim. Não me importei. Só quis olhar para Shion-kun.

Todos os novatos desde que estudo nesse colégio, me odeiam, os veteranos também, pois sempre desvendo o real motivo por trás de cada história, música ou expressão. Imaginei que com Shion-kun seria igual.

Inclinei levemente a cabeça para um lado e, pelo canto do olho, pude ver Shion-kun, não zangado, não furioso, nem nada. Apenas um garoto com lágrimas nos olhos escrevendo furiosamente.

A propósito, o restante do, hum, poema era:

“Quando as folhas caem no seco outono,

Me pergunto a que fim levarão

Permaneço nessa escuridão

Me perguntando a que fim foi levada.

E mesmo que todos riam

Mesmo que mintam

Não mudará em nada

O que sinto por ti

A alvorada é solitária sem ti

Assim como deve ser para mil outros

A desilusão que obtive em te amar

Foi a mesma que obtiveram outros

Não se esqueça, querida

Todos podem estar contra você,

Todos podem esquecer de você,

Todos podem te matar sem que perceba,

Mas estarei aqui para recolher seus restos

Se ainda algum tiverdes.”


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Notas finais do capítulo

Tá, não postarei esses poemas ruins novamente u.u
o/