When I Look At You escrita por Ana C Pory


Capítulo 6
VI - O improvável


Notas iniciais do capítulo

EU SEI, PODEM ME MATAR.
Faz mais de um mês que eu não posto. Tá bom, um mês e uns dias.
MASSSSS a fofa da Mariana criou uma conta do Nyah! e, além disso, me obrigou a escrever e.e
Esse capítulo vai para...
Lia di Angelo e Diana Wright!
ESSAS LINDAS RECOMENDARAM A FANFIC *-----*
Vamos fazer um trato para me obrigar a escrever? Quanto mais review e recomendação, mais capítulos? #plagiando #a #Diana
Que o filme comece.



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Deborah não sabia o que fazer.
Ela se cortaria? Mas e a mensagem? Só Amanda sabia que ela ia para os fundos na madrugada.
Pegou o vidro. Seu reflexo jazia nele.
Seu rosto era sofrido e confuso. Ela queria saber o que escolher. Mas sempre que pensava em seus pais... o pensamento às vezes se dirigia à Dona Carla.
Sua tia.
Apenas dez minutos na casa dela.
Lembrou-se de quando era pequena e contou a mãe que tinha ouvido um barulho. Havia acordado-a no meio da noite.
– Não há problema em ter medo – ela tinha dito –, desde que isso não mude quem você é.
– Mas isso significa que os monstros existem?
Um sorriso iluminou o rosto de sua mãe.
– Não, querida – disse. – Isso significa que o gato do vizinho pulou a cerca e foi passear à noite novamente.
– Ah... Ufa.
– Agora vá dormir, Deborah – sua mãe disse, beijando sua testa.
Dirigiu-se para a porta e sorriu mais uma vez antes de desligar a luz do quarto da filha. Tão inocente... Tão despreparada.
Deborah libertou-se de seus pensamentos.
 “Não há problema em ter medo, desde que isso não mude o que você é”
Agora as palavras faziam sentido.
Cadê aquela menina amável, animada e divertida? O medo a dominou.
Todo o medo de ficar sozinha para sempre; de morrer do mesmo jeito horrendo que seus pais; de ser abandonada; de... todo o medo que a vida lhe dava de bom grado.
Honrar o nome de seus pais... honrá-los. Mostrar à sua mãe que não tinha medo.
Eu tinha seis anos, ela pensou.
O vidro deslizou sobre seu pulso. Ele começou a sangrar. Ela fez o mesmo no outro.
 “Eu tenho medo, tá bom? Eu sei que eu tenho medo. Isso me mudou. Dane-se!”
O sangue fazia uma pequena poça na grama mal cortada do jardim dos fundos.
Uma medrosa incompetente. Uma vaca desgraçada. A menina que havia... que havia...
– Eu nunca faria aquilo! – ela falou para si mesma, lembrando-se das palavras de sua tia.
Ela se deitou na grama úmida. Dor. Muita dor.
Você vai continuar ser uma medrosa incompetente. Você vai continuar a ser uma desgraçada, uma vaca, uma...
O sangue deslizava sobre seu pulso. Dor. Muita dor.

– Pode, por favor, me trazer um copo de água?
A enfermeira, emburrada, trouxe um copo para Amanda.
– Obrigada – ela agradeceu, mas a mulher já tinha virado as costas. Amanda tomou dois goles. Largou o copo na cabeceira da cama e pegou a colher de seu prato.
Ela começou a comer, mas o gosto era horrível. Alguém tinha que urgentemente avisar que sal existia. Quando comeu a segunda colherada, de mau gosto, acabou vendo seu reflexo na colher.
Não. Não. Aqui não, ela pensou.
Eu não vou me lembrar disso. Não.
 “– E isso – a mulher disse, dando um tapa em seu rosto – é para você aprender a se comportar! Vá para o seu quarto. E eu não quero ouvir choro!
Amanda correu até a porta de seu minúsculo quarto e fechou a porta. O som da porta abafava o choro que se sucedeu”

O som do talher batendo no prato acordou Amanda. Não. Agora não. Você já desmaiou. Não.
Ela empurrou o prato até a cabeceira da cama e dormiu.

Pietro apertou com força o cabo da arma.
Ele não era armado? Era o que aquele idiota ia ver.
Não se sobrevive no mundo do tráfico das drogas sem uma arma.
Ele foi andando até os fundos. Roberto o esperava, sorrindo maldosamente.
– E aí desgraçado – ele disse. – Questão pessoal é? Dá logo esse saco e se manda idiota.
Pietro entregou um dos sacos que carregava.
– Pega aí.
Ele se virou para ir a outro lugar, mas Roberto riu.
– Ah! Tive uma ideia. Dá os outros sacos.
Pietro virou-se rapidamente.
– Para quê?
A arma parecia querer sair de seu bolso por conta própria.
– Seu imbecil, dá logo esse saco antes que eu te dê um tiro – Roberto apontou a arma para ele.
– Você vai morrer junto imbecil – Pietro apontou a arma para Roberto.
Os dois ficaram lá, as armas apontadas.
– Eu vou sair daqui – ele disse – e você nem ousa se mexer ou se meter comigo.
– Se você sair vai morrer.
– E você também.
– JOÃO! – Roberto gritou. – Venha até aqui.
Um valentão, com músculos realçados pela camiseta justa e carregando uma arma apareceu.
– Dá os sacos – o valentão que deveria se chamar João disse – e você não sai ferido.
Pietro rangeu os dentes.
– Eu prefiro morrer lutando, seus imbecis.
Roberto alargou o sorriso.
– Então você vai morrer e nós iremos conseguir o saco. João! Atire.
João apontou a arma para Pietro.
– Quais suas últimas palavras?
– Se você matá-lo, quem vai falar as últimas palavras é você.
Bernardo apareceu ao lado do amigo, uma arma apontada para João.
– Olá, Pietro – ele sorriu. E, dirigindo-se aos valentões, disse: – Se vocês não vazarem daqui, vou chamar...
– Está bem – Roberto respondeu rapidamente, o sorriso se desmanchando. Ele resmungou umas palavras ofensivas a Bernardo enquanto saía junto com João.
Pietro olhou para Bernardo.
– De onde você...
– Carlos, saia daí.
Um garoto saiu de um arbusto, sorrindo.
– Como você conseguiu falar com meu parceiro? Desde quando você aprendeu a atirar? E...
Bernardo levantou as mãos, em um sinal de rendição.
– Calma lá, rapaz – ele disse, sorrindo. – Eu sou seu melhor amigo.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAH POR ESSAS VOCÊS NÃO ESPERAVAM.
Bernardo é um lindjo (>*-*)>
ME BEIJA BÊ.
Calma, Maya, abaixa essa faca... ERA BRINCADEIRA.
Maya é a namorada dele e-e
Ela vai aparecer no próximo capítulo ---->
Ah, e por isso o nome do capítulo é "O Improvável", pois essas vocês não esperavam, não é? Um garoto tão certinho com uma arma na mão. Tá dando uma de Santo Cristo com uma Winchester 22 ♥
2bjs,
Je (: