When I Look At You escrita por Ana C Pory


Capítulo 3
III - Traficante


Notas iniciais do capítulo

É, vamos começar à falar sobre drogas. Vou mudar o aviso da fanfic...
Seguinte: tenho pouco tempo, então, beijos e bom capítulo!



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Os pais Thomson haviam saído de casa, ou seja, não sabia da briga entre Amanda e Pietro.
Ela sabia da importância daquelas palavras para ele.
Ele sabia que ela podia fazer da vida dele um inferno maior que era.
Amanda tentou se lembrar de cada detalhe do segredo de Pietro.
“Num sábado à tarde, uma menina loira falou com as moças do orfanato.
– Vou ver se consigo um emprego – havia dito. – Com o dinheiro eu uso para ajudar o orfanato.
– E como iremos saber se você não trouxer tudo? – resmungou uma das mulheres.
– Eu dou um jeito com meu patrão.
Uma das moças disse:
– Ah, vamos lá. Ela vai trazer algo para nós.
As outras moçoilas simplesmente resmungaram um “tudo bem” e voltaram ao seu trabalho.
Amanda saiu da rua, em busca de algum local para trabalhar.
Nenhum dos lugares queria contratá-lo. Quase desistindo, a menina suspirou e entrou num café.
Aquele café tinha cheiro de... bom, pó de café e pão recém-saído do forno. Tinha a costumeira cor marrom, com mesinhas feitas de madeiras, mas elegantes.
Ela dirigiu-se ao balcão.
– Com licença – pediu. – Mas tem uma vaga de emprego aqui?
– Posso ver com meu patrão – uma mulher, que aparentava ter uns 21 anos, respondeu. – Me dê um minuto.
– O.K. Obrigada.
Ela sentou numa das mesinhas, obervando o local. O cheiro era delicioso.
Uns meninos ricos entraram no café e se sentaram num grupinho. Amanda não estava vendo. Estava viajando no cheiro.
Começaram a discutir e colocar dinheiro na mesa. Nesta parte, a garota se interessou. O movimento do café não era suspeito, mas aquele grupinho a incomodava. Aproximou-se um pouco mais e ouviu a conversa.
– Você tem que por mais – um dos garotos reclamou. – Isso eu não aceito.
– Se acalme Pietro. Eu tenho mais uns trocados – o outro respondeu, e colocou um bolo de dinheiro na mesa. – É o suficiente?
– Me deixe contar – o menino que se chamava Pietro pegou o bolinho. – Está certo. Mas não quero ver você me denunciando.
O mesmo garoto de antes deu um sorrisinho. Abaixou o tom de voz, mas Amanda ouviu.
– Eu prefiro minha maconha, Pietro.
– Te dou atrás da escola. Não deixe ninguém ver.
A menina fingiu não ouvir a conversa. Não iria mostrar-se interessada, se não, eles podiam desfazê-la em pedaços, se quisessem.
– Sei que você não tem armas, garoto.
– Quem lhe contou essa mentira? É óbvio que tenho.
– Humpf. Sei. Seu pai nem sabe de nada, playboy.
Os garotos saíram, deixando Amanda obsevar cautelosamente o traficante. Tinha olhos cor de âmbar, ou mel, e cabelos escuros. Esse era o tal “Pietro”.
Pietro examinou as pessoas em volta. Notou a garota. Mas imaginou que a tal não tinha ouvido nada, pois já conversava com um homem.
– Olá – cumprimentou Pietro, se aproximando. – Vocês servem café para a viagem?
– Pode fazer seu primeiro atendimento, Amanda. – o homem disse.
– Okay. Obrigada – a garota se virou para Pietro. – Servimos. Já lhe atendo.
Mas os seus olhos não eram sinceros.
A menina preparou o café enquanto ele esperava no balcão.
– Aqui seu pedido, senhor.
– Obrigada, senhorita.
Quando o menino chegasse a casa, teria uma surpresa.
Amanda havia colado um bilhete no isopor. Dizendo ‘Eu sei o seu segredo’.

A menina não sabia por que havia feito aquilo. Mas já fez. Feito não pode ser desfeito. E Pietro sabia que ela era a que tinha escrito. A única que desconfiou.
***
Amanda não sabia o que fazer. Ligou para Deborah.
Depois da menina do orfanato atender ao telefone, escondida, Amanda lhe disse:
– Oi, Deborah! Quantas saudades... eu posso te encontrar hoje, de tarde?
– Amanda! É claro... também sinto faltas. Que horas?
– Às 14h00min.
– Okay! Tenho que desligar... uma moçoila descobriu que eu não estava lá dentro.
– Boa sorte. Encontra-me aqui na frente da minha nova casa, te mando o endereço por mensagem.
– Certo. Beijos.
E as duas desligaram o telefone.

Deborah passou a aula inteira pensando em se encontrar com Amanda.
Quando o sinal tocou, jogou o material na mochila (que ela batalhara para poder conseguir) e andou o mais rápido possível.
Ao sair da escola pública, um menino chocou-se contra ela.
– Perdoe-me – ela desculpou-se. Juntou a mochila dele o entregou-lhe. Era um menino do colégio particular, que se localizava virando na esquina.
– Não precise pedir desculpas. Apenas um mal-entendido – o rapaz disse.
Deborah trancou a respiração. Que garoto... lindo.
Ele tinha cabelos castanhos, naturalmente bagunçados. Ele vestia uma jaqueta de couro, uma camiseta preta e óculos escuros, que impediam Deborah de visualizar a cor de seus olhos. As calças eram jeans azuis e um tênis de uma marca chamada all-star.
– Okay... bem, vou-me embora, posso manchar a sua imagem... – ela apontou para alguns garotos que estavam falando-se e apontando para o rapaz.
– Não ligo para eles. Garotos metidos...
– Que raro achar alguém do particular que pense assim – falou-lhe a garota.
O menino sorriu.
– Pois é. Mas antes que comecemos a discutir até a corrupção, eu me chamo Bernardo Castellari.
– Deborah.
Bernardo levantou uma sobrancelha.
– Qual seu sobrenome?
A menina mordeu o maxilar.
– Qual era meu sobrenome, quis dizer?
Uns meninos órfãos do orfanato que Deborah ajudava (guiando-lhes para o local, tentando achar emprego para comprar-lhes materiais escolares etc.) chamaram-na.
– Debby!
Ela suspirou.
– Moras no orfanato? – perguntou Bernardo.
– Sim.
Ele mudou o peso de um pé para o outro.
– Nossa... sinto muito mesmo – e pegou um papel e uma caneta. Escreveu alguma coisa e entregou à menina. – Dê um jeito de me ligar, Debby.
Ela sorriu com Bernardo usando seu apelido.
– Claro Bê – pegou o papel. – Até mais.
E guiou as crianças até suas “casas”.


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Notas finais do capítulo

Então, moranguitos, façam um favor para mim?
Deem sugestões, apontem erros de ortografia (os porquês eu me confundo, se uso crase ou não...), e principalmente, DIVULGUE A FANFIC.
Conte à mãe, ao pai, ao irmão, à irmã, aos tios, aos primos... até para seu cachorro.
Sabe, Amy, hoje eu postei um novo capítulo da minha fanfic... se quiser dar uma olhadinha, é só me pedir via Facebook.
Amy é o nome da minha cadela, e o apelido da Amanda, mas não tem ligação. Xingue a minha querida amigona que eu fiz a fanfic junto, Little não-sei-das-quantas.
Obrigadinha por ler!
2bjs,
Je (: