De inocente, só o rosto! escrita por Jade


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, eu não postei o capítulo 5 ontem, por que além de eu ter escrito ele até a



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POV. Cebola

É melhor eu ir ver se ela esta bem...

*Toc Toc

_Mônica, você tá ai?

_Não!

_Então quem tá falando comigo?

_An... Um fantasma!

_Sério, abre essa porta!

_Pede para a Marina abrir o quarto dela, ela vai topar com certeza!

_Tá com ciúmes?

_Não! Claro que não!

_Então abre.

_Nunca!

_Eu não vou sair daqui até você abrir!

_Não saia!

_-.-' Você é complicada!

_Ah, claro. Deve ser bem mais fácil controlar a Marina!

_Ok, você tá com ciúmes sim!

_Pff! Deixa disso, por que eu teria ciúmes?

_Porque você gosta de mim desde os 10 anos!

_Nada a ver!

_Então abre a porta e fala isso olhando nos meus olhos.

_ ...

_Ha ha! Viu só! Você gosta de mim!

_Deixa de ser chato! Você não quer ajudar? Isso não tá funcionando. Vai ver se a Marina ta bem, você largou ela sozinha depois de ter beijado ela!

_Arg! Que saco! Abre logo essa porta!

_Já disse que NÃO!

_Vou arrombar se você não abrir a maldita porta!

_Você não é maluco! Se você fizer isso eu te parto ao meio!

_Viu, já ta voltando ao normal.

_Que saco!!!! Para de me perturbar e vai falar com a Marina logo, é serio você deixou ela sozinha depois de ter ido até lá!

_Eu não fui até lá, ela me chamou!

_Ela não ia fazer isso, ela sabe que eu gosto de você desde pequena!

_Aha! Sabia, sabia!

_Sai da minha portaaa!

_Ai! Ficou maluca? Você jogou um batom em mim?! Um BATOM!

_Sai da minha porta!

_Só depois que você abrir. Não para me jogar alguma coisa, para conversar comigo!

_Porque você quer conversar comigo?

_Abre e você descobre.

_Acho que nunca vou descobrir.

_Abre isso menina!

_Tá, abri, feliz?

_Muito.

Eu entrei antes que ela mudasse de ideia. Eu sabia que ela ainda gostava de mim! E uma hora ou outra eu teria que assumir que eu gosto dela.

_Não vai falar nada? Agora que eu "te deixei" entrar.

_É... Eu...

_Ah, não vai falar nada né? Então trate de ir embora nesse exato segundo!

_Não! Já demorou para eu entrar, se eu sair já era.

_Na boa, se você não vai falar nada rala do meu quarto!

_Não, eu vou falar sim.

_Então fala!

_Eu quer...

Pow (porta batendo)

_Mônica! Sai de perto do Cebola A-G-O-R-A!

_Claro, o seu Cebola não vai se aproximar de ninguém.

_Como assim "seu Cebola"? Eu não sou de ninguém!

_Ah, é isso? Você me beija e fica tudo assim? Por nada?!

_Não eu...

_Vocês podem ter sua dr fora do meu quarto! Saiam daqui!!

_Mas eu nem falei com você.

_Nem vai falar! Sai do meu quarto, anda!

_Mas eu ia dize...

_Ia dizer que ele já está indo, não é Cebola?

_Não! Eu ia...

_Ia do verbo não vai mais, agora VAZA DO MEU QUARTO!

_Tá, eu falo com você amanha. Não vai poder ficar ai o dia inteiro, você odeia ficar trancada.

Eu saí do quarto dela e a Marina queria falar comigo... Medo!

_Cebola, vem cá rápido!

_Para que? Você me beijar de novo?

_Pff! Deixa de ser bobo, se você falar para alguém que eu te beijei eu faço um escândalo! Eu falo que você me agarrou e como é mais forte, claramente venceu e mesmo que a Mônica fale a seu favor, ninguém acredita nela, depois da Magali jogar a Denise na frente do carro e culpa-la, ninguém mais falou com ela e é claro, eu fiquei com tudo que era dela, tudo que eu queria, eu peguei a vida dela.

_Você... É uma... Uma... Falsa... Se você acha que vai escapar dessa, vai sonhando! Eu sabia que a Mônica não era a culpada, ela não teria coragem de ver uma amiga morrendo, imagina matar uma. Você vai se arrepender de ter feito isso!

_Por quê? Deu certo!

_Ha ha! Deu certo até eu gravar a nossa conversa, sabe, a partir do "eu faço um escândalo".

_Que? Como? Você não é tão esperto!

_É o que você acha.

POV. Narradora

Depois do beijo visto pela Mônica e da discussão entre ela, a Marina e o Cebola, ela se trancou no quarto e desabou em lágrimas. Cebola pegou o celular e enquanto Marina falava, ou melhor, se entregava, ele gravava a conversa. Agora Marina correu para o quarto e se trancou lá, também desabando em lágrimas.

No próximo dia, de manha.

POV. Mônica

Ah, ontem o dia foi terrível. Teve o beijo da Marina e do Cebola, eu me perdi, eu desabei em lágrimas a noite toda e quase não dormi. Eu vou acordar extremamente cedo para fugir logo dessa maldita casa! Eu queria nunca ter admitido que eu gosto daquele falso! Ah, que raiva!

*Toc Toc

An? Que horas são? Vish! Meu plano deu errado, são 8:30.

_Ei Mônica.

_Vai embora!

_De novo? Sério?

_Muito sério!

_Eu quero falar com você, não te matar!

_Da quase no mesmo.

_ -.-' Ok, se você não vai abrir eu vou!

_Nem pense nisso!

!-! Minha porta... Ele arrombou minha porta... Como? Eu não achei que ele realmente fosse arrombar a porta!

_Pode falar agora?

_Você arrombou a minha porta?! Eu não acredito!

_Depois eu conserto, mas agora eu quero falar com você.

_E eu não vou ficar aqui para escutar!

_Você não vai tentar fugir né? Eu sou mais rápido e forte e eu estou, tipo, bloqueando a porta.

_Quem disse que eu vou pela porta?

Eu pulei da janela, era no segundo andar, mas eu caí em uns arbustos. Foi divertida essa sensação de liberdade e aventura, mas é melhor sair correndo antes que ele venha atras de mim.

Pff! Falei tarde demais, ele já veio.

_Não acredito que você pulou da janela!

_Por quê? Você também pulou.

_Não é a mesma coisa, você podia ter se machucado.

_E qual é o problema? Nós não somos nada, não somos amigos, não somos ficantes, ainda menos namorados! Por que se importar tanto comigo quando tem um fã clube todo de meninas querendo namorar você?

_Eu não quero fã clubes, eu quer...

_Menina!

_Vish! Minha mãe.

_É... É melhor você voltar.

_Você pulou da janela? Venha já aqui!

_Tô indo, calma.

Caraca! Ferrou, minha mãe acordou... Como ela acorda com o som de um arbusto e não corda com o som de uma porta sendo arrombada?!

POV. Marina

Hoje eu acordei meio mal... Sabe, mal de bem-estar. Eu acho que estou com febre, vou falar com a minha mãe.

*Toc toc

_An... Mãe?

_Fala Mari.

_Eu... O que aconteceu aqui?

_Ah, o Cebola arrombou a porta do quarto da Mônica e depois eles se jogaram nos arbustos em uma tentativa de suicídio.

_Fuga.

_Dá no mesmo Mônica!

_Ér... Mãe, eu não tô muito bem...

_Filha você está pálida.

_Eu...

Caí? Onde estou? Só ouço umas vozes. Eu reconheço uma, parece a da minha mãe e a outra de um homem.

_Doutor, como ela está?

_Não muito bem, ela desmaiou por stress, mas não é a real preocupação.

_E qual é a real preocupação?

_Ela... Está com leucemia.

_Que? Não é possível, não é possível...

_Senhora, sente um pouco e se acalme.

_Como me acalmar se...

Não consigo mais escutar nada... Ela estava.. Eu... Estou com leucemia?!

POV. Mônica

A Marina entrou no quarto depois da bela bronca que a minha mãe nos deu e do nada ela caiu. Fiquei preocupada, ela não é de cair fácil. Ela estava pálida parecia realmente muito mal. Será que o Cebola falou algo para ela? Ou ela ficou mal por ele ter ido falar comigo e não com ela. Bom, minha mãe voltou sem ela... É melhor ver o que aconteceu.

_Oi mãe. Cadê a Marina?

_Mônica...

_Me chamou de Mônica? A parada é séria!

_A Marina está...

_Está... O que?

_Com leucemia.

_Que? Como assim?

_Ela e-esta leucêmica.

Meu mundo acabou de cair em mim... Eu não quero que a Marina morra, isso não pode acontecer a cada cinco anos da minha vida... Outra pessoa querida morrer. Em questão de segundos eu já estava chorando. Eu perdi minha melhor amiga e agora minha irmã. Por que sempre comigo?

_Mônica você tá bem?

_Claro que não Cebola, minha irmã está leucêmica! A cada cinco anos isso vai acontecer? Eu estou amaldiçoada ou o que?!

Subi correndo para o meu quarto, já com a porta consertada e me tranquei lá, desabei como fiz na morte da Denise. Todos que eu amo morrem...

POV. Cebola

Como? Como é possível ela ter leucemia? A Mônica vai ficar arrasada. Coitada, alguém querido sempre morre, estou até com medo de ser o próximo! Se é que eu ainda sou querido. Vou falar com ela, já tem um tempo que ela se trancou naquele quarto e eu não quero que a próxima vez que ela se jogue da janela não seja para fugir.

_Mônica?

_Me deixa quieta.

_De novo? Nunca.

_Como assim de novo?

_Eu deixei te excluírem uma vez, permiti que te deixassem triste e não vou fazer isso de novo.

Ela abriu a porta, de primeira! Tecnicamente de segunda né, mas quase o mesmo.

_Você não acreditou na Magali?

_Nunca, você não machucaria uma amiga.

_Obrigada por acreditar.

_Eu nunca duvidaria de você.

Eu me aproximei um pouco mais.

_Ér... Acho que não preciso ficar deprimida com toda essa história, não vai ajudar em nada.

_Concordo. E você não tem que ficar assim, você é a pessoa mais forte que eu conheço, tira isso de letra!

_ Você acha?

_Claro, você é a pessoa mais corajosa do mundo, e é mais independente que eu, com certeza!

_Como você pode ter tanta certeza assim?

_Por que eu dependo de uma pessoa para ser feliz.

_Quem?

Eu me aproximei, ficando a milímetros dela. Daí alguém abriu essa porta problemática!

_Ah, desculpe, estou interrompendo?

Ela deu um passo para traz, meio sem graça.

_Não mãe, não está interrompendo nada.

_Ah, sim. É que com essa coisa toda que está acontecendo, está um clima meio pesado, então eu e o Fernando vamos jantar fora, sabe, descontrair um pouco. Vocês querem ir?

_Eu não tô muito afim não, mãe.

_Eu também não.

_Então tá, nos vamos sair as sete e chegamos as onze e quarenta.

_Ok.

7 horas da noite.

_Bom, crianças, estamos saindo, vocês não querem ir mesmo?

_Não mãe.

_Tá então tchau.

_Tchau.

Estamos sozinhos aqui... Como eu resisto à ela, esses lindos olhos delicados, mas com personalidade? É impossível...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ficou meio pequeno, mas vou tentar fazer o seis ainda hoje ok?!
Beijinhos e até o próximo capítulo!



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