A Feia Mais Bela. escrita por Val-sensei


Capítulo 7
Conversas.




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Lui se afastou e deixou o casal sozinho.

Kiria olhou o rapaz e sorriu

— Vai ficar aí em pé me olhando? – perguntou ela encontrando os olhos negros dele.

Ela viu Goten se sentar ao seu lado meio sem jeito, mas ela o continuou o olhando e com um sorriso nos lábios disse:

— Você mora em um lugar muito bonito e simples.

— Eu amo essas montanhas, aqui eu fico em contato com a natureza o tempo todo – ele evitava a olhar, ainda estava meio tímido.

— Mas como vai para faculdade? – perguntou ela erguendo a sobrancelha.

— Voando – ele disse ingenuamente.

— Disso eu sei – ela fez uma cara de tédio.

— Sabe como? Você nunca me viu voar – ele ainda estava ingênuo e ainda não tinha percebido o que disse.

— Você não vai de aeronave? – ela perguntou. - Mais deve levantar muito cedo, pois é muito longe.

— Haha – ele esfregou a nuca sem jeito, foi aí que ele percebeu que quase cometeu uma gafe.

— Sim eu madrugo, mas não me incomodo, estou acostumado – ele ficou rubro.

— Mas então Goten, por que se preocupou comigo a ponto de ir ao hospital?

— Bom... – começou Goten sem jeito. - Eu não tinha ido à aula no dia anterior e no dia seguinte fiquei sabendo do acidente; então eu fui procurar o... – ele ia falar o ki, mas então se lembrou de que não podia contar a ela, não ainda. - Então procurei pelo reitor e pedi o endereço do hospital, mas ele não queria me dar, tive que insistir muito até que ele me passou - ele estava meio rubro. – Então eu fui visitá-la, mas não me deixaram entrar. Eu fiquei muito preocupado com a senhorita – Goten terminou de narrar.

Kiria o olhou, ergueu a sobrancelha, e encarou com os seus olhos castanhos, os negros de Goten.

— Eu ainda não entendi por que Goten?  Por que você é tão legal comigo? – ela perguntou tentando entender. - Eu nem sou bonita, a maioria das pessoas me odeiam pela minha aparência e você não parece dar a mínima para isso – ela falou um pouco rubra.

Goten a olhou; sorriu disfarçadamente, com o rosto rosado e disse:

— Você não é feia – Goten colocou a mão atrás da cabeça. – Além do mais você pode ser você mesma – a voz mal saiu, mas deu para Kiria ouvir.

Ela ergueu a sobrancelha, o encarou, fez algumas caretas.

— Obrigada pelo elogio, mas eu não entendi o que quis dizer com pelo ao menos posso ser eu mesma?

— Nada não, Kiria – ele balançou as mãos em gesto de não a sua frente quando ouviu:

— GOTEN CHAMA A SUA AMIGA PARA ALMOÇAR E VEM COMER TAMBÉM – era Chichi da janela.

— TÁ – ele gritou de volta.  - Então quer almoçar conosco? – perguntou ele se levantando e em seguida estendendo a mão para ajudá-la.

Kiria segurou e Goten a ajudou a se levantar, depois deixou ela apoiada nele e pegou as muletas dela. Depois ajudou ela a segurar as muletas a levou para dentro da casa.

Ajudou a garota a senta-se e Chichi disse:

— Pode se servir – ela falou com uma cara de poucos amigos a ela.

— Obrigada, senhorita – Chichi sorriu a moça, tinha gostado da senhorita apesar de já ser uma pessoa casada, tinha dois filhos e uma neta, mas se sentiu como se fosse mais nova.

Kiria levava o seu garfo a boca, enquanto olhava os saiyajins esfomeados atacando. Ela estava com os dois olhos esbugalhados pela rapidez e pela quantidade de comida que eles comiam.

Chichi percebeu e viu Kiria se virar e dizer:

— Como eles...

Chichi riu-se olhando os dois saiyajin e disse:

— Eu já me acostumei, eles comem assim mesmo.

Kiria apenas ficou olhando incrédula, mas preferiu não comentar muito.

Depois de almoçarem, Goten a olhou; ela ainda estava sentada a mesa e disse:

— Quer conhecer a montanha?

— Goten, andar com esse pé, vai ser meio complicado.

— Goten, por que não leva ela voando? – Goku perguntou ingenuamente.

Goten que já levava o suco a boca, engasgou-se e cuspiu todo o liquido, tossiu e Chichi fechou a cara para o Goku que não entendeu nada.

— É mesmo Goten, podíamos usar uma aero nove.

O garoto acamou, respirou fundo e disse:

— Claro que sim Kiria – levantou-se, há ajudou a se levantar e caminhar para fora da casa.

Chichi fez cara de poucos amigos para o Goku e ele não entendeu nada.

— Essa garota é muito feia e no mínimo deve ser pobre. Goten merece coisa melhor – ela estava muito mal humorada. – E você... – ela apontou para ele com o dedo. – Cuidado com o que diz.

Goku ficou a olhando com cara de ingênuo e apenas disse:

— Deixa o Goten, a moça parece gostar dele e já ia saindo.

— Onde pensa que vai? – perguntou ela ainda enfezada.

— Tirar um cochilo – ele deu os ombros e já ia subindo quando a sentiu abraça-lo por trás.

Goku parou, virou-se para ela com a mesma carinha de sempre.

— O que foi Chichi?

— Arg... Goku – ela o soltou, estava brava e foi recolher a louça.

Goku moveu as sobrancelhas, deu os ombros e subiu.

Goten lançou a cápsula nave e assim que a fumaça branca desfez, ele ajudou Kiria a subir, depois entrou no banco do motorista e foi mostrando a ela a floresta de bambu, os lagos, as árvores, cada cantinho que Goten conhecia, mostrou a ela. Viu que ela ficou encantada com o lugar, sorria enquanto olhava a janela.

— Quer que eu desça em algum lugar? – Goten a fez olhar para ele.

— Sim, desça ali – ela apontou para um pequeno lago, algumas árvores frutíferas em volta, alguns pássaros se banhando no lago, as borboletas voando dando mais cor a montanha.

Goten aterrissou, saiu do banco do motorista e foi ajudar ela sair da nave e com as muletas.

— Goten é simplesmente maravilhoso, onde você mora.

— Eu amo aqui – ele olhava puxando o ar puro. – Cresci brincando com os dinossauros.

Kiria virou-se para ele, franzindo o cenho, o encarou.

— Goten me explica...

— O que Kiria? – ele fez cara de ingênuo.

— Como consegue comer tanto? Como vai para faculdade e como brincava com dinossauros?

Goten havia percebido que tinha dado outra gafe, tentou disfarçar.

— Bem...

— Não adianta dizer que é de nave que vai para faculdade, por que você teria de sair quase no dia anterior da sua casa.

— Você não acreditaria se eu dissesse – ele sentou olhou um ponto qualquer abraçando os joelhos.

— Por que não tenta me dizer?

Goten suspirou fundo e disse:

— Só se prometer que não vai achar que eu sou louco, ou contar a alguém – ele a olhou com o queixo apoiado sobre os joelhos.

— Eu prometo – ela sorriu enquanto ele olhava para ela.

— Eu sou descendente de uma raça de outro planeta, posso voar, comemos muito por que nosso organismo precisa para se manter e manter as energias, pois gastamos muitas energias com lutas, etc... Mamãe sempre disse que nos saiyajins temos estomago sem fundo.

Kiria não resistiu e começou a rir de escorrer água nos olhos.

— Você está brincando, não é? – ela ria, mal conseguia falar de tanto rir.

Goten a pegou no colo, com cuidado, mas também com uma velocidade incrível. Kiria assustou-se, mas viu que não estava no chão e sim no alto, ela olhou e envolveu os braços em volta do pescoço dele.

— EU VOU CAIR! – ela fechou os olhos e escorou no peito dele, sentiu um cheiro do rapaz.

— Você não vai cair, eu estou te segurando, pode olhar – ele que ria dela agora.

— Ora, para de rir de mim – ela se mexeu um pouco.

— Foi você que começou – continuou rindo. - Viu – ele a encarou. - Eu sei voar – ele falou e já ia descendo, mas ela disse:

— Goten...

— Hum – ele a olhou. – Voa comigo... – ele ficou meio rubro, mas deu uma volta com ela ali pelo lago, depois a pousou no chão, ainda segurando em sua cintura.

Ela viu que ele ia soltar, mas ela o pegou de surpresa em um leve beijo. De momento ele ficou imóvel, mas logo fechou os olhos e deixou-se levar por aqueles lábios.

Kiria o soltou buscando o ar, Goten a olhou totalmente rubro.

— Eu... Bem... – ele passa a mão no cabelo sem jeito. – É melhor irmos... – ele jogou a cápsula, mas sentiu Kiria segurar a sua mão.

— Podemos nos ver mais vezes se você quiser Goten.

— Você não vai querer me ver, ainda mais de descobrir que eu sou um aliem... – ele ficou meio triste.

— Você não se importou com o meu lado feio.

— Mas você pode ser você mesma e eu... – ele sentiu o dedo indicador nos lábios dele.

Ela sorriu a ele, deu lhe um beijo no rosto, pegou as muletas, colocou debaixo dos braços e disse:

— Preciso voltar para casa, estou começando a ficar cansada, sem falar que eu saí do hospital ontem.

— Eu entendo – ele enfiou as mãos no bolso e tirou a cápsula. – Eu te levo na sua casa, se quiser? – ele já ia lançando a nave quando ela disse:

— Por que vai perder tempo nessa coisa lenta? – ela aproximou-se dele. – Eu aceito a carona se... Você me levar voando – ela parecia uma criança pidona.

Goten sorriu, guardou a cápsula novamente no bolso:

— Então eu levo – ele pegou as muletas com cuidado, depois a pegou no colo e ficou meio rubro, deu impulso – Se segure firme.

Kiria envolveu os braços no pescoço dele e Goten usou uma velocidade razoável a levando no colo. O cheiro da garota entrava em suas narinas de uma forma diferente. Goten estava adorando sentir o cheiro e o toque dela, realmente ela era diferente.

Kiria ia mostrando por onde ele tinha que ir; e Goten foi seguindo, depois de um tempo chegaram a uma casa muito grande, do alto parecia um grande palácio, em volta da casa um jardim com orquídeas das espécies mais raras, alguns arbustos cortados em formato de bichos. De trás da casa uma piscina grande com algumas decorações em volta.

Goten pousou e a colocou com cuidado no caminho feito em pequenos pedaços de mármore cinza em volta uma grama verde. 

            Goten a colocou com cuidado no chão e ajudou ela com as muletas e disse:

            - Ual, você mora aqui?

            - Sim Goten – ela respondeu e foi até a porta abri-la.

            - A mãe do Trunks mora em uma casa assim. Parece até um palácio.

            - Está falando de Bulma Briefs? – ela abriu a porta e foi entrando.

            - Sim, a casa dela é só um pouco maior que a sua. – Goten entrou atrás.

            - O que é dela?

            - Meu pai é quase um irmão para ela e o Trunks é quase meu irmão, crescemos praticamente juntos.

            - E por que você vive naquela casinha? – ela perguntou ingenuamente. - Apesar de ter gostado muito do lugar.

            - Há eu não gosto de coisas sofisticadas de mais – ele olhou tudo aquilo sem o mínimo interesse. – Meu pai sempre viveu e ainda vive de alimentos que ele mesmo caça, pesca, colhe nas árvores, meu irmão também é assim. Nós gostamos do simples – ele a olhou e deu um sorriso. – Bom eu vou deixar você descansar – ele já ia se virando quando a sentiu segurar a sua mão.

            - Você vem amanhã? – ela perguntou desviando o olhar do dele.

            - Sim depois da faculdade sorriu ele e viu ela se aproximar e lhe dar um beijo no rosto.

            Ela soltou a mão dele e viu-o acenando com a mão e saiu.

            Kiria suspirou fundo e ficou olhando o vago, sorriu de orelha a orelha e pensou consigo mesma.

            “Goten é quem eu sempre quis. O rapaz perfeito para mim. Ele não tem interesse em coisas materiais e ele é lindo. No entanto eu tenho que mostrar o meu verdadeiro eu a ele”.

            Mais tarde Lui chegou à mansão e encontrou a garota sentada no sofá vendo televisão.

            - Fiquei esperando, mas a senhoria sumiu – ele a viu tranquila, sentada no sofá.

            - Goten me trouxe em casa, Lui. – ela olhava o filme sem dar muita atenção a ele.

            - Então senhorita, o que achou dele? – perguntou curioso.

            - Perfeito. – ela deu um sorriso e finalmente olhou o seu mordomo.

            - Ele não é do tipo que se aproxima das pessoas pelo que elas têm.

            - Então o plano da senhorita deu certo? – ele ficou em pé ao lado dela.

            - Sim. No entanto eu vou mostrar o meu verdadeiro rosto a ele, mas ainda não sei quando. Porém não posso continuar mentindo por muito tempo – ela sentou-se com cuidado. – Ele me revelou algumas coisas sobre ele, não é justo que eu esconda dele o meu verdadeiro rosto.

            Lui sorriu, pediu licença e saiu da sala a deixando sozinha.

****

Goten voou até a Torre de Karin e assim que chegou onde o ermitão morava, entrou na grande redoma e posou no chão do mesmo.

— Olá Goten! – o gato ronronou, passou a pata na boca e esfregou nos olhos. – Tudo bem com você?

— Tudo sim mestre Karin – ele abanou a cabeça sorrindo. – O senhor tem sementes dos deuses aí?

— Hum... – ele ficou pensativo, mexeu na bengala e ainda o olhando. – Você a quer para ajudar aquela moça, não é?

— Sim mestre – ele fez um gesto de sim com a cabeça. – O senhor sempre sabe de tudo.

            - Você é o Gohan tem o mesmo coração puro igual ao do pai de vocês – riu o gato com um ronronado misturado.

            - Então, tem a semente? – perguntou Goten ansioso.

            O gato ermitão ponderou, virou-se de costas, caminhou lentamente com a ajuda de sua bengala em direção a uma das muitas portas e parou.

            - Não se acostume Goten, não estamos tendo muitas ultimamente.

            - Não se preocupe mestre. Eu quero apenas uma, nada mais que isso.

            O gato ronronou, virou se para ele com a semente entre as grandes unhas de uma de suas patas brancas e peludas e lançou para ele:

            - Boa sorte, Goten.

            - Obrigada mestre Karin, obrigada mesmo – agradeceu ele e saiu voando dali para a sua casa, pois no outro dia ele queria ver a sua professora.

            Ele já nem se lembrava mais de Maron, nem do que Trunks havia feito a ele. Ele agora estava muito entusiasmado com um possível relacionamento com aquela garota. Apesar de ser feia, ela tinha algo que chamava a atenção dele, e outra ele não ligava para a aparência, mas sim para o que a pessoa tinha por dentro de si, e gostou da garota com todos os metais nos dentes e toda a sua cafonice até mais que sua mãe, mas ele iria ir vê-la e ajudá-la com a sua perna. Bom o resto vem depois.


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