Amor Imperfeito escrita por Kia Warrior


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

O capitulo foi maior dessa vez haha. Nao obtive reviews, mas vi que surgiram alguns leitores que POR FAVOR nao fiquem sem comentar, isso é a motivação de qualquer escritor! Beijos e boa leitura



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Como sempre comecei limpando a cozinha para que quando Maria acordasse meia-hora depois, a cozinha já estivesse limpa para ela preparar o café da manhã. Assim que terminei fui para a sala de jantar onde arrumei a mesa para o café depois Maria foi preenchendo toda a mesa com as delícias que ela preparou. Dei uma ajeitada na sala e varri o andar debaixo da casa. Tudo antes das sete da manhã, hora que normalmente o “seu” Teodoro acorda. Varri a varanda e num ato involuntário dei bom dia às outras trabalhadoras das casas do lado. Vale lembrar que o Teodoro mora num condomínio de casas, nada humilde. Voltei para dentro de casa e fiquei ao lado da mesa esperando que ele chegasse para o café e eu pudesse servi-lo ou perguntar sobre o que fazer e o que arrumar hoje. Alguns poucos minutos depois ele chegou e se sentou calmamente na ponta da grande mesa que ali ficava. Maria serviu o café e me poupou dessa parte, permaneci de pé ao lado dele.

-Preciso que arrume o quarto no fim do corredor à esquerda.- disse ainda concentrado no café.

-O quarto que vive trancado, senhor?- perguntei assustada e ele assentiu com a cabeça.

Não sei o que de tão misterioso aquele quarto guarda, mas ele nunca me deixou abrir para limpar. Nem mesmo Maria que vive aqui há oito anos ele deixa entrar lá e ele também nunca muda nada de lugar, nem um vasinho se quer. Deve ser um tipo de trauma ou sei lá, mas já que ele me mandou limpar o quarto... Ok! Em seguida ele pediu para que Maria me entregasse a chave do famoso e misterioso quarto. Antes de limpar lá, fui ao quarto do seu Teodoro e organizei a cama, limpei a suíte e varri tudo. Em seguida, abri o quarto e revelei seu mistério. Era um quarto de criança, de uns dez anos, pintado de azul com alguns brinquedos masculinos em cima da prateleira e também havia uma colcha já envelhecida. O quarto todo estava muito empoeirado! Maria havia me entregado colchas novas e mandou-me retirar os brinquedos da prateleira e substituir por alguns enfeites e livros, assim fiz. Após retirar os lençóis, varrer, tirar a poeira dos móveis e passar pano. Limpei também a suíte que estava com cheiro de mofo de tanto tempo sem manutenção. Sai do quarto, extremamente orgulhosa do meu trabalho. O quarto estava um “brinco”. Fui até a cozinha e ajudei Maria a limpá-la e por fim tive meu horário de almoço às 2 da tarde. Aproveitei para sair e ir visitar minha mãe que hoje vinha a uma das casas do condomínio pegar roupas para lavar. Depois de vê-la, bater um papo e jogar conversa fora eu voltei para casa do Senhor Teodoro e vesti novamente meu uniforme e prendi meu cabelo.

Depois de uns 20 minutos deitada no meu quarto, sem absolutamente nada para fazer a campainha tocou. Levantei-me assustada com a campainha e ajeitei meu vestido (uniforme) e fui correndo até a porta. Quem poderia ser afinal? Abri a porta e vi um cara de costas vestindo uma camisa preta e uma calça, acompanhado de um tênis que me parecia bem caro. Depois de encarar suas costas alguns segundos ele se virou. Ele tinha os cabelos castanhos jogados de qualquer jeito sobre a testa e seus olhos eram verdes, hipnotizantes. Agora ele não me parecia um “cara”, como se fosse velho, mas sim um garoto provavelmente na minha idade... Ele me encarava sério e depois de me analisar bem e olhar de cima a baixo como se eu fosse um lixo ele adentrou a casa com suas duas malas – sim, ele é um abusado. Mas, afinal quem é ele mesmo? Fiquei perplexa com a situação e demorei alguns segundos a mais para poder “cair em mim” e finalmente me pronunciar diante daquela frustrante situação.

-Quem é você mesmo? - perguntei encarando-o mortalmente, mas ele ainda assim não se pronunciou. Ele apenas olhava a casa e cada detalhe, seus olhos percorriam por cada vasinho, cada detalhezinho por menor que fosse. Seus olhos esbanjavam tristeza e algo como saudade, como se ele quisesse resgatar algo que ficou nessa sala que seus olhos tanto exploravam. Pude perceber o quanto ele estava em choque. - O que houve? Você quer uma água? -

-Não. - Foi o que obtive como resposta.

Finalmente ouvi sua voz que por sinal era ainda mais linda que sua fisionomia. Espera aí, o que eu disse? Ok, ele é lindo, mas o que tem de lindo tem de arrogante pelo que se percebe. Afastei-me ainda observando seus olhos atentos na casa. Ele deu alguns passos e tocou o sofá. Seus olhos se fecharam e suas mãos agora também estavam fechadas em punho. Congelei. Eu só queria saber quem ele era, tipo, se ele fosse um ladrão tudo bem – ou não – mas enfim, só queria alguma informação. Saí da sala a procura de Maria na cozinha, porém a única coisa que encontrei foi um bilhete “Fui fazer compras, fique atenta a um novo morador que poderá chegar a qualquer hora. Beijos, Maria.” AH, então será ele o novo morador? Acredito que sim, eu devo ter limpado aquele quarto para ele e suas malas explicariam de fato que ele estava se mudando pra cá. Mas porque diabos o senhor Teodoro ia querer hospedes aqui? Não consigo enxergar nenhum motivo. Voltei para sala e não o encontrei mais lá, resolvi subir e quando ia entrar naquele tal quarto misterioso o que limpei hoje dei de cara com o “hospede”.


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Notas finais do capítulo

O que estão achando? Me digam por favor