Acordei um pouco tarde na manhã seguinte, eu estava indo para a cozinha comer alguma coisas quando algo me chamou atenção no escritório do meu pai, ele e minha mãe discutiam, o que não era normal, eles dificilmente discutiam.
E não queria ouvir a conversa deles, mas eles estavam quase gritando.
-Você disse que ela não viria para cá! -minha mãe disse.
-Eu sei... mas eu não pude impedir. Eles simplesmente vieram.
Eu estava confusa eles se referiam a quem?
-Eu não quero que ela se aproxime de nós, nenhum dos dois aliás. Isso fará mal a nossa família.
-Eu não posso fazer nada, eu perdi o direito de opinar sobre onde eles devem ou não ficar, quando a deixei sair da cidade com o garoto.
Minha mãe suspirou alto.
-Não vamos mais falar disso, Elena está em casa e pode nos ouvir. Não quero que ela saiba sobre isso.
Saber sobre o que? Aí meu Deus, porque eu tinha um pressentimento não muito bom quanto a isso?
Ouvi a maçaneta da porta então corri para cozinha, sentei na bancada e peguei uma maçã pra comer, se eu tomasse café da manhã agora não conseguiria almoçar mais tarde.
Minha mãe entrou na, parecia tensa.
-Bom dia filha, como foi ontem? -ela tentou parecer normal e começou a preparar o almoço.
-Foi bem legal.
-E você não se esqueceu de convidar Damon e Lin não é?
-Não. Logo, logo eles devem estar chegando.
Subi para meu quarto e peguei o notebook, eu tinha que fazer algo para distrair minha cabeça para que eu parasse de pensar sobre quem meus pais falavam.
O professor de história havia passado um trabalho sobre guerra civil. Talvez isso me distraisse.
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Eu gostava tanto de história que consegui ficar entretida, até que meu celular tocou.
Era Damon.
-Oi. -eu disse ao atender.
-Lena, será se você pode vir me buscar? Minha mãe não poderá ir, meu pai a convidou para almoçar fora.
-Almoçar fora? Isso significa que..
-Eles ainda não voltaram, mas tudo indica que vao voltar.
-Ah mais isso é ótimo Damon. Fico feliz.
-Eu também. -ele disse.
-Já estou indo pra aí.
-okay. Tchau.
Desliguei e desci.
-Mãe! Estou indo pegar Damon, Lin na poderá vir.
Minha mãe apareceu no corredor.
-Porque?
-Parece que ela John estão se acertando.
-Ah que ótimo. -minha mãe sorriu.
Sai e andei até a casa de Damon, chegando lá ele já estava sozinho.
Me sentei no sofá e esperei que ele fosse buscar algo no quarto/escritório.
Voltei a pensar na conversa, quem poderia ser? Isso estava me matando!
Quando me dei por mim Damon estava na minha frente estalando os dedo.
-Você está aí?-ele disse.
-Ah me desculpe... eu está a pensando.
-Pesando em que?
-Hoje quando acordei, sem querer ouvi meus pais discutirem e eles falavam, sobre "ela" ter voltado.
-E quem é "Ela"?
-Não faço a menor ideia. Eles também falaram sobre um garoto.
Damon passou a mão pelo meu rosto.
-Hey, não se preocupe, não deve ser nada.
Damon se aproximou mais de mim, mas logo se afastou.
-Okay, eu disse que não faria mais isso e. não vou.
Fiquei meio triste eu esperava pelo beijo.
Eu o puxei e o beijei.
Não estava mais aguentando ter que fingir não querer. Porque eu queria e muito.
Ficamos ofegantes.
Damon me olhou com um riso contido e disse:
-Eu sabia que você não ia resistir a mim.
-Ah Damon, não estraga!
-Tá desculpa, faz de conta que eu não disse isso.-dessa vez ele me beijou.
-Então? Nós somos o que exatamente? Amigos com privilégios? Ficantes? Namorados?-okay, eu não sabia a resposta para essa pergunta.
-Bom... ja passamos da fase de amigos com privilégios, então somos.....ficantes?- eu não sabia ao certo, mas me pareceu ser isso, estávamos ficando, não devíamos satisfações ao outro... acho que é isso mesmo.
Ele deu um largo sorriso e me beijou novamente.
Depois disso fomos para minha casa.
Chegando lá minha mãe nos esperava para almoçar com tudo pronto.
-Damon, que saudades! - disse ela se inclinando sobre a cadeira de rodas e o abraçando.
-Eu também estava com saudades tia.
Minha mãe o ficou paparicando, como se ele fosse um garotinho de cinco anos.
Enquanto almoçavamos conversamos sobre várias coisas.
O telefone da sala tocou de eu me levantei para atender.
-Alô? Ah oi....claro! Nos vemos depois então.
-Quem era?-perguntou meu pai.
-Anna.
-Quanto tempo não a vejo, como ela está?-perguntou minha mãe.
-Bem, ela finalmente achou alguém que a mãe dela aprove. -eu e Damon rimos.
-Quem? Pearl, foi sempre tão contra Anna namorar a essa idade.
-Jeremy, um garoto que se mudou com a mãe a algumas semanas.
-Ele até que é legal.-Damon acrescentou.
Meu pai quase se engasgo com a refrigerantes que bebia.
Minha mãe se espantou um pouco mas logo disfarçou.
-Esse garoto, Jeremy, como ele é? Digo, Pearl não aceitaria o fato de Anna se envolver com alguém de más condutas.
-Ah não, Jeremy é um amor de pessoa, gentil, educado, legal.-eu respondi.
Damon me lançou um olhar de ciúmes.
-Resumindo, gente boa. -ele disse para minha mãe.
-É, gente boa.
A conversa fluiu normalmente exceto pelo meu pai que ficou calado depois que mencionamos Jeremy.
Tinha algo muito estranho acontecendo, as coisas estavam começando a se encaixar, talvez eles estivessem discutindo sobre isso, mas qual era a ligação da família Saltzman com meus pais?
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Depois do almoço vimos um pouco de TV, meu pensamento estava longe, mas eu tentava me concentrar.
Damon ficou conversando e vendo TV com minha mãe enquanto e me arrumava para sair.
Assim que desci Damon se despediu de minha mãe e fomos para casa dele, para que ele se arrumasse.
Iríamos ao cinema ver um filme novo que estava em cartaz, Anna havia me ligado, para nos convidar.
-Está tão pensativa desde o almoço.- Damon disse.
-Viu com minha mãe ficou surpresa quando falamos do Jeremy?
-Não percebi nada.
-E se eles estivessem se referindo aos dois hoje de manhã?
-Não deve ser nada Lena, pare de se preocupar.
Suspirei.
Damon se aproximou e me deu um beijo.
-Com vai ser? Vamos contar logo a eles ou manter segredo?
-Melhor não contarmos ainda.
Vi Damon ficar um pouco decepcionado, ele havia deixado bem claro desde o começo que queria algo sério, e não se importava com o que as pessoa fossem pensar.
-Tudo bem, vamos então?-ele me deu a chaves do carro dele.
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O estacionamento do shopping estava um pouco cheio, foi difícil achar uma vaga.
Encontramos nossos amigos, não todos, apenas Anna e Jeremy, Bonnie e Kol que pareciam ter feito às pazes, e Caroline e Klaus.
-Desculpem o atraso, foi difícil estacionar.-eu disse.
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O filme que vimos era de terror e todo mundo sabe o que acontece quando um grupo de amigos assiste a um filme de terror, vira comédia.
Principalmente se seus amigos forem Damon, Kol, Klaus e Jeremy.
Rimos tanto que as pessoas toda hora ficavam mandando a gente calar a boca, quase fomos expulsos, por Sirte o lanterninha de plantão era um conhecido nosso, e deixou passar.
Depois do filme estávamos famintos, e a praça de alimentação estava lotada.
-Não vamos conseguir um lugar aqui tão cedo. -disse Klaus.
-Porque não vamos pra pizzaria do Luigi? Se o shopping ta lotado a pizzaria deve estar vazia.-Bonnie sugeriu.
-Comemos pizza ontem mesmo.- Caroline disse-Vamos naquele novo restaurante de comida japonesa.
-Adoro comida japonesa.- disse Anna.
-Então o que estamos esperando? -eu disse.
Depois do restaurante japonês voltamos para casa, sem quase dez da noite.
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A mãe de Damon não estava.
Sentei-me com ele na sala e "ficamos", depois me despedi e fui pra casa.
quando entrei pela porta meus pais discutiam outra vez.
-Ah Elena, já chegou?!-minha mãe tentou disfarçar.
-Tenho aula amanhã.-eu disse.
-Ah sim, claro.
Um silêncio estendeu-se entre nós, meu pai não disse uma palavra.
-Boa noite. -disse indo para meu quarto.
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Na manhã seguinte quando caminhava para escola, pude ver várias pessoa indo e vindo falando, logo em seguida vi uma ambulância. Andei mais uma quadra e me deparei com a cena.
Haviam dois carros batidos reconheci um deles, e na hora me deu um aperto no coração, corri para mais perto, mas os policiais me impediram.
Era o carro que Jeremy estava dirigindo na dia anterior.