Luz Dos Olhos escrita por Mi Freire


Capítulo 27
Pega de surpresa


Notas iniciais do capítulo

Estou muito feliz que o inúmero de leitores esteja aumentando aos poucos. Agradeço a todos, especialmente a você que comenta ativamente e a você também que ainda pode deixar seu comentário!



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Melina não saberia explicar, mas estava sentindo fortemente enciumada. No fundo, algo lhe dizia que aquilo não era correto, ela não deveria se sentir assim em relação ao seu melhor amigo. Nicolas tinha todo o direito de ser feliz com quem quer que fosse.

Com essa confusão de sentimentos Melina resolveu se afastar, criando uma barreira protetora entre ela e o melhor amigo. Não se sentia mais tanto a vontade de se aproximar de Nicolas, como se isso o impossibilitasse de ser feliz com Analu.

Nicolas por outro lado, desde aquela noite não conseguia tirar a cena da cabeça dele de Melina fugindo de sua casa. Desde então, ela não explicara o porquê de ter feito aquilo. Ele também não insistiu, gostaria que ela se sentisse a vontade de lhe contar sem que ele precisasse forçar.

Nicolas não se sentia um bom amigo, já que não conseguia se expressar e nem desvendar os mistérios de Melina, a quem ele tanto gosta e admirava e tem como uma irmã.

Com o afastamento de Melina, Nicolas ficou mais próximo de Analu que não desgrudava dele um só quer minuto. Analu é uma garota admirável e lhe proporciona bons momentos. Estar com ela é bom, ela o faz rir e faz com que ele se encontro em um mundo muito parecido com o dela. Um mundo privado e particular destinado aos mais isolados.

Eles estudam juntos, tiram duvidas juntos, passeiam juntos, almoçam juntos, vão a biblioteca juntos, leem os mesmo livros, fazem comentários e se divertem ao seu modo.

Há entre eles um boa amizade, como se tivessem se conhecido e tornado amigos na infância.

Analu é apaixonada por Nicolas, ele sabe disso. Mas ela ainda não sabe que ele tem consciência desse fato. Nicolas não pode correspondê-la, pois não sente o mesmo. Ou não tanto quanto ela sente. Por isso prefere apenas a amizade. Analu ainda manda os bilhetes em anônimo, deixa-os grudado de baixo da mesa de Nicolas pelo menos duas vezes na semana. Ele ainda não teve coragem de confessar a ela que sabe e ainda não respondeu nenhum dos bilhetes.

Melina sente falta da amizade de Nicolas, eles já não são tão próximos como antes. Mas ela tenta compreender que ele precisa de um espaço para que seja capaz de se apaixonar. Por mais que essa ideia não lhe agrade. Melina sente que Analu tenta roubar Nicolas dela na maior parte do tempo.

Com isso, Melina tem ficado mais próxima de Daniele, ainda mais que antes, acompanhando sua gravidez de perto. Elas vão ao médico juntas, fazem compras e conversam por horas sobre o futuro do bebê. Daniele ainda não sabe o sexo do bebê, mas está ansiosa para isso. Para que possa comprar as coisinhas ou rosa ou azul. Daniele não contou ainda a Melina que Rafael tem pegado dinheiro emprestado para pagar algumas dividas. Ela tem vergonha de admitir, pois sabe que o amado não se envolve com coisas boas.

Marcela praticamente não fica em casa e quando está mal olha para Melina, detesta sua cachorrinha tanto quanto a dona. Marcela também não conversa mais tanto com Daniele, sente nojo da loirinha. Não vê a hora de se mandar dali antes que o detestável bebê nasça. Ela e Rebeca veem se encontrando com frequência e já são boas amigas.

Ariela passa mais tempo com os amigos da faculdade, pois entre eles estão alguns dos meninos que ela fica quando tem disponibilidade. Ariela pensa muito em Henrique e aquele beijo que ele lhe deu. No final ela sempre conclui que foi o melhor beijo da sua vida. Ela não vê a hora de reencontrá-lo.

Tina tem evitado olhar para o próprio irmão. Ela não tomou nenhuma decisão em relação ao que ouviu algumas noites atrás. Tina prefere pensar melhor antes de agir. A única pessoa com quem ela comentou o ocorrido foi com o namorado.

Thomaz tem tentando se afastar mais de Rebeca. Ele tem duvidas do que ela seja capaz de fazer depois daquela noite. A justificativa dela foi que eles tinham bebido demais, e isso é mesmo verdade. Thomaz ama muito Melina, mas tem alguns momentos que ele duvide que seu amor não seja o suficiente. Ele teme o futuro.

— Dani, você tem pensando em como dizer a seus pais sobre a gravides? – Melina pergunta, enquanto as duas almoçam.

— Nem penso nisso. Mas não quero esconder por muito tempo. Talvez eu espere as férias na faculdade para poder ir até lá e conversar com eles melhor. – a loirinha confessa.

Daniele tem pensando muito nos pais. Teme que eles não aceitem sua gravides, não a apoiem e não estejam disponíveis a ajuda-la quando o bebê nascer. Pois o emprego que ela arrumou como caixa no supermercado da esquina, não será valido por muito tempo já que sua barriga vai crescer o bastante para impossibilita-la de continuar.

— Como se saiu nas provas? – Daniele muda de assunto. — Eu poderia ter sido melhor...

— Graças a Deus amanhã é o ultimo dia! – Melina suspira. — Por enquanto fui boa na maior parte delas.


~*~


Os dias geralmente já amanhecem nublados. O sol bem que tenta se expor, mas as nuvens cinzas o impedem. E o ar fica gelado, especialmente na parte da manhã e ao anoitecer.

Melina terminou sua ultima prova na sexta-feira e ao sair da sala respira aliviada, torcendo por uma nota no mínimo satisfatória.

No lado de fora do prédio da faculdade á alguns estudante fumando em grupo, outros em roda conversando e até mesmo aqueles que preferem andar de skate pelas ruas movimentadas ou jogar bola.

Melina atravessa a rua, antes de ir para o trabalho ela quer passar em algum lugar para comer algo. Está faminta. Mal tomou o café da manhã mais cedo.

Ao sair do estabelecimento incrivelmente superlotado com seu sanduíche e uma lata de refrigerante na mão, ela desvia de alguns pedestres e segue rumo à loja onde trabalha.

Mas por alguma razão do destino, por sorte ou azar, alguém acaba esbarrando em Melina, derrubando seu sanduíche no chão.

Ela não reclama;

— Ei, olha só por onde anda! – alguém resmunga. Uma voz masculina um tanto familiar.

Ele levanta a cabeça erguendo os olhos de um castanho profundo, então Melina confirma sua incerteza: é ele. Só poderia ser ele.

— Você... Já era de se esperar. – ela o encara. Henrique dá um sorriso gracioso. Ele tem o rosto de traços delicados levemente rosados

— Não acredito! – ele riu. — De novo nos encontramos por meio de um incidente. – ele olha para o chão. — E me desculpe pelo sanduíche. Como eu poderia imaginar que era você?

— Ah, tudo bem. – ela se abaixa para pegar o sanduíche e deposita-lo na lata de lixo mais próxima. — O que faz aqui? Está à procura de Ariela?

Ele ignorou a provocação.

— Eu quem te pergunto! – ele ainda tinha o sorriso bobo brincando em seus lábios finos. — Eu estudo aqui.

— Não. Eu estudo aqui. – Melina também sorriu. — Eu estudo ali – ela apontou para sua universidade.

— E eu, ali – ele apontou para o outro prédio universitário. — Mas como não te vi antes aqui?

— Eu não sei – ela riu. Como ele olhava para ela a espera de uma resposta, Melina sentiu seu rosto corar. Abaixou os olhos e passou a mão pelo cabelo. — Não sei mesmo.

— Vem – ele a puxou pelo braço. — Vamos comer algo. Preciso compensar o seu sanduíche que derrubei. – os dois entraram em uma pequena lanchonete mais vazia ali perto e sentaram-se.

Comércios era o que não faltava perto da faculdade.

— Eu faço Engenharia Civil de noite – ele admitiu. — Fica melhor pra poder trabalhar durante o dia.

Henrique pagou outro sanduiche para Melina.

— Mas como é semana de provas eu mudei o horário para poder resolver uns problemas. – ele sorria. — Mas e você?

— Estudo de manhã e trabalho a tarde toda até o anoitecer – ela de uma mordida em seu sanduíche. — E me desculpe pela provocação quanto a Ariela, não foi certo da minha parte.

Melina sentia-se levemente envergonhada.

— Tudo bem, já passou. – ele não parava de sorrir. — Mas como ela está? Disse a você o quanto beijo bem?

Melina sentiu a raiva invadi-la com sua provocação.

Ela mencionou a se retirar, afinal já tinha terminado seu lanche, mas ele a impediu dando risadas.

— Desculpe, eu não resisti. – ele conteve o riso, antes que ela ficasse ainda mais nervosa e fosse mesmo embora de uma vez por todos. Ele não queria que ela tivesse que ir.

— Porque você tem que ser sempre tão babaca? – ela o encarou, fuzilando com seus olhos. — Ela gostou mesmo de você!

— É sério? – ele se surpreendeu. — Ariela é uma linda garota, mas eu, sinceramente, não estou afim dela.

— Não? – Melina arqueou uma das sobrancelhas. — Então por que a beijou?

— Por quê? – ele não saberia dizer. Buscou as palavras, mas não saberia expô-las. — Não sei. Senti vontade.

Melina suspirou, cansada.

— Preciso ir trabalhar – ela levantou-se cuidadosamente empurrando a cadeira de madeira para trás.

Henrique levantou-se no mesmo instante.

— Não, por favor. Não vá agora – ele tocou o braço dela. — Fique mais. Que tal se fôssemos a outro lugar?

— Eu tenho mesmo que ir – ela forçou um sorriso. — Nos vemos outra hora.

— Ainda hoje? – ele não poderia esperar. Precisa vê-la o quanto antes. — Eu não tenho aula.

Melina umedeceu os lábios com a língua enquanto refletia.

— Tá, pode ser. Só não me leve a outro lugar estranho como da ultima vez.

— O.K. – ele se aproximou. — Vou pensar em algo melhor. – Henrique beijou o rosto de Melina. — Até mais.

Ele observou ela se afastar. Melina caminhava graciosamente.


~*~


Nicolas esperava por Analu no corredor da faculdade. Ela ainda não havia terminado sua prova e pediu que ele esperasse por ela.

Entre seus dedos Nicolas tinha um mais recente bilhete anônimo dela, que ele se limitava a ler, pois estava cansado daquela fantasia.

Mas a curiosidade foi maior.


Nick,

A cada dia que passa estou mais envolvida por você. Não consigo parar de pensar o quanto poderíamos ser felizes juntos se ao menos eu tivesse coragem de me declarar.

Você ainda não respondeu nenhum dos meus bilhetes, por mais que eu insista. Me pergunto se ao menos você sente alguma coisinha por mim. Se não sente, não sei como encararia essa situação, já que eu me vejo presa ao amor que sinto por você.


Admiradora secreta.


Nicolas suspirou sentindo-se esgotado.

Como diria a ela que sabia de seu grande segredo? Os bilhetes anônimos. E pior, como diria a Analu que ele não sentia nenhum decimo do que ela sente por ele? Era complicado.

— Ai está você. – ela apareceu de repente, sorrindo. Analu ajeitou os óculos no rosto. — O que é isso, na sua mão?

O bilhete.

— Ah, não é nada! – ele sorriu. Ela estava se fazendo de desentendida. — Vamos?

Nicolas enfiou o bilhete no bolso. Analu sorriu satisfeita.


~*~


Melina entrou no carro de Henrique. Os dois seguiram o caminho calados. Ouvindo apenas a musica no rádio.

When I Was Yours Man do Bruno Mars.

— Onde está me levando? – ela resolveu perguntar. — Nossa! Gosto muito dessa musica... É tão romântica!

— É... Bonita! – ele sorriu. — Estou te levando até o meu apartamento! Quero que você o conheça.

— Tá maluco? – Melina foi pega de surpresa. — Porque vamos até lá? Não vejo necessidade.

— Calma. Não tenha medo! Não sou nenhum tipo de tarado sexual que vai te fazer de refém. – ele riu descontraído. — Como você é minha amiga, achei que seria legal que você me conhecesse melhor.

O apartamento de Henrique é pequeno e bem organizado. Os tons dos moveis e de toda decoração são neutros.

— Você mora aqui... Sozinho? – ela olhou em volta, admirada. — Está tudo tão bem organizado!

— Não duvide da minha capacidade – ele riu. — Você tem razão, está organizado demais para mim. – ele foi em direção ao corredor, deixando Melina pra trás. — Moro sozinho sim. Mas meus pais moram alguns andares acima. Mamãe sempre vem dá uma organizada aqui.

Melina foi atrás dele.

Henrique mostrou-lhe o resto do apartamento, por fim, os dois seguiram até a pequena cozinha. Também muito limpa.

— Está com fome? – ele perguntou, ela assentiu. Receosa. — Gosto muito de massas! Eu fiz uma lasanha.

— Você fez? – ela perguntou surpresa, sorrindo. Melina sentou-se na cadeira alta, na bancada de granito. Ele havia puxado para ela.

— É eu fiz. – ele foi até o forno. — Mas a massa já era pronta. Eu sou coloquei no forno. – os dois riram. — Você gosta?

— Sim. Gosto muito.

Henrique tirou a lasanha do forno e depositou sobre a bancada. Depois pegou os taças, talheres e os pratos. Não esqueceu-se do guardanapo e tirou da geladeira uma garrafa de vinho.

— Você não está tentando me seduzir, não é? – ela o encarou, divertida — Isso está parecendo um encontro romântico. Aposto que você faz a mesma coisa com muitas outras.

O sorriso do rosto de Henrique desapareceu.

— Não é verdade. – ele protestou sentando-se ao lado dela. — Se fosse em outras circunstancia isso poderia sim ser considerado um encontro romântico, mas você é uma moça comprometida. E eu a respeito. – ele abriu a garrafa. — Aceita?

Ela assentiu erguendo a taça em sua direção.

A lasanha estava ótima e o vinho era dos melhores.

— Aonde você está indo? – ela perguntou ao vê-lo ir em direção a porta. Melina secava a louça que ele lavou.

— Vou buscar uma surpresinha. – ele abriu um largo sorriso. — Espere ai, volto já.

Henrique demorou dez minutos.

— Olha só quem chegou – ele anunciou ao voltar acompanhado de um garotinho e uma mulher de traços familiares.

Melina se levantou do sofá, ajeitou a saia e foi em direção as visitas, seja lá quem fossem.

— Esse é o meu irmão, Caio. – Henrique apresentou um garotinho que era sua miniatura. Muito parecido, os traços, os físicos, as bochechas rosadas a pele branca e os cabelos lisos e castanhos. — E essa é minha mãe, Ester.

Ester é magra, de cabelos medianos castanhos escuros e olhos negros, ela é branca e tem um sorriso deslumbrante, jovial.

— Olá, eu sou Melina. – ela cumprimentou a todos.

— Nós já sabemos. – Ester estava encantada. Não imaginou que Melina seria tão bonita quanto Henrique dizia. — Henrique fala muito de você. O tempo todo!

Melina corou.

Caio não parava de olhar para ela.

— Rike – o garotinho de seis anos puxava a blusa do irmão mais velho, lhe chamando a atenção. — Você prometeu que iriamos jogar.

— Sim, eu prometi. – Henrique voltou-se para sua mãe. — Mamãe cuide bem de Melina, ela é especial.

Os dois garotos correram, sumiram em dos quartos.

Ester e Melina sentaram-se no sofá de frente para a tevê desligada. Melina sentia-se constrangida com a situação. Porque Henrique a deixara sozinha? Percebendo a timidez da jovem, Ester resolveu puxar assunto. Rapidamente a duas iniciaram uma conversa.

Ester é uma mulher simples, sorridente, de traços joviais. Ester é muito diferente de Verônica e Monica e das outras mulheres que Melina está acostumada a conviver. Ester veste roupas simples e básicas, fala de coisas prazerosas e elogia muito os dois filhos, alegando que eles sempre se deram bem. Apesar de Henrique não ter gostado nada da ideia de ter um irmão mais novo, no inicio.

— Eu sempre quis ter um irmãozinho. – Melina confessa. — Menino, de preferencia. Mas a minha mãe, mal me quis. Acho que nunca passou pela cabeça dela a possibilidade de engravidar outra vez. Mesmo depois do divorcio. Sim, meus pais são separados.

Ester contou a historia de como ela conheceu seu amado, Paulo. Os dois são casados há vinte e doisanos e nunca se separaram ou tiveram conflitos maiores.

É esse tipo de casamento que eu quero pra mim.

— Melina – Caio se aproximou, com o rostinho corado. Ele parecia bem acanhado, mesmo assim arriscou. — Vem jogar com a gente?

Melina sorriu, pegando a mãozinha do garoto. Era quente e pequena, se encaixava perfeitamente dentro da sua.

— Vamos sim.

Ester se despediu e deixou os três a vontade.

Melina, Caio e Henrique jogaram por horas seguidas. Melina não se importou com o horário, afinal, o amanhã seria sábado.

Há um bom tempo que ela não se divertia tanto, desde que Nicolas e ela se afastaram e nunca mais fizeram algum programa legal juntos.

— Como quem você aprendeu jogar tão bem? – Henrique tinha os olhos vidrados na tela da tevê conectada ao videogame.

— Aprendi com o meu amigo, Nicolas. – Melina confessou, desviando-se de um tiro que estava prestes a alcança-la. Isso, no videogame. — Ele é um dos melhores que conheço!

Henrique sentiu-se enciumado com o comentário, mas não protestou. Sabia que ele poderia ser tão bom quanto esse tal Nicolas.

Caio acabou adormecendo sobre a cama de Henrique, que cobriu o irmãozinho com uma coberta.

Henrique e Melina já tinham parado de jogar há um bom tempo, eles apenas conversavam sentados no chão, sobre o carpete. Como velhos amigos enquanto devoraram o pudim que Ester havia preparado.

— Eu preciso ir. – Melina conferiu as horas no celular. — Está ficando tarde. Essa noite foi uma das melhores que você poderia ter me proporcionado – eles se entreolharam. — Obrigada.

— Não foi nada. – ele pegou a mão dela. — Se quiser vir mais vezes, já sabe onde eu moro. – eles se olhavam com ternura. — Vamos lá, eu te levo pra casa.


~*~


— Estou cansado! – Nicolas deixou seu livro. E olhou para Analu, ao seu lado. — Que tal se jogássemos? Eu adoro games!

— Ah não! – Analu fez uma careta, fechando seu livro também. — Eu não gosto de jogar. Eu nem sei jogar.

Nicolas não evitou o aborrecimento.

— Melina adorava jogar comigo.

Imediatamente ele se arrependeu do que disse.

— O que foi que disse? – Analu perguntou confusa. — Eu não entendi. Pode repetir?

Sorte minha ela não ter escutado.

— Nada! Esqueça – ele forçou um sorriso. — Então... Você gosta de jogos de tabuleiro?

— Não muito, mas... Eu tenho que ir, Nick. Está ficando tarde. Prometi a minha mãe que não iria me demorar.

— Ah sim, então tá bom. Jogaremos outro dia. – ele se levantou ao mesmo tempo em que ela. — Eu te acompanho até em casa.

Analu tinha ouvido sim o comentário de Nicolas, mas preferiu se fazer de desentendida. Ela não gostava que ele sempre se revisse a Melina como se estivesse com saudades dela ou fazendo comparações que Melina era melhor que ela. Analu não quer Melina por perto, sente que ela é um incomodo.







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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo! Deixe seu comentário! Beijão.



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