Amor e Guerra escrita por Daniel Guimarães, Amanda Ribeiro


Capítulo 10
Criando estratégias


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora rs



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Logo que Arthur deu a notícia, um carteiro entrou na sala e me entregou uma carta sem remetente. Todos no salão me olharam. Resolvi abrir a carta. Tinha uma caligrafia horrível.

“Olá meu amigo,

Eu não morri. Sua amada é um anjo muito poderoso, não posso negar, mas nem ela foi capaz de derrotar. Ninguém é capaz de me derrotar! Conquistarei Portugal e todos sofrerão em minhas mão, todos pagarão pelo que me fizeram, seu desgraçados!

Bertazzo.”

- Viu seu idiota? Você devia ter despedaçado ele e queimado, mas não! Você foi um idiota, um grande burro! – disse Arthur, revoltado.

- Eu admito que errei mestre, mas agora tenho que pensar no que farei.

- Você primeiro tem que tirar todos daqui. Você não pode deixar que o seu povo seja aniquilado por Bertazzo. – disse Arthur.

Mais uma vez eu me encontrava perdido, sem saber o que fazer por causa daquele maldito demônio. Eu não queria acabar com a felicidade que eu estava sentindo por Amanda ser minha esposa, mas eu tinha que contar a ela o que estava acontecendo.

Subi para o quarto, Amanda ainda estava deitada, mas já estava acordada. Ela notou na minha expressão que algo havia acontecido.

- O que houve meu amor?

- Bertazzo ressuscitou. – disse, sentando ao seu lado.

- Como assim? Ele morreu, eu vi!

- Alguns magos malditos encontraram o corpo dele e o trouxeram de volta a vida.

- Não! A guerra vai começar de novo, não é? Eu não quero isso! Tenho medo do que pode acontecer comigo! Do que pode acontecer contigo! – disse, com os olhos marejados.

- Sim, provavelmente isso vai acontecer. Mas não preocupe, fique calma. Não deixarei que nada aconteça a nós e ao nosso reino. Salvarei todos! – disse, sentando ao seu lado e abraçando-a para que se acalmasse.

Pedi a ela que arrumasse suas coisas, já que eu convocaria todos os moradores para saírem da cidade o mais rápido possível, antes que algo acontecesse.

Quando eu cheguei ao salão todos os meus servos estavam reunidos e Arthur andava de um lado para o outro.

- Onde está Amanda?- disse, meio irritado.

- Está arrumando suas coisas para irmos para Taberon. Miguel – chamei, virando-me em sua direção - Já convocou todos os moradores?

- Já sim, majestade.

- Pois bem, vamos dar a notícia ao povo. – disse, terminando de colocar a minha capa.

Chegando ao meio do povo, pedi por silêncio.

- Meus caros! Venho trazer uma má notícia: Bertazzo está vivo, mas, por favor, não entrem em pânico. Peço que juntem o mais rápido possível todos seus pertences e venham conosco para Taberon. Lá estaremos seguros e distantes daquele maldito demônio!

Houve murmúrios, mas não agitação e gritaria. Logo eles voltaram para suas casas e começaram a arrumar o que era necessário para levar pra Taberon.

Meus servos já estavam todos armados e uniformizados. Esperamos por mais uma hora até que toda a população estivesse na praça pra irmos todos juntos pra a nova cidade. Amanda ficou sentada ao meu lado na carroça, ela parecia mais pálida que o normal, mas disse que estava tudo bem.

Demoramos quase um dia inteiro para chegar a Taberon. A cidade estava abandonada. A multidão foi logo se organizando e entrando nas casas. Eu e Amanda ficamos com uma casinha no final de uma rua. Era simples do jeito que gostávamos. Nela possuía um porão que seria útil para uma reunião entre os nossos servos.

Depois de tudo organizado, preparei um café para a minha amada e eu. Comemos juntos sem dizer sequer uma palavra. Ela ainda aparecia abatida, mas parecia não ser pelo choque de saber que Bertazzo estava vivo. Parecia ser outra coisa.

- Você realmente está bem meu amor? – disse, começando a ficar preocupado.

- Só estou me sentindo um pouco enjoada, só isso. Não há com o que se preocupar meu amor. – disse, calmamente.

Nós dois fomos para sala e sentamos no sofá. Amanda ficou deitada em meu colo, e eu pude, mais uma vez, admirar aquela linda mulher que eu tanto amava. Mas algo aconteceu. Amanda levantou-se rapidamente, correu até o banheiro e acabou vomitando. Eu fiquei apavorado já que isso nunca tinha acontecido. Gritei por Miguel, que logo apareceu e saiu novamente com o meu pedido que chamasse Aldebaram.

Quando Aldebaram chegou, Amanda parecia um pouco melhor, mas ainda estava muito pálida. Ele a examinou, mas pela sua cara não parecia ser nada grave, pois até deu um sorriso, o que me deixou confuso. Ele deixou Amanda descansando no quarto, veio ao meu encontro e me abraçou.

- Você vai ser pai, meu rei! - disse ele, com um sorriso.

- Como assim?!

Eu estava completamente zonzo, eu e Amanda iriamos ser pais! Uma onda de felicidade me tomou. E minha reação foi correr para o quarto e abraçar e beijar meu amor.

Entrando no quarto, vi minha amada acariciando a barriga. Em seu rosto, havia um sorriso tão angelical. Minha reação foi deitar-me ao seu lado e acariciar sua barriga também. Nenhuma palavra precisou ser dita para expressar a felicidade que ambos sentiam naquele momento. A única coisa que consegui dizer foi:

- Eu te amo minha amada! E esse nosso amor agora está dando frutos! Um filho! Que estará entre nós daqui alguns meses. E mesmo nesse tempo ruim, eu farei de tudo para proteger vocês dois. Não deixarei que Bertazzo descubra que teremos um filho e, muitos menos, que faça algum mal a você e nosso bebê.

- Eu também te amo meu amor! Você me faz sentir a mulher mais feliz do mundo, e agora muito mais, pelo o fato de nosso filho estar crescendo aqui dentro de mim! Mesmo que ele ainda seja pequeno já o sinto. E ele é forte assim como o pai. – dizendo isso, ela me abraçou bem forte e me beijou tão calmamente, depositando naquele beijo todo o amor que sentia por mim. Eu retribui a esse beijo e depois puxei-a para que ela pudesse ficar deitada em meu peito, e ela acabou adormecendo. Fiquei acariciando sua barriga por um bom tempo.

Tentei imaginar como seria nosso filho. Como seria o herdeiro do trono de Portugal. Mas um pensamento ruim me acometeu: eu seria capaz de proteger a todos? Seria eu capaz de proteger meu filho, minha amada e a todo meu povo? Eu precisava fazer algo em relação a isso. Estava na hora de Bertazzo conhecer o poder dos vampiros! Um gigantesco exército de criaturas da noite precisava ser recrutado.

- Bertazzo não vai levar a melhor dessa vez! Nem fodendo! – disse, apertando Amanda em meus braços.


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