A Normal Life escrita por Erikachan


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Bem, voltei depois de um bom tempo descansando. E espero que gostem deste novo capitulo.
Quero agradecer a NathaliaKamargo por ter me mandado comentarios para continuar postando.É isso e boa leitura! :3



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Na semana seguinte, quando as aulas acabaram, fui para o treinamento de kendô no qual eu havia me inscrito.

No panfleto em que vi, estava o mapa que indicava onde ficava o local que, a propósito, ficava ao lado da escola. Na imagem do panfleto mostrava um dojô bonito e bem arrumado, o que me fez pensar: - vamos ver se é exatamente como está retratado. Continuei andando e sai da escola.

O caminho era muito bonito, era uma trilha de terra com vários bambuzais altos. Era quase impossível de se ver o céu, pássaros cantavam e ao longe avistei um dojô, meio abatido.

Na entrada, tirei os sapatos e os coloquei no genkan, abri a porta de madeira do dojô e entrei fechando a porta logo em seguida. Comecei a observar o local, com várias shinais (espadas de bambu), bokutons (espada de madeira) e umas duas katanas, embaixo dela havia um hotoke-sama (altar). Vi os nomes dos alunos inscritos em tábuas na parede, não conhecia ninguém. Continuei andando mais para o final do local, que por sinal era pequeno e não devia suportar mais do que 25 alunos.

Em um canto observei um homem sentado em frente ao hotoke-sama, que aparentava ser extremamente musculoso e alto (todos os homens são mais altos do que eu!) mas estava escondido em um manto branco, tinha cabelos longos e pretos, e ao seu lado haviam duas garrafas grandes de saquê vazias, e por fim abriu mais uma garrafa e começou a beber mais, quando por fim sentiu minha presença:

- O que você veio fazer aqui? – Disse quebrando o silêncio.

- Ahwn... Treinar kendô talvez?.....Igual aqui no panfleto?- lhe mostrei o panfleto, mas que não deu certo porque afinal ele estava virado de costas. E fingiu que não tinha escutado nada.

- Como é o treinamento?

Ele colocou a garrafa de saquê no chão e se levantou, pegou uma das espadas de bambu que estavam penduradas ali e a apontou para mim:

- Qual é o seu nome?

-Kenshin, Himura Kenshin.

- Kenshin...- Repetiu o nome me analisando.

- Isto não é um simples treinamento, isto é kenjutsu, a arte do samurai, portanto você vai ter de dar duro para aprender. No futuro lhe ensinarei o battoujutsu, que é a arte do saque da espada e os estilos hitten mitsurugi-ryu que foram passadas de mestre para discípulo em todos estes séculos. Portanto meu caro, por hoje, eu quero que você saque esta shinai 100 vezes. – disse seriamente com sua voz firme e jogou a shinai em minha direção e eu a apanhei.

No 55 eu estava simplesmente morto de cansaço, os músculos dos meus braços estavam todos doloridos, sem contar que sempre que eu fazia algo algum movimento errado com os pés ele me batia com um bokuton que estava segurando.

- Vamos meu pupilo empoeirado!- deu um gole na garrafa de saquê - Você tem um longo caminho pela frente e já esta fraquejando?

Depois de 2 horas somente sacando a shinai e meditando foi: virei um objeto desconhecido, fedorento e dolorido.

Quando cheguei em casa, e sem que minha mãe percebesse eu entrar, fui direto ao chuveiro para que ela não reclamasse que estava cheirando tal qual a um gambá.

No dia seguinte, as aulas começaram normalmente e o professor poste, Saitou, disse que iria falar o nome para que imediatamente formássemos as duplas, e com este par nós permaneceremos até o final do ano.

Misao era minha dupla, mas como não a conhecia direito não podia fazer julgamentos precipitados. Mas uma coisa precisava admitir, ela era muito escandalosa.

No intervalo como nós sempre fazíamos íamos lanchar juntos, Sano e eu, mas desta vez no terraço Misao e Kaoru também estavam lá.

- Ah há! Você é o ruivinho que é a minha dupla e que não quer me passar as respostas da lição! – Misao me apontou com o dedo indicador me acusando.

- Me desculpe, mas seus atos são errados. - eu disse abrindo meu lanche sem prestar muita atenção nela.

- Ei Kenshin, quem é essa menina esquentadinha?- Perguntou Sano.

- Ah é a minha dupla, você não reparou nela na sala?

- Acho que eu estava levando tanto murro da Kaoru na sala que nem consegui prestar atenção na aula. – ele passou a mão na testa.

- Por que você estava levando coice de uma garota?

- Primeiro: ela não é considerada uma garota e sim um demônio. Segundo: para as pessoas se um homem bater em uma mulher é falto de educação, Terceiro: ...eu só queria roubar um pouco do bentô dela... - disse colocando a mão no estomago.

- Espera ai! Você está contando essa história errado! Se eu não tivesse vigiado o meu bentô não era nem para ele ter conteúdo. – Falou pegando na gola da camisa de Sano.

- Pessoal, acalmem-se - eu disse

- Muito bem – falou Sano ajeitando a sua camisa. – Seu nome é? - Disse apontando para Misao.

- Makimachi Misao, venho de uma famosa família de ninj...

- Tá, ninguém quer saber – ele a cortou – Pra quem que não me conhece, sou Sagara Sanosuke – Apontou para mim – Pra quem não conhece o tampinha, esse é o Himura Kenshin, e você se não me engano se chama Kamiya Kaoru certo?

- Pensei que você não soubesse o nome da sua própria dupla

- Tenho memória boa. Apresentações feitas agora podem passar seus lanches pra cá, isso é um assalto.

- Vocês vão participar ou já estão participando de algum clube? – perguntei dando uma salsicha a Sano.

- Na verdade, ainda não achamos nenhum interessante – Disse Kaoru por fim, sentada no chão e encostada na grade ao meu lado.

- Eu entrei ontem no clube de kendô.

- E ai? Gostou? – Perguntou meio aflita.

- Mais ou menos, ainda não me identifiquei muito com o professor.

- Ah, mas pelo menos ele é bom no ensinamento?

- Eu só tive uma aula com ele, e ele pegou meio pesado, mas vou continuar tendo aulas com ele.

- Na verdade já faz um tempo que eu queria fazer kendô e até hoje não vi ninguém querer ir naquele dojô, eu ate convidei uma das minhas amigas a participar e me fazer COMPANHIA... – Aumentou o tom de voz dizendo indiretamente a Misao.

- Eu não posso fazer nada contra minha vontade! – Exclamou – Por que você não chama o crista de galo pra te fazer companhia?

- O QUÊ!? Crista de... – esbravejou Sano, Misao saiu correndo dando risada.

- O franguinho não me pega!!

- Sua... – Foi correndo atrás dela.- Se eu te pegar você vai me pagar um lanche no dia seguinte!!

- Se você conseguir... – Os dois saíram do terraço e provavelmente deveriam estar chegando ao pátio.

- Esses dois não tem jeito, mau se conheceram já estão inventando apelidos um para o outro – Dei risada em conjunto com Kaoru.

- Verdade – Admitiu Kaoru mostrando um leve sorriso que havia feito meu coração bater mais rápido.

Só ai me dei conta de que eu estávamos sozinhos. Ai caramba e se ela olhar pra mim o que eu faço? Por que eu estou pensando no que eu vou fazer? Apenas haja naturalmente. Mas eu nem a conheço direito, e meu coração esta disparado a mil, minha cabeça esta parecendo um computador, parece ate que vai explodir, preciso esfriá-lo, cadê o cooler ?!

- Então vamos descer? – Perguntou ela calmamente quebrando o silêncio e o barulho dentro de mim.

- Ahn? – Perguntei meio atrapalhado.

- Já deu o sinal.

- Ah claro, me desculpe.

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No fim das aulas nós quatro fomos juntos para casa.

O crepúsculo estava com uma cor vermelho meio acinzentado, fazendo com que as arvores e os prédios de Tóquio ficassem com um tom amarelo meio alaranjado.

Despedimos-nos de Misao, e eu havia combinado de ajudar Sano no dever de casa. Passamos naturalmente pelo saguão de entrada e fomos ao elevador.

- Você tem certeza de que não quer fazer lição conosco?- perguntou Sano.

- Não, fica para a próxima, tenho um compromisso mais tarde - A porta do elevador se abriu no décimo andar e cada um de nos saímos e nos despedimos de Kaoru.

Entramos em casa, acho que minha mãe tinha ido ao mercado.

- Desculpe o incomodo, queria saber que tipo de compromisso seria esse. – perguntou Sano entrando na minha casa.

- Honestamente também fiquei curioso. Sinta-se a vontade.

- Será que ela tem um namorado?

- Acho que não...

- Você espera que não, não é Kenshin? – disse me zoando.

- Ô Crista de Galo não enche, no que você queria pedir ajuda? – Mudei de assunto.

- Tsk... Até você... Na verdade eram em algumas equações... talvez todas...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e comentem!



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