Cartas Para Julieta escrita por Luuh


Capítulo 12
Capítulo 12




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/384299/chapter/12

Capitulo 12.

“Querida Julieta,

Hoje não estou aqui para falar sobre alguma desgraça romântica, como você está acostumada, mas vim para falar que graças a você, achei o meu amor verdadeiro aqui nessa cidade.

Sei agora como foi se apaixonar por Romeu, mesmo você sendo uma personagem de um livro, eu sei que vocês podem amar. Entendo seu amor por Romeu, achei que tivesse entendido antes, mas não por isso estou aqui, prestes a se casar com o meu Romeu.

Mas agora, estou aqui, na frente do muro da sua casa, enquanto vejo milhares de mulheres chorando por algum cara que não merecem um pingo da lagrimas delas, um dia, elas vão ver que chorar por esse cara, é uma perda de tempo e que o amor da vida delas, está la fora, em algum lugar do mundo.

Acho que já disse tudo para você, obrigada mesmo Julieta. Estou nervosa com meu casamento, daqui a 7 horas e eu nunca estive tão feliz.

Catherine”

Coloquei a carta em algum lugar onde as secretarias não achassem, aquela carta é totalmente para a Julieta, eu não preciso saber a resposta, apenas, que a Julieta saiba o que ela fez comigo.

Entrei no meu carro e fui ate a casa do Lorenzo, onde estava sendo arrumado tudo para meu casamento com Vincent. Faz um ano que Vincent me pediu em casamento, claro que ele quis se casar na mesma data, e se casar em Verona.

Claire estava na porta da sua casa, sorrindo para mim.

– Está tudo certo? – ela me perguntou.

– Sim. Agora está tudo certo – falei e a abracei. – Onde está o Vincent?

– Ele está arrumando o jardim para a festa, mas você não vai ver nada. Vamos subir e você vai relaxar – Claire me levou para o segundo andar da casa.

A casa do Lorenzo era grande, assim como a família, mas nem todos os filhos moravam com ele, alguns tem casas na região de Siena. Claire me levou a um quarto com uma sacada, mas mostrava o outro lado da casa, não dava para ver o jardim onde seria a cerimonia.

Era um quarto gigante, branco, meu vestido estava em um cabide, pendurado na porta do grande guarda roupa , uma cama gigantesca, um banheiro com banheira e um lustre bem lindo.

– Claire, isso aqui é perfeito – falei olhando admirada o quarto.

– É seu e do meu neto. Trabalhei nele antes de vocês virem para cá – Claire falou e me abraçou. - Toda vez que vocês vieram para cá, terão esse quarto.

– Obrigada Claire – falei e sorri para ela.

– Agora querida, eu sei que você quer se arrumar sozinha, mas eu vou querer arrumar seu cabelo – ela pediu e eu sorri – Coisa de avó.

– Claro – falei sorrindo.

Claire me deu um beijo na testa e saiu do quarto, fui ate o banheiro e comecei a encher a banheira, tirei minha roupa, joguei alguns sais de banho que achei na pia e desliguei as torneiras.

Entrei na banheira, encostei a cabeça na borda e relaxei.

Tomei um susto quando duas mãos encostaram em mim, massageando meu ombro e eu relaxei ainda mais, era o Vincent.

– Você sabia que você não pode estar aqui? – perguntei e ele riu.

– Minha vó sabe que eu vim para cá – ele falou e eu olhei para trás.

– Você não viu o vestido ne? – Perguntei desesperada.

– Não, ele está com uma capa – ele falou e me deu um selinho. – Quero muito entrar ai com você.

– Então entra – falei me virei para ele, ficando de joelho para ficar da altura dele.

– Eu não posso. Mas eu quero – ele falou e tirou a camisa, a calça e a cueca de uma vez.

Ele entrou na banheira e me beijou apaixonadamente. Ele deitou na banheira e eu deitei no seu peito. Ele começou a massagear novamente o meu ombro e eu relaxei de novo.

– Estou nervosa – falei sussurrando.

– Não precisa, eu estarei la, no altar, esperando você – ele sussurrou de volta.

– Será que vai dar certo? – Perguntei

– Por que não daria? – ele perguntou – Você vai ver. Vamos construir uma família e vamos viver felizes para sempre.

– Felizes para sempre é bom – falei olhando para ele.

– Muito bom mesmo – disse e sorriu.

Depois do banho, Claire expulsou Vincent do quarto, quando nós dois já estávamos secos e deitados na cama. Pintei minhas unhas, já tinha feito a depilação, passei mascara de beleza e deitei um pouco.

Uma hora depois, me levantei e Claire entrou, falando que queria começar a fazer meu cabelo. Ela fez com tanta delicadeza que eu quase dormi, meia hora depois ela olhou para mim e sorriu.

– Acabei – ela falou – Não fiz nada muito sofisticado.

– Obrigada – falei.

– Mas tempos o ritual. Precisa de uma coisa nova, uma coisa azul, uma coisa emprestada e uma coisa velha. Sua irmã disse que vai trazer o sapato dela com uma coisa emprestada.

– Ela usou uma vez aquele sapato e depois nunca mais – falei me lembrando do piti que ela deu quando viu aquele sapato no shopping.

– Uma coisa nova e uma coisa azul – Claire falou.

– Meu vestido é novo, agora a coisa azul... sem comentários – falei e dei uma risada, Heather tinha comprado um conjunto de lingeire branca e junto veio uma cinta liga azul.

– Agora, o algo velho, é isso – Claire abriu uma caixa que estava em cima da penteadeira, mostrando uma tiara prata com algumas flores, era linda – Ganhei dos meus pais quando fiz 15 anos, guardei até hoje.

– Claire, não sei o que dizer – falei e a abracei. – Muito obrigada.

– Vou colocar em você agora e depois de deixarei sozinha – ela me falou e eu me sentei de novo, ela colocou a tiara e prendeu no meu cabelo. – Te vejo mais tarde.

Me vi sozinha de novo, olhei meu cabelo no espelho e estava lindo, simples e lindo. Peguei minha maleta de maquiagem e comecei a fazer a minha maquiagem, uma hora fazendo, para ficar perfeita. Tudo a prova d’agua.

Eram 5:30 quando eu pus minha lingerie branca, a cinta liga azul e o meu vestido, coloquei uma pulseira que eu achei igual a tiara, meu anel de noivado e me olhei no espelho. Suspirei e sorri.

Eu estava indo me casar, o casamento começava as 6:00 horas, minha irmã dizia que eu deveria me atrasar, mas eu tinha planejado me casar no por do sol, então, não iria atrasar.

Me sentei e comecei a respirar fundo, nervosa. Escutei duas batidas na porta.

– Entra – falei e vi meu pai passar pela porta, segurando uma caixa e meu buque.

– Filha, você está linda – ele falou e me abraçou.

– Obrigada pai – disse e ele me entregou a caixa. Era o sapato

Coloquei o sapato e olhei para o meu pai.

– Sua mãe deve estar muito orgulhosa de você hoje – ele falou e me abraçou.

– Eu sei – falei e me segurei para não chorar.

– Vamos, já são 6:00 horas – ele falou e nós saímos do quarto.

Descemos as escadas e fomos até a parte de trás da casa, onde havia uma porta que separava a casa do jardim. A porta estava fechada e uma cortina branca estava na frente, impedindo a minha visão do jardim. Meu pai me entregou meu buque e eu sorri pra ele.

Meu pai deu duas batidas na porta e a musica começou a tocar, a marcha nupcial, a porta de abriu revelando o lindo jardim iluminado pelo sol perto de se por.

Meu pai começou a me guiar em direção a uma tenda, onde estava o meu noivo e um juiz. Meus olhos e os de Vincent se conectaram e não consegui quebrar aquele olhar, sorri para ele com meus olhos com um pouco de lagrimas e respirei fundo.

Parecia uma eternidade até meu pai dar a minha mão a Vincent.

– Cuide bem da minha filha – Meu pai falou e me deu um beijo na testa, Vincent apertou sua mão.

– Pode deixar – Ele falou e beijou a minha mão que meu pai tinha lhe dado.

O Juiz começou a cerimonia, Vincent e eu trocamos vários olhares, minha mão ainda tremia de ansiedade.

– Catherine Chandler, você aceita Vincent Keller como seu legitimo esposo, para ama-lo, respeita-lo, na saúde ou na doença, até que a morte os separe? – Ele perguntou e eu sorri.

– Sim – respondi.

– Vincent Keller você aceita... – Vincent não deixou o juiz terminar de falar.

– Sim – todos riram quando ele fez isso, até eu.

– Só mais uma pergunta, antes. Existe alguém contra esse casamento? – O Juiz perguntou e esperou três segundos. – Ainda bem, então eu vos declaro Marido e Mulher. Já pode beijar a noiva cara.

O Juiz disse para zoar Vincent, ele deu uma risada e me puxou pela cintura.

– Eu te amo – ele falou baixinhos, perto dos meus lábios.

– Eu também te amo – Falei para ele e o beijei. Foi um beijo romântico e carinhoso, afinal, teríamos tempo o bastante para beijos mais apimentados – Esquecemos a aliança.

Me separei dele assim que lembrei desse detalhe, todas as pessoas riram. Vincent tirou a caixinha do bolso e pegou o anel menor colocando em meu dedo. Fiz o mesmo com ele e demos risada quando acabamos.

– Hora da festa – Ele falou no meu ouvido – Mas o que eu queria agora era ficar com você.

– Teremos bastante tempo para isso – falei para ele e dei risada – E para onde vamos na nossa lua de mel?

– Surpresa – ele falou e beijou minha bochecha.

A família veio nos cumprimentar e o sol já estava totalmente sumido no horizonte, as velas da decoração, que estava perfeita, fora acessas, e a pista de dança montada em frente a tenda, nossa mesa era próxima a pista.

Tiramos diversas fotos que eu não aguentava mais sorrir. Me sentei dois minutos na cadeira e Vincent já veio me puxar para dançar.

– Estou cansada – falei.

– Você pode ficar cansada mais tarde, não agora – ele falou e juntou nossos corpos para a dança – Lembra dessa musica?

– Como eu iria esquecer ela? – Perguntei e ri abraçando ele e lembrando do nosso primeiro beijo. – Fui a casa de Julieta hoje. Agradecer.

– Agradecer o que? – ele perguntou.

– Acho que foi ela que juntou nós dois, ela deve ter escondido a carta da Claire para ninguém achar, apenas eu – respondi para ele e ele sorriu.

– Então vamos agradecer a Julieta por estarmos aqui essa noite – ele falou e me beijou apaixonadamente – Eu preciso de você. A gente pode fugir disso tudo sabe?

– Fugir do nosso casamento? – perguntei e ele começou a me puxar para dentro da casa. – Eu nem me despedi do meu pai – Falei parando no meio.

– Não precisa se despedir agora, ele vai estar amanhã no aeroporto. – ele continuou a me puxar para dentro da casa, subimos a escada e quando ia abrir a porta do quarto, Vincent me pegou no colo e eu ri.

– Não precisava fazer isso – falei.

– Tinha que fazer tudo completo – ele falou e abriu a porta – Nossa noite de núpcias.

Entramos no quarto e Vincent começou a me beijar. Estava vendo que seria a noite mais perfeita da minha vida.

Roupa Cat: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=93012978&.locale=pt-br


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Curtam minha pagina no Face: Beauty and the Beast BR



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cartas Para Julieta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.