Let Me Love You - Klaroline escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 9
Capítulo 8 - Happy Birthday, Damon Salvatore


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores. Demorei mais tempo do que esperava, é eu sei! Sabe quem vocês podem culpar? Minha criatividade!! É... ela foi embora sem dizer adeus e me deixou aqui, solitária... Pois bem, agora essa danada voltou e parece que para ficar (espero).
Esse capítulo veio para deixar vocês esperançosos e curiosos. Quem ta ansioso?
Bora leer??



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Me encontrei sozinha no meu antigo quarto. Meu quarto de casada. De fato eu não queria estar aqui, não era para eu estar aqui. Escutei o choro de Camille, Gale gritava com ela.

– Você não toma cuidado, garota? Veja isso! Ficará sangrando até que você aprenda que não deve correr pela casa.

Eu já tinha escutado aquilo. Era como um deja-vu. Mas eu não conseguia me mover, não conseguia sair de onde estava para defender minha filha. Ouvi a pancada de Camille quando a mão de Galen esbofetou seu corpinho pequeno de apenas 2 anos.

– Não, Galen! Não! - grito tentando sair do lugar, apenas minhas pernas ficam fracas e meus joelhos vão de encontro ao chão. Junto minhas mãos no rosto e grito de raiva, lágrimas de dor escorriam pelo meu rosto - Eu te odeio, Galen!

– Me desculpe, papai! - Camile dizia em meio o choro.

– Você é como sua mãe, Camile, só serve para pedir desculpas! - Galen gritou e ouvi um outro tapa na minha filha.

– Não! - gritei em desespero, eu queria apenas tirá-la daquele inferno.

Camile ainda chorava e Galen a mandava calar a boca. Não conseguia sair do lugar, meu corpo estava preso alí e não tinha forças para gritar. Apenas chorar de raiva, de dor. Os minutos, ou horas foram se passando e quando percebi os gritos de Camille clamando pelo meu nome cessaram repentinamente.

Meu corpo se moveu e consegui ter forças. Minhas pernas rapidamente já correram para fora do quarto e o corredor estava escuro. Por sorte já tinha decorado cada canto desta casa, não precisava ficar de olhos abertos para chegar até as escadas e encontrar minha filha caída no chão. Seus olhos estavam vidrados e sua cabeça caída de lado. Galen apareceu com seus olhos vermelhos e senti seu cheiro de alcool. Neguei e corri até minha filha.

– Não! Camile! Não! - me joguei ao seu lado, pegando seu pequeno corpo e o colocando sobre minhas pernas - Querida, fale com a mamãe... Fale com a mamãe, Camile! - gritei desta vez e Camile... não respirou.

– Me desculpe, Caroline, foi para o bem dela.

– Camile! - acordei com meu próprio grito de desespero e meu corpo deu um salto da cama. Minha filha estava dormindo silenciosa, feito um anjo ao meu lado. Estávamos em nossa casa. Em nossa casa em Mystic Falls. Em nossa casa em Mystic Falls longe de Galen. Meu corpo tremia e meu coração tinha um batimento tão acelerado que chegava a doer meu peito. Estava soando - Camile... - afaguei seu rosto delicado, sentindo sua respiração leve e solene. Foi apenas um pesadelo. Minha filha estava aqui comigo.

Ergui meu corpo sobre a cama e no mesmo momento fui despertada por um barulho estranho vindo da sala. Caminhei silenciosamente até a porta, chequei Camile e a mesma permaneceu dormindo feito um anjo. Abro a porta o mais de vagar possível, tendo medo do que encontrar lá. Parte de mim implorava para que não abrisse a porta, outra parte mandava eu ser corajosa, por Camile.

Tomei mais coragem e abri a porta de uma vez. Saltei para trás assustada com que encontrei e gritei.

– Não! Niklaus! Não! - corri até seu corpo caído ao chão, ele tinha sua cabeça sangrando, era como a assinatura daquele quem lhe fez isso.

– Eu sabia que ia te encontrar, Care.

Meu corpo saltou. Não consegui entender de onde tirei forças para conseguir ficar de pé naquele momento e desabei no chão de minha sala. Estava tudo escuro e tive a certeza de que estava sozinha. Camile dormia tranquilamente no quarto, pude vê-la pela frestinha da porta. Os galhos de árvores se moviam no ritmo da brisa do lado de fora, ainda era madrugada.

Comecei a chorar não aguentando mais aquela sensação presa dentro de mim. Morar com Gale era dolorido, sofrido, mas viver fugindo dele era pior. Eu não sabia se ele já tinha pistas sobre mim, não sabia se estava a minha procura e não sabia onde ele estava. Eu estava com medo. Medo por minha filha ter de voltar a viver naquelas circunstâncias. Medo do que Galen pode fazer quando nos encontrar... Medo do que ele pode fazer com Niklaus.

Meu corpo se encolheu naquele chão amadeirado e meu coração parecia pequeno de mais. Alguém o espremia com as próprias mãos. Era Galen, mesmo longe ele acabava comigo, ele me destruia. Mesmo longe ele me dava medo.

PDV ELENA

– Eu disse que não queria festas, Elena. - ouvi Damon resmungando de dentro de seu quarto.

Bufei revirando meus olhos. Por que Damon tinha que ser sempre tão resmungão? Terminei de arrumar meus cabelos e me olhei a frente da parede onde havia um enorme espelho. O banheiro do quarto de Damon era espetacular, chego a dizer até que era o ambiente mais elegante que tinha na casa.

Não exagerei muito nas minhas roupas nem na maquiagem e logo eu já estava completamente pronta.

– Você reclama de mais, Damon! - disse voltando para seu quarto, onde Damon lia seu livro com uma expressão carrancuda. Eu não consegui prender um sorriso - Além do mais nem é uma festa.

– Ah, então é o quê? - ele pergunta carrancudo.

– Uma pequena reunião com os amigos e familiares.

Ele revira seus olhos e fica de pé largando seu livro. Damon aos poucos vai tentando abrir um sorriso forçado, mas eu sabia que ele só estava dramatizando. Escuto a porta da sala se abrir e a voz de alguém chamando pelo meu nome e o de Damon.

– Stefan. - digo sorrindo empolgada e vou saindo do quarto sendo seguida por Damon.

– Ah, pensei que encontraria vocês sem roupa! - Stefan falou com um sorriso brincalhão enquanto carregava consigo um embrulho um pouco grande.

– Cala a boca, Stefan. - disse Rebekah e eu ao mesmo tempo.

– Não, ele está certo, porque era o que eu queria! - Damon falou sorrindo de lado.

– Você não presta! - Rebeah falou indo até ele com um presente em mãos - Parabéns seu chato! - ela entregou o presente a ele e logo em seguida o abraçou.

– Hey, obrigado, futura Barbie Salvatore. - Damon agradeceu e logo quis abrir o presente.

– Na-na-não! - digo rapidamente tomando o presente da mão dele - Só depois, amor!

– Elena, não me faça me sentir uma criança de dez anos que só pode abrir os presentes após o parabéns. - ele pediu revirando os olhos com angonia.

– Oh, que crianção! - Stefan brincou indo para o outro lado da sala, pondo o presente de Damon sobre a mesa que estava sem nada em cima, com o intuito de ficar cheia até o final da noite - E aí, irmão? Quantos anos mesmo? - sorriu divertido.

– Como se você não soubesse. - Damon falou largando-se no sofá. Fui até a mesa guardar o presente de Rebekah e a loira já sentava-se no sofá a frente de Damon.

– Você convidou Bonnie, Elena? - a loira perguntou despreocupada.

– Ah, sim, claro! - afirmei meio óbvia, Bonnie era minha melhor amiga, era óbvio que eu a traria para a festa de aniversário de meu noivo.

– Damon, cara! - Stefan falou esfregando suas mãos uma na outra e sentou ao lado do irmão, com um sorriso agitado - Klaus vai trazer uma mulher!

– O quê? - Damon quase saltou do sofá. Eu também fiquei surpresa e ao mesmo tempo fiquei chateada. Sabia que Caroline estava um pouco atraída pelo loiro de sotaque britânico, ela provavelmente ficaria chateada em chegar aqui e encontrar Klaus com uma mulher.

– Ah, eu não acredito. - resmunguei revirando meus olhos e fui abrir uma taça de champanhe.

– Eu acredito! - Damon disse animado - Stefan, me conte isso melhor irmão! Elena traz uma bebida aí, vamos, mulher!

– Você tá de brincadeira, né, Salvatore? - disse o olhando fula da vida e todos caíram na risada, revirei meus olhos e a campaínha tocou - Eu atendo! - disse empolgada.

Fui andando rapidamente até a porta e me surpreendi quando vi minha própria cópia ao lado do Mikaelson mais velho. Ao contrário de sua esposa, Elijah sorria amigável. Já Katherine sorria forçado, como se não quisesse estar aqui e eu também não a queria aqui.

– Elijah. Kath. - sorri meio surpresa. Sempre que fazíamos uma pequena reunião, Katherine fazia questão de inventar uma dor para não vir. Desta vez ela tinha me surpreendido - Entrem por favor.

– Ah, você só pode estar brincando. - Rebekah reclamou em bom tom enquanto Elijah entrava com o braço envolvendo a cintura de Katherine - Elena, você a convidou? Sério isso?

– Bekah, por favor... - pedi não querendo brigas no aniversário de Damon.

– Olá, cunhadinha! - Katherine saudou Bekah com um sorriso sarcástico - Não imaginei que você viria, fala sempre tão mal da minha irmã.

– Mentirosa! - Rebekah quis levantar, mas imediatamente Stefan a segurou.

– Gente! - gritei irritada - Katherine se você veio para causar brigas, pode dar meia volta e sair daqui! - apontei para a saída.

– Katherine, por favor. - Elijah pediu gentilmente e minha irmã gêmea sorriu de lado.

– Eu não vim para brigar, vim para celebrar o aniversário de meu cunhado favorito!

– Quanta meiguisse, Kath! - Damon disse irônico - Mas se for para ser falsa, prefiro que continue a briga. É mais divertido. - ele deu-lhe uma piscadela e Kath sorriu maliciosa.

Elijah foi até Damon e o parabenizou entregando-lhe um presente nao muito grande. Após guardar o presente de Elijah junto com os outros Jeremy chegou acompanhado com sua namorada Annabelle. Eu adorava Anna, ao contrário de Katherine, que julgava a garota pobre de mais para nosso irmão. Coloquei uma música qualquer apenas para distrair o ambiente e fui começar uma conversa com Bekah e Anna. Jeremy parecia entertido numa conversa com Elijah enquanto meu noivo conversava animadamente com Stefan e Katherine entrosava junto com eles.

– E mais gente para a pequena reunião! - Damon reclamou quando a campaínha tocou. Ri revirando meus olhos e ele foi abrir a porta - Barbie! - sorriu alegre, mas logo pareceu ficar confuso - Klaus?

Todos nós ficamos surpresos quando Caroline apareceu ao lado de Klaus. Minha amiga parecia muito sem jeito.

PDV KLAUS

– Você tem certeza de que está bem?

Caroline tinha um olhar triste naquela tarde. Seu rosto não tinha cor e ela mal conseguia carregar algo com uma mão apenas sem precisar da outra. Com tudo acabava se assustando e sempre que olhava para Camile, parecia que de desmancharia alí mesmo.

Passar a tarde com ela e Camile pensei que seria divertido, para todos nós, mas Caroline estava distante. Não conseguia nem falar coisa com coisa. Já estava me preocupando.

– É... Claro, Nik. É claro. - ela disse agitada e ficou de pé. Indo imediatamente para a cozinha. Estávamos de volta a sua casa e já fazia algum tempo. Camile desenhava no chão enquanto via um desenho qualquer na televisão.

Ouvi algo indo de encontro ao chão e Camile olhou assustada para a cozinha. Ela suspirou de leve e voltou para seus desenhos, como se já estivesse adaptada com a atitude da mãe. Fico de pé a tempo de ver o que Camile desenhava. Eram três pessoas a do meio supus ser ela mesma, pequena e de cabelos amarelos; de cada lado também tinha uma pessoa de cabelos amarelos. Fiquei confuso, Camile desenhava seus pais juntos.

Andei até onde Caroline estava logo que resolvi ignorar minha própria confusão. Caroline estava abaixada ao chão com lágrimas nos olhos e com as mãos de apoio no chão. Vê-la daquela maneira me deixou desesperado a ponto de matar quem lhe fizera chorar. Tinha medo de ser eu mesmo quem fizera isto, só queria fazê-la sorrir. Caminhei em sua direção e ela me notou, abaixou seu rosto para não se deixar ser vista naquele momento.Abaixei-me ao seu lado, não sabia o que dizer, não sabia o que fazer. Acariciei suas costas, e seu choro apenas aumentou. Seu corpo caiu ao meu lado e ela se jogou em meus braços, num abraço apertado, quase desesperado.

– O que há, love? - pergunto afagando melhor seu corpo e a deixando chorar sobre mim. Ela negou com a cabeça, chorando ainda, tentou dizer, mas preferiu chorar mais um pouco.

Caroline silenciou-se de olhos fechados. Eu a olhei, quase que impossível, seu corpo estava debruçado sobre o meu.

– Eu estou com medo, Nik. - sua voz saiu fraca. Semicerrei meus olhos, não entendendo do que ela queria dizer, até que finalmente consegui compreender, acho.

Ele não irá mais tocar um dedo em você, sweet. - digo incrédulo e a sinto estremecer.

– Ele vai, Niklaus. Ele vai. - sussurrou com raiva - E não há nada que a gente pode fazer, Nik. Eu só tenho que ir embora...

– Hey! - assusto com suas palavras - Você não vai a lugar nenhum, Caroline.

– Niklaus, você não entende? - ela levanta seu corpo - Galen pode me matar! Ele pode nos matar! Eu não vou deixar isso acontecer.

– Caroline, eu lhe prometo, ele não fará nada contra você. - digo segurando seu rosto.

– Não é por mim que tenho medo, Niklaus. - negou áspera e se afastou de mim com um olhar triste - É por Camile... e por você.

Me assusto novamente com as palavras de Caroline. Desta vez fico também surpreso. Ela se preocupava comigo. Comigo e com Camile, claro. Significava que eu sou importante assim como a pequena cópia de Caroline?

– Eu não suportaria viver sabendo que Galen lhe fez mal, nem muito menos se ele fizer algo novamente com minha filha. - negou entristecida. Seguro suas mãos num gesto calmo.

– Ficará tudo bem, confie em mim, Caroline, por favor? - imploro - Eu nunca deixarei que Galen lhe faça mal novamente, nem a Camile, acredite em mim.

Ela solta uma respiração pesada e se aninha em meus braços novamente. Eu iria protegê-la de tudo, principalmente daquele covarde. Caroline já era tão importante para mim quanto o meu oxigênio, eu tinha de lhe proteger.

– Acho que temos uma festa para ir, não é, love? - digo a fim de distraí-la de seus próprios medos. Queria muito que Caroline não sentisse mais medo, porém seu medo de deixava com mais vontade de acabar com a vida de Galen Vaughn. Caroline suspirou num resmungo e rimo de leve juntos - Sweet, eu estarei contigo, sempre que você precisar.

Ela me olhou sorrindo e delicadamente depositou seus lábios nos meus até que se encaixassem perfeitamente num delicado beijo.

PDV BONNIE

– Vovó, a senhora viu meu casaco? - grito dentro de meu closet para minha avó que estava na sala assistindo TV.

Já passava das oito da noite, eu estava atrasada para a festa de Damon e sabia que Elena me mataria se eu atrasasse mais.

– Está na mobília, querida! - vovó gritou da sala e bufei empurrando as roupas que estavam jogadas pelo chão de meu quarto. Corro até a mobília e visto meu casaco. Sorri me avaliando ao espelho. Não estava da maneira que queria, mas estava bem bonita até.

– Já estou indo, beijos! - gritei saindo de casa e ouvi ainda vovó dizendo para eu não voltar tarde e tomar cuidado para dirigir.

Até o apartamento de Damon eu demorava cerca de quinze minutos, por sorte não tinha nenhum trânsito, então em pouco menos de dez minutos eu estacionei meu carro atrás do chamativo carro de Stefan Salvatore.Eu reconhecia o carro pois no aniversário de Elena ano passado, seu cunhado me deu carona até minha casa três e meia da manhã. Stefan era uma boa pessoa, era divertido e espontâneo, as vezes até parecia com Damon em algumas maneiras de agir. Entretanto Damon sempre tinha brincadeiras importunadas na hora errada, o contrário de Stefan, que sabia quando brincar.

– Segura o elevador! - grito correndo com meus saltos de 15 cm. Odiava ser baixinha por isso sempre calçava os mais altos saltos.

O rapaz dentro do elevador imediatamente segurou as portas por gentileza e apressei meus passos até lá.

– Obrigada... - agradeci o olhando intrigada, eu o conhecia de algum lugar. Ele era não tão alto nem tão baixo. Magro e de cabelos negros arrepiados - Han... Eu te conheço. - fico meio confusa e ele me olha também curioso.

– Bonnie Bennett! - exclamou surpreso e eu ainda não conseguia lembrar seu nome. Ele sorriu de uma maneira que logo revelou-se.

– Kol Mikaelson! - digo rindo alegre - Já faz um bom tempo, hein?

– Claro, eu estava fora do país. - ele disse dando de ombros e o olhei surpresa.

– E o que fez voltar? - pergunto intrigada, o elevador tomou força e subiu os andares tranquilamente.

– Minha família. - respondeu tranquilo e sorri - E você, Bennett? O que faz da vida?

– Trabalho e estudo e as vezes participo de festas do noivo de minha amiga. - dei de ombros e ele riu.

As portas se abriram e caminhamos juntos até o apartamento de Damon, em silêncio. Ao apertar a campainha, esperamos mais 10 ou 15 segundos até Elena abrir a porta com um imenso sorriso.

– Bonnie! Até que em fim! Não queria cantar o parabéns sem você! - ela jogou seus braços no ar e em seguida me abraçou com força.

– Nossa, calma! - digo rindo e ela bufa descrente.

– Você está atrasada, Bonnie Bennett! Oh, Kol! Nem tinha te visto aí atrás! Vocês vieram juntos? - ela me larga desconfiada e meus olhos se arregalam assustados.

– Está doida, Elena? - digo a empurrando de leve e Kol riu - A gente se encontrou por acaso aqui no elevador.

– Ah, sei lá! Depois do que a Caroline aprontou, não espero mais nada. - Elena disse abrindo mais a porta - Vamos, entrem!

– Ah, pensei que cantaria o parabens aqui de fora. - Kol disse indo para dentro e esperei por Elena.

– Já chegou reclamando! - pude ouvir Damon falando em bom tom, tinha uma música tocando mas não muito alto - Ae, cara! Não imaginei que perderia seu tempo também!

– Eu não imaginei que você perderia seu tempo. - diz Kol rindo e foi cumprimentar o Salvatore mais velho.

– Como assim "Depois do que Caroline aprontou"? - pergunto a Elena, que já tinha fechado a porta e estendia sua mão até a mim para eu lhe dar meu casaco.

– Veja você mesmo. - disse com um sorriso malicioso e tirei meu casaco.

Ao entregar meu casaco nas mãos de Elena vejo Caroline rindo entretida numa conversa com Stefan. Klaus Mikaelson estava ao seu lado também rindo com a conversa e seu braço direito estava rodeando a cintura de Caroline gentilmente.

– Oh, meu Deus.

PDV CAROLINE

Todos na festa estavam surpresos com a minha presença e a de Niklaus. Conhecer Elijah foi melhor do que a primeira vez em que lhe vi. Naquela circunstancias, sobre o colo de Niklaus, foi vergonhsos, não que não fiquei acanhada em conhecê-lo desta vez como namorada de seu irmão, mas da ultima vez, como a garçonete desastrada, tinha sido bem pior.

Quando Klaus me apresentou melhor a Elijah, o mesmo me deu um sorriso de como já soubesse de tudo. Acanhada eu ignorei e parti para conhecer Katherine, esposa de Elijah, tão idêntica a Elena, que se não fosse pelos cabelos cacheados, eu iria chamá-la de Elena. Entretanto, os olhos de Katherine quando bateram em mim, ao contrário do olhar gentil e amável que vi em Elena quando a tal me conheceu, Katherine tinha um olhar debochado e sádico. Não dei trela ao seu jeito e resolvi cumprimentar Stefan, o qual eu conheci certo dia no Gril e que, coinscidentemente, era noivo da irmã de Klaus.

Rebekah foi gentil logo que nos apresentamos, me recebeu com um abraço apertado e dizendo que estava feliz por finalmente seu irmão ter arranjado alguém em sua vida. Segundo ela mesmo, já tinha escutado Elena falar de mim, dizendo o quão boa pessoa eu era. Descobrindo que seu irmão finalmente arranjou uma namorada decente que não estava com ele pelo seu dinheiro, Rebekah se entusiasmou em engatar numa conversa social comigo e Elena.

Percebi que Katherine não se dava bem com a cunhada. Era engraçado os olhares das duas. De certa forma, me sentia um pouco como um piexe fora d'água. De uma forma ou de outra todos alí eram uma família. Klaus, Elijah e Rebekah eram irmãos. Elijah é casado com Katherine, irmã gêmea de Elena, que é noiva de Damon, o qual é o irmão mais velho de Stefan, este é o noivo de Rebekah. Família Mikaelson com família Gilbert e família Salvatore com família Gilbert.

– Como você conseguiu isso, Caroline? - pergunta Bonnie de olhos arregalados.

Estávamos Bonnie, Elena, Rebekah e eu na cozinha. Bonnie tinha chegado já fazia um certo tempo e logo já tinha nos arrastado até a cozinha.

– O quê? Do que está falando? - pergunto assustada.

– Oras, não se finge de tola! - Elena riu dando-me um leve empurrão no ombro quando passoou por mim e foi até onde Bonnie estava.

– Eu não tenho a mínima do que vocês estão falando. - digo sincera e Rebekah solta uma risada.

– O que elas querem saber é como você conseguiu pescar meu irmão. - diz a loira batucando as unhas sobre o balcão no rítmo da música vinda da sala - Por que cá entre nós, não é uma coisa muito fácil. - sorriu de lado.

Senti meu rosto enrubecer e elas riram divertidas.

– Não acredito que estão falando disso! - digo descrente.

– Klaus não é de se encantar muito com mulheres com filhos. - diz Rebekah sorrindo de lado.

– Nem é de se encantar também, vamos por assim dizer. - diz Elena com um meio sorriso. Eu a olho sem entender.

– Bem, Klaus já mostrou a todos o quão antipático é, o quão insensível e... - Bonnie calou-se com um sorrisinho amarelo.

– Bonnie, assim você termina com o relacionamento de meu irmão! - Rebekah diz e ergue as mãos incoformada com a conversa de Bonnie.

– Ah, gente, seremos verdadeiras... - diz Elena sentando-se sobre o balcão da cozinha de seu noivo - Klaus está sorrindo! - ela falou como se nos contasse que viu uma eestrela cadente - Veja, ele trouxe Caroline sabendo que a irmã megera dele estaria aqui...

– Hey! - Rebekah indgnou-se e não consegui prender uma risada - Está vendo, né, Caroline? É desta forma que sou considerada por esta família!

– Não se preocupe, eu não te considero uma megera. - digo negando e ela sorri convencida à Elena.

– Bem, você sim é minha cunhada preferida, Caroline. - diz Rebekah ao provocar Elena e dou risada.

– Ouch, pegou pesado, hei, Bex. - diz Bonnie rindo e Rebekah a olhou como se aprontasse algo.

– E você, bruxinha... Ficou bem próxima de meu irmão em tão pouco tempo, hein? - diz a loira com um sorriso malicioso. Elena e eu rimos do espanto de Bonnie.

– Como assim? - indigna-se Bonnie com os olhos arrealados.

– Vocês dois chegaram juntinhos. - diz Elena com um sorriso também silencioso.

– E eu mesma vi vocês dois passando alguns minutinhos conversando sozinhos. - digo também para provocar e Bonnie me olha como se eu tivesse lhe traído - Só estou contanto o que vi. - me defendi e Rebekah riu divertida.

– Ah, que divertido, vou ganhar duas cunhadas num dia só!

Comecei a perceber o quanto eu estava me divertindo naquela festa, entre amigos. Infelizmente não tinha trago Camile, esta tinha ficado com Sheila esta noite. Mystic Falls realmente tinha me sido a melhor escolha, fiz amizade as quais jamais esquecerei, nem mesmo quando eu partir de vez, sem jamais voltar. Infelizmente esse dia chegaria, cedo ou tarde, eu não podia ficar por aqui muito tempo, Galen poderia me encontrar e destruir com minha felicidade.

Finalmente o tão esperado parabens foi cantado a luz das velinhas do bolo sobre a mesa na sala, o primeira pedaço de bolo foi dado a Elena e de presente Damon ganhou de sua noiva passagens para ambos curtirem um final de semana a sós na Califórnia... E também o box de The Walking Dead.

Damon ganhou muitos presentes no final da noite e sabíamos todos que ele estava mais ansioso para esse final de semana do que qualquer outra coisa. Bonnie e Kol foram alvos de piadinhas de Damon, já que ele não perdia a oportunidade de deixar todos acanhados. Não foi diferente de mim.

"Agora quer dizer que a Barbie encontrou seu Ken?"

Klaus e eu não ligamos para as brincadeiras de Damon, só me pergunto como Elena consegue aturar essas piadas? Será que ele é assim todos os dias? Depois de muito me divertir naquela noite, Niklaus e eu resolvemos ir embora e, segundo ele, esta noite iríamos passar em sua casa.

Eu não estava querendo muito aquilo, afinal, era a casa de seus pais. Mas Nik me garantiu que seus pais foram para Nova Iorque esta noite num jantar de negócios de Mikael, só voltariam amanhã. Seu irmão mais novo Henrik estava na casa de um amigo, Rebekah pegaria o voo para Itália logo cedo com Stefan, então passaria a noite no apartamento dele. Elijah e Katherine já tinham ido embora e provavelmente já estariam dormindo a esta altura.

– Sua casa é muito linda, Nik! - digo maravilhada e ele sorri largando as chaves na mesa ao lado da porta da entrada.

– Venha, vamos subir. - ele segura em minha mão e passamos juntos por uma grande sala de estar.

Elena já tinha me contado o quão ricos eram os Mikaelson, mas jamais imaginei ser tanto desta maneira. Tinha toda a certeza de que esta era a maior casa de toda Mystic Falls e quando entrei no quarto de Nik minhas hipóteses de alguns dias atrás foram afirmada: o quarto de Niklaus era basicamente do tamanho de toda minha casa.

– Eu tinha a certeza. - sussurrei revirando meus olhos. Nik trancava a porta do quarto e senti um tremor em meu coração. Estava ele e eu sozinhos em seu quarto. E eu não sabia o que fazer.

Caroline, deixe de ser idiota! Vocês estão num relacionamento, é óbvio que isto vinha a acontecer, uma hora ou outra.

Niklaus estava com seu corpo bem próximo ao meu, seus braços rodearam meu corpo e senti seus lábios tocando suavemente meu pescoço. Fiquei arrepiada e não consegui respirar.

Parte de mim não queria fazer aquilo, parte de mim dizia que eu ainda era casada. Olhei para minha mão esquerda. Ainda tinha a marca de minha alinça, de tanto usá-la lá foi o lugar onde o sol não pode me escurecer poucos tons. Fechei meus olhos e tentei não me concentrar no meu passado, sim no meu presente. Onde está apenas Niklaus e eu...

– Algum problema, sweet? - ele pergunta me olhando preocupado.

Respirei fundo e virei meu corpo para vê-lo melhor.

– Eu estou pronta para me entregar a você, Nik. - digo com a voz um pouco baixa. Vejo seus olhos alegres, mas confusos pela minha expressão - Mas você precisa saber que... Perante as leis de Deus... Eu ainda sou casada.

Ele fica em silencio e, ainda com seus braços ao meu redor, beija meus lábios delicadamente.

– Este é seu único defeito, Caroline. - sussurrou me deixando um pouco chateada - Mas é seu defeito que lhe dá suas maiores qualidades. Você está aqui, comigo, você largou aquele cara... Você está numa nova vida, comigo. Se existe um Deus justo lá em cima, perante as leis Dele você já não é mais casada com aquele homem há dois anos, Caroline.

Sinto um peso saindo de minhas costas, foi como se Klaus abrisse meus olhos. Deus era justo, eu acreditava Nele. E Ele sabe muito bem o que passei, e sabe quais são suas leis, Ele quem as criou, não os homens. Não Galen.

– Agora resta você se titular casada ou não. - diz Nik com um olhar calmo.

Abro meus olhos lentamente para ver seus olhos sobre mim. Um sorriso escapa de meus lábios e posso ver o quão feliz Niklaus ficou em vê-lo, foi o sinal verde para que eu me entregasse a Niklaus em seu quarto naquela noite, para finalmente esquecer-me que sou casada... ou melhor que fui casada com um monstro daquele.


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Notas finais do capítulo

Comentários??
kkk
XOXO