The Other World escrita por Palavras Incertas


Capítulo 16
Medos e desesperos


Notas iniciais do capítulo

Olá! Pois é, eu ainda estou viva! Tudo o que eu tenho a dizer é mil desculpas pela demora, eu realmente sinto muito. Sinta-se a vontade para me xingar de tudo nos comentários, se alguém ainda ler essa fanfic, eu sei que eu mereço. Eu estou me sentindo péssima. Mas aconteceu uma coisa boa nesse feriado, eu recuperei minha vontade de escrever, estava muito difícil pra mim escrever, eu simplesmente não conseguia, e não é por falta de motivação , eu tenho leitoras incríveis, eu acho que eu estava desanimada, mas agora eu voltei e eu juro que vou lhes recompensar pela demora.
P.s. Muito obrigada as leitoras queridas que comentaram no capítulo passado.



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E aqui, nesse momento, nessa parte da história, tudo se resume ao medo. Ah sim! O medo! E também ao doce silêncio causado por aqueles minutos de pânico, o silêncio congelante e paralisante dos desesperados. Não consigo encontrar maneira melhor de começar a narrar esse capítulo.

Mas antes de começar tenho que lhe pedir algo, por favor tente somente não julgar nossos protagonistas, qualquer ação idiota ou até mesmo a falta de ações é culpa do medo, e o medo é culpa de um galho ter sido quebrado, e um galho ter sido quebrado é culpa de ser levado do segundo andar de um prédio para uma floresta congelada em questão de segundos. Vamos ser justos, eles tem os motivos deles para estarem desesperados, sejamos a favor do medo em situações extremas, até porque não tem nada de estranho e irônico em ter medo de um pequeno galho se quebrando... Mas enfim, continuemos:

Era impossível identificar se era dia ou noite, parecia que até mesmo o tempo estava congelado. E por muitos minutos eles não conseguiram se mexer também. Mas depois começou a típica troca de olhares, Luke, Percy, Thalia e Annabeth, cada um encarando o outro, cada um esperando por uma resposta, esperando por um plano genial, esperando que alguém se pronunciasse, esperando por um milagre cair do céu. Mas nada vinha, nada ia, nada caia, tudo estava paralisado.

E então, imprevisivelmente ou não, Luke deu de ombros e quebrou o silêncio.

– Quem está aí? - Ele indagou com um pouco de receio, o loiro, provavelmente, quando contar, no futuro, essa história para seus filhos e netos não confessará isso, dirá que ele não teve medo em momento algum, mas a verdade é que ele teve de se esforçar imensamente para não tremer e para sua voz não falhar.

E em resposta ele obteve um grande e irritante nada. Nada se pronunciou, nada se mexeu, nada mudou. Tudo continuou branco e congelado, o fazendo duvidar se tinha alguém mesmo lá ou se eles tinham imaginado.

– Vou repetir só mais uma vez, quem está aí? - Ele exigiu mais confiante e autoritário dessa vez, tirando coragem da possibilidade deles terem imaginado um movimento, aparentemente não havia nada ali.

– Não tem ninguém, vocês estão ficando paranoicos! - Luke comentou depois de um instante, querendo passar uma imagem de confiança ridicularizando os outros.

– Eu sei o que eu ouvi! Tem sim algo ali, nem que seja um animalzinho. - Thalia afirmou, discordando do amigo e confiando em seus instintos que lhe diziam para correr, correr para longe dali e nunca mais voltar, mas não havia para onde correr, havia? Pra todo lado só havia neve, gelo e árvores. E depois disso? Haveria um abismo? Uma montanha? Um mar congelado? Ou será que haveria uma cidade? Não, ela não poderia se dar o luxo de imaginar que a última opção era verdadeira, ela não poderia se dar o luxo de se iludir, era o momento de ser prática, não de ter sonhos aparentemente impossíveis.

– Tudo bem que essa situação é bizarra, mas ainda não acho que eu enlouqueci e passei a ouvir coisas.- Percy disse sem muita convicção.

– Não acho que você tenha enlouquecido, só acho que nós estamos perdendo tempo tentando descobrir de onde vem esse barulho. Deveríamos estar tentando achar uma maneira de sair daqui. - Luke defendeu seu ponto de vista.

– É só escolher uma direção e seguir andando. Norte talvez! Alguém sabe onde fica o norte? - Percy deu sua opinião.

– Ah, claro! É uma ótima ideia Percy. Obviamente eu estou muito afim de começar uma excursão pela floresta congelada para me perder lá dentro. E eu não sei pra onde é o norte. - O loiro ironizou já perdendo a paciência.

– Não sei se você já percebeu, mas nós já estamos perdidos, gênio. - O moreno retrucou com sarcasmo.

– Já chega, prioridades primeiro. Vamos descobrir onde nós estamos, ver o que temos para sobreviver aqui, tentar achar suprimentos e só depois tentar sair daqui. Alguém tem alguma ideia de que lugar é esse? - Thalia falou racionalmente.

– Não. - Luke comentou rapidamente.

– Uma floresta congelada? - Percy arriscou um palpite, bem óbvio por sinal.

– Isso eu já sei Percy. O que você acha Annabeth? - A morena busca tomar conhecimento da opinião da amiga, que passou muito tempo calada.

– Ali! - Foi tudo o que ela respondeu.

– O quê? - Thalia perguntou confusa, mas em resposta só obteve som de passos, e ao se virar se deparou com a garota loira correndo cada vez mais na direção da floresta densa.

– O que ela está fazendo? - Indagou Luke perplexo.

Mas não conseguiu ouvir a resposta dos amigos, Percy já estava correndo atrás dela e Thalia também, com um pouco mais de atraso, fazendo com que não houvesse outra escolha para o loiro que não fosse correr também.

Annabeth corria desesperada em direção à floresta, como eu já pedi antes, não a julguem, atitudes idiotas e precipitadas são comuns nesse tipo de situação, ela tinha visto algo, sabia que tinha, a loira não tinha desistido de tentar localizar a origem do barulho, a garota tinha a sensação de que aquilo era importante, e, além disso, ela queria fazer algo de útil, não somente ficar discutindo perguntas para as quais eles sozinhos não achariam respostas.

Depois de muito examinar em volta finalmente conseguiu localizar algo, uma sombra para ser mais exata, uma sombra levemente humana, e sem hesitar nem esperar ela gritou e correu nessa direção, indo de encontro à sombra, à floresta, à escuridão e ao desconhecido.

Seus amigos estavam demorando um pouco, mas ela não se importava com isso, se quem estava lá era uma pessoa que ainda não os tinha atacado, ele ou ela podia muito bem compreender a situação deles e se tornar um aliado, oferecer algumas respostas, talvez até mesmo abrigo. Annabeth estava cega pela esperança doentia que nem pensou nas consequências. Um ato falho, precipitado e perigoso, não pensar no que acontece depois, e a culpa disso? Simplesmente o medo!

Ao chegar no ponto em que desejava e perceber que não havia ninguém ela começou a raciocinar sobre o quanto havia sido inconsequente, não deveria ter corrido assim do nada, foi uma atitude estúpida. A loira decidiu retornar, a pessoa da floresta poderia ser perigosa. E era isso que ela estava disposta a fazer, e faria, se a pessoa que ela procurava não tivesse outro plano para ela, com um simples golpe de bastão e uma saída rápida de seu esconderijo alguém conseguiu fazer Annabeth ficar inconsciente, caída no chão da floresta, com a visão escura, como se tivesse caído em um sono profundo, um sono do qual ela queria desesperadamente acordar. Não posso dizer que isso é novidade, já havia visto a garota loira desmaiada no chão de uma floresta um tempo atrás, só que em um lugar diferente e em circunstâncias diferentes. Só que dessa vez algo tinha mudado, e não havia sido só o clima e a paisagem, dessa vez a pessoa da floresta, que vamos tratar por desconhecido, a jogou por cima dos ombros e a carregou pra longe dali, entrando cada vez mais na floresta escura, rumo ao desconhecido.

Annabeth passou de guerreira em treinamento com bons planos para um donzela indefesa e raptada,tudo que posso dizer é que essa definitivamente não era uma boa mudança.

Percy corria desesperado, mas não atrás de uma sombra, mas sim atrás de uma garota loira de vestido branco, ela se afastava cada vez mais rápido, se tornando, aos poucos, inalcançável. E então, ela parou. Simplesmente parou e começou a se virar, como se nada tivesse acontecido. O moreno ficou confuso com a ação repentina da menina, mas era melhor assim, não seria aconselhável que o grupo se separasse.

Ele estava se aproximando dela agora, também conseguia ouvir os passos de algum dos amigos mais atrás. Ele estava confuso, mas estava tudo bem, por isso diminuiu o passo. Outra atitude falha e precipitada, correr mais devagar, mas não vamos julgá-lo, vamos somente prosseguir com a narração.

Em questão de segundos, somente para contrariar suas crenças, uma figura apareceu de trás de uma das árvores maiores, não dava para distinguir direito o que era, nem separá-la da escuridão, mas isso não impediu que o desconhecido acertasse a cabeça de Annabeth e a garota caísse dramaticamente no chão frio.

A aparição repentina de quem tinha quebrado aquele galho naquele passado recente só serviu para paralisar Percy, ver Annabeth caída e inconsciente também impedia que ele se movesse, era muita informação para processar e o medo se fazia presente novamente.

Mas, ao perceber que o desconhecido levava a garota para longe o moreno lembrou-se novamente como corria. Ele estava disposto a não deixar que aquele ser, fosse quem fosse, levasse Annabeth para longe, não, isso era inaceitável, ele não poderia permitir, ele não poderia falhar desse modo. Mas ele falhou. O desconhecido sabia onde estava, sabia para onde correr, sabia o que esperava por ele dentro da escuridão da floresta. E Percy não sabia, tudo o que ele sabia era que ele tinha falhado e que, se algo acontecesse a ela,ele não se perdoaria.


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Notas finais do capítulo

Bom, foi isso, espero que tenham gostado e que, por favor, aceitem minhas sinceras desculpas.
Beijinhos da autora...



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