Algum tempo depois o casal voltou para Miami, mesmo sendo contra gosto de David. Os dois tinham acabado de passar na pediatra de Lilah.

– Vamos ainda preciso passar no hospital, tenho que pegar alguns papeis e apesentar a Lilah para o pessoal – disse Eva arrumando a cadeirinha.

– Certo, enquanto você faz isso eu vou dar uma passada no quartel, e ligar para a Rivari.

– O que foi, David ? Alguma noticia ruim ?

– Não, nenhuma e esse que é o problema, eu não tive mais nenhuma noticia do que está acontecendo. Não sei se pegaram os caras, não sei se eles estão soltos, e não faço a minima ideia de como anda a nossa segurança.

– Ei, calma. Respira. A Lilah ainda não tem nem um mês de vida e você já está se preocupando com um bando de caras atrás dela – Eva ri.

– Não tem graça, Regina, eu to preocupado. Muito preocupado.

– Eu sei, só estava tentando te fazer rir. Amor calma – Eva entra no carro e senta no banco passageiro – Rivari me disse que estava tudo sob-controle – Eva beija David – Eu prometo que vamos passar por isso. Juntos.

David suspirou, arrumou o espelho de seu carro e pode ver a cadeirinha de sua filha virada para trás. David não queria e nem deixaria que alguma coisa acontecesse com o seu bebê. Nenhum de seus filhos seriam machucados. E se pudesse colocaria Eva em uma bolha e faria vigília para que ninguém chegasse perto dela.

Enquanto David se preocupava com sua família. Graham estava na casa de seus pais, tentava ajudar Ruby a escolher a melhor faculdade para se candidatar. Belle ajudava Z. E Elsa a encaixotar as coisas. As irmãs finalmente conseguiram um apartamento perto do emprego de Professora da ruiva. Elsa trabalharia meio período enquanto estudava na faculdade noturna.

Embora Henry não tivesse aceitado a noticia de que metade de suas “crianças” estariam saindo de casa no próximo ano. O velho se prontificou de que as três estivessem bem instaladas e financeiramente instáveis.

Ruby a lista é infinita, só que algumas não ficam em Miami.

Eu sei, e isso que me dá um medinho. Sabe, largar a família, e o Gabriel...

Não é uma grande coisa, sabe, eu e a Evy saímos do ninho quando fomos a faculdade. Lhe garanto que vamos todos estar aqui nos fins de semana, feriados e outras ocasiões especiais. E o Gabriel vai entender também.

– Quais são as melhores faculdades ?

– Vou falar só as que ficam na califórnia.

– Ok.

– São elas, Stanford, Pomona...

– Tão famosas e tão longe.

– Olha se você prefere algo calmo e talvez um pouquinho perto tem uma no Maine. A Bowdoin College.

– E o que eu sei sobre ela ? – perguntou Ruby ao pegar o panfleto da mão de Graham.

– Você sabe que ela fica no Maine, foi fundada em 1802, tem cerca de 1.778 estudantes e o custo anual dela é de 58.200 dólares.

– Tudo isso ?

– Eu me formei na Brown, né... então o que são 58.200 dólares anuais...

Enquanto Graham fala com Ruby sobre preços, Belle colocava alguns livros de Zelena na caixa e a lacrava.

– Fica perto do parque, você pode ir quando quiser, vou está disponível depois das quatro – disse Zelena empacotando algumas molduras.

– Sei onde é, fica apenas alguns quarteirões da biblioteca que vou trabalhar. – Mas e a Elsa ? Gostou do lugar.

– Claro, principalmente meu quarto que tem uma janela para a rua onde tem um bar que toca romances dos anos 70 – Elsa ri

– E você, Belle ? Já contou para o tio Henry que vai sair de casa de vez ?

– Eu ia, mas com a Ruby indo pra faculdade, vocês saindo de casa e a Eva praticamente se mudando para a Carolina do norte... acho melhor continuar aqui e dar esta noticia daqui alguns meses. Graham também não facilitou quando disse que ele e Serena se casaram as escondidas.

– É essa casa ficou bem vazia. Quero dizer, agora é só você, Jeff e Charlie.

– Por enquanto – disse Jefferson entrando no quanto da prima com mais caixas.

– Como assim por enquanto ? – perguntou Belle.

– Lembra da peça que você foi assistir semana retrasada ?

– Sim, o que tem ela ?

– Bom você não foi a única a assistir. Tinha um agente no meio da plateia.

– Depois do espetáculo ele me chamou de canto. E disse que estão procurando por um cara que tem um perfil diferente para uma nova série, e ele disse que eu me encaixo no perfil.

– Que legal, Jeff – disse Belle animada.

– Pois é, a parte chata é que a série se passa em Nova York. Eu terei que me mudar.

– Quando ?

– Tenho três semanas para resolver tudo. Eu e a Charlie vamos no fim do mês. O cara já arrumou um apartamento para a gente.

– Eles já sabem ?

– Pai e mãe ? Não. Estava pensando em fazer um jantar e chamar a família toda para comunicar.

Enquanto Jefferson explicava a nova vida para a irmã e as primas, Eva já tinha chegado no hospital. E é claro que sua equipe não largou Lilah nem por um segundo. A menininha começou a sendo segurada por Logan e terminou no colo de Chris.

– Quem é a Zambrano mais fofa desse mundo ? – dizia Chris enquanto passava o polegar na bochecha da menina.

– Meu deus como ela é linda – disse Lindsay.

– Eu nunca fui bajulada desse jeito – disse Eva fingindo ciúmes.

Emma que viu o bolinho formado no corredor correu para ver o que era, e logico. Quase arrancou a menina dos braços do amigo de trabalho.

– Argh, que tia babona – disse Chris.

– Ei, você passou na minha frente ! – disse Lindsay.

– Tá legal. Segure-a – Emma entrega a menina para a morena.

Eva assistia aquela briguinha saudável com um largo sorriso, mas precisou ir para um lugar mais reservado quando Emma a puxou pelo braço.

– Podemos conversar ?

– Claro, o que foi ?

– Leve sua família para esse endereço amanhã.

– Tudo bem, mas o que vamos fazer lá ?

– Surpresa – disse Emma com um sorriso tímido.

– Sabe, você e seu irmão... eu odeio isso de surpresas e esses sorrisinhos finos... Cameron o que você vai fazer ?

– Não posso contar, apenas diga que vai.

– Tá.

– Obrigada, preciso ir, tenho uma terapia daqui a pouco, mas antes – ela passar pelo bolinho e dá um beijo na testa de Lilah – Tchau amor, a tia te vê amanhã.

Depois que Emma se despediu de Lilah, Tucker chegou em Lindsay.

– Legal legal, agora me passe esse pacotinho aqui, venha Lilah, vamos conhecer os lugares onde sua mãe mutas vezes berrou com os internos – ele pega a menina no colo e sai andando.

– Tucker eu realmente não acho que seja uma boa ideia você mostrar uma imagem rim minha para a minha filha – Eva o acompanha.

David já estava na sala de Rivari. Deixou Eva e sua filha no hospital, queria resolver esse assunto de segurança o quando antes.

– Você nunca mais me ligou, eu preciso ter algum tipo de resposta. Mesmo que não me agrade.

– David. Nós já localizamos o paradeiro de um dos assassinos. Mas não podemos pega-lo agora. Se não o outro fugirá.

– E enquanto isso eu e minha família vamos viver nas sombras ? Com medo de algo ou alguém estar na esquina mais próxima para nos fazer mal ?

– Foi por isso que mandamos você para a Carolina. O que estão fazendo aqui ? Estamos fazendo o que está ao nosso alcance, mas vocês também não estão facilitando nada ao simplesmente aparecer aqui em Miami assim, sem segurança nenhuma, onde está a sua mulher ?

– No Hospital.

– Sozinha ? Ótimo assim ela vira alvo fácil.

Carrie falava com razão. Era muito arriscado para eles estarem em Miami sozinhos sem proteção.

– Volte para lá o mais rápido possível.

E foi tudo o que David entendeu.

No dia seguinte ele queria já estar no avião, mas Eva o fez ir ao lugar secreto de Emma junto com ela. Ela e o resto da família.

– Bem chegamos – disse David estacionando o carro.

– É um prédio – disse Eva ao abaixar a janela do carro.

Eva desce do carro, a família vai descendo dos outros carros, Jeff vai até a portaria e pergunta sobre Emma. O porteiro gentilmente os levou até o elevador, como a família Zambrano era bem grande eles dividiram o peso.

Ao chegar no terraço, Eva entendeu o sorriso tímido de Emma. Aos poucos todos foram entendendo. Se sentaram nas cadeiras, Jack e Madeleine também estavam lá. Jack segurou Lilah e não quis deixar que Mady segurasse a menina.

– Adivinha só – ela sussurrou para Eva.

– O que, Jack – perguntou Eva com um sorriso.

– Eu ESTOU segurando o seu bebê – disse ela, Eva passou o braço no pescoço da amiga e a beijou na testa.

– Isso é o que eu acho que é ? – perguntou David para a esposa.

– Sim. A Emma está se casando.

E lá estava a loira, com um sorriso tímido, mas lindo. Segurando um buque de flores coloridas, com um vestido vermelho comportado com uma de suas tranças em um coque. Anthony estava com um terno que usava para ir as reuniões de trabalho. Henry estava na fileira da frente segurando as alianças, ao seu lado estava uma mulher muito bonita, olhos azuis iguais ao de Hook, cabelos negros, usava um terno feminino, cabelos lisos soltos e salto agulha parecia ter acabado de sair de uma reunião de negócios. Nada muito extravagante, e é claro o juiz de paz.

– Bom para podermos começar direito, precisamos de testemunhas. Ou padrinhos – disso o juiz.

– Eu deixa eu ! Deixa eu ! – Ruby se candidatou – Por favor Emma.

– Claro – Emma chamou a moça – hãn... Milah, você gostari...poderia..se você quiser – Emma estava envergonhada, a final só conheceu a cunhada no dia de seu casamento.

– Achei que não ia pedir – Milah se prontificou.

– Serena ? Você...

– Nem precisa perguntar – disse a Ruiva se levantando e entregando Elijah para Graham.

– Yaogui... você tá no clima ? – perguntou Hook.

– Claro, chefe – disse Phillip se levantando.

– David...

– Só porque esse casamento precisa de um destaque. – David corre até o lado de Phillip.

– Falta mais um... quem você vai chamar agora, Hook ? – perguntou Jeff apontando para si mesmo.

– Eu ia mesmo chamar você, vem, Jefferson – disse Hook rindo.

– Ruby aguente este brilho.

– Fala sério – a moça revira os olhos.

– Podemos começar ? – perguntou o juiz de paz.

– Claro.

Emma sorria para Anthony como se o acabasse de conhecer. Eva sacou o celular de seu bolso e pediu para Graham gravar a cerimonia. Elijah foi para o colo da tia. E finalmente o juiz perguntou.

– Anthony Killian Jones, você aceita esta mulher como sua legitima esposa, para ama-la e respeita-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe ?

– Aceito – ele diz e coloca a aliança.

– Emma Cameron Swan, você aceita este homem como seu legitimo esposo, para ama-lo e respeita-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe ?

– Aceito – ela sorri e coloca a aliança.

– Então, pelos poderes concedidos a mim, por Deus eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva – disse ele a Hook.

E o beijo selou a união matrimonial do casal. Depois da cerimonia, Milah foi apresentada para David.

– David, está é Milah, minha irmã. – disse Anthony com o braço ao redor de Milah.

– Oh, muito prazer, finalmente conheci você – disse David.

– Igualmente, quando ele me ligou pedindo para vir até Miami, que o assunto era sério. Eu achei que ele tinha se metido em encrenca.

– Digamos que ele é uma rapaz com muita energia – riu David – mas não acho que ele seja do tipo que se mete em encrencas.

– Você é o marido da Jack ?

– O que ? – perguntou David.

– Ele não faz meu tipo, eu prefiro os latinos – disse Jack ao chegar perto de – David – Sua esposa está te chamando – disse ela para Kip.

– Com licença – David se afasta.

– Ah você é a famosa, Jacqueline.

– Famosa ? Gostei, mas porque ?

– Todas as vezes que ele ligava ele me falava de você. Cheguei a achar que vocês... – Milah insinua algo com os dedos.

– Oh, não, não – como eu disse, prefiro os latinos – disse Jack fazendo Milah rir.

– Mas então como vocês se conheceram. Eu sei que ele e Emma se conheceram no hospital. E vocês ?

Jack olha para a irmão de Hook com um sorriso amarelo, como ela iria dizer que atropelou seu irmão casula, o que ocasionou algumas costelas quebradas e um presente casamento.

– Longa história, Mimi – disse Hook já cortando o assunto – venha quero lhe apresentar a família que arranjei por aqui. Cora...

– Jack se afastou um pouco – Essa passou perto – ela caminha até uma Eva de cara emburrada e um David com um sorriso muito discreto no rosto.

– O que foi ?

– Evy está com ciumes – disse David.

– Não estou com ciúmes, mas eu vi o jeito que você olhou para a irmã do Hook.

– Que jeito, Eva ? – perguntou David tentando não rir.

– Ah, Regina fala sério, ela é bonita, até eu dei uma leve olhada. – disse Jack.

– David, Emma está te chamando – disse Mady com Lilah no colo (finalmente) – E você, senhorita, nós precisamos conversar – disse ela para Jack.

– Por que eu senti medo disso ?

– Uh, alguém vai levar bronca da mamãe – disse Eva doida para saber o que Jack fez de errado.

Do outro lado, David e Emma estavam abraçados.

– Não dá para acreditar que minha irmãzinha casou – disse ele todo sorridente.

– É, consegui.

– Mas porquê não nos disse, teríamos tentado algo melhor – disse ele em relação ao casamento simples.

– Não, nós queríamos que fosse exatamente assim, só com a família. Não vou negar foi difícil pra gente conseguir convencer a Milah vir para cá sem explicar o motivo verdadeiro para ela.

– Posso ser sincero ? Achei que essa irmã dele era tudo fruto da imaginação da cabeça dele.

– Eu também achei isso – disse Emma rindo – Ele quase nunca falava dela e toda vez que eu perguntava ele dizia que ela era muito ocupada.

– Eu achei que ele tinha uma irmã gêmea, mas ainda no útero da mãe dele, ele a matou e a comeu.

– David ! Que horror – Emma faz cara de espanto e ri logo depois.

– Mary teria ficado muito orgulhosa de você – disse ele depois de puxa-lá para mais um abraço.

– É... acho que ela sente orgulho de nós dois. Seja lá onde ela estiver agora.

– Mas é logico que iria chamar a sua atenção por isso “Emma ninguém se casa de vermelho, onde já se viu casar-se em um terraço de um prédio caindo as pedaços, as cadeiras estão enferrujadas” – ele a faz rir.

– Seria bem a Mary mesmo.

– É... eu nunca achei que iria dizer isso para você, mas...

– O que ?

– Nós íamos nos divorciar.

– O que ? – perguntou Emma.

– As coisas não andavam bem entre a gente. Sabe. Ela e eu... nós nascemos em épocas diferentes. Desculpe eu ter falado isso assim, no seu casamento.

– Tudo bem.

– Mas nós estamos bem, na amizade. Só íamos viver em casas separadas.

– David não foi culpa de ninguém, sei que você não a odiava. Relaxa e aproveita.

Depois da cerimonia, Hook levou todos para jantar no restaurante que tinha feito reservas no dia anterior. O único peso que corroía David foi liberado naquela noite, naquela noite ele e Eva não puderam ir para outros lugares a sós, ela ainda estava na dieta. Mas mesmo assim foi diferente. A final aquela noite tinha sido diferente para todos.