EVA P.O.V

– Bom, cá estou eu, começo do meu plantão, está uma chuva da desgraça lá fora, um frio daqueles, e esse hospital não é lá muito movimentado, bem esse é preço que se paga por ser chefe da equipe de residência, estava em um dos quartos dos hospital folhando um a revista qualquer, quando ouço meu nome sendo anunciado no circuito interno do hospital.

“ Dra. Zambrano, compareça no centro cirúrgico imediatamente, Dra. Zambrano compareça no centro cirúrgico imediatamente ”.

– E lá vou eu, com o pré-escolar. – Eva costuma chamar assim seus residentes.

Fim do P.O.V

Eva se levanta da cama onde estava deitada, joga a revista que estava lendo em cima do criado mudo perto da porta, e sai dando passos grandes em direção ao centro de cirurgia, seus residentes saem de lugares diferentes e a seguem.

– Dra Zambrano, eu posso lhe auxiliar ?

– Eu nem sei do que se trata.

Nesse momento a equipe de resgate chega com dois feridos de um acidentes automobilístico.

– O que temos ? – Eva pergunta colocando o avental e as luvas de látex .

– Um casal, ela em estado grave, teve uma parada cardíaca vindo para cá. – um enfermeiro fala.

– Nomes ? – Serena Warren pergunta.

– Ele, David Kip Nolan, ela, Mary Margaret Blanchard Nolan.

– Wow, que nome comprido – Christopher Deleo fala.

– Não é hora para brincadeiras Chris, tá legal gente, eu preciso da minha equipe toda aqui, agora.

– Estamos todos aqui – um residente fala.

Eva da uma rápida olhada.

– Mas só tem cinco, cadê o resto ?

– São seis, mas a novata vai começar amanhã, os papeis da transferência ainda não foram totalmente assinados. – Tuck Brody responde.

– Que legal, quando mais precisamos, ela não é liberada. – Eva resmunga.

De repente escuta-se o barulho da maquina apitar.

– Dra o que eu faço aqui ? Estou perdendo ela. – Lindsay uma dos residentes a chama.

Eva não consegue pensar em locais muito barulhentos, e a sala estava um horror, os enfermeiros não paravam de gritar, as maquinas estavam apitando, estava aquele caus.

– CALEM A BOCA !!!! – Eva perde a paciência e grita.

– Eu preciso que todos se calem, o próximo que falar ou respirar alto eu mando sair da sala e suspendo do quadro de ajudantes de cirurgias. Ok, agora já que estamos em seis contando comigo, vão ser três para cada um, eu vou auxiliar a outra equipe.

– E quem vamos ajudar primeiro ? – Alex pergunta.

– Vamos primeiro nela, o caso dela parece ser mais intenso.

– Certo e quais são as equipes ? – Charlie pergunta.

– Eu, Lindsay e Serena, vamos ser a equipe alfa, Charlie, Tuck e Chris, iram ser a equipe omega, vocês vão ajudar o senhor Nolan, e eu e a equipe alfa, vamos tentar salvar a senhora Nolan.

A equipe se separa para começar a cirurgia de emergência.

– Que horas são ? – Tuck pergunta.

– São 3:32 da madrugada. – Chris responde.

– Ok, então nas próximas 8 horas de cirurgia, eu quero todo mundo centrado, nada de perder o foco por bobagens, lembre-sem vocês fizeram um juramento, vocês não são as estrelas desse show, eles são, somos apenas os contra-regras, então vamos mandar ver – Eva fala.

E começa a cirurgia do casal, a equipe Alfa trabalha cuidadosamente nos ferimentos de Mary Margaret.

– Alguém sabe me dizer o que ocorreu para essa mulher ficar nesse estado ? – Lindsay pergunta.

– O cara do resgate me disse que encontraram o carro em que eles estavam, em uma ribanceira, parece que ele perdeu o controle do carro e capotou ribanceira abaixo. – Chris responde.

– Isso explica o porque dela estar com cacos de vidro em seu rosto, ela dever ter sofrido uma pancada e tanto na cabeça, olha só esse hematoma. – Eva fala.

– Dra. Zambrano venha aqui – Serena a chama.

– O que foi ?

– Olhe isso – ela mostra uma parte perto do peito de Mary Margaret, tinha um tipo de fragmento do carro.

– E agora o que faremos ? – Serena pergunta assustada.

Eva para, pensa um pouco e responde.

– Mude.

– Mude ? – ela pergunta sem intender nada.

– Sim, Tuck, Chris, venham para a equipe Alfa.

– Mas e eles ? Da equipe omega ? – Tuck pergunta.

– Serena e Lindsay, vocês vão para a equipe omega, e Chris e Tuck vem para o Alfa.

– Mas quem fica no controle ? – Chris pergunta.

– Serena vai ficar – ela responde com firmeza.

– Eu ? Mas eu não estou capacitada, eu não posso, escolha outra pessoa Dra ! – ela entra em panico.

– Se eu escolhi você, é porque eu sei que você tem potencial para isso.

– Eu não consigo.

– Sim você consegue, e você vai, eu não estou supervisionando perdedores aqui, agora vá para a outra mesa e faça seu trabalho, se não serei obrigada a cortar você do quadro de ajudantes na ala cirúrgica.

– Por favor não faça isso comigo ! – ela se refere a parte de assumir uma cirurgia.

– É uma ordem ! Vá !.

A mulher vai para a mesa onde está David, e assume o bisturi que está na mão de Tuck.

– Muito bem, agora é só me seguir, eu vou estar aqui te dando as instruções, você vai se sair muito bem, você não está sozinha, olhe a sua volta, você tem a Lindsay e o Charlie. Agora respire fundo e faça o que você faz de melhor.

Serena começa a trabalhar e Eva volta a sua atenção para Mary Margaret e o fragmento do carro.

– Tuck eu preciso da pinça hemostática, vou tentar remover esse fragmento.

– Aqui está, você precisa de mais espaço, use o afastador.

Eva pega o instrumento nas mãos posiciona no peito de Mary Margaret e abre um pouco o peito da mulher, dando mais visibilidade para melhor acesso.

– Agora melhorou, me de a pinça, preciso de mais sucção. – um enfermeiro veio e auxiliou Eva. – muito obrigado.

De repente a maquina começa a apitar.

– pi... pi... pi... piiiiii – Mary Margaret está morrendo.

– Alguém me ajuda aqui por favor. – Chris fala.

– Rápido me passe o desfibrilador – Eva fala com o equipamento nas mãos.

– Carrega em 100 – ela pede.

– Carregando... pronto – o enfermeiro fala.

– Afasta – Eva da o choque mas nada acontece, Mary está morrendo.

– Vamos colega, você precisa ficar viva, carrega 200.

– Carregando... pronto.

– Afasta. – Nada.

– Qual é ? vamos lá, você consegue – ela ainda insiste.

– Carrega em 300.

– Em 300 ?

– Você não me ouviu ? Em 300, agora. – ela grita.

– Carregando... pronto.

– Afasta – essa foi a ultima tentativa de Eva.

Ouve-se um silencio na sala de cirurgia, e só o barulho da maquina apintado sem parar – Piiiiiiiiiiiiiiii – infelizmente Mary Margaret Blanchard Nolan não resistira a cirurgia e chega a óbito.

– Hora da morte, 5:19 da manhã – Eva olha para o relógio em seu pulso.

– E agora ? – Tuck pergunta.

– Por favor enfermeiros, levem o corpo para o necrotério – Eva fala tentando não transparecer tristeza, porquê apesar dela ser medica e viver experiencias como essa todos os dias, ela ainda tinha esse lado que não conseguia perder.

– Tudo bem, vamos nos centrar nele agora – disse Chris tentando dar uma quebrada na tensão. – Eva, precisamos de você aqui, você não vem ?

– Eu vou dar uma volta e já venho – ela diz tirando o avental.

– Como assim dar uma volta ? – Charlie pergunta ?

Eva não dá ouvidos para a sua equipe, ela sai da sala e vai dar uma volta pelo hospital.