The Mystery Of Grander Hall- The Alexander´s Book escrita por the girl who reads books


Capítulo 8
capítulo 8 - Memories never die


Notas iniciais do capítulo

oi, oi , oi! Já sei, jásei! demorei pacas! Mas alguém viu o tamaninho do cap? é... mais 11 mil palavras! minha demora esta justificada! U.U
Aliais... uma música que eu aconselho você a ouvirem enquanto leem o cap é The Race , do 30 seconds to Mars {le link :http://www.vagalume.com.br/30-seconds-to-mars/the-race.html} ( nas partes sinistras , tá?)
Enfim... espero que gostem e... a gente se vê lá em baixo!



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Lucy olhava de um lado para o outro, provavelmente tentando achar alguém. Porém, Laura sabia que o dono daquela maleta não apareceria tão cedo. Ela virou-se para o lado oposto da rua, onde o poste de luz piscava e viu o homem de branco lá. Ele puxou levemente a aba de seu chapéu , cumprimentando-a. Antes que a brasileira pudesse fazer qualquer coisa, ou sequer ver seu rosto, a luz pisca rapidamente, fazendo o homem sumir.

– Laura? Laura!- a garota sentiu uma mão sacudindo seu ombro.

– Hein?- ela se vira dando de cara com Felipe

– O que foi?- pergunta Lucy surgindo atrás dele- você está branca como leite.

– Nada... É que ...- ela balança a cabeça- Esquece.

– É melhor sairmos daqui- comenta o garoto.

Lucy concorda e pega a mala.

Logo, eles já tinham saído daquela rua, agora escura.

– E agora?- Laura pergunta

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Villa Dmitri,18:50

Thalia mandou o carro parar e , enquanto estacionavam, observou Katherin olhar curiosa pela janela.

– Essa é a villa Dmitri.- diz- Grande parte dos lucros daqui vem da venda de artigos esportivos e armas.

– E por quê estamos aqui?

– Eu, particularmente ,tenho três razões:

Medie está louca para ir na loja favorita dela

Essa villa tem uma praça principal linda.

É bom que você conheça , nem que seja somente um pouco, todas as villas.

Ela assentiu com a cabeça e saiu do carro. Já estava escuro, as luzes da rua já estavam acessas.

Medie fez eles correrem e entrarem em uma loja chamada Mundo do esporte. Um nome um tanto comum e nada criativo na opinião da jovem russa. A loja cheirava a suor e mais alguma coisa que ela não tinha a mínima curiosidade de saber.

Medelaine delirou em alguns uniformes e resolveu experimenta-los . Depois, escolheu uma das trocentas bolas que haviam penduradas na parede e finalmente eles saíram.

– Agora...- disse Annie- está na hora de dar uma voltinha por aí e conhecer um pouco da villa Dmitri, querida Kathy.

As palavras da australiana foram seguidas á risca, eles deram uma volta por ruas que nem mesmo Thalia conhecia e acharam artesanato muito bonito, em vários lugares. A jovem Ivanov não fazia ideia de que tal coisas era vendidas lado a lado com armas e bolas de futebol.

Alias, enquanto eles passeavam, acharam uma loja um tanto quanto diferente: era uma loja de armas, mas armas disfarçadas, como , por exemplo uma faca dentro de um pente. Era simplesmente algo curioso e até divertido para Thalia, contudo , parecia que toda a loja eram artigos necessários para Annie. Ninguém deixou a australiana entrar na loja, porém, não puderam impedi-la de anotar o endereço.

O fim do passeio, eles se sentaram em um dos bancos da praça principal enquanto comiam espetinhos de carne.

Quando todos terminaram, Selena se levantou e disse:

– Vamos logo pessoal! A melhor parte do dia chegou!

Thalia e os outros deram risada e deixaram Katherin confusa. No fundo, a russa sentiu pena da francesa ainda não desfrutar de tal segredo, que não era nenhum segredo assim. Enfim, eles entraram de novo no carro e partiram para seu último destino : a villa Alexei

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Vila Maria,18:57

VXS estava sentado em uma escada de incêndio que o pequeno prédio da loja tinha. De lá , ele viu os três amigos de Miranda virarem a esquina.

Ele esfrega as mãos nas costas. Não estava tão em forma assim, subir ali na velocidade que o fez foi realmente difícil e doloroso.

A única que percebera sua presença do outro lado da rua fora a ovem Prado. Miranda tinha-lhe dito que era uma moça esperta e astuta. Talvez , os dois terem se visto só tenha ajudado á acelerar o encontro entre eles. Não havia mais tempo a perder. Logo eles teriam acesso ás coisas de Miranda, e VXS teria de se revelar.

Ele desce as escadas devagar e silenciosamente, põem de novo o chapéu e sai andando na direção oposta aos meninos. Ele precisava voltar para casa. Precisava voltar e pensar até quando poderia agir no anonimato ,até quando ele poderá se esconder dos que mataram Miranda, até quando poderá proteger os jovens guardiões e escolhidos.

Mas, ele tinha que correr os riscos. Tudo era muito maior que ele, muito mais importante. Ele jurou ir até o fim , e não fracassaria. Nem que isso custasse sua vida.

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Vila Alexei, 19:20.

Antes de descer do carro , Katherin foi vendada pelas amigas com a própria faixa de cabelo e estava sendo levada , ás cegas, até o tão esperado ponto alto do dia.

– Já estamos chegando?- ela perguntou ansiosa

– Só mais um pouquinho...- comentou Selena

Eles caminharam assim por mais alguns minutos, até a francesa sentir sete pares de mão parando-a.

– É aqui.- disse Annie

– 3..2...1..- gritaram todos em uníssono- Surpresa!

Katherin abriu os olhos e viu um enorme parque de diversões na sua frente.

– Bem-vinda ao melhor lugar dessa vila!- berrou Fredie

A garota deu risada e disse:

– O que estamos esperando , então?

Eles correram até a bilheteria e compraram seus ingressos.

– Onde primeiro?- pergunta Thalia.

– O carrossel?- sugere Selena

Medie dá uma risada louca e sobe no brinquedo. Todos rirem e , tiram fotos e fazem o mesmo. Mas, saem logo depois com os olhares fuzilantes das mães de crianças pequenas.

Eles vão no chapéu mexicano. Na fila Medie ficou perguntando á Selena se esse era o chapéu dela. Já dentro do brinquedo Katherin berrou feito louca e ficou surda com a menina ao seu lado que gritava mais que ela.

Depois foi a vez do barco viking. Eles se sentaram na ponta e quando esta ficava no ar ,eles se levantavam e berravam.

Deram uma rápida passada no splash. Saíram molhados dos pés á cabeça.

Agora, era a vez dos típicos jogos de barraquinha. Leo deu um gatinho de pelúcia para Thalia que rendeu provocações de Medie a noite inteira ;Annie quase bateu no cara quando descobriu que não podia pegar o tigre de pelúcia e teve de se contentar com uma caneta de pinguim; Medie acertou todas as vezes que foi e ganhou um monte de bugigangas que quis; Selena não acertou nenhuma, mas ganhou umas coisinhas de Medie e de Katherin , que acertou poucas vezes , porém o suficiente para um chaveiro de pinguim; Já Fredie conseguiu um desejado jacaré de pelúcia que ele mesmo disse que iria fazer par com outro já existente e Michael ganhou um urso gigante.

Depois eles foram no elevador. Katherin berrou tanto que Annie confessou achar que ela estava morrendo. A francesa disse que realmente pensou que iria morrer lá em cima.

Eles entraram em uma cama elástica e pularam e cantaram mal pra caramba. As pessoas paravam e olhavam esquisito para eles. Pela primeira vez na vida, Katherin não deu a mínima.

Eles perguntaram á ela qual era seu brinquedo favorito. Ela os conduziu até a montanha-russa. Quando ela estava no auge, antes de descer os oito berraram “ Eu tô com medo de morreeeeer!”, “Alguém me tira daqui” e coisas parecidas.

Após saírem , foram comer alguma coisa e acabaram comendo m algodão doce, sem é claro, brincarem com o vendedor. Este era novo, provavelmente um estagiário , que se divertiu com eles.

– E agora?- perguntou Selena animada.

– Que tal... O túnel do terror, jovem García.- disse Fredie com um olhar malvado.

Eles acabaram topando, mas Katherin tinha que admitir que não gostou muito da ideia. Contudo, lá estava ela , na fila para o brinquedo.

Quando ele começou a andar Selena insistiu em sair, mas Michael ao seu lado não deixou.Katherin sentiu um frio na barriga e provavelmente deve ter arranhado o banco todo.

A arrumação ficou assim: Thalia , Leo, Annie e Medie na frente e atrás deles,Katherin, Michael, Selena e Fredie.

As reações durante o “passeio” foram diversas.

Thalia virava para cada brinquedo e dizia : “Chato”, “falso” ou “plástico, plástico”. Annie e Medie ficavam falando besteiras do tipo: “ Ih! Olha lá o chapéu do tiozão “ ou “Esse ai nunca vai ter uma namorada”. Leo tentava , desesperadamente, fazer Thalia se assustar para ela se abraçar nele. O que foi em vão já que a russa parecia decidida a ignorar o apelo do garoto.

Fredie ficava falando a todo tempo coisas sobre de onde aquele personagem vinha, a sua história e mais um monte de besteiras que só deixavam Selena mais apavora e Katherin mais desconfortável.

Selena , gritava a cada misero bicho ou monstro que aparecia e se debatia feito louca. Katherin até se assustava com alguns dos brinquedos, mas em geral ficou quieta e tranquila, tentando acalmar a amiga.

Michael, dava corda para Fredie e tinha que aturar uma Selena anormalmente louca ao seu lado.

No fim, o carrinho fazia uma curva em alta velocidade e uma múmia aparecia bem na frente deles.O problema é que , como nenhum dos brinquedos tinha feito isso antes, ela simplesmente se levantou e vinha na direção deles. Foi nesse momento que todos berraram. Katherin ficou dura como uma estátua surpresa com tudo aquilo.

Na hora da saída,Thalia estava a mesma coisa , Leo tinha um sorriso bobo, pois a russa segurara seu braço no fim , Annie e Medie riam feito abobadas de uma da outra, Fredie e Katherin riam e comentavam sobre a estratégia de deixar a múmia onde ela estava, e, por fim, Selena estava com uma cara de horror, despenteada e suada enquanto Michael estava todo desarrumado, pois a mexicana o arranhara, despenteara e ensurdecera durante todo o trajeto.

Mais uma vez, eles se perguntaram para onde iriam. Já tinham ido em quase todos os brinquedos e barraquinhas. Foi então que resolveram encerar o passeio no parque com um dos símbolos da diversão: A rosa gigante.

Eles tiveram que esperar um pouco na fila, mas isso não era problema , já que se divertiam cantando e falando bobagens.

Quando chegou a vez deles, tiveram uma discussão com o homem que controlava a roda que dizia ser possível somente sete pessoas em um carrinho. Ele insistiram , insistiram e descobriram que Fredie era tão magro que passavam por metade do peso calculado para uma pessoa.

Surpreendentemente, a roda parou quando eles estavam lá em cima e então eles abriram um suco de uva como se fosse champanhe e cantaram, fizeram bagunça, barulho, riram, gritaram, tiraram fotos e se divertiram. No fim eles berraram “ Here´s to never growing up” ( aqui é para nunca crescermos.)

– Bem...- disse Michael dando risada- Acho que acabou a diversão do parque...

– Então está na hora da janta!-Selena berrou- Janta!

Katherin deu boa risadas e seguiu os amigos até a saída do parque.

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Palácio de Catarina,Grander Hall,sala das fichas,último andar. 6 de setembro,sábado, 10:30.

Joel já estava acostumado com os pedidos caprichosos de Rebecca ou até mesmo seu desejo psicótico por popularidade e saber tudo sobre as pedras em seu caminho. Mas , ele com toda sua certeza não esperava que ela achasse alguém para odiar tão cedo.

Faziam quatro dias que a capacho da alemã , Drew , tinha falado com ele, pedindo uma cópia da ficha de uma das garotas novas.

Joel teve que pedir um tempo , ele só ficava sozinho no palácio aos sábados, e a chance de ser pego era grande mesmo assim. Pelo menos , o jovem fazia valer a pena o risco de quase perder seu estagio, Rebecca pagava, e pagava bem.

Finalmente, ele achou a gaveta com as fichas dos novos alunos. Não foi difícil achar as femininas de 14. O problema é que haviam duas garotas novas na turma de Rebecca.

Joel encarou as duas pastas e copiou ambas. Assim não teria erro e talvez até ganhasse mais .Pronto. Agora era só devolver as coisas ao seu devido lugar .

Ele pega as cópias e põem-nas dentro de sua bolsa. Sai devagar, para não chamar a atenção de ninguém com movimentos bruscos. Quando tranca a porta, respira aliviado e caminha pelo corredor com ar severo, mas contente de sempre.

A única coisa que não viu foi uma certa Ameerah, saindo da sala de um dos professores com quem viera conversar.

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6 de setembro, sábado, 11:05. Villa Alexei , Mirrors karaokê.

Katherin não imaginava ,nem de longe, que seus amigos lhe levariam até um karaokê em uma ruazinha ali perto. Ele era decorado com espelhos em estilo antigo e modernos, a francesa ria alto com as palhaçadas de Annie e Medie.

Eles nem se sentaram no começo, foram direto para pista de dança, tocava Give me Everything do Pitbull.

Katherin sempre classificara esse tipo de música como aquelas que servem para dançar e não para prestar atenção na letra. Por isso ela e as amigas dançavam feitos loucas.

Foi assim até eles sentirem fome e o lugar começar a esvaziar. Então , eles sentaram e pediram a janta.

– Que tal... Assim... Enquanto a gente espera, cantarmos?- perguntou Leo

Todos concordaram.

– Quem é o primeiro?- a frase foi seguida por um grande silêncio

– Nossa um de cada vez...- comentou Medie

– E se cantarmos em grupos?- perguntou Thalia

– E se fizermos meninos contra meninas?- sugeriu Annie com um sorriso malvado no rosto.

– Fechado.- Disse Fredie com um sorriso igualmente assustador.

– Então... Que vai ser o primeiro grupo?- perguntou Katherin

– Vamos decidir isso da forma mais madura possível...

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Leo não se conformava de ter perdido o pedra, papel ,tesoura para Selena. Enfim, agora ele e os seus dois amigos caminhavam em direção ao palco , enquanto as meninas assoviavam.

– Que música vocês vão cantar?- o DJ perguntou

Os garotos discutiram um pouco e dcidiram, não sei muita discussão: Cantariam Na,na,na do My Chemical Romance.

Quando as meninas ouviram isso caíram na risada, isso deixou os três bravos. A música começou a tocar.

{ Nota da autora: L é para o Leo, F para o Fredie , M para o Michael e T para todos, ok?}

T:Na, na, na, na, na, na, na, na

F:Drugs, gimme drugs

Gimme drugs

I don't need it

But I'll sell

What you got

Take the cash

And I'll keep it

Eight legs on the wall

Hit the gas, kill 'em all

And we crawl and we crawl and we crawl!

You be my detonator!

L:LoveGimme love

Gimme loveI don't need it

But I'll take, what I want from your heart

And I keep it in a bag

In a box

Put an x on the floor

Gimme more

Gimme more

Gimme more!

Shut up and sing it with me!

T:Na, na, na, na, na, na, na, na

From mall security

Na, na, na, na, na, na, na, na

To every enemy

Na, na, na, na, na, na, na, na

We're on your property

Standing in a V-formation

Na, na, na, na, na, na, na, na

Let's blow an artery

Na, na, na, na, na, na, na, na

Eat plastic surgery

Na, na, na, na, na, na, na, na

Keep your apology

Give us more detonation

L e F:(More, gimme more, gimme more)

M:Let me tell you 'bout the sad man

Shut up and let me see your jazz hands

Remember when you were a mad man

Thought you was Batman

And hit the party with a gas can

Kiss me you animal!

T:Na, na, na, na, na, na, na, na

You run the company

Na, na, na, na, na, na, na, na

Fuck like a Kennedy

Na, na, na, na, na, na, na, na

I think we'd rather be

Burning your information

Na, na, na, na, na, na, na, na

Let's blow an artery

Na, na, na, na, na, na, na, na

Eat plastic surgery

Na, na, na, na, na, na, na, na

Keep your apology

Give us more detonation

F:Right here, right now

All the way in Battery CityThe little children

Raise their open filthy palms

L:Like tiny daggers up to heaven

And all the juvee halls

And the ritalin rats

M:Ask angels made from neon

And fucking garbage, scream out:"What will save us?"

And the sky opened up

T:Everybody wants to change the world

Everybody wants to change the world

But no one, no oneWants to die

Wanna try

Wanna try

Wanna try

Wanna try

Wanna try Now!

M:I'll be your detonator!

T:Na, na, na, na, na, na, na, na

Make no apologies

Na, na, na, na, na, na, na, na

It's death or victory

Na, na, na, na, na, na, na, na

On my authority

Crash and burn

Young and loaded

Na, na, na, na, na, na, na, naDrop like a bulletshell

Na, na, na, na, na, na, na, na

Dress like a sleeper cell

Na, na, na, na, na, na, na, na

I'd rather go to hell

Than be in a purgatory

Cut my hair

Gag and bore me

Pull this pin

Let this world explode

O mais divertido para Leo, foi ver a cara de surpresa das garotas quando eles começaram, e também vê-las cantando junto.

Os três voltaram dando risada.

– Façam melhor.- disse Fredie jogando o microfone para Katherin

– Ah... Nós faremos.- a francesa respondeu em um tom desafiador.

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Selena subiu gingando até o palco, todas tinham entrado em um acordo de qual música cantar : When I grow up das Pussycat dolls.

{ nota da autora:K para Katherin, M para Medie, A para Annie,S para Selena , T para Thalia e G para todas , ok?}

A e M :Boy's call you sexy, and you don't care what they say
You See everytime you turn around they screaming your name
K e T:Boy's call you sexy, and you don't care what they say
You See everytime you turn around they screaming your name

A:Now I've got a confession (HA-HA-HA-hA)
When I was young I wanted attention (HA-HA-HA-HA)
An I promised myself that I'd do anything (HA-HA-HA-HA)
Anything at all for them to notice me (HA-HA-HA-HA)

T:But I ain't complaining (Oh)
We all wanna be famous (Oh)
So go ahead and say what you wanna say (Oh)
You don't know what it's like to be nameless (Oh)
Want them to know what your name is (Oh)
‘Cause see when I was younger I would say

G:When I grow up
I wanna be famous, I wanna be a star, I wanna be in movies
When I grow up
I wanna see the world, drive nice cars, I wanna have groupies
When I grow up
Be on TV, people know me, be on magazines
When I grow up
Fresh and clean, number one chick when I step out on the scene

And Be careful what you wish for 'cause
You just might get it
Y-You just might get it
Y-You just might get it

And Be careful what you wish for 'cause
You just might get it
Y-You just might get it
Y-You just might get it
Get it?

S:They used to tell me I was silly (HA-HA-HA-HA)
Until I popped up on the TV (LA-LA-LA-LA)
I always wanted to be a superstar (HA-HA-HA-HA)
And knew that singing songs would get me this far (LA-LA-LA-LA)

M:But I ain't complaining (Oh)
We all wanna be famous (Oh)
So go ahead and say what you wanna say (Oh)
You don't know what it's like to be nameless (Oh)
Want them to know what your name is (Oh)
‘Cause see when I was younger I would say

G:When I grow up
I wanna be famous, I wanna be a star, I wanna be in movies
When I grow up
I wanna see the world, drive nice cars, I wanna have groupies
When I grow up
Be on TV, people know me, be on magazines
When I grow up
Fresh and clean, number one chick when I step out on the scene

And Be careful what you wish for 'cause
You just might get it
Y-You just might get it
Y-You just might get it

And Be careful what you wish for 'cause
You just might get it
Y-You just might get it
Y-You just might get it
Get it?

K:I see them staring at me
Oh, I'm a trend-seller
Yes this is true cause what I do, no one can do it better
You can talk about me, cause I'm a hot topic
I see you watching me, watching me and I know you want it, Oh!

G:When I grow up
I wanna be famous, I wanna be a star, I wanna be in movies
When I grow up
I wanna see the world, drive nice cars, I wanna have groupies
When I grow up
Be on TV, people know me, be on magazines
When I grow up
Fresh and clean, number one chick when I step out on the scene

And Be careful what you wish for 'cause
You just might get it
Y-You just might get it
Y-You just might get it

And Be careful what you wish for 'cause
You just might get it
Y-You just might get it
Y-You just might get it
Get it?

When I grow up
I wanna be famous, I wanna be a star, I wanna be in movies
When I grow up
I wanna see the world, drive nice cars, I wanna have groupies
When I grow up
Be on TV, people know me, be on magazines
When I grow up
Fresh and clean, number one chick when I step out on the scene

And Be careful what you wish for 'cause
You just might get it
Y-You just might get it
Y-You just might get it

And Be careful what you wish for 'cause
You just might get it
Y-You just might get it
Y-You just might get it
Get it?

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Katherin desceu sorridente do palco ao ver a cara de bobo dos meninos. O que a fez pensar que talvez não fosse uma má ideia cantarem no festival de Halloween. Qual seria o problema? Seriam só o pessoal da escola e tals.. Elas não iam se apresentar para mais de 12 mil pessoas..

– E aí?- Perguntou Medie se sentando e começando a comer- Foi bom o show?

– Cara, muito bom!- exclamou Leo surpreendido- Por quê vocês não se inscreveram no festival?

As meninas trocaram olhares cumplices e caíram na risada.

– O quê foi? O que é assim tão engraçado?- perguntou o garoto emburrado

– Você não entendeu caro Leonardo Castro.- disse Thalia pacientemente – Nós já nos inscrevemos no festival.

– E porque raios não disseram?- perguntou Fredie

– Por quê eu achei que ela tinha dito.- a russa apontou para Medie

– E eu achei que ela já tinha falado- protestou a inglesa apontando para Katherin .

– Nem vem pondo a culpa em mim! Eu achei que ela tinha dito- a francesa apontou para Annie.

– Ok, ok!- gritou Michael.- Ninguém avisou porque pensou que a outra tinha falado. Pronto.

– Pra quê simplificar quando se pode complicar...- Katherin ouviu Fredie comentar no ouvido d Leo.

Isso rendeu belos tapas nos braços.

– AI ! ele protestou

– Cala a boca , loirinho.

– Eu espero que isso não tenha sido uma daquelas menções de que loiros são burros.- disse Thalia ameaçoadoramente sem levantar os olhos de seu prato.

– Não.. Não..- Katherin negou imediatamente e voltou-se para sua comida.

Quando todos terminaram, queriam sobremesa. Pediram-na rapidamente. O karaokê voltava a encher de gente, mas desta vez, os dispostos a ficar até a madrugada enchendo a cara.

No momento em que a sobremesa foi colocada na mesa, Selena berrou:

– Pudim!!

Todos riram e terminaram de comer bem rápido, uma vez que Annie começara a reclamar do cheiro de cerveja.

– O que fazemos agora?- Katherin perguntou animada.

–Sinceramente... Eu acho que esse era o fim do programa ...- Comentou Selena sem graça

– Nós podemos dar uma volta por ai ou sei lá...

– Acho que vamos que ter de continuar a farra nos nossos quartos...- comentou Michael aflito- São 00:15

– TEMOS QUINZE MINUTOS PARA VOLTAR?- exclamou Medie

Todos correram em direção ao lugar onde tinham estacionado os carros. No caminho Katherin ia pensando na sua incrível habilidade em se atrasar... Devia ser seu maior dom.

– A gente se vê na escola.... Se tivermos sorte.- exclamou Fredie fechando a porta do carro com força.

– Vamos Kathy! Vamos, vamos, vamos! Exclamou Annie puxando a francesa para dentro. Thalia deu a volta e fechou a porta com tamanha força que fez o veiculo inteiro tremer.

Medelaine clicou logo nos 90 km/h e o carro acelerou.

Se uma viagem á Villa Alexei costuma ser , em média de meia hora, aos 50km/h a possibilidade de eles chegarem no horário era pouca e, ao mesmo tempo, a probabilidade de serem punidos por alta velocidade era bem maior.

– Caramba,caramba,caramba.- Annie xingava

Katherin olhava para a janela, rezando para que chegassem á tempo.

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7 de Setembro, domingo, 00: 18. Jardins do Palácio de Schorbrunn ,Grander Hall.

Laura , Lucy e Felipe andavam pelos jardins do Palácio, em direção aos dormitórios. A noite estava estrelada e uma lua minguante brilhava no céu. Era possível ouvir somente o som de grilos, corujas e dos passos apressados dos três.

Boa parte das luzes do jardim já estavam apagadas e , se não fosse o luar, estariam no escuro. Todos não queriam admitir, mas tinham uma sensação estranha , como se pudessem ser pegos a qualquer instante.

“mas pegos por que? Por que temer se não estamos fazendo nada de errado? Ou estamos?” pensou a brasileira.

Na verdade em uma semana ela tinha perdido o sentido de certo ou errado por completo. E, desde o velório de Miranda ela vivia angustiada , agoniada , perseguida. Uma adrenalina praticamente constante no sangue. Mas... Por que? Eles apenas estavam tentando descobrir algo... Nada mais .

“ Laura, Laura, Laura.” A menina se criticou “ se fosse algo simples, Miranda não teria morrido, VXS não seria anônimo . é muito mais que um mísero segredo.”

Porém, nenhum dos amigos tinha noção das proporções que tudo isso iria se tornar...

Finalmente, eles chegam às portas do fundo, abrem-nas e entram. Laura não pode deixar de perceber os olhos de seus companheiros vagarem pela sala, não assustados, nem corajosos, mas talvez um mistura dos dois.

Eles começaram a subir as escadas. A brasileira sentia sua trança balançando e batendo nas suas costas. Ela subia nas pontas dos pés, para ir mais rápido. No fim da escadaria, os três estavam ofegantes, mas não parraram sequer um segundo. A sensação de estar sendo observado aumentava gradualmente á cada passo.

Todos pararam bruscamente em frente á porta do quarto 63. Eles observam a porta. Estava tudo silencioso. E talvez, mais sinistro do que antes , agora sozinhos, no corredor com a luz do luar entrando pelas janelas.

Lucy sai do transe e tira as chaves do bolso. De repente, antes que a garota termine de gira-las, as luzes do corredor começam a piscar. Laura enterra as unhas na parede , nervosa, medrosa. Tão rapidamente como começaram a piscar, as luzes se apagaram.

– Lucy...- Laura gemeu

A garota entendeu o recado e abriu a porta. Porém, antes que eles pudessem entrar, eles ouvem um barulho e voltam-se para o fim do corredor. Lá, eles vê apenas duas “bolinhas” vermelhas que Laura tem certeza que são olhos. Os três soltam gritos abafados e empurram uns aos outros para dentro do quarto.

Os três caem no chão e ficam ali ofegantes. A brasileira consegue ver, por debaixo da porta, as luzes reacenderem e um vulto passar rapidamente.

Eles passaram alguns minutos em choque até que Laura perguntou:

– Mas que porra foi aquela?-ela perguntou assustada

Lucy balançou a cabeça negativamente com um expressão que dizia “ Você quer que eu saiba” e Felipe mantinha o olhar fixo na soleira da porta.

– Eu não faço ideia.- ele disse em um tom serio e distante que fez as duas garotas trocarem olhares carregados de medo.

– Cara... Você está me assustando.

Felipe sacudiu a cabeça e encarou as meninas.

– Foi mal. É serio... Aquilo foi..

– Estranho.- Lucy concluiu

– Eu ia dizer esquisito.- o menino respondeu

– Eu classificaria no perturbador.- confessou Laura, se levantando – Eu nunca gostei de filmes de terror e não estou nem um pouco a fim de entrar em um. Então... Será que dá pra focar no que viemos fazer aqui?

Ela ajudou Lucy e Felipe a se levantarem , depois abaixou-se e retirou de debaixo da cama uma caixa de papelão de tamanho mediano.

– Vamos logo abrir isso.- disse o inglês.

A caixa foi apoiada na cama de Lucy e os três fizeram um circulo em volta dela. Encararam-na por um bom tempo até a brasileira pedir a Felipe:

– Abra.

– Oi?

– Eu te disse que da próxima vez que estivéssemos com a caixa, você abriria. Agora abra.

Ele olhou feio para a garota , provavelmente bravo com a persistência , teimosia e infantilidade dela. Laura nem ligava. Já tinha sido chamada de coisas piores.

O britânico respirou fundo e abriu a caixa , sem medo. Dentro haviam vário... Bichinhos de pelúcia?

– Quem é o infantil agora Prado.- ele levantou as sobrancelhas.

– Fique quieto Valentim.

– São só bichinhos.- ele afirmou em um tom cansado

– São fofos! – Lucy Retirou rapidamente um gatinho de pelúcia e o abraçou.

Laura pegou um sapo e a americana pegou mais um cachorrinho. Deviam ter uns 20 ou 15 bichinhos ali se esses era o todo o material da caixa. Pois bem, não era.

Quando Lucy mexeu em um dos inúmeros bichinhos, foi possível ouvir o som de algo pesado batendo no chão.

– Mais alguém ouviu isso – perguntou a loira

– Acho que alguém errou as previsões...- Laura comentou brincando

Os três juntaram as cabeças em cima da caixa e cavaram buracos na massa de bichinho de pelúcia.

– Opa!-disse a brasileira batendo os dedos em algo duro, e retirando uma maleta velha da largura de uma cadeira, de dentro da caixa.- Acho que Miranda não queria nos deixar apenas lembranças.- ela sorriu triunfante

Felipe colocou a caixa gentilmente no chão para dar espaço para todos verem a nova descoberta.

– Só eu acho que essa maleta é muito parecida com essa?- perguntou Lucy colocando a maleta achada no fim da tarde passada , deixada pelo amiguinho misterioso deles.

– E mais uma vez VXS e Miranda se encontram- Felipe murmura sorrindo – avho que a hora de encontra-lo está perto.

– Isso não me importa agora.- respondeu Laura- Quando vamos entender onde nos metemos só o destino sabe.

Os dois ficaram olhando-a.

– Que foi?- ela perguntou trocando o olhar de um para o outro- Eu posso ser profunda , ok?

Ela continuou encarando-os até bufar e dizer:

– Tá, anota que eu nunca mais faço o mesmo.- ela revirou os olhos.- Vamos logo abrir essas maletas ou não?

– Tem certeza de que estamos sozinhos?- perguntou Felipe

– Bem...- começou Lucy- Amy vai dormir na casa da irmã. As gêmeas foram dormir no quarto de umas amigas...

– E- interrompeu Laura- Ao menos que nosso simpático homenzinho dos olhos vermelhos esteja lá fora ( e não vou ser eu que vai conferir), estamos sim. Agora que já começamos , terminemos , não?

Lucy respirou fundo e disse:

– Agora ou nunca.

Lentamente e Delicadamente, Lucy e Laura pegaram as respectivas maletas, ela coma de Miranda e a americana com a de VXS.

Laura passou a mão por todo o exterior da maleta. Ela conseguia sentir alguns desenhos, mas eram impossíveis de serem vistos apenas á luz dos celulares dos garotos.

A brasileira trocou um olhar preocupado com a amiga.

– Juntas. No três.- ela disse

Lucy se limitou a assentir com a cabeça.

–Um...- Laura começou

– Dois...- Lucy continuou

– Três!- as duas disseram juntas , abrindo as maletas e pulando para trás.

Ambas caíram para fora da cama. Depois de alguns segundos, não tendo ouvido nem sentindo nada, elas se levantaram, gemendo de dor.

– vejam!- gritou Felipe , fazendo as duas se aproximarem

Laura percebeu que ele apontava para ambas maletas. Os conteúdos eram muito parecidos: vários livros e cadernos de aparência velha, escritos á mão ,caprichosos e com desenhos místicos e misteriosos nas maiorias das capas.

– Wow...- disse Lucy enquanto Laura assoviava baixinho.

– São muito parecidos.- a brasileira manifestou seu pensamento

– Realmente...- Felpe diz, pensativos olhando as maletas. Subitamente ele para e olha fixamente ara a de Miranda.- Mas o quê...?

O garoto se debruça para frente e começa a mexer no cadernos. De repente ele começa a tira-los, um por um, até sobrar somente o funda da maleta.

– O que foi?- pergunta Lucy

–Só eu tive a leve impressão de que essa maleta – ele apontando para a vazia, pertencente á Miranda- É menor do que essa.- ele aponta para a outra maleta.

Laura deita seu rosto na cama e observa as duas maletas. Elas eram idênticas, em tamanho, forma, e estado. Porém, estava obvio que haviam mais livros na primeira.

A mente da brasileira começou a trabalhar tão rápido quanto a turbina de um avião: mesmo tamanhos, um menor que o outro em profundidade, o que Felipe olhara, as novelas que já assistira... A resposta veio rápido e com um sorriso:

– Um fundo falso!- a garota falou tão alto que Lucy fez uma careta e m sinal para que ela abaixasse o tom, mas Laura estava compreendendo tudo rápido demais para ligar.

Antes que mais alguém fizesse algo ela tateou todo o fundo até achar algo que lhe interessou: um mísero buraco. Ele era tão pequeno que poucas as pessoas do mundo poderiam enfiar o dedo como Laura fez, mas a situação era que, a menina tinha dedos extremamente finos e ossudos.

Não sem muito esforço, ela conseguiu arrancar o fundo de madeira fazendo um som abafado. Ela sentia seus amigos tentando olhar por cima de seu ombro , e suas respirações ofegantes em sua nuca.

Tentando se concentrar, Laura começa a tatear a nova área : ela era muito lisa e... tinha um declive na ponta?

– Felipe , me passa o celular.

Ele obedeceu e ficou ao lado dela, observando. O que ela achava ser o fundo , na verdade era um notebook. A brasileira tira-o com delicadeza e vê , em vez do nome da marca, uma grande inscrição na capa . Ela carregava duas iniciais: MC.

–MC?- perguntou Lucy- Miranda Cloman talvez?

– Ufa- Laura suspirou aliviada- por um momento pensei que fosse o significado de MC no meu país.

– E qual é?- Felipe perguntou confuso

– Você está vivendo melhor sem saber.

– Então...- interrompeu Lucy- temos 9 livros...

– Bem... Vamos começar a leitura.- Felipe disse

Os três se sentaram no balcão da copa e puseram-se a ler, cada um livro.

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Grander Hall, domingo , 7 de setembro, 00:29

O carro corria como o vento e o coração de Katherin batia rápido. Ela tinha o cronômetro do celular na mão. Eles tinham vinte segundos para entrar na área da escola.

Selena mantinha seu celular no viva a voz , falando com os meninos no carro á frente.

– A gente vai ter que acelerar.- Fredie declarou do outro lado da linha.- Ao menos que tenham lugar para passar a noite.

Thalia, relutante, aumentou a velocidade , murmurando:

– O que eu fiz para merecer isso.

Dez segundos. O carro ia a mais de cem por hora.

– Ai, minha nossa!- exclamava Selena

Nove segundos.

A escola estava perto.

Oito segundos.

Todos começam a ter esperanças.

Sete segundos.

Eles começam a se aproximar do portão de entrada.

Cinco segundos.

Eles são obrigados a diminuir para não serem pegos em alta velocidade.

Quatro segundos.

Eles estão quase nos portões.

Três segundos , os meninos passam pelos portões.

Dois segundos.

Elas estão na frente dos portões.

Um segundo.

Elas passam.

00:30

As cinco soltam um suspiro coletivo enquanto o carro ás leva-as para o Palácio. Katherin se joga contra o banco violentamente, sorrindo e guarda seu celular.

– Da próxima vez.- ofega Thalia- Alguém lembra de ver o horário, tá?

Todos riram. Enquanto o carro delas estacionava.

Selena desligou o telefone e atravessou os jardins junto das amigas. Ao chegarem na porta, encontraram os meninos, esperando por elas.

Eles subiram as escadas sorrindo, mas sem dizer uma palavra. Ninguém queria correr o risco de ficar de detenção. A última palavra trocada foi um baixo “boa noite”.

Medie girou a chave silenciosamente e todas entraram. As luzes do quarto estavam desligadas, todavia, o luar vindo da janela foi o suficiente para elas se trocarem e acharem as camas.

Todas deitaram e disseram em conjunto, rindo.

– Boa noite.

– Ah!- Annie virando-se de lado, de modo que pudesse ver a francesa- Bem vinda a Grander Hall Katherin.

Ela sorriu e se virou para a janela.

“Seja bem vinda” Katherin pensou sorrindo. Logo depois, adormeceu.

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1:25 , quarto 63, domingo, 7 de setembro.

– O que o livro de vocês diz?- Felipe perguntou ,fechando o seu

– O meu fala sobre muitas histórias mal contadas . Desde assassinatos á catástrofes naturais.- disse Laura sem tirar os olhos da página.- Parece que alguém resolveu usar o cérebro.

Felipe sabia muito bem o que a brasileira queria dizer. Ela sempre dissera que muita coisa nas ilhas, na escola e até em algumas pessoas não tinham uma explicação clara, sincera. Ele também tinha ciência da tamanha curiosidade da amiga e como ficava frustrada diante de alguma pergunta sem resposta.

– E o seu?- ele se surpreendeu com o tom firme da garota.

– é um estudo completo sobre constelações, planetas, meteoros, cometas...Quem escreveu gostava e entendia do assusto.

– Porque nada se esclarece- Laura reclamou, frustrada, batendo a mão no balcão com tanta força que fez Felipe se perguntar como ela não havia quebrado ela.

– Nós não sabemos nem a pergunta.- Felipe comentou, pensativo.

– Então... acho bom você virem aqui.

Os dois aproximaram-se da americana. Ela tinha um livro realmente grande nas mãos e mostrou a página que estava para os dois.

– Estão vendo isso?- ela apontou para a folha.- Sabem o que é?

– Uma carta?- Laura pergunta

– Não. É um relato. Um relato de um português que chegou aqui em 1472. Quase uma década antes do dito pela história!- A menina disse afobada

– Lucy!Shhh!- Felipe cochichou aflito- Quer acordar todo mundo?!

Ela fez um careta que dizia “ups” , mas continuou.

– Isso pode mudar alguns conceitos da história desse lugar!

– As vezes me pergunto o por quê de esconderem algo assim.- comentou Laura , meio triste

– Poder, vantagem, talvez.- Felipe deu de ombros.- Mas, não fujamos do assunto: Tá, ele era um português. Ele chegou aqui em 1472, certo. Contudo... O que tem de importante ai?

Ela fez uma cara de ofendida e começou a dizer:

– O que tem de importante aí? Simplesmente tudo! Ele fala sobre monstros , demônios, espíritos e principalmente , dos povos nativos!

– Espíritos?- Laura perguntou lançando um olhar assustado para a porta

–Uuhum.- Lucy assentiu sem olhar para a amiga.- Mas o pior e quando ele fala dos sacrifícios humanos que os nativos eram obrigados á fazer...

– Como assim “obrigados”? Eles não faziam isso por causa de algum deus ou coisa parecida?- perguntou Felipe

– Não... Aqui diz que existia um grupo seleto de pessoas , os chamados “Marcados da Escuridão”. Os nativos diziam que eles podiam fazer magia negra e que, se eles não entregassem um homem ou mulher virgem , uma praga cairia sobre a população e o “grande monstro” os atacaria. Primeiramente, era só isso que acontecia. Mas, com o tempo, o poder subiu á cabeça desses “privilegiados” e eles começaram a fazer mais e mais exigências . Tornaram aquelas pessoas escravas. E a magia deles se tornou pior, simplesmente feita para fazer o mal.

Tanto Laura, quanto Felipe agora estavam quietos. Eles não sabiam o que dizer. Se havia o que dizer. Será que tudo isso era verdade? Somente uma parte? Ou nada? Era difícil saber em quem acreditar.

–Bom... – Laura disse- acho melhor darmos uma olhada nos próximos livros , não?

Os dois concordaram e pegaram mais livros.

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7 de setembro, domingo. Quarto 63, 10:45 AM.

Laura , Felipe e Lucy acabaram dormindo em cima de tantos livros. Quando liam o último da lista , simplesmente despencaram em um sono profundo, literalmente.

Lucy foi a primeira á acordar. Ela levantou a cabeça preguiçosamente e se perguntou por que estava dormindo no chão da copa. Foi então que lembrou-se da noite passada. Laura ainda dormia em cima da lista que fizeram , numerando , classificando e escrevendo o assunto de cada um dos nove livros.

A americana foi até a amiga e tirou, delicadamente o caderno de debaixo de seu rosto. Por sorte a primeira folha não era a com as anotações , pois a menina tinha babado nela toda.

–Uhg! – Lucy gemeu enquanto pegava a folha babada- Laura!

Ela levanta a cabeça subitamente e grita:

– Não mãe eu não quero o seu pudim!

– Laura!- a menina dá um tapa na cabeça da amiga- Acorda!

– Oi?!- ela se levanta tão bruscamente que caiu do banco.- ai!

– Levanta daí! – a americana diz- Já são quase onze horas!

– Tá! Eu Vou fazer café !- a brasileira levanta aos tropeços e começa á abrir os armários .- Acorda o Felipe pra mim?

Lucy sorri e começa a sacudir o ombro dele levemente.

– Felipe!Felipe!

– Ah! Ele você acorda com delicadeza.- Laura se vira e faz uma careta

–Faz o café , Laura!- ela diz , voltando a sacudi-lo , com mais força.

Depois de um tempo, Laura se cansa de ver aquela cena, larga o café vai até os dois.

– é assim que se faz.- ela pega a panela e começa a bater nela com a colher , gritando- Valentimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm!

O menino arregala os olhos e pula, caindo no chão.

–ai!! Por que fez isso?! – ele se vira para brasileira

– Por que você não acordava!- ela deu de ombros , voltando para seu café

– E você acorda fácil , né Prado?

– Mais que você Valentim...-eles começam a rir até Laura dizer – Tá pronto! Quem quer comida?

Os três se sentaram novamente no balcão e começaram a discutir sobre as descobertas da noite passada.

–Vamos lá- disse Laura tomando um gole da sua xicara e pegando a folha

1º- Caderno como anotações sobre as constelações, planetas, universos, constelações, fenômenos astronômicos. (Miranda)

2º- Livro dos Mistérios (livro contando todos os mistérios das ilhas Oriónicas, desde crimes á brechas e erros da história).( VXS)

3º- Relatos históricos (VXS)

4º- Livro dos monstros (livro contanto e descrevendo todos os monstros , demônios e outras criaturas que os nativos diziam viver nas ilhas) (Miranda)

5º - Livro contanto sobre mitos e lendas dos mais variados.(VXS)

6º- Plantas e animais do arquipélago da ilhas Órionicas.(VXS)

7º- Livro com canções antigas ( provavelmente dos nativos da ilha) (VXS)

8º- Livro contando a história das ilhas Órionocas em detalhes ( o estilo oficial) (Miranda)

9º- vazio (Miranda)

– Laura... o que você quis dizer “vazio”?- perguntou Felipe

– Que é um caderno em branco.- ela tira um caderno de capa branca e alguns desenhos em veludo preto e mostra suas paginas.

– Que esquisito!- Lucy pegou o caderno para investigar.

– Acho que temos outros problemas , por enquanto...- ela olha para o notebook

De repente, um barulho de chamada de Skype invade o quarto. Eles buscam por todos os lados e acabam descobrindo ser o computador de Laura. Ela o pega e se senta na cama. Atende a chamada, como o contato estava escrito como Paçoca , Lucy não sabia dizer quem era.

– Feliz dia da Pátria!- berra uma garota morena de olhos e cabelos escuros

– Rafa!- Laura sorri- Quase esqueci que hoje é sete de setembro

–Oh! Não vai esquecer seu país não , mini gênia!

– Claro que não!

– Oi Rafaela!- Lucy sorriu para a carioca de 16 anos – Como vai?

– Essa sua amiga é uma fofa, Laurita.- Rafa ri

– Ah!- Laura aponta para Felipe – Este aqui é meu amigo, Felipe Valentim

– Olá Rafaela.- Ele levanta a sobrancelha

– Cala a boca , Valentim- Laura empurra ele para fora da tela- Perdeu a noção do perigo?

Enquanto Laura fuzilava Felipe , Rafaela e Lucy morriam de rir.

– Voltando... Foi só para me desejar um feliz dia da Pátria?- a brasileira inclinou a cabeça e arqueou as sobrancelhas- Foi?

Rafaela baixou o olhar e comentou:

– Você me conhece melhor do que seu irmão... Mas, acertou

– Primeiro – ela levantou o dedo- Qualquer um é melhor que aquele palerma! E segundo, eu tenho um sexto sentido. Terceiro, como você aguentou namorar o meu irmão por mais de um ano?

– Pensando agora ... Nem sei. Agora... Eu também precisava falar com você pelos seus conselhos.

– Pode falar.

– Eu... Eu conheci um garoto, muito legal.

– Já entendi o sentido da palavra legal no contexto.

– O problema é que ele mora nos Estados Unidos, aliais , ele é americano.

– Opa! Arranjou um gatinho ,em? Aposto! Mas... se você gosta dele .. Namoro a distância é uma boa ideia. Você fez isso com meu irmão...

– Só que ele não está morando lá agora... ele está viajando e... eu não tenho o contato dele...

– Peraí , você não está pensando em ... Está?- a garota se aproximou da tela

– Pensando em seguir ele... estou.

– Sabe para onde ele está indo?

– até onde eu saiba... Egito.

– Vá.- Laura respondeu sem ao menos hesitar- Corra como um venti atrás da sua felicidade Rafaela dos Santos!

– Eu sabia que podia contar com você Lauricha!

– Sou uma menina especial! Agora... Rafa... Você me manda aquele seu trocinho legal..

O trocinho legal? Por que?

– Pra que alguém usa isso , Rafaela?

– Tá... Mas toma cuidado...

– Você já me ensinou a fazer coisas piores...

As duas riem.

– Até a próxima, Laura – Rafa diz- O primeiro Wi-fi eu tento falar com você

– Amém!- Laura brincou- Me liga, se não tiver wi-fi , certo?

– Certo- Rafa ficou com os olhos rasos da água – Obrigada

– Siga seu coração , Rafa! Seja feliz!- uma lágrima solitária escorreu pelo rosto dela

–tchau...

–Vá com Deus- a pequena acena

A tela desliga.

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10 de setembro, quarta-feira. Palácio de Catarina, aula de desenho , 2:38.

Ameerah se divertia desenhando pássaros fugindo das gaiolas . Se divertia tanto, que não reparou no garoto que a observava do duas fileiras ao lado, nem no que puxara uma cadeira pra sentar ao lado dela, fazendo o outro baixar a cabeça triste.

– Você desenha magnificamente bem ,sabia?- o garoto diz

A saudita levou um susto e perguntou:

– Há quanto tempo você está aqui?

– Tempo suficiente para ver como você é talentosa e bonita.

A saudita corou com aquele comentário. Fazia tempos que não a elogiavam...

– Obrigada.- ela murmurou timidamente

– Não precisa agradecer.- o garoto disse – Só contei á você a mais pura verdade.

Eles se encarram por um tempo até uma voz gritar:

– John Peter Tomalenche! – Ameerah se vira e vê que a dona da voz era Hilary Brown.- Será que podemos conversar uns minutinho?

– Eu já volto -John sorri

A jovem acena com a cabeça e volta a sua atenção para o papel. John havia repetido um ano antes de entrar em Grander Hall, era o único dos alunos do quarto ano com 15 anos.

Ameerah ri ao ver ele e Hilary discutindo. Era tão estranho como algumas pessoas se reverenciavam para a garota. A saudita nunca descobrira o que ela tinha de tão especial ou amedrontador.

De repente, o sinal toca e Ameerah parece acordar de seus sonhos, começando a guardar o matéria.

– Quer ajuda?- ela levanta a cabeça, fazendo seus lindos cabelos negros balançarem, vendo Thalia Ivanov na sua frente.

– Seria bom.- ambas sorriem

Depois de terminarem , as duas amigas saíram pelo lotados corredores, conversando.

– Então...- Thalia disse

– O quê?- Ameerah pergunta desconfiada

– O que certos garotos falavam com certas meninas hoje?- a loira pergunta balançando os cabelos com uma cara curiosa

– Nada.

– Então ele abre e fecha a boca como um peixe.

– Ai! Ele só me elogiou!- disse a saudita brava

– Se eu fosse você não me animava...

– Porquê? Só por que ele é repetente?

– Não. Porque ele é um idiota.- as duas passaram um breve tempo em silêncio- Tem aula agora?

– Não.

– Eu tenho. Tchau.- Disse Thalia acenando e correndo em direção á uma das salas á frente.

Ameerah suspira. Thalia tinha esse jeito teimoso, sempre reclamava dos meninos. Quando na verdade, eles estavam apenas tentando conquista-las.

A jovem olha sonhadora para as paredes , enquanto se dirige á saída. Ela cantarola uma música em árabe, uma canção que sua irmã mais velha lhe ensinou. Estava tão tranquila como em qualquer outro dia.

Ela pega sua bicicleta e começa a pedalar. Faz tudo com graça e calma, tem tempo suficiente para chegar em seu quarto e fazer o que tinha de ser feito.

De repente, ouve-se um estrondo muito forte. Ameerah para bruscamente e olha em volta. Alguns pássaros próximos revoam em disparada. Isso nunca fora bom sinal. A menina fica tensa e aperta o guidão da bicicleta. Não tem ideia do que faz: Se fica e descobre o motivo de tudo ou se sai correndo e se salva de qualquer provável perigo.

Quando está prestes a andar em direção ao estrondo, a mata da floresta que cerca a escola , separada apenas por uma cerca elétrica, começa a se mexer. Ameerah fica estática, morrendo de medo.

Um ser pode ser visto , não muito bem, mas pode. A saudita arregala os olhos ao vê-lo. Com toda certeza é um humano e , pior, sua capa antes preta , agora estava salpicada de vermelho. Vermelho-sangue.

Apesar do pânico estar dominando seu corpo, a mente de Ameerah começou a funcionar. Se ficasse ali, parada, ele a veria. Porém, se corresse talvez algo ruim acontece. Por via das dúvida , ela foi, calmamente, deitando na grama até ficar praticamente invisível.

O homem olha para os lado, aparentemente, limpa as mãos e volta a se embrenhar na mata. Uma lágrima escorre pelo rosto da jovem. Felizmente, ele não a vira. Tendo certeza de que tal ser não voltaria, a menina não tem dúvidas: se levanta rapidamente, agarra a bicicleta e sai correndo.

Durante o caminho, algo lhe disse que não deveria falar sobre aquilo. Logo, alguma autoridade cuidaria daquilo, ela não tinha com que se preocupar.

Mas, na verdade, a jovem Ameerah estava apenas arranjando um a desculpa para um instinto que só tornaria a descobrir mais tarde.

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12 de setembro, sexta-feira. Palácio de Catarina, aula de ciências mensal ao ar livre. 14:15.

Katherin olhava o jardim em volta. Tinha terminado suas atividades e espera que o resto dos alunos fizesse o mesmo. Gostava de estar ao ar livre, dava uma sensação de liberdade.

De repente, algo a tira de seus pensamentos. Annie. A australiana estava cutucando-a, pedindo a resposta de um dos itens.

Depois de muito insistir que ela fizesse sozinha, a francesa acabou cedendo.

Enquanto conversavam, Katherin viu muita gente se aglomerar em volta de Rebecca e suas amigas. Aparentemente a indignação dela estava obiva, já que Annie disse:

– Se eu fosse você, não ficava olhando muito tempo, acho que a ignorância pode passar pelo olhar...

– Por que todo esse circo?

– Simples. Todos querem fama , minha querida Perrié. Aliais, se não quiséssemos , não estaríamos aqui.- Annie deitou na grama.- O problema é que a maioria quer isso pra já, e elas, são o jeito mais fácil e baixo.

A menina, encarou a amiga , incrédula.

– Ah!- continuou Annie- Rebecca também tem seu jeitinho de ser o centro. Ela descobre tudo. Claro, se você não souber esconder. Ela sabe muito bem como tornar a vida de quem a desafia em um inferno.

Katherin, continuou a encarar o grupo. Logo, Ian,uma garota bem morena e outra loira, o menino que ela vira falando com Ameerah esses dias e um outro que nunca tinha visto se juntaram a eles.

Ian pareceu perceber o olhar nem tão discreto da garota e passou a encara-la também. Qualquer pessoa teria desviado , até mesmo a própria Katherin teria. Mas, por razões das quais nem ela mesma sabia explicar, continuou a fuzila-lo. Ela não queria demonstrar fraqueza, queria mostrar que ela faz o que quer , quando quiser.

Por fim, ele desviou. E, ela, logo depois. As coisas não cheiravam nem um pouco bem. Katherin se perguntava como ninguém nunca tinha tentado descobrir como Rebecca sabia de tudo, ou como Ian e sua turma faziam coisas as escondidas.

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12 de setembro, sexta-feira. Palácio de Catarina, fim da aula dos escritores. 15:30.

O sinal havia acabado de tocar. Katherin e Azard vinham conversando animadamente. A francesa achava o turco um doce. Mas, dessa vez ele parecia mais desanimado.

–Azard, você me parece triste. Algum problema?

– Não.Não.- ele balançou a cabeça, porém o olhar da menina o venceu.- Ok é que eu...

Antes que ele pudesse continuar a frase , Azard tropeçou e caiu , derrubando todos seus livros.

Katherin olhou para o lugar onde ele tropeçou e viu John, o repetente , com o pé ainda esticado, encostado na parede. Lentamente, ele e alguns meninos de porte parecido foram se aproximando.

A francesa começou a ajudar o turco, mas quando já estavam se levantando, o garotos chegaram e derrubaram tudo de novo.

– Oi Azard.- John sorri maleficamente

Katherin sentiu o cheio de suor dele perto dele. John foi chegando cada vez mais perto e, quando estava perto o suficiente para , na visão dela , sentir o bafo (nada) agradável do rapaz.

– Me disseram que você estava falando com uma menina. Uma das minhas.- ele disse pegando o menino pela gola e o levanta perigosamente, uma vez que eles estavam no lado da grade , que dava vista para baixo.

– Não, não.- Azard negou , praticamente sufocado.

–Ah.. Eu vi você ontem com ela sim.- John disse nervoso- Uma certa morena de cabelos negros, muito bonita.

Ele levantou o menino ainda mais alto , deixando-o em uma situação muito perigosa. Nisso, Katherin teve que pensar. Não foi tão difícil montar o quebra-cabeça.

– Que eu saiba , Tomalenche, Ammerah é solteira.- a voz dela soou solenemente , fazendo os garotos se calarem- E mesmo que não fosse, teria o direito de falar e fazer oque eu quiser.

– Ora, ora,ora. –John riu, colocando Azard no chão.- Parece que nosso amiguinho tem um cão de guarda.

– Não ele tem uma amiga. Mas acho que você não sabe o significado , não?

– Oh!!- John e os meninos debocharam, porém ela não se afetou- Azard tem uma amiguinha filosiofica!

Katherin piscou os olhos. Aquele garoto lhe dava nojo.

– Sua ignorância e deplorável ,sabia?- ela sorriu cinicamente- O correto é filósofa.

Eles ficaram quietos. Katherin adorava deixar as pessoas confusas com seu linguajar.

– Vem Azard.- ela riu entregando-lhe os livros- É melhor irmos embora antes que eles tenham que parar de respirar para formar uma resposta.

Eles já tinham se afastado quando uma voz gritou:

– Deixe-a John. A pequena órfã é nervosinha.

Katherin se virou com uma extrema velocidade e força. Deu de cara com Rebecca. A francesa foi andando á passos largos até a alemã.

– Não é mesmo, jovem Katherine?

Katherin.- o sangue pulsava violentamente nos pulsos da menina.

– Tanto faz.- Rebecca revirou os olhos- O problema é você se intrometendo onde não é chamada.

– Só faço o que é justo.- a francesa respondeu por entre os dentes.

– Só que o assunto não lhe diz respeito.- disse um menino que estava atrás da alemã.

– E você é...?- Katherin perguntou rispidamente

Ouve um coro de risadas malvadas. Isso trouxe a tona certos momentos da vida dela que a fez ficar com os olhos rasos d’água. Infelizmente, o episódio não passou despercebido por Rebecca.

– Awwwwwnt! Gente! – a garota disse com sua maléfica falsa pena- Ela é sentimental.

Mais risadas vieram e Katherin fuzilou todos. Odiava ser tratada desse jeito. Ela não saíra de casa , das humilhações de Livian e Monaliza para chegar á um lugar bem longe delas e encontrar alguém tão ruim quanto as duas juntas.

Porém, antes que ela respondesse algo, duas coisas aconteceram simultaneamente: foi possível ver o rosto de Ian, atrás de Rebecca (apesar dele continuar com aquela face inexpressível, como se não ligasse para nada nem ninguém), o que fez Katheirn fuzila-lo com toda a sua força, e ,Uma voz atrás do esquadrão maligno gritou:

– Você não jeito mesmo , não Uglymon?- Todos se viraram e foi possível ver o rosto de Laura Prado, vindo em direção á eles- Nem uma porrada na sua resolve? Será que você quer mais uma dose para sossegar esse seu facho?!

Katherin amou a cara de tacho que a rainha gelada fez ao ouvir esse comentário. Ela ADORAVA aquela brasileira!

– Falando em intrometidas...- O garoto murmura

– Dobra a tua boca , Bryan! – Laura praticamente cospe as palavras nele

– Você se acha não?- Britta diz

– Minhas notas permitem-me dizer isso- ela fala empurrando os óculos para o lugar com um dedo nada bonito

– Você é uma garotinha enxerida e malcriada – Rebecca diz entre os dentes

– Opa!- A brasileira sorri sarcástica e batendo palmas- Estamos citando as qualidades! Quer que eu comece com as suas?

– Você devia ter mais cuidado com o que fala...- a alemã ameaçou

– Filha... eu faço o que quero, sem arrependimento algum . E... Aliais, eu faço tudo ás claras, querida.

Rebecca abriu a boca , como se fosse dizer algo. Mas era claro a impossibilidade de ganhar um bate-boca com aquela menina. Esta, aproveitou a deixa e disse:

– Venham Katherin e Azard- e virando-se para eles disse – ninguém merece ficar ouvindo esses mugidos.

Katherin sorriu. Queria ter sempre Laura por perto quando entrasse em uma discussão.

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16 de setembro, terça-feira. Parque do Palácio de Schönbrunn. 17:30.

Lucy caminhava , meio sem rumo, pelas trilhas do parque.Sempre que precisava pensar fazia isso.Ela olhava o topo das árvores, os pássaros. O outono já começava a se mostrar, em uma ou outra folha, ela via tons amarelados surgirem.

De repente, se viu em frente á uma grande ruína. Olhou-a cuidadosamente e sorriu. Sem sequer se dar conta, fora parar no mesmo lugar, de novo.

Ela se sentou em uma parte da falsa ruína romana, construída simplesmente por luxo dos antigos reis. Olhou para as árvores em volta, o chão, e uma pequena marquinha, em forma de L que estava ali á exatos três anos. Tudo isso lhe trouxe algumas lembranças...

–flashback on-

Uma garotinha loira , de uns onze anos, corria , chorando, pelos mesmos caminhos que Lucy percorrera. Ela carrega um livro de capa cor-de-rosa nas mão e uma caneta nas mãos.

Ao encontrar as ruínas para e observa.

– Uau!- ela exclama , maravilhada, olhando ao redor.- Isso é um bom esconderijo!

Ela se senta no mesmo lugar onde a jovem americana está sentada agora, e começa a escrever rapidamente, com uma caligrafia torta nas linhas do livro.

– Querido diário...- Ela murmura enquanto escreve- Hoje tive um dia horrível...

– Sabe que eu também?- uma garota de uns catorze anos, olhos azuis penetrantes e cabelos muito negros diz sorrindo e se agachando perto da garotinha.

– Que susto!- exclama a menina

– Sabia que eu nunca tive um diário?

– Por quê?- pergunta a loirinha, curiosa

– Eu nunca conseguia terminar um... Acabava largando..- a garota deu de ombros- Posso sentar aqui?- diz apontando para a parte da pedra ao lado da pequena menina.

– Pode!

– Então... O que fez seu dia tão ruim?

– As meninas ficaram rindo da minha cara, por causa do nome do meu diário...- a menina baixou a cabeça, triste

– E qual é o nome dele?- a garota de cabelos negros e pele pálida perguntou

– Eu disse que ele era o diário de uma princesa...- a loirinha começou a chorar.

– Eu acho que o nome é muito bonito- a garota sorriu

– Sério?- a loirinha levantou a cabeça ,sorridente

– Seríssimo!

As duas riem .

– Se você tivesse um diário...- a garotinha pergunta- que nome daria á ele?

– Acho que.... O diário de uma malgaxe.

A menininha torceu o nariz.

– Por quê malgaxe?

– Porque é assim que se chama que nasceu e Madagascar!

– Ah! Entendi!- a loirinha sorriu

– Aliais...- sorriu a garota- Me chamo Miranda. E você pequenina?

– não sou tão pequena assim!- ela cruzou os braços

–ok, ok! Me desculpe! – Miranda levantou as mãos- Mas .. qual é seu nome , querida?

– Lucy! Lucy Rose!

– Flashback off-

Por fim…Miranda começou a fazer um diário, só que em vídeo. Lucy se lembra de ter participado de alguns deles quando dormia no quarto de Miranda. Era tão divertido...

De repente, a mente da menina começou a trabalhar... O diário! Era isso!

Então, saiu correndo em direção ao palácio.

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19 de setembro, sexta-feira. Palácio de Schönbrunn, quarto 63. 00:15

Já era tarde, e os olhos de Laura estavam cansados. Ela, Lucy e Felipe tinham vasculhado grande parte dos diário de vídeo da Miranda, mas ainda era pouco. Porém , não era isso o que ela fazia. Todos prometeram só ver os vídeo juntos, e a brasileira iria cumprir sua parte.

Ela simplesmente tentava descobrir a senha do segundo usuário do computador. Isso estava deixando-a louca havia dias...

A brasileira mexia e remexia todas as possibilidades, tudo, tudo ,tudo. Mas , NADA.

Todavia, subitamente, ela olhou para o quatro no seu criado-mudo : Ela , Lucy, Felipe e Miranda na primeira semana de aulas deles , três anos atrás. Então, ela se viu em uma de suas memórias.

– flashback on-

Laura e Lucy corriam, junto de Miranda, maravilhadas com a pequena Villa Alexei. Pararam, juntas, em frente á uma loja de lembrancinhas, na vontade de comprar algo para a mãe de Laura, que faria aniversário dali á algumas semanas.

Dentro da loja, foram super bem atendidas e saíram com uma linda coruja de porcelana. Porém, quando passavam em frente a uma praça, Miranda esbarrou em um garoto, que derrubou o se sorvete no chão.

– Você está bem , moça?- ele perguntou

– Moça? Pensei que não era tão velha assim!- brincou a garota

Todos riram.

– Vêm! – Miranda chamou Felipe- Vamos comprar outro sorvete para você.

Eles entraram na sorveteria e todos saíram com sorvetes de massa. Menos, é claro, Laura que saiu com seu amado picolé de maracujá.

– Por quê ela não pegou o de chocolate?- Felipe perguntou perplexo

– Ela não gosta.- Lucy contou

– O Quê!- Ele arregalou os olhos

– Qual o problema?- Laura parou e encarou ele

– Chocolate é a melhor coisa do mundo!

– Não acho... assim, eu como, mas posso viver muito bem sem.- Ela encarou o menino que a olhava como se isso fosse o cúmulo- Cala a boca , Valentim!

– Vejo que em meia hora vocês já são bons amigos! – Miranda chega por trás e os assusta.

Eles riram e decidiram ir ao parque. Se divertiram muito! Andaram em quase todos os brinquedos! Só houve um problema: Lucy e Felipe queriam ir no elevador, mas Laura tinha medo. A decisão foi Miranda ficar com a brasileira enquanto eles iam no brinquedo.

As duas se sentaram na bancada de umas das lanchonetes do lugar.

– Qual a sua matéria preferida , Laurinha?- Miranda perguntou, dando uma mordida em seu cachorro-quente.

– História.

– Por quê?! Será que nunca vou achar alguém que goste de matemática?!- Miranda brincou

– Não! Eu gosto de matemática. Mas prefiro a histórias e seus mistérios inexplicáveis.... Mas gosto de matemática... e Ah! Qual era mesmo o nome...? Aquela que estuda as estrelas!
– Astrologia? Astronomia?

– As duas!- Laura deu de ombros, tomando um gole de seu suco de laranja

– Mas... quer dizer que você gosta de um mistério? De uma aventura?

– Sabe que eu não sei! – a brasileira sorriu- Sou muito medrosa, só que também tenho muuuuuuuuuuita curiosidade, sabe?

– E....- Miranda parou ,pensou e, por fim, continuou- Você tivesse que resolver um dos mistérios desses enormes livros que você lê? Aguentaria? Ate onde iria?- Perguntou a garota com as sobrancelhas arqueadas.

Laura demorou um pouco para responder, pois mastigava um pedaço de seu cachorro-quente. Quando terminou, ela sorriu e confessou , feliz, com um brilho nos olhos:

– Até o fim.

– Não importando as consequências?

– Até o fim é até o fim!- a menina acenou afirmativamente com a cabeça

– Você tem uma filosofia muito interessante , Laura! É uma garota esperta!

– Isso... é você quem diz!- ela levantou as mãos.

– flashback off-

Uma lágrima escorreu pelo canto do olho de Laura, mas ela a enxugou , rapidamente. Aquilo fora muito antes dessa loucura todas. Entretanto, Miranda gostava de relembrar esses momentos com eles. A jovem sempre lembrava-o como , “o dia da conversa na lanchonete” , porém, Laura lembrava-se dele como “o primeiro dia em que ela disse ‘cala a boca Valentim’ e da conversa na lanchonete”.

A brasileira riu gostosamente. Sentia certa falta daqueles dias... Ela sempre achou que esse era o duro de crescer: deixar tudo para trás. Eles deixaram a inocência, fragilidade, ingenuidade... Por outro lado ficaram mais inteligentes ( aleluia!), mais amigos, mais ativos, mais maduros... É a vida. O que ninguém nunca contara era que, para uns , ela podia acabar bem mais rápido do que qualquer um ousaria sonhar.

Laura se apoiou no parapeito da janela e fechou os olhos. Aqueles pensamentos todos estavam machucando ela... Perder alguém nunca fora fácil, e nunca será. Todavia, foi nesse momento, triste, que a luz de Miranda voltou a brilhar na mente da garota.

– claro!- ela exclamou, batendo a mão na testa- Por isso ela lembrou tanto desse dia no últimos meses!

Velozmente, a menina digitou as seguintes palavras: Cala a boca. Até o fim.2

O coração de Laura batia forte quando ela respirou fundo e apertou o enter. SENHA CORRETA!

A menina começou a pular pelo quarto todo. Miranda tinha deixado tudo pronto! Ela queria que eles vissem tudo isso! Ela sempre confiara neles!

Contudo, a alegria dela durou pouco. De repente, o celular de Miranda, o qual ela , Felipe e Lucy andaram vasculhando, sem sucesso nos últimos dias vibrou. Mensagem. Número bloqueado.

“ Fico feliz com a tua descoberta. Mas, cuidado! Um descuido e tudo pode dar errado! D aproxima vez, feche a janela! Pode ser que não seja eu quem esteja olhando para ela!

VXS”

Laura vira-se o mais rápido que pode para a janela e vem um vulto, se embrenhando na mata. Era realmente melhor tomar mais cuidado.


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Notas finais do capítulo

Então....? O que acharam??? Ficou realmente bom? Ah! Tenho novidades!
1º algum ser viu a capa? Manjo dos power point!
2º troquei alguns "representantes" dos meus personagens :
Ian: Ed Westwick https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQJk8VEBiuvkGKgmqWKGpZs3MzPnzbL6Mt_uJIxzKtzVP6Y81vX
Laura: Emma Roberts (só que imaginem ela com óculos , ok?) http://intersectnews.com/wp-content/uploads/2013/05/inews_Emma-Roberts.jpg
Medie: Lindsey Shaw http://cdn2-b.examiner.com/sites/default/files/styles/image_content_width/hash/5c/96/Lindsey%20Shaw3.jpg?itok=nTj828YE
3º criei um e-mail pra fic!!!!! Katherin.Cassandra.Perrie@gmail.com
4º talvez... eu consiga fazer um trailer!!!
Enfim... acho que só... Bjs