De Quem Menos Se Esperava. escrita por DS


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom dia.
Hoje acordei com uma grande dúvida :s Se tem alguém lendo aqui, ou não.
Bom, se tiver deixe um comentário, por favor.
Bjs



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  Depois da briga com a Grazzi eu fiquei furioso com a Letícia, é que antes eu não entendia ela. Então no fim da aula quando estávamos fora da escola eu fui falar com ela, na verdade eu queria acertar as contas. Pisei na bola feio. Estava cheio de alunos na frente do colégio, eu esperei ela sair, quando ela apareceu, puxei-a pelo braço. Falei um monte de besteira pra garota. Talvez tenha pegado mais pesado que a Grazzi. Eu fui um idiota. Acho que ela ficou magoada, no começo, deu uma de forte e quis me bater, mas falei que ela não era de nada, que era um zero a esquerda, ai sim ela não agüentou e ficou segurando as lagrimas para não chorar.

- Olha quem fala, o mauricinho de nada. Aleph só pelo nome já dá pra ver que vem besteira. Você é um idiota que só vive pelos outros... Você vive pra agradar as pessoas que vivem ao seu redor cara. Antes de falar de mim, que eu sou um zero a esquerda e tudo mais... Olha pra você, você é uma fraude. E não me julga, você não me conhece. – Ela falou, em seguida pegou seu skate e foi embora.

   Passei a noite pensando no que aquela maluca falou. Sabia que era tudo verdade mais não admiti para mim mesmo.

   A Letícia passou dias sem olhar na minha cara. Nem um insulto sequer. Aquilo já estava me incomodando. Talvez por que eu já estava acostumado com ela pegando no meu pé todo dia, fiquei me sentindo meio que, desprezado por isso. Na verdade eu gostava de ser o centro das atenções, nem que fosse para que me detestassem eu queria que todos estivessem direcionados a mim.

   Mas talvez, o esse negócio de eu me importar se a Letícia estava ou não se importando comigo, estivesse ligado ao fato de que ela era a única pessoa que me não me tratava como um rei.

   Isso continuou por semanas, eu não parava de pensar naquela garota um só minuto. Todos já tinham notado que eu estava diferente, e estaca mesmo, eu me irritava por tudo. Numa dessas crises de estresse acabei dando uma surra no Guilherme. Mas também ele me irritou muito, meu sangue ferveu e perdi a cabeça. O cara ainda veio me ameaçar. Falou que o que era meu estava guardado. Eu simplesmente ri da cara dele. Meus pais me deixaram de castigo, uma semana sem sair. Em pensar que aquilo tudo era por causa da pessoa que eu considerava insignificante.

   No ultimo dia de castigo, não segurei, me deu vontade de conversar com a Letícia, pulei a janela do quarto e fui até a casa dela. Dei de cara com ela dando banho no cachorro às dez da noite. Cara aquela garota era doida, mas eu me senti diferente quando vi aquilo. Fiquei olhando de longe por um tempo, ela estava conversando com o cachorro. Caraca! Eu ri muito. Mas ela viu, fez uma cara feia pra mim e não pensou muito. Colocou o cachorro pra me pegar. “Desgraçada” era só o que eu falava enquanto tentava me salvar daquele pulguento. Mas hoje eu acho tudo isso muito engraçado.

   Depois de muita correria, ela chamou o cachorro e gritou “O que você quer seu panaca?”

- Conversar. – Respondi. Ela se aproximou e falou...

- Desculpa, mas eu não estou aberta a conversas. Então se manda.

- É sério, eu preciso falar com você.

- Fale estou escutando. Deve ser uma coisa muito importante, pra o rei vir aqui falar com a maloqueira.

- É que eu queria te pedir desculpas. – Falei, esticando a mão. Ela não fez o mesmo, virou a cara e depois voltou a me olhar, enquanto eu continuava com a mão esticada.
- Me fala uma coisa. O que realmente você pretende com isso?
- Concertar um erro, e ficar com a consciência limpa. – Respondi.
- Fala logo, o que você está armando.
- Nada. Será que eu não posso me desculpar? É sério, eu confesso que peguei pesado com você, e quero me desculpar.
- Tá bom, já se desculpou. Agora vai embora.
- Tudo bem. A gente se vê na escola amnhã?
- Claro! Não tem outra saída.
- Boa noite. – Falei, mas ela ficou calada. Ah, que me deu uma vontade de matar aquela menina, eu lá me humilhando, e ela me expulsando.
   Fui direto para casa, mas não teve jeito, meu pai me viu. Mas uma semana de castigo e uma bronca enorme. Falou que não confiava mais em mim, que eu estava aprontando muito ultimamente. Perguntou até se eu estava metido com drogas. Falei que não, meu pai deveria estar maluco. Certo que ele sempre exagerou, mas pensar que estava envolvido com drogas, isso era demais.
   No café da manhã, descobri o motivo de meu pai ter falado sobre drogas comigo. É que um cara ligou para ele e falou que eu era um traficante. Vê se pode, meu pai acreditar nessas coisas. Desmenti a história claro! Ele falou que só ficou com aquilo na cabeça devido meu comportamento nos últimos dias. Falei que iria melhorar. Ficou tudo bem!
   Quando cheguei na escola Grazzi já estava me esperando. Me deu uma vontade de fugir dela, mas eu não podia fazer isso. Eu já estava percebendo que o nosso namoro havia esfriado, mas não queria terminar com ela, porque sabia que ela gostava de mim, ou pelo menos, pensava isso.
   Foi maluquice ter ido falar com a Letícia, foi isso que eu fiz quando ela passou por aquele portão.
- Oi. – Falei. Ela nem olhou pra minha cara. Passou direto. Rapidamente me meti em sua frente e perguntei se ela ainda não tinha me desculpado.
- Olha aqui garoto, você foi me encher ontem e eu já esqueci o que você me disse. Se eu falei que você está desculpado é porque ta.
- Pois não parece.
- Vem cá, eu te prometi que a gente iria ficar amiguinho por acaso?
- Não, não prometeu. Falei meio que sem jeito.
- Olha só, eu não engoli esse seu papinho de vir me pedir desculpas e depois vir falar comigo. Mas se isso for verdade, o que não me importa muito, eu quero te dizer que eu não me meto com gente que nem você e sua namoradinha, não é por nada não, só por diferença mesmo. Agora que eu tô fazendo minha parte deixando vocês em paz, eu quero você finja que eu não existo tah?
- Tudo bem, se você prefere assim.
- Prefiro. – Ela falou, em seguida saiu. Droga! Ela me magoou.
   Fiquei furioso com o que a Letícia me disse, quem aquela imbecil pensava que era para me tratar daquele jeito?
   Quando ia entrar na sala o Guilherme esbarrou em mim de propósito, quase voei no pescoço dele mas o professor mandou a gente entrar. Ah, eu ainda não contei para vocês o motivo real do Guilherme me odiar tanto. Na verdade ele o que ele queria mesmo era a Grazzi. Mas ela não gostava dele, nisso eu não podia fazer nada, para falar a verdade naquela altura do campeonato, eu queria mesmo era que ela se apaixonasse por ele de vez.


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