Queimando escrita por Nina F


Capítulo 9
Parte II - Capítulo Oito


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar hoje, porque amanhã não vai dar. Espero que gostem!



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Minha mãe grita à porta, mas eu não paro. A chuva não é pesada ao ponto de borrar minha vista, mas já estou encharcado. Não sou o único a reagir assim, vários de nós estão fora de casa, gritando ou perplexos demais para falar algo. Estou tão desorientado que não sei ao menos onde estou indo, só sei que tenho de ir a algum lugar. Algum lugar onde eu possa descontar minha raiva e um lugar afastado de preferência, sei que não sou seguro em minhas atuais condições. Acelero o passo e quando vejo já comecei a correr, o centro do distrito é apenas um borrão em minha memória e então o que eu encaro é uma grade. Sem pensar duas vezes escalo e quando caio do outro lado meus pés batem com um barulho molhado no chão agora cheio de lama. Não há pacificadores à minha vista.

A porta pesada é o de menos, ela vive destrancada. Entro embalado no Centro de Treinamento e percorro os corredores sem ao menos saber onde estou indo. A histeria dentro de mim só aumenta e me confunde mais ainda. Entro na primeira divisão que vejo. Uma espada, droga, eu preciso de uma espada! Pego a primeira que vejo e me concentro nos bonecos ao fundo da sala.

Meus golpes são imprecisos, nada estratégicos, mas fortes. É o único modo que vejo para tirar isso de mim. Quero cortar Snow em pedaços, mas só tenho esses alvos de espuma. Quando se torna algo insuportável eu urro, um urro de raiva que enche e ecoa no enorme pavilhão por vários momentos, podem até ter sido minutos seguidos, mas quando acabo estou esgotado. Minhas mãos tremem e o desespero toma um pequeno lugar da ira, arremesso a espada e ela cai com um estardalhaço sobre algumas lanças.

Voltar à arena. Há uma infinidade de vitoriosos aqui, mas eu tenho a certeza de que serei eu, de que tudo isso foi armado para mim. Meu segundo assassinato planejado, uma segunda arena planejada para me eliminar, mas sei que essa dará certo. As palavras de Tobias vêm a minha cabeça, Snow realmente arranjou uma maneira prática, rápida e bem mascarada de nos matar.  Eu me sento no chão, apoio os braços nos joelhos e escondo a cabeça entre eles. Aquele envelope amarelo foi manipulado, eu sei, ou talvez já estivesse pronto de verdade para ser usado no momento certo. Um pensamento estranho me aparece, do envelope dentro daquelas caixas de metal e vidro, com os dizeres “quebre em caso de rebelião incitada por vitoriosos.”.

Não sei ao certo quanto tempo fico lá, enrolado, mas o barulho de porta rangendo me faz pular e então Violet está lá parada, completamente encharcada, alguns fios do cabelo molhado e bagunçado grudam em seu rosto. Suas mãos estão enfaixadas, mas consigo ver alguns rastros de sangue nas ataduras. Não espero que ela faça movimento algum e me lanço do chão em sua direção, apertando-a o mais forte que consigo. Não, não a minha Violet. Ela começa a chorar compulsivamente, os soluços balançando seu corpo que contra o meu se torna pequeno, eu inevitavelmente a acompanho. Ela se sente assim como eu, e nós concordamos que com certeza seremos mandados para lá juntos, de novo. Os Jogos só me trouxeram uma única coisa boa, Violet, e agora querem tirá-la de mim. De novo.

- Eu não quero voltar... Eu não quero... – sua voz é apenas um fio.

Não consigo responder. Eu poderia consolá-la e dizer que isso não vai acontecer, mas é exatamente assim que vai ser. E só tenho uma coisa a fazer.

- Se seu nome for tirado, eu vou com você. – tento manter a voz firme e obtenho algum sucesso.

Violet se afasta rapidamente, como se eu a queimasse.

- Não você não vai! – ela grita inconformada. – Se meu nome sair naquela coisa e o seu não, você vai ficar!

Eu solto uma risada nervosa.

- Claro que vou! E deixar você ir para a arena sozinha?! Não seja idiota! Se meu nome sair e o seu não, você é quem vai ficar!

- Não vou, Cato Stoll! Não vou ficar assistindo você dentro da arena, morrendo!

Estamos tão frágeis, tão exaltados assim para que uma simples frase se torne uma discussão?

- Que aconteceu com sua mão? – é a primeira coisa que penso e então Violet encara as próprias ataduras, como se só agora as notasse.

- Tive uma espécie de ataque de pânico, sei lá... Quebrei uma porção de coisas, acho que deixei a casa em cacos. Meu pai conseguiu me parar e colocar isso, mas quando vi já estava na chuva correndo pra cá.

Violet funga e recomeça a chorar.

- Porque, Cato, só me diz por quê...

- É o jeito dele, não viu o que fez comigo no ano passado?

Parece que boa parte de nós, vitoriosos, resolveu encontrar refugio no Centro de Treinamento porque Enobaria, Brutus, Mark e Alicia aparecem à porta. Nenhum deles tem indícios de choro desesperado em suas expressões, mas é claro que estão todos destruídos. Brutus levanta duas garrafas em nossa direção.

- Uma distração? – oferece.

E nós vamos para o vestiário dos treinadores às cegas. Na ira eu não percebi que o Centro estava praticamente na escuridão. Chegamos à sala, e é quase reconfortante quando nos sentamos em volta da mesa e com copos descartáveis começamos a beber. Violet ainda é menor de idade, tecnicamente, mas para as favas com isso agora. Ninguém fala durante minutos, secamos as duas garrafas que Brutus trazia e mais metade de uma que estava com Mark.

- O que faremos agora, alguma sugestão? – ironiza Enobaria entornando seu copo.

- Não ta na cara que vocês estão limpos? Seremos Cato e eu a ir praquela droga, vocês quatro sabem muito bem o porquê! – Violet diz no mesmo tom. É fato, os mais próximos de nós são esses quatro, e eles sabem muito bem a nossa situação. Alicia e Mark foram nossos mentores e nos aproximamos de Enobaria e Brutus quando voltamos da Capital.

- Não se sabe... – intervém Alicia.

- Vai me dizer que nossas chances são as mesmas que de todo mundo?! – solto.

- Não seria hipócrita á esse ponto, - rebate Alicia. – mas nossas chances também não são nulas.

O silêncio volta, mas logo se vai.

- Vamos suspender o treinamento dos meninos. – diz Brutus.

- Porque faríamos isso? – indaga Violet.

- Eles não irão para a arena esse ano, nós iremos! Vocês estão bem frescos, mas boa parte de nós está bem enferrujado... Temos de treinar! Agora a coisa toda é com a gente! E nós somos carreiristas, somos os melhores de Panem! Nós não lamentamos, nós vamos lá e ganhamos essa coisa!

Todos ponderamos um tempo sobre isso e Mark é quem primeiro se pronuncia.

- Brutus tem razão, é nessas horas que ainda somos carreiristas e temos de estar preparados. Suspenderemos os treinos a partir de amanhã e depois de amanhã começaremos a nos preparar para o massacre. Temos que dar um tempo para que todos se conformem com a coisa toda e os que tiverem amor à vida comparecerão.

Repartimos a última parte da bebida, viramos os copos de uma só vez e nos entreolhamos. Brutus realmente tem razão, eu deixei de ser carreirista, mas somente no ponto em concordar com os Jogos e com a matança. Isso não quer dizer que eu tenha de ficar parado, esperando a morte chegar. Já sai dos Jogos duas vezes, posso muito bem escapar uma terceira. Olho para Violet e vejo nela o mesmo olhar de meses atrás, o mesmo olhar intenso que tinha quando a conheci e quando estávamos na arena.

- Temos que comunicar isso ao prefeito. – digo.

A chuva ainda é pesada, mas que se dane. Nós vamos andando mesmo para a Aldeia, e assim que chegamos e minha mãe corre para mim com um cobertor aberto, chorando compulsivamente, percebo que Brutus, Enobaria, Alicia e Mark foram praticamente uma equipe de resgate mandada para nos procurar. Eu e Violet somos os Vitoriosos mais jovens do dois, e aparentemente os únicos que ainda moram com a família, os únicos que têm alguma, de modo que os demais observam nossa situação com sofrimento. Meu pai está parado à varanda, olhando o céu fechado com as mãos na cabeça, como se fosse incapaz de aceitar o que aconteceu, Gabe está chorando silencioso ao seu lado. Tobias vem até Violet e a leva para dentro, não antes de lançar um olhar lamentoso para mim. Observo Violet se desfazer em lagrimas novamente quando Rose corre pela porta, ela chora mais que minha mãe.

Já dentro, minha mãe não se preocupa com o chão limpo quando entro o sujo de lama. Ela me pergunta se preciso de ajuda, mas eu nego e subo para o quarto sozinho. Tomo banho mecanicamente e quando deito no colchão finalmente me rendo. Começo a chorar compulsivamente, tentando expulsar o terror que inevitavelmente cresce dentro de mim. Se ainda fosse quem eu era antes dos últimos jogos estaria completamente animado, como estive da última vez, mas não. Eu estou com medo, admito. Snow quer se livrar de nós e isso vai acontecer, nós vamos para a arena de novo, eu e Violet. Existem vários vitoriosos vivos aqui, mas seremos nós. Ou pelo menos um de nós. Não sei se choro mais por perceber que vou morrer, ou por perceber que posso perder Violet, e isso me desgasta tanto que caio no sono.

Quando acordo minha cabeça lateja violentamente e eu fico na cama encarando o teto por vários momentos. Minha mãe teve o cuidado de vir aqui durante a noite e fechar as cortinas de modo que o sol não me incomoda. Não tenho mais vontade de chorar, não estou irado, só... Frio. Oco. Alguma coisa assim. Parece que o sono me trouxe uma conformação, não tenho para onde fugir então o melhor a se fazer é enfrentar isso de cabeça erguida. Desço para comer alguma coisa e encontro a casa silenciosa embora todos estejam na cozinha. Minha mãe está de costas preparando algo no fogão, meu pai e meu irmão sentados a mesa parecem estar piores do que eu. Meu pai encara o vazio e Gabe o chão, mas quando chego eles olham diretamente para mim.

- Mamãe ta fazendo bacon. – diz Gabe.

- Bom, porque eu estou com fome. – minha voz sai um pouco fria e áspera. Eu me esgotei mesmo ontem.

A frase de Gabe alerta minha mãe para minha presença e ela se vira, seu semblante triste, me fitando sem saber realmente o que fazer.

- Enobaria esteve ai mais cedo, deixou suas novas roupas de treinamento. – ela diz, apontando o pacote sobre a mesa.

- Novas roupas? – pergunto aturdido.

- Ela disse que o uniforme dos treinadores realmente não servia. – explica meu pai. – Segundo ela “inibe vários movimentos”.

Dou uma risada fraca enquanto abro o pacote. É exatamente igual ao que usamos no Centro de Treinamento da Capital.

- Típico dela.

O dia se passa lentamente e fico apenas deitado no sofá. À tarde ouço um grito frustrado vindo com certeza da casa de Violet e não consigo ao menos me imaginar vê-la sofrendo. Me sinto um covarde por isso, mas não vou procurá-la e ela também não vem até mim. Acho que precisamos ficar sozinhos um pouco e é melhor assim, eu não me sinto tão impotente longe dela. Sei que não vou conseguir mantê-la a salvo de tudo isso.

A madrugada vem e se vai rápido demais para mim, não consegui dormir quase nada. Os pesadelos que me pouparam por uma noite acabaram com a trégua então à tarde, no caminho para o Centro de Treinamento, eu estou parcialmente destruído, embora não possa demonstrar. Quando chego o Centro está um tanto vazio sem a maioria das crianças do nosso distrito aqui. Lyme e outro cara que não conheço estão na porta fazendo a divisão correta dos vitoriosos, já que para treinarmos direito obviamente teremos que treinar em várias divisões, ela sorri quando me vê.

- Como vai Cato?

- Bem até onde posso, e você?

- Na medida do possível. – ela diz educadamente e então consulta uma lista. - Divisão a-2 por favor.

Agradeço Lyme e me dirijo à minha divisão. Eu me xingo mentalmente por não ter perguntado a Lyme qual a divisão de Violet mas relaxo ao vê-la atirando facas num alvo assim que chego à a-2. A divisão de Lyme me pareceu estratégica já que estamos a pessoas certas, no lugar certo. Meus mentores, Brutus, Enobaria e ela.

- Muito bem, Violet. – ouço a voz grave de um homem e até arregalo os olhos ao ver também Peter Scamander parado ao seu lado, acompanhado de Evra Noland.

Peter é um cara ruivo e enorme, Evra é ligeiramente mais alta que Violet e tem uma aparência severa com seus olhos azuis e o cabelo negro na altura dos ombros. Eu encaro os melhores tributos de Panem com uma leve admiração até me lembrar de que os superei. Bem, pelo menos pelo que dizem, agora eu e Violet somos os melhores. Vejo Violet sorrir levemente para eles e então seu olhar corre pela divisão até que para em mim. Ela parece prender a respiração por um momento e então suspira aliviada. Eu consigo sorrir pela primeira vez.

- Achei que não viria... – ela diz quando me aproximo.

- Só me atrasei um pouco.

Ela olha para mim alguns momentos e então parece se lembrar da presença de seus antigos treinadores.

- Cato, esses são Evra e Peter. – ela se vira para eles. – E este é Cato.

- Cato, o cara que sobreviveu a duas arenas. Muito prazer. – diz Peter sorrindo e me estendendo sua mão, a qual eu aperto.

- O prazer é meu. – digo cumprimentando Evra também.

- Bem, já vi que está bem acompanhada agora, Violet. Nós precisamos treinar, mas caso precise de ajuda, pode nos chamar. – então ela acrescenta. – Foi um prazer conhecer a nova lenda dos Jogos, Cato.

Quando eles se afastam Violet sussurra para mim.

- Achou ela muito séria?

- Um pouco.

- Não gostaria de ver o que ela virava quando eu errava alguma coisa. – ela diz e eu rio.

Violet se vira para mim e noto que assim como eu ela está cansada.

- Desculpe não ter ido te ver, te ligado... Ou qualquer coisa que seja.

Balanço a cabeça.

- Não tem nada, precisávamos de um tempo. Foi você quem gritou à tarde?

- Foi. – ela confirma e acrescenta nervosa. – Meio que pirei ontem. De novo.

Violet está vestida num uniforme igual ao meu e seu cabelo está amarrado num rabo de cavalo. Percebo leves olheiras roxas sob seus olhos claros e sei que ela dormiu tão bem quanto eu.

Na divisão foi montado algo bem parecido com o Centro de Treinamento da Capital, está divido em estações com diferentes armas, mas nós não temos instrutores nem, no caso da luta, voluntários para praticar de modo que posso ver Alicia e Mark lutando corpo a corpo no espaço com o chão coberto de colchonetes. Noto que também não temos nada relacionado à sobrevivência. Eu e Violet treinamos juntos o dia todo de modo que corrigimos um as falhas do outro. Violet tenta finalmente me fazer criar afinidade com as facas, como tentou na arena, mas não consigo muito bem. Nós praticamos com armas e no final da tarde, depois de Violet tanto pedir, vou com ela para a parte de luta.

- Violet, eu não vou lutar com você. – digo exasperado. – Vou acabar te machucando.

- Está me subestimando? – ela me desafia.

- Não, só não quero te machucar.

- Não esquece o que fiz com Ryan.

Realmente. Violet arremessou todo o peso de Ryan na arena, mas era diferente. Eu sou definitivamente maior e mais bruto que ele na luta.

- Cato, deixe de ser covarde e lute logo com ela! – atiça Brutus mais atrás de nós.

Me viro para ele e Enobaria fuzilando-os com os olhos enquanto eles riem.

- Que? Violet e Cato lutando? Nunca perderia essa, Mark venha aqui! – diz Alicia se aproximando.

Eu bufo.

- Vocês só podem estar de brincadeira! Eu não vou lutar com a Violet!

- Vamos ter que fazer pressão? – ameaça Enobaria ao que Mark chega arfando, ainda com uma lança na mão.

- Vai logo, Cato! Lembre-se de que todos nós a subestimamos ano passado... – ele diz.

Olho novamente para Violet e a vejo me encarando com uma sobrancelha erguida e um sorriso de lado, claramente me desafiando. Na mesma hora me lembro de quando nos conhecemos, nos nossos dias antes da arena.

- Eu não vou pegar leve... – digo, finalmente me rendendo.

- Não pegue. – ela sorri e nós vamos para o ringue improvisado.

Eu realmente estou com medo de machucar Violet e o estardalhaço dos quatro atrás de nós realmente não ajuda, muito menos os olhares que aos pouco surgem e se viram em nossa direção. Logo eu e Violet somos o centro das atenções da maioria, afinal, quem perderia uma luta entre nós dois.

Nós dois ficamos frente a frente e nos encaramos por alguns momentos, o rosto de Violet está fechado em concentração e eu me distraio por alguns poucos segundos observando-a. Tempo que ela aproveita para me atacar e eu tenho de admitir...  Violet realmente é uma adversária difícil, e eu posso confirmar isso agora que estou lutando com ela. Ela é ágil e tem força, seu raciocínio é rápido de modo que rapidamente analisa nossos pontos fracos e tenta nos atingir. Eu não estou realmente atacando-a, estou apenas bloqueando seus golpes e isso não está deixando-a muito feliz.

- Dá pra me bater de verdade? – ela grita quando me dá um soco.

- Mas eu estou te batendo. – grito de volta a bloqueando.

Não sei como acontece porque ela é rápida, mas Violet me acerta com um soco no estomago. Não realmente forte, mais para me provocar.

- Agora você vai se ver comigo. – digo e ela ri debochadamente.

Eu realmente a ataco, mas ela está sendo eficiente em me bloquear e nenhum dos meus golpes realmente chega a acertá-la. Violet gira para me chutar, mas consigo fazê-lo antes e ela desequilibra e anda alguns passos para trás.

- Acaba com ele, Violet! – consigo ouvir a voz de Enobaria, mas suas risadas não indicam que ela realmente esteja falando sério.

Mas Violet não leva na brincadeira. Ela me chuta e dessa vez da certo, tento acertar um soco, mas ela segura meu braço e então me acerta com um golpe que não consigo ver. Logo estou no chão e ela em cima de mim, seu braço pressionando minha traquéia muito levemente. Todos que estão na divisão pararam para nos ver e agora gritam e assoviam. Não sei se realmente fomos bem e nem escuto o que dizem por que minha atenção está totalmente nos olhos de Violet, sentada em cima de mim com suas mãos apoiadas no meu peito. Nós dois estamos ofegantes.

- Te disse pra não me subestimar... – ela sussurra.

- Juro que nunca mais o farei de novo. – sussurro de volta e ela sorri se levantando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, beijos e espero reviews!



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