O Emissário Do Equilíbrio escrita por LordRyuuken


Capítulo 1
Quando a verdade vem a tona




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P.O.V. Percy

Já faziam aproximadamente dois meses desde o fim da guerra contra Gaia, a segunda Gigantomaquia, como ficou conhecida por dentre os campistas. De alguma forma miraculosa havíamos conseguido obter a vitória, mesmo com todas as dificuldades que interpelaram nossa missão. Tudo havia acabado em uma grande guerra a campo aberto, a qual até hoje eu mesmo não sei como a névoa conseguiu encobrir. Ao novamente sair com o título de herói de uma guerra, junto a meus outros companheiros de profecia fui chamado até a presença do rei dos deuses e seu conselho de olimpianos. Uma vez neste, fomos agraciados com um presente magnífico: a imortalidade parcial. Sim, de alguma forma, decidiram não me oferecer novamente a oportunidade de ser um deus, mas estava feliz que ao menos todos nós agora teríamos como viver para sempre, já que necessitava de Annabeth junto a mim mais do que tudo. Se havia recusado a oportunidade por ela quando nada tínhamos, imagine agora, quando namorávamos a sério?

Enfim, de uma forma de outra, agora possuíamos uma imortalidade semelhante a das caçadoras, de forma a vivermos como imortais, mas podendo ser mortos como heróis comuns (ou nem tanto). Neste momento, estava retornando de uma missão solo para o Acampamento Greco-Romano. Sim, isto mesmo que você ouviu: com a Athena Parthenos recuperada e agora no centro do palácio dedicado a deusa no Olimpo (já que devolvê-la a seu local de origem exigiria um feitio que nem mesmo a névoa conseguiria encobrir), passamos a ter apenas um acampamento, localizado também em Nova York. Era muito maior do que fora o "Meio-Sangue" e conseguia comportar uma força de combate extremamente elevada e manter uma paz até que razoável (afinal, décadas de rixa não iriam se resolver em meros dois meses, mas as coisas pareciam que tomariam um bom rumo).

Apesar de estar lhes contando algumas coisas que aconteceram, estou divagando demais em minhas histórias passadas, quando o que importa realmente é o meu presente naquele momento. Retornava de minha tarefa com uma notícia nada agradável para os deuses, mas um problema consideravelmente menor do que o que havíamos enfrentado até o momento, de forma a eu permancer tranquilo, apesar de tudo. O que tomava meus pensamentos agora não era isso, mas a reação de minha linda namorada quando entregasse a ela o presente que com muito custo havia obtido para ela. Uma jóia, um anel de compromisso. Fora feita de ouro imperial e Suffragium, um material raríssimo obtido por mim em meio a minha missão. A forja ficou sob a responsabilidade das hábeis mãos de meu irmão Tyson, que não teve muita dificuldade em criar um belíssimo artefato com o que fornecera a ele como matéria-prima.

Retornava para a costa de Long Island utilizando o mar como minha via, já que havia acabado de sair do reino de meu pai, que por algum motivo parecia não se encontrar lá — talvez tivesse ido ao Olimpo para alguma reunião. Aproximando-me da costa, nada poderia ter me preparado para o que veria a seguir.

Annabeth estava lá, sem camisa e com o botão de seu short aberto, o zíper lá embaixo, mostrando nitidamente sua roupa de baixo. Junto a ela estava meu meio-irmão Ethan, também sem camisa, mas este agora sem as calças, que haviam acabado de ser tiradas por minha namorada. Eu deveria explicar para vocês o motivo de eu possuir companheiros no chalé de Poseidon, mas sinceramente, não me importa. Aquele bastardo não poderia ser meu irmão, não tinha como alguém com os genes de meu pai ser um idiota tão grande — pensava, enquanto me aproximava deles sem muito cuidado, mas tendo o som de minha presença encobrido pelas ondas do mar. Ambos gemiam como dois animais no cio, agarrando-se despreocupadamente como quem não se importava em ser visto por qualquer pessoa.

O caso de Annabeth era ainda pior, pois esta já se encontrava com a mão dentro da cueca de seu novo parceiro, na intenção de retirá-la. Minha mão imediatamente se fechou sobre o valiosíssimo anel que pretendia dar àquela mulher, fazendo-me sentir um puxão poderoso na área de meu umbigo. Era tão forte que parecia querer separar meu corpo e minha alma, um caso muito semelhante a quando havia conjurado o terremoto no Monte Santa Helena. Rangendo os dentes de raiva, me aproximei dos dois e disse, sem gentileza alguma em meu tom de voz.

— Por acaso estou atrapalhando alguma coisa? — o sarcasmo era evidente em minha voz, mas mesmo este parecia não conseguir esconder o rancor e a raiva que encerrava dentro de mim.

Como já era de se esperar, eles ao menos tiveram o mínimo de decência ao se separarem imediatamente após escutarem minha voz. Annabeth possuía uma feição assustada, enquanto meu aparentado apenas sorria, sem temor algum de minha possível reação ao que ele fizera.

— Irmão. Veio ver como um homem de verdade dá um trato na sua namorada? Eu soube que você não tem conseguido... satisfazê-la adequadamente. Se é que me entende. — ele ostentava um irritante sorriso na face enquanto falava, me dando cada vez mais vontade de quebrar dente por dente na boca dele, até que ficasse em estado tão deplorável que nem mesmo a pessoa mais desagradável do mundo iria querer algo com ele.

Fulizando ele com meu olhar, observei o inexperiente semideus recuar alguns passos ao notar que eu não estava ali de brincadeira. Eu realmente gostava de Annabeth e o que ela havia feito comigo fora um tiro cruel que me acertara no escuro. Ainda assim, eu sabia qual era o plano dele. Suas palavras eram uma provocação, uma forma de me fazer sucumbir ao controle de meus próprios poderes, atacando ele. Como sempre, meu "irmão" pretendia fazer uso de uma encenação para vencer uma batalha.

Com ele era sempre assim: enquanto todos lutavam, ele se mantinha nas áreas mais seguras e, quando o monstro estava encurralado e poucos tinham ainda energia para acabar com ele, Ethan o fazia. Ou seja, ele era apenas um covarde, mas, mesmo o sendo, conseguira a atenção e os elogios dos olimpianos por, pelo dito por eles, ter um potencial maior do que o de qualquer outro. Segundo eles, Ethan me superar e tomar para si a liderança do acampamento era apenas uma questão de tempo.

Realmente nunca havia me incomodado com isto, até por, no âmago de meu ser, não acreditar que algo assim aconteceria. Ainda assim, ouvir tais palavras de meu pai Poseidon era, no mínimo, desconfortável. Conhecendo Ethan, sabia que ele iria tirar vantagem de um possível descontrole meu para ser considerado um semideus melhor do que eu, mas não daria a ele este prazer. Dando as costas aos dois, comecei a caminhar na direção dos chalés, até novamente ouvir sua voz:

— Vai fugir? Deixe-me adivinhar, está com medo de me enfrentar e mostrar a todos que eu realmente sou um filho de Poseidon melhor do que você? — disse ele, mas apenas o ignorei. Mesmo assim ele continuou a falar, desdenhoso — É uma pena que você seja um covarde. Eu poderia te contar o quão gostosa é a sua namorada e o quão puta ela poderia ser com você se você tivesse colhões. Mas fique tranquilo, já te disse que o trato que você não deu nela, eu mesmo cuidei de dar. Seu chifre já está pesando há mais de mês, idiota. Ah sim, e na cama? Ela gozou por várias vezes gritando o meu nome.

Escutando tais palavras, tive de parar e me virar, para fitá-los diretamente nos olhos. Annabeth se encolheu mais ainda atrás de seu novo namorado, enquanto este inflava o peito de orgulho pelo que havia acabado de dizer. Ela mesma encerrou o ritual da morte de meu coração, fincando por fim a adaga da traição em meu peito, com duras palavras:

— O acampamento inteiro já sabia, menos você. Ethan é e sempre será muito melhor do que você. Como herói, como namorado e como homem. — disse ela, salientando as últimas palavras, em uma forma de deixar claro o que ela se referia ao dizer que ele era superior "como homem".

Franzindo o cenho em uma expressão irada, deixei com que o repuxo que me fisgara anteriormente fosse liberado, bem como toda a minha fúria. Tudo era emanado em forma de pura energia, causando estragos enormes ao local. Um terremoto poderoso poderia ser sentido por todos no acampamento, criando imensas rachaduras na areia, que começava a escorrer por dentre os buracos criados pelo efeito vibratório. O mar também se agitou como no dia da pior ressaca que o mundo já vira, criando sequências de poderosas ondas de mais de dez metros que quebravam próximo a nós. Uma tormenta poderosa também fora gerada, fazendo gotas de chuva caírem do céu como balas de uma metralhadora, alvejando tudo o que encontravam junto a uma poderosa ventania, que arrancava facilmente as folhas dos coqueiros e palmeiras próximos a nós.

Ambos os alvos de minha raiva estavam em total estado de pânico, como se não imaginassem que eu poderia reagir com efeitos de tamanho poder, coisas que eles não pudessem lidar. Ethan pressionou um botão em seu bracelete e viu sua espada de bronze celestial crescer em suas mãos, avançando contra mim e tentando um golpe limpo contra meu pescoço. Minha pretensão era sacar Anaklusmos e contra-atacar, mostrando para ele quem era realmente o melhor guerreiro dentre nós, mas algo me parou. Senti meu corpo se enrijecer completamente, saindo de meu controle.

Não conseguia mover sequer um dedo, o que me fez entrar em desespero, aumentando ainda mais os efeitos que tomavam conta do ambiente. Estava imóvel e completamente exposto ao ataque de Ethan, mas algo aconteceu. Senti crescer dentro de mim uma força magnífica no desespero e, sem mais opções, recorri a este por instinto, conseguindo me libertar daquilo que me mantinha cativo.

Movendo meu braço sinistro, coloquei-o contra a espada de Ethan, mesmo sabendo que isto era loucura e que teria meu membro decepado. Entretanto, não foi o que aconteceu. Ao se chocar com meu corpo, a espada do rapaz fez um altíssimo som metálico e, junto a este, partiu-se em lâmina e punho. Vendo que sua espada fora quebrada por meu braço, Ethan arregalou os olhos e saiu correndo para os chalés, gritando:

— Monstro! Você é um monstro! — junto a ele, obviamente, fora sua putinha Annabeth, deixando-me mais uma vez sozinho no lugar em que anteriormente eu tanto adorava e que sabia que agora só me traria lembranças ruins.

Conhecendo o imbecil que respondia por meu irmão, provavelmente este fora até a Casa Grande procurar por Quíron e Lupa, já que o "Senhor D." havia sido liberado de suas funções pelo bom desempenho na guerra. Isto significava que eu tinha pouco tempo até eles começarem a me procurar.

Movendo-me rapidamente, saí correndo até o "Little Olympus", nome dado a cidade que, de certo modo, era a versão da Nova Roma no acampamento unificado. Esgueirando-me por dentre as vielas sem querer ver ninguém, consegui chegar rapidamente a área dos chalés. Tentei ao máximo não notar as centenas de casas e estruturas destruídas por meu acesso de raiva e notei finalmente o quão violenta havia sido minha reação: aquelas casas foram construídas para suportar tais incidentes com semideuses, se haviam mesmo assim sido levadas completamente ao zero, com certeza eu havia me excedido e discontado em "inocentes" minha raiva. Não digo que sejam realmente inocentes, já que por todo este tempo ninguém havia me avisado do belíssimo par de chifres que aquele babaca havia feito Annabeth colocar em minha cabeça. Mesmo assim, ninguém parecia estar gravemente ferido, o que, no meio de toda aquela confusão, me deixava um pouco mais aliviado.

Adentrando apressado no chalé que pertencia aos rebentos de meu pai empacotei tudo o que pertencia de forma veloz. Alguns dracmas, sestércios e dólares colocados na pressa em um compartimento de minha mochila, enquanto as roupas iam no principal e um pequeno cantil de néctar, um pedaço de ambrosia, comida e bebidas comuns no último. Tudo parecia estar pronto. Dando uma última olhada no local onde chamara se casa, deixei o chalé, afastando-me rapidamente do acampamento.

Infelizmente, nem tudo foi tão fácil assim para mim. Para sair do acampamento eu precisava transpassar as defesas dos portões principais do acampamento, já que provavelmente as defesas mágicas do local já haviam sido ativadas pelos supervisores, impedindo minha saída pelo oceano ou qualquer outro local que não fosse uma entrada oficial, cortesia do lado romano e suas regras rígidas.

Aproximando-me da saída oeste (haviam apenas três passagens oficiais em todo o acampamento: a norte, a sul e a oeste, já que o oceano se encontrava ao leste), notei uma coisa mais preocupante ainda. Fossem apenas os habituais guardas do local, eu poderia dar um jeito neles, mas, naquele exato momento, as caçadoras de Ártemis pareciam estar entrando no acampamento, o que reforçava ainda mais minha teoria de que uma reunião com o panteão olimpiano estava ocorrendo no topo do Empire State.

Meu corpo já estava começando a sentir os efeitos da fuga alucinada, o que me deixava em uma desvantagem ainda maior ante as poderosas servas da deusa da lua. Mudar de entrada também estava fora de questão, já que provavelmente a perseguição a mim já havia começado, ao notarem que minhas coisas não estavam mais no chalé de Poseidon. Eu precisava lidar com aquilo, e precisava lidar rápido, antes que fosse capturado.

Um sorriso se abriu em minha face ao notar um imenso vulto negro próximo a mim: a cadela infernal que herdara como bichinho de estimação de Dédalo, após sua morte. Era uma boa amiga e uma companheira fiel, coisa que a maior parte de meus ditos amigos não o eram realmente. Fazendo carinho em seu corpo, sussurrei algumas instruções para ela, que me olhou estranhando o pedido que fizera, mas concordou com a cabeça. O que aconteceu a seguir foi, de fato, bastante engraçado.

Movendo-se ensandecidamente de um lado para o outro e rosnando para todos que via, Mrs. O'Leary atraiu a atenção das caçadoras e dos guardas que, sem saber o que estava acontecendo, se aproximaram dela para averiguar o perigo. Aproveitando a oportunidade e vendo que minha colega havia imergido nas sombras e escapado com sucesso de lá também, fitei pela última vez o acampamento enquanto corria para longe e entoei:

— Até nunca mais, Acampamento.

Como ainda tinha um dever a cumprir para com os olimpianos, decidi ir ao Empire State para entregar o relatório de minha missão. Como ali não passavam muitos taxis e eu estava em fuga, não podendo esperar muito por um, só me restava uma alternativa, apesar de eu não gostar muito dela. Joguei um dracma de ouro no chão enquanto falava claramente:

Só me restava uma alternativa apesar de eu não gostar muito dela. Joguei um dracma de ouro no chão enquanto falava claramente:

— Stêhi! Ô harma diabolês! — imediatamente a carruagem da danação surgiu do chão com aquelas três senhoras já bem conhecidas no banco da frente. Entrei apressadamente no carro e entreguei a elas cinco dracmas, bradando nervosamente — Para o Empire State!

Os segundos se transcorriam, agrupando-se em minutos e chegando quase a formar uma hora quando finalmente meu transporte parou, em frente ao glorioso edifício. Descendo do transporte com uma irritante dor de cabeça, causada pelas vozes irritantes de Vespa, Tempestade e Ira, adentrei o edifício e me dirigi diretamente ao elevador, ignorando o porteiro que se levantou com um "Hei!" ao me ver.

Pressionando o botão com o símbolo dos olimpianos, vi este se iluminar em azul e fazer com que o elevador fechasse suas portas. Seiscentos andares depois, eu estava na morada dos deuses.

Saindo do elevador, me dirigi de imediato até a já conhecida sala dos tronos, completamente reformulada após a guerra com Cronos, por agora possuir uma cadeira para Héstia e um assento para Hades de forma permanente, além de alguns outros detalhes. Antes mesmo que conseguisse adentrar a sala, escutei a voz trovejante de Lord Zeus soar em tom ofensivo:

— Poseidon! Como seu filho ainda está vivo? Ele deveria ter sido morto por Ethan enquanto você restringia seus movimentos! — acusou o rei dos deuses, gritando com meu pai.

— Nem eu mesmo entendi, irmão. Eu realmente imobilizei a água no corpo de Perseus, mas de alguma forma ele conseguiu se libertar do meu domínio. — comentou Poseidon, fazendo com que eu arregalasse os olhos de espanto, mas nada, fizesse, continuando a ouvir a conversa.

— Será que ele conseguiu ficar mais forte do que você por um momento, tio? — comentou Apolo, com um tom zombeteiro na voz. Hades imediatamente riu do irmão e concordou com a cabeça, fazendo meu progenitor retomar o verbo para si.

— Vocês sabem muito bem que isto é impossível, então parem de falar besteiras. Enfim, meu irmão. Querendo ou não, o garoto está livre e fora do acampamento, já confirmamos isto. Meu voto é para que Ártemis utilize suas caçadoras e encontrem ele. Se ele reagir a captura, que a decisão que tomamos seja feita. — proferiu em tom sombrio, fazendo com que um frio subisse por minha espinha.

— Ainda não consigo acreditar que, depois de tudo o que ele fez por nós, vocês vão apenas expulsá-lo! — comentou Héstia — Um herói deveria ser agraciado pelos deuses e não morto por eles!

— Não concordo com a execução do semideus, mas Perseus já recebeu a semi-imortalidade de nós, nossa dívida para com ele está saldada. — disse Athena como se o que havia dito naquele momento fosse mais do que óbvio — Seu argumento não é motivo para impedir a decisão do conselho, minha tia.

— De que adianta receber uma imortalidade válida para praticamente tudo, menos a batalha se em seguida vocês enviam assassinos atrás dele? — questionou a deusa, que parecia ser a única ao meu lado.

— Assassinos não. Caçadoras, que apenas estarão fazendo seu trabalho se este conselho assim o desejar. — disse Ártemis, com um tom desanimado na voz, como se não gostasse do que estava a fazer.

— Você é voto vencido, Héstia. A decisão do conselho já está dada. Perseus Jackson deverá ser caçado e morto. Ele se tornou um risco para nós, é poderoso demais, explosivo demais... Se questionarem, ele tentou capturar uma jovem inocente e foi morto pelas caçadoras, afinal, apesar de tudo, a popularidade dele no acampamento ainda é alta. — encerrou o senhor dos relâmpagos, sumindo em meio a seu efeito "Drama Queen".

Héstia era a única deusa claramente a meu favor, enquanto eu podia notar alguns outros que também gostavam de mim (ou aprenderam a fazê-lo) pensando em se manifestar, mas não o fazendo. Se realmente houvesse uma votação, estava claro para mim qual seria o resultado e qual era o voto de cada um, e fico triste em dizer que o voto de meu próprio pai iria ser o decisivo para me levar a morte.

Recuando um par de passos, saí correndo do local, deixando lágrimas escorrerem de meus olhos. Estava sozinho, completamente sozinho e desamparado. Se alguém estivesse observando naquele momento a entrada da sala do panteão, encontraria ali um jovem rapaz de cabelos negros com uma espada brilhando nas costas e correndo em uma velocidade extremamente superior ao alcançável por qualquer humano e/ou semideus. Fora naquele momento que o cordão umbilical de minha ligação com os deuses havia sido rompido. Dali, minha verdadeira jornada havia começado.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por terem lido até aqui. Se gostou, comente. Se gostou muito, adicione aos favoritos e recomende.

O ship principal desta fanfic será, obviamente, com o Percy e mais alguém (obviamente, não junto a Annabeth). Sendo assim, estou abrindo uma votação para que vocês me ajudem a decidir qual será o casal da fic.

Lembrem-se, quanto mais reviews, mais rápido vem o próximo capítulo!