Maisy estava satisfeita com o rumo que as coisas tinham tomado e resolveu ter um dia de folga pra se distrair. Uma de suas atividades favoritas no fim de semana era ir até o parque e jogar xadrez. Único lugar onde se permitia usar todo seu pontênciaç. Volta e meia encontrava alguém realmente bom e algumas partidas duravam horas. Mas ela não se importava, era paciente se isso lhe garantisse a vitória e por isso também se sentia tão confiante em relação ao Detetive L.

Naquele sábado ela só não espera que tivesse a chance de se divertir ainda mais. Encontrou por acaso Hana uma colega da escola com quem gostava de interagir. Não que fossem amigas, ela não tinha tempo pra isso e nem correria esse risco. Mas o fato era que Maisy tinha sempre que se conter, ficar abaixo de muitos quando na verdade estava sempre no topo. Hana não era assim e diversas vezes se destacava e chamava atenção ainda que não fosse a melhor da turma. Era como se perdesse sempre para ela e Maisy odiava isso, odiava perder, perder para aquela garota irritante que só estava na escola há um ano e roubava cena.

Viu então a oportunidade perfeita para uma revanche amigável. Sem falar que era mais inteligente do que Hana poderia prever, seria moleza ganhar dela num simples jogo de xadrez.

– E então? Você topa? – ela insistiu. – Só uma partida, não vai demorar.

– Eu gostaria, mas tenho que comprar os doces e além do mais não sou boa no xadrez. Acho muito complicado, não sei como alguém pode prever tantas jogadas a frente.

– É mais fácil do que parece, eu posso te ajudar. Jogamos em duplas e depois uma com a outra.

– Talvez se der tempo. – Sophie estava mesmo cogitando a ideia. – Mas antes eu tenho que ir comprar os Dorayaki.

– Ótimo, eu vou começando um jogo com alguém e você pode vim assistir pra entender melhor. – Maisy sorriu falsamente. Talvez seja melhor saber com quem está lidando e vê que não é esse prodígio todo.

Maisy se sentou com um senhor que aparentava está na casa dos cinquenta anos para jogar. Ele riu vendo uma menina tão jovem, mas sabia que grandes gênios começavam cedo e por nada a subestimaria.

Sophie havia inventado a mentira de comprar os doces e agora tinha que levá-los o problema era que ela não tinha levado dinheiro e o homem que os vendia pendurou uma placa deixando claro que ninguém compraria fiado. Só restava uma saída. Vou ter que roubar alguém. Era fácil ver vários alvos, pessoas distraídas que deixavam a carteira ou a bolsa vulnerável.

Julgou uma mulher consideravelmente rica e pegou dela, comprou os doces e resolveu mesmo ir ver algumas partidas enquanto os comia. Foi quando ouviu um alvoroço, Maisy havia acabado de fazer uma jogada extraordinária e estava prestes a vencer um dos veteranos do parque em menos de cinco minutos. Sophie achou aquilo interessante, se encostou numa pilastra e começou a acompanhar o jogo um pouco afastada, mas do alto onde tinha uma visão panorâmica.

Ela é boa. Que armadilha mais audaciosa, e parece que ninguém percebeu.

Os minutos iam passando rapidamente, o homem suava e Maisy parecia se divertir com seu nervosismo. Ryuk que entendia pouco do jogo, achava uma chatice e não queria nem ter ido se encontrava completamente entretido agora. Rodava ao redor de Sophie e a observando com extremo fascínio.

Essa garota é estranha, o jeito como olha para o tabuleiro. Disse que não joga bem e acha complicado, mas parece que milhares de pensamentos se passam por sua cabeça como se decifrasse cada movimento do jogo. Sua aparência e essa mania de por o polegar na boca... Ela me lembra o L.

E de repente, mesmo com seu pouco raciocínio e dedução atrasada ele finalmente começou a entender. O celular da garota vibrou e ela atendeu. Ryuk se aproximou para ouvir a conversa.

– Sim?

– Ligação da Central de Operações.

– Transfira e distorça a voz, por favor. – ela se afastou um pouco da multidão e a ligação foi transferida. – Alô.

– L temos um problema. – os olhos do Shinigami ficaram ainda mais surpresos. – Acabamos de receber um relatório sobre a Clínica Tamashī. Parece que alguém entrou em...

A garota parou de ouvir e abaixou o braço quase deixando o celular cair. Sua expressão era de surpresa. Ryuk desejou poder ouvir seus pensamentos.

Clínica Tamashī? Droga! Amane. Havia me esquecido completamente de Misa Amane. Como pude não ver...

A garota desligou o celular, pegou o saco com os Dorayakis e saiu correndo. Ryuk desejou poder segui-la, mas voltou para o lado de Maisy e ficou observando-a.

Então é isso... Hana. Ela é o novo L. Isso explica o uso de nomes falsos. Hehe L e Kira sempre estiveram mais perto do que poderiam imaginar. É Maisy o jogo está virando. Se não fosse tão orgulhosa e não estivesse se gabando toda nesse jogo poderia ter percebido como eu a olhava e sua reação com o telefonema. Sem falar que agora ela descobriu sobre Misa. Hehe. Se eu acabar não escrevendo seu nome sua prepotência é que ira te matar ou pior vai te jogar nas mãos do L. Hehe. Está cada vez mais interessante.