Sweet Love, Sweet Guy escrita por Tomoito


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

E uma semana se passou e aqui estou eu para postar mais uma vez! Agora tenho mais uma leitora que comentou todos os caps seguidamente, a cada dez minutos; obrigada por começar a acompanhar Mana!

Sobre o capitulo: Novo personagem e muitas coisinhas novas pra vocês! Realmente espero que gostem, pois a partir daqui a história começa a tomar novos rumos!
Como disse, vou passar a fic para +18 a partir desse capitulo~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/383664/chapter/9

Silêncio.

—Rosa. O que aconteceu?

Mais silêncio.

—Mas que droga, me responde Rosa! —digo, ficando irritada.

Rosalya começa a rir do outro lado da linha.

—Ai, às vezes não sei o que você pensa de mim, sério.

—Rosa, eu sei que você gosta de sexo, você já me disse. Eu sei que você estava com vontade de fazer sexo com ele há algum tempo; Agora me responde. Vocês fizeram?

—Não.

Sinto-me levemente aliviada. Quero dizer, eles só estão namorando há dois meses. É muito pouco tempo para ter uma relação física.

—Não que não tenhamos tentado. —ela disse, pude sentir uma chateação em sua voz— A gente brincou um pouco e tudo mais, sabe? Mas quando ia finalmente rolar algo mais... ah... forte, o Lysandre chegou.

Dou um tapa na minha testa.

—Digam que vocês estavam vestidos.

—... mais ou menos... —fiquei em silêncio, esperando ela completar a frase— Leigh já estava sem camisa e eu... bem... —silêncio na linha— estávamos tirando o meu sutiã quando ouvimos a porta da casa sendo destrancada. —eu podia sentir a vergonha em sua voz.

Não culpo Rosalya por suas atitudes, sei bem que é meio que “normal” as pessoas terem relações cedo em um relacionamento, mas isso não me impede de ficar preocupada com a saúde emocional dela; se eles se separassem e tiver rolado algo físico, sei que ela vai ficar muito chateada. Rosalya tinha mais experiência do que eu, que nunca havia namorado, então ela meio que já queria avançar mais rápido no relacionamento.

—A porta do quarto estava trancada. —ela disse, por fim— Mesmo assim, foi constrangedor quando Lysandre tentou entrar no quarto.

Flashback Rosalya ON - Noite anterior

Leigh beijava meu pescoço. Ele estava sentado na cama e eu em seu colo, prendendo-o com as pernas. Podia sentir suas mãos acariciando minha pele nua, subindo da cintura até meu sutiã; eu o segurava nos ombros, perto do pescoço. Pude sentir minha respiração ficando mais pesada ao perceber que Leigh segurava o fecho do sutiã.

—Eu vou abrir, tá? —ele sussurrou em meu ouvido, mordiscando minha orelha.

Eu não respondi, deixei que ele fizesse o que achava melhor. Senti o sutiã ficando mais frouxo, meu coração ficou acelerado. Então ouvimos o barulho de chaves. Paramos por alguns segundos e ficamos ouvindo. Ouvimos a porta da frente sendo fechada e trancada novamente; Nos olhamos, sem saber o que fazer.

—A-a porta. —sussurrei. Não queria que ninguém nos visse naquela situação.

Leigh tentou fechar meu sutiã mas, nervoso, ele se atrapalhou; Tirei as mãos dele dali e me comecei eu mesma a fechá-lo, me levantando do colo de Leigh. Ouvimos a maçaneta sendo girada, ficamos estáticos. NÃO!!! Gritava minha mente, em pânico. Mas a porta não se abriu.

—Leigh? —pude ouvir a voz de Lysandre abafada atrás da porta.

—Já vai. —respondeu Leigh, deixando a voz o mais firme possível.

Suspirei, pressionando a mão sobre meu coração, mal conseguia respirar. Achei a blusa que usava num canto do quarto, bem longe de onde estávamos; Como ela tinha ido parar ali? Coloquei a blusa enquanto Leigh abotoava a camisa; Olhei-me no espelho e tentei arrumar o cabelo o melhor possível, mas ele estava bem eriçado. Leigh me ajudou, prendendo-o em um coque para disfarçar a bagunça; Ao sairmos do quarto encontramos Lysandre na cozinha, olhando o calendário, pensativo.

Quando ele olha para nós, seu olhar passa de Leigh para mim e depois para Leigh novamente; Com sua pele claríssima, todo seu rosto se tornou vermelho em um instante. Seja lá o que ele tenha imaginado que estávamos fazendo, não estava muito longe da verdade.

—Ah! R-rosa! —disse, sorrindo constrangido— Não sabia que estava em casa...

—É... —respondo, constrangida— Hum... Mudança de planos...

Silêncio. Um silêncio muito constrangedor pairou no ar, até que Leigh falou.

—Então, —disse, pegando uma garrafa de Coca-Cola da geladeira— Como foi o concerto?

—Foi legal. —ele respondeu, sorrindo— Encontrei a Lillie.

—A Lillie? —perguntei, me sentando em uma das cadeiras da mesa— E como foi? Vocês conversaram?

—Sim. —Lysandre responde, estendendo a toalha sobre a mesa e pondo pão e frios para comermos— Quer um suco?

—Eu aceito. —respondo, segurando o copo que ele estendia— Agora, continue.

—Bem, ela estava desenhando em uma clareira e eu... bem, havia me perdido e acabei esbarrando com ela. Conversamos um pouco e ela me mostrou onde ficava o palco.

—E?

Ele pareceu decidir o que deveria contar para mim. Afinal, o que ele não poderia me contar?

—Ela assistiu o nosso concerto e eu a levei de volta para casa, já que estava escuro. Fim.

—Você não está contando tudo. —digo, acusadora— Eu sei disso.

—Eu não preciso contar todos os mínimos detalhes de nossas conversas. —respondeu Lysandre, levemente irritado— Mas ela pegou o número do meu celular. —ele disse, então parou de cortar o pão— Acho melhor eu procurar o celular... talvez ela tenha mandado alguma mensagem.

—Acho que vi o celular na sala. —disse Leigh

—Ah, o amor esta no ar. —cantarolo, baixinho.

Flashback Rosalya OFF

—Ai, Rosa... Vocês não deveriam de fazer esse tipo de coisa com o risco de serem pegos. —digo, esfregando os olhos— Imagine se Leigh não tivesse trancado a porta!

—Eu sei, sei. Não quero pensar nisso, ok? É só que quando fomos para lá, eu simplesmente não esperava q fossemos ir tão longe... na verdade, nem me lembro dele ter trancado a porta.

—Bem, pelo menos vocês não foram muito longe. —respondo, sentando na cama.

—Agora é a sua vez. Fiquei sabendo que se encontrou com o Lysandre!

—Ah não...

Jogo-me na cama novamente e cubro-me com a coberta, deixando-me na escuridão.

—Eu realmente tenho que falar sobre isso?

—Sim! Eu te falei sobre um momento totalmente constrangedor! Nada se compara a minha história, ok?

Suspiro, sem querer discutir.

—Eu fui pro parque ontem como sempre, e fiquei perto do palco desenhando até que ouvi um pessoal ajeitando uma bateria lá em cima; como minha modelo tinha fugido do barulho que o concerto ia causar, eu fui pra uma clareira. Eu estava lá, desenhado de boas, quando o Lysandre apareceu. Ele perguntou se eu gostava de desenhar e tal, eu mostrei meus desenhos até que ele me perguntou sobre o horário; Foi quando ele disse que precisava estar no palco, pois tinha que se apresentar com a sua banda...

Eu sei que não estou contando a história como ela realmente é, mas é que eu simplesmente não queria contar tudo para Rosalya; Assim como eu sei que ela não me conta 100% de tudo, senti que dessa vez era a minha vez de não contar os 100%.

—Então eu o levei até o palco e resolvi ouvi-lo cantar... Rosa, porque não me falou que Lysandre canta tão bem? A voz dele é tão envolvente, cheia de sentimentos... Tocante. Eu nunca tinha ouvido uma voz tão profunda. —respiro fundo e volto a falar normalmente— Acabei ficando até o fim do show e Lysandre me levou até em casa.

—E?

—E o quê? Eu falei tudo.

—Não falou, não! Nesse final aí, Lysandre também não quis falar exatamente o que aconteceu, ele omitiu o final. O que aconteceu? —ela perguntou, insistente.

—N-nada de mais. —respondi, sentindo meu rosto corar.

—Fala, garota! Senão eu vou aí pessoalmente!

—Tá... O que aconteceu é que, quando eu estendi a mão para nos despedirmos, Lysandre não apertou a minha mão; Ele a pegou delicadamente —eu dizia, fechando os olhos—, e a beijou.

—... Ele beijou a sua mão?

—É!

—Por que ele beijou sua não?

—Eu não sei direito! É um cumprimento antigo, mas o jeito que ele fez... Parecia tão mais caloroso...

—Ele deu uns pegas com a sua mão? —Rosalya disse, segurando o riso.

—Não! —respondo, meu rosto corando— Não diga esse tipo de coisa! Eu não sei o que ele quis dizer com esse beijo. E eu quero que você descubra, ok?

—Eu? Por que eu?

—Porque você sempre quer me ajudar com os caras, então está aí a sua chance!

—Então você confessa que gosta do Lysandre!

—Eu não sei, tá? —respondo frustrada— Quando eu souber, eu te aviso. Só... Só tente descobrir porque ele beijou minha mão ontem à noite.

—Ok! Vou fazer isso.

—E, Rosa.

—Sim?

—Você dormiu na casa do Leigh?

—... Não.

—Rosa...

—A gente pensou em eu dormir lá, mas com o incidente com o Lysandre, decidimos deixar pra outra vez.

—Tá. Até mais tarde, então.

—Até logo Lillie! Me avise caso Lysandre te ligue!

—Ok.

~//~

Os dias se passaram e eu não sonhei nem me encontrei com Lysandre novamente. Para falar a verdade, eu nem tive coragem de ligar ou mandar mensagens para ele! Sempre que penso “Ah, talvez Lysandre goste de saber disso” logo depois me vem o pensamento “Tem certeza de que esse é um bom assunto?”, então eu simplesmente apago a mensagem e continuo o dia.

Eu havia ligado para Violette todos os dias seguintes ao ocorrido, mas ninguém atende, então suponho que ela esteja viajando, e eu não tenho dinheiro o suficiente para pagar uma longa ligação de celular. Estava lendo “Desperta ao Amanhecer” na sala, podia imaginar as descrições do livro com clareza, conseguia me imaginar naquelas situações, com Lucas e Derek... Confesso que realmente gosto de me imaginar nessas cenas românticas. Fico imaginando se algum dia eu vou viver uma delas. Então o telefone tocou.

—Alô? —digo, fechando o livro.

—Hey, Lucky!

—Dajan! —digo, surpresa.

Conheci Dajan no ensino médio, ele era aluno de intercâmbio e havia vindo para cá para ter mais chances de “crescer na vida”; Além de ser excelente no basquete, era ótimo aluno, tinha notas altas sempre, então ele conseguiu permissão do governo para se mudar pro Brasil e receber cidadania brasileira. Ele foi um dos caras que mais botou fé em mim no basquete. Para terem noção, em três meses de aula de basquete, acabei sendo a única garota que participava do clube em todo o ensino médio, portanto, aula mista, com eu sendo a única garota; Mas não basta ser a única garota, eu tenho que ser a única pessoa com menos que 1,60 de altura!

Graças aos meus valorosos 1,55m, muitos garotos me menosprezavam em quadra e às vezes nem me marcavam direito; O que me dava uma vantagem, pois adoro fazer cestas de 3 pontos, e sem marcação fica muito fácil. Simplificando, Dajan foi o único garoto que realmente se preocupava comigo, pois era o único que percebeu que eu me aproveitava da falta de atenção dos garotos e acertava a cesta; Também me deu aulas depois do horário do clube, com a desculpa de que “se eu não treinasse mais, nunca iria crescer”.

—Então, como vai a vida?

—Bem. —respondo— Muitos desenhos. E você?

—Bem legal, até. Ser professor de Educação Física é bem legal, e eu já descolo muito dinheiro cuidando de um time de ensino médio de uma escola.

—Legal!

—O que me leva ao assunto... Está livre amanhã? As 09h00 da manhã?

—Estou. Por quê?

—Eu vou levar o time pra treinar ao ar livre, mas sinto que alguns andam desmotivados a jogar por causa da altura, acham que nunca vão ser bons por terem menos de 1,70.

—Deixe-me adivinhar. —disse, rindo— E você quer que eu vá lá e mostre para eles que os baixinhos também têm chances.

—Pegou o espírito, Lucky!

—Bem, eu não jogo há muito tempo... desde que você me chamou, há uns 5 meses...

—Podemos fazer uns treinos básicos pra você se esticar antes de começarmos a jogar de verdade. E você tem que voltar a treinar, ou vai ficar sedentária. —ele me disse, pude sentir que ele sorria— Além do que, você já disse que a sua saúde não é lá aquelas coisas, precisa se cuidar.

—Eu sei, eu sei. Bem, pode ser. Vamos jogar em times?

—Ou um mano a mano, se quiser.

—Mano a mano com você? Não, eu passo. Não sou suicida.

—Hahahahahahaha, ok, um jogo com o time, então.

—Em que parque?

—Vamos ao Parque da Juventude, a quadra é bem conservada por lá.

—Ok. 09h00 no Parque da Juventude. Vão levar comida pra depois?

—Vamos comer em algum restaurante.

—Ok. Vejo você lá, então.

—Ok. Até mais, Lucky.

Sorriu ao fim da ligação. Fazia muito tempo que não tinha notícias de Dajan, fico feliz em saber que ele está bem e que tudo está dando certo com ele.

Ao fim do dia, eu me deito cedo, não eram nem 21h00 quando apago a luz; Precisava dormir bem para o dia seguinte, afinal, jogar basquete com Dajan era sempre um grande desafio para mim.

Queria que tivesse sido uma noite como todas as outras, mas não foi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da narração da Rosalya! Pessoalmente, eu adorei, até porque achei que ficou bem realista *3*

E o Dajan apareceu o/
Eu sempre gostei de Dajan porque ele é do time de basquete e eu mesma realmente jogo basquete, mesmo sendo baixinha shuahsausahu (me projetando na fic)
O que acharam dele? Já tenho muita coisa definida com relação a ele, mas gostaria de saber o que vocês esperam que aconteça com ela~

Até semana que vem!