Sweet Love, Sweet Guy escrita por Tomoito


Capítulo 19
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

A quanto tempo pessoas! Tenho que começar a colocar lembretes no celular para não atrasar a postagem do capítulo aqui. A faculdade começou já meio corrida então tenho tido pouco tempo para SL,SG...

E durante esse período de +/- duas semanas a fic ganhou uma segunda recomendação, da BrunaB! Obrigada pelo texto tão carinhoso, e que graças a você a fanfic ganhe ainda mais leitores!

E aqui vamos nós~



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Consigo sentir um cheiro amadeirado, meio antigo, delicioso... eu me sentia quente, parecia que eu estava em alguma coisa aveludada. Eu podia sentir um calor crescendo dentro de mim, me esquentando cada vez mais; o sabor adocicado de morando me lembrava um chiclete que eu adorava quando adolescente. Tenho a sensação de estar flutuando em meio às nuvens de vapor quente que acariciavam minha pele.

Depois de um tempo em êxtase eu pude abrir meus olhos e ver o par de íris pelos quais eu estava profundamente apaixonada.

Acordei me sentindo leve como uma pluma, todas as sensações do sonho ainda estavam vívidas sobre minha pele quente; meus pelos estavam eriçados como se tivessem recebido uma descarga elétrica e eu me sentia totalmente... extasiada. Sento-me na cama, sentindo minha camisola úmida, como se eu tivesse suado a noite toda; meu cabelo estava armado e frisado. O que raios eu realmente tinha sonhado?

Calafrios percorrem meu corpo enquanto continuo a minha manhã como sempre. Todo esse estímulo que eu estava sentindo não era normal, até mesmo meu coração parecia bater mais rápido que o normal... como se eu estivesse fazendo algo com Lysandre agora pouco, na vida real.

Tomo banho e me arrumo vagarosamente tentando me acalmar. Todos os sonhos com ele são ligados a algo que realmente vai acontecer, o que quer dizer que... o que vamos fazer hoje? Já faz três dias que Lysandre esta na faculdade e nós sempre voltamos juntos, com ou sem Rosalya; nada de cenas muito românticas, quanto mais... excitantes.

Isso quer dizer que alguma coisa vai acontecer hoje, mas o quê? Todas essas sensações que tive durante o sonho, tudo que senti percorrer meu corpo... Foi só uma amostra? Seria ainda maior quando fosse real?

~

Já na faculdade eu permaneci calada em meu canto, relendo minhas anotações da aula passada, tentando me distrair; o que não estava de fato funcionando, mas pelo menos ajudava um pouco. Assim que Rosalya chegou pôs as suas coisas na carteira ao meu lado, olhando para mim.

—Que cara é essa? —perguntou sem me cumprimentar.

—É a minha cara de quem está estudando.

—Não, é a sua cara de quanto está pensando demais em algo. Não é cedo demais para se preocupar com alguma coisa? Aconteceu algo?

—Nada demais. —respondo me ajeitando na carteira. —Só tentando não ficar perdida na matéria.

—Aham... sei... Quando quiser falar a verdade pra mim, é só falar.

Penso um pouco antes de falar, ela já havia percebido que não era algo da faculdade que me preocupava.

—Eu queria resolver isso sozinha dessa vez. Desculpe.

—Tudo bem.

Eu sei que Rosalya só quer me ajudar, mas às vezes eu preciso pensar por mim mesma; além do que, eu nunca lhe falei sobre meus sonhos sobre Lysandre e eu não tinha pretensões de contar que eu havia praticamente acordado molhada. O dia correria bem mais fácil se eu não soubesse que algo estivesse prestes a acontecer. Será que Lysandre também sonhou com algo do gênero? Será que ele se lembra? Será que acordou da mesma forma que eu?

Quando a aula de História da Moda terminou, eu e Rosalya saímos em silêncio, indo para o corredor principal.

—Ei, eu sei que você ficou chateada... acho que fui meio grossa.

—Não, tudo bem. —ela respondeu suspirando— Às vezes eu me intrometo demais, mas é que eu realmente fico preocupada às vezes... Você não fala sobre suas preocupações tanto quanto eu gostaria. Só prometa que se precisar, vai vir falar comigo, está bem?

—Eu vou. —não prometi pois sabia que talvez eu não venha a cumprir a promessa.

No corredor principal, que liga o prédio de Moda aos outros, eu pude ver nosso grupo habitual reunido. Violette e Kim estavam um ano a nossa frente mas nos acolheram assim que entramos na faculdade, disseram que “foram com a nossa cara”; Lysandre havia começado a lanchar conosco, se enturmando e sendo o único membro masculino do grupo. Os três já estavam lá conversando, Lysandre usava uma calça jeans escura, quase preta, uma camisa manga longa azul marinho e uma jaqueta cinza estilo aviador; era uma daquelas roupas simples que você usa por ser confortável e fácil de vestir. Mesmo assim ele conseguia se destacar; Aquela velha história de que gente bonita fica bonita não importa a roupa que use.

—Oi gente. —disse cumprimentando a todos— Eu esqueci meu lanche, então eu vou na lanchonete comprar algo.

—Eu vou com você. —disse Lysandre.

—Ok. —respondi, sabendo que se eu negasse começaríamos a “discutir”.

A fila estava curta e logo pude pedir um pão de queijo para comer; ele cheirava bem e estava tão quente que quase queimava a minha mão. Estava quase me dirigindo de volta para o grupo quando sinto uma mão segurando de leve meu braço.

—Sua aula é no prédio de design hoje, não é? Quer ir indo pra lá e ficamos conversando?

—Tudo bem. —respondo depois de pensar por um segundo.

Seguimos caminhando enquanto eu comia meu lanche; logo estávamos na entrada do prédio, perto de um dos estúdios de fotografia. Paramos ao lado de uma das portas, para que não ficássemos no caminho de ninguém que quisesse entrar na sala.

—Então... —eu digo encostando na parede— Gostando das aulas?

—Com certeza. É mais interessante do que eu esperava e tem uma aula para nos focarmos num instrumento de nossa preferência ou na nossa voz.

—Que legal. Você vai se focar na sua voz ou no piano?

—Não sei ainda. Queria poder fazer os dois, mas acho que seria impossível; mesmo assim vou falar com a professora sobre...

—Lillie? —ouvi a voz de Rosalya ao longe.

Lysandre parou de falar e olhou à nossa volta, no corredor que ligava os prédios estava Rosalya, nos procurando; aparentemente ela ainda não havia nos avistado. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa senti a mão se Lysandre segurando meu braço, me puxando; ele me guiou para o lado e abriu a porta do estúdio de fotografia. Apressados nós entramos na sala meio escura pelo sol não entrar pela janela, ele fechou a porta atrás de nós e me puxou para um pouco mais longe da porta, a fim de não sermos vistos através da janela da porta.

—Por que ela precisava nos procurar? —Ouvi Lysandre comentando enquanto olhava para o vidro.

Ele estava na minha frente, me deixando encostada na parede, meu coração estava acelerado, estávamos muito próximos, sozinhos; meu corpo estava quente e todo arrepiado. Logo ele havia voltado seu olhar para mim, pareceu me estudar por alguns instantes, olhando meus olhos, meu rosto, meu corpo; ele parecia se sentir atraído por mim, se aproximando devagar. Sua mão direita segurou meu queixo com ternura, levantando meu rosto e sua mão esquerda passou por minha cintura, fazendo eu me aproximar dele.

Fechei os olhos enquanto nossos rostos se aproximavam cada vez mais até sentir nossos lábios se juntando, um primeiro beijo simples, rápido, como se para saber se eu não relutava; ele me deu outros dois beijos assim enquanto sua mão saia de meu rosto e se juntava a outra em volta de minha cintura. Ficamos com as testas encostadas em silêncio, delicadamente Lysandre se moveu, pondo-se encostado na parede; suas mãos desceram até o meu cós, me pressionando contra seu corpo enquanto ele voltava a me beijar. Um... Dois...

Senti sua língua abrindo passagem por meus lábios gentilmente, progressivamente, o beijo foi se intensificando; eu retribuí com vontade, já estava na ponta dos pés, pressionando meu corpo contra o dele enquanto me segurava com firmeza em sua jaqueta. Meu corpo inteiro fervia, mil sensações gritavam ao mesmo tempo de puro prazer; eu me seguro em sua jaqueta tendo consciência de que se eu a largasse minhas pernas não aguentariam, estavam moles, bambas demais.

Eu não queria parar, mas conforme o tempo corria minhas pernas ficavam cansadas de manter-se naquela posição esticada por tanto tempo, aos poucos o beijo foi ficando mais lento e eu me abaixei de volta a minha altura, separando nossos lábios; olhei em seus olhos somente por um segundo antes de olhar para o chão, me sentia envergonhada de olha-lo assim, diretamente.

Ali, em minha timidez, nem percebi a aproximação de Lysandre, se curvando ainda mais ele levou seus lábios a minha orelha e mordiscou-a; meu corpo inteiro reagiu ficando arrepiado e comprimido. Ele demorou um segundo a mais, como se quisesse gravar a sensação em meu corpo, para só então beijar o topo de minha cabeça; assim eu volto a relaxar, embalada em seus braços, e sinto minhas pernas tremerem levemente, junto de todo meu corpo.

—Tudo bem? —ele me perguntou em um tom baixo.

—Sim... —respondo me ajeitando—É só que minhas pernas estão moles...

O quão patético será que isso soou? Em resposta eu o sinto me segurando mais firme, como se quisesse ter certeza de que eu não deslizaria para o chão; ficamos assim, sem dizer nada, durante um tempo até ouvirmos vozes do lado de fora da sala. Logo a aula começaria.

Nos separamos lentamente, eu me concentrando em não me deixar derreter toda, meu corpo parecia extasiado de prazer; não havíamos feito nada além de nos beijar, mas parecia ter sido a melhor experiência com um garoto que eu já havia tido em toda a minha vida. Eu me sentia tocada profundamente por ele, de várias maneiras; eu queria mais e mais dele, queria voltar para seus braços e nunca mais sair.

Eu permaneci com a cabeça abaixada, evitando olhar para ele pois sabia que em um único olhar eu sentiria tudo novamente; tentei ajeitar meu cabelo, passando a mão pelos cachos bagunçados e juntar todos num mesmo bolo. Vi as mãos de Lysandre se aproximando e segurando as minhas, afastando-as de meu cabelo; ele entrelaçou nossos dedos, fazendo com que minha mão parecesse ainda menor.

—Não precisa ajeitar o cabelo. —ele disse olhando em meus olhos— Você está linda.

Sinto-me derretendo por dentro com suas doces palavras e voz aveludada. Por que ele tinha de ser tão gentil? Tão amoroso...?

—Acho melhor irmos para a aula... —digo desviando meu olhar dele.

Ele solta uma de minhas mãos e me guia para fora da sala, em silêncio ele me acompanhou até minha sala e eu não protestei dizendo que ele precisava ir para a sua própria sala, eu queria que pudéssemos não ir para a aula agora; paramos ao lado da minha porta, não olhei se Rosalya já havia chegado, fiquei olhando nossas mãos juntas, sem saber como me despedir. Não éramos mais só amigos.

—Vamos voltar juntos hoje? —pergunto, me sentindo insegura.

—É claro que vamos. —ele disse sorrindo— Até mais tarde.

Ele segurou meu rosto mais uma vez e pressionou seus lábios contra os meus, foi um beijo simples e rápido demais, me dava vontade de segurá-lo e exigir mais; ele soltou minha mão e sorriu se despedindo, era uma tortura ter de me contentar somente com aquele beijo. Todos os beijos que demos tinham o delicioso sabor de chiclete de morango, assim como havia em meu sonho.

Entro na sala meio avoada, indo para meu lugar; Rosalya me olha primeiro com estranheza e depois seus olhos se abrem.

—Aah! —ela disse se aproximando— Você estava com Lysandre, não é? O que fizeram? Me conte!

—Ah, bem... a gente ficou. —eu disse fechando meus olhos ao me sentar.

—E aí? Isso não é o suficiente. —ela disse me cutucando— Fale mais.

—Ah, Rosa, não tem o que falar. Ele foi gentil, delicado... tomou cuidado para me deixar a vontade. Um perfeito cavalheiro.

—Hum, parece chato, meio sem graça. Foi só isso?

—Rosa, não foi sem graça!

—O quê? É que vocês ficaram nessa enrolação por tanto tempo que eu esperava algo mais “OOOOH!!” quando finalmente ficassem.

—Para mim foi bom e acho que para ele também. Então está tudo bem.

—E qual o status de vocês agora?

—... Indefinido. —me demoro a responder— Não discutimos nada ainda.

—Pelo jeito que vocês são, em cinco dias vocês estão namorando oficialmente.

—Não sei, talvez... —digo, me perdendo em pensamentos.

Por mais que tudo parecesse estar indo bem, eu não sei como as coisas vão seguir daqui para frente; a cada pessoa que você se relaciona é diferente, a história nunca será a mesma e o futuro é sempre imprevisível. No momento eu só quero apreciar esse sentimento, esse novo desenvolvimento; então vou tentar não pensar muito sobre o que há entre nós.


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Notas finais do capítulo

Aeeee, fim do capítulo! E o casal finalmente tem o primeiro beijo! Vocês não tem ideia de como seu trabalho escolher como e onde ia acontecer, porque não queria que fosse clichê, mas também precisava que fosse meio realista...
Eu adoro esse feeling de tudo na paz, com a relação progredindo... queria que ficasse assim para sempre XD

Estarei esperando os reviews! Se não tiverem gostado de algo é só falar~



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