A Garota De Roupas Excêntricas. escrita por Soquinho


Capítulo 8
Briga e uma Crítica Enraivecedora.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a demora, espero não tê-las perdido rs.
É só que me faltou inspiração, até porque, tenho outras histórias para cuidar devido ao meu transtorno de escrever tanto, afs... ¬¬ mas eu gosto :33
E para recompensar todo esse tempo, o capítulo é grande!
Desfrutem meus amores.



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Passou-se uma semana. Nós estávamos no estúdio ensaiando uma demo, apenas ensaiando. Greer tinha um violão e o dedilhava ensimesmado como se nenhum outro indivíduo estivesse ali. George também o acompanhava com outro violão, porém se mantinha atento em minhas feições para saber se havia algum acorde errado. Mattie estava com o teclado em sua frente, para compor uma nova melodia no instrumento eletrônico. Eu cantava mesmo sem ter muita animação, isso estava sendo muito manifesto, já que eu podia sentir um olhar meio reprovativo do nosso querido produtor. A canção falava sobre um amor não correspondido, aquelas paixões platônica tolas pelas quais não suporto mais compor. Quer dizer, ser o coautor o que tem me deixado inteiramente encolerizado. Meu humor não anda nada agradável desde aquele dia quando passei a apenas cuidar de poucas partes das músicas que escrevo. É como se me mergulhassem em um mar com perigosos tubarões. As minhas mentiras que tenho que carregar um fardo abominável e intolerável. Eles estão sugando a minha liberdade, até porque, escrever para mim estava sendo à saída de todo esse embuste.

– Tá bom! Mas Edrick, solte mais essa voz ou há deixe um pouco mais melosa. – Soltei com bruteza o papel na mesa e me levantei daquela poltrona fatigado de tanta sufocação. As suas mãos asfixiam os meus sonhos, matando-os dolorosamente.

– Melosa? Já não basta o quanto essa música é chicle? Não, tudo bem, é até legal, mas não suporto mais isso! Eu preciso sair tá legal? Preciso de algumas horas só para poder esfriar a mente.

– Eu vou com você! – Greer pronunciou-se pela terceira vez desde que chegamos ao estúdio. Aqui, ele sempre ficara bastante “recluso” e introvertido. Nada normal para uma pessoa com uma personalidade tão sociável como a do Greer, porém eu sei que o motivo é o mesmo que afeta a mim e aos outros. Os castanhos avermelhados dele pediam-me socorro, talvez quisesse mesmo se retirar dali e tentar descobrir o oxigênio puro e limpo de mentiras. Eu bordei um sorriso reservado no meu rosto, concordando com o seu intrometo que mascarava o seu pedido de ajuda.

– Vocês vêm? – Indaguei para os outros dois que sobrara ali. Mattie e George. No entanto, ambos assentiram com a cabeça que não e transparecia muito no verde cinzento e denso do Mattie a vontade de também sumir daquele ambiente asfixiante e, a incapacidade de saciar a sua sede de independência. Greer levantou-se e abriu a sua bolsa para guardar o seu instrumento de cordas. Voltei o meu olhar para o Jerry e eu recebia uma fitada superior, mas não deixava de escapar naqueles olhos nebulosos e pantanosos, o fato de ter ficado incomodado por eu confrontá-lo de novo. Era, na verdade, um olhar de contrariedade.

Greer ajeitou a bolsa nas costas e me mirou açodado. Sabíamos que ao sairmos, aquela sala se encheria de verbos e impugnações do nosso produtor. Apanhei a minha mochila da poltrona em que eu estava acomodado e saí pela porta de madeira envernizada, que tinha um vidro acima para podermos ver quem estava chegando. Na frente dela, tinha uma placa branca com letras em forma mostrando o nome “estúdio, favor não perturbe!” Como fui o último a sair, fechei-a sem fazer questão de encarar desafiadoramente o Jerry.

– Peguei a Merida.

– O que? – Perguntei cético. Eu comentei, ele enfrenta sérios problemas com hormônios. Isso é muito evidente. Como pode? Uma semana que há conhecemos e já rola uma ficada? É tão superficial e desnecessário.

Andávamos por um corredor estreito e com piso de mármore, uma parede azul bebê com diversos discos de ouro emoldurados ali, além de fotos de bandas que a gravadora já lançou e as que vêm cuidando hoje. Parei quando avistei a nossa fotografia. Um banner, pra ser mais específico pendurado em uma sala grande e pintado de cinza neutro e salpicado de obras de artes e outras fotos de diversos cantores dali. Nós estávamos no Grand Canyon, lá no Arizona e fotografamos umas noventa fotos por lá. No início, ainda estávamos meio que iludidos com a proposta do novo som e rumos tão drásticos que essa banda levou.

– Ela tem uma pegada muito firme, meu velho. Tá aprovada! Quem saiba, eu até pegue-a de novo, em outra ocasião, quando ela se dessedentar de você. – Greer parou ao meu lado, jogando o seu olhar para o mesmo canto que eu enxergava. Aquela foto parecia tão mentirosa, tão falsificada. Como uma identidade que algum estelionatário usa para clonar ou fazer o que for. Parecíamos clonados, uma versão de mim que não é nada correspondente ao que sou hoje. Alguém tentando encontrar o próprio eu.


–x-



– Como você conseguiu despistar os seus amigos? – Eu indagava a ela e ao mesmo tempo algo estranho manifestava-se no meu corpo. Alguma frieza súbita, aceleração no ritmo cardíaco. Coisas totalmente fora do normal. Sim, eu estava com ela e a caminho da pista de skate.


– Tenho minhas manhas. – Açodamos os passos.

Confirmo aqui que quando ela aproximou-se de mim e murmurou um “vamos sair daqui?”, me senti inteiramente invadido por uma felicidade anômala. Eu sei que isso não se parece normal de ser sentido por uma pessoa quando conheceu outra há apenas uma semana. Somente é inevitável, não me julgue. Eu aceitei sem irresolução, o que foi até um pouco espantoso para mim, já que dispensei a companhia da maníaca denominada Merida. Sim, eu já comprovei a sua situação psicológica quando está perto de nós. É um olhar brilhante (mas não encantador), tresloucado e temeroso. Não me admira o Greer ter lhe tirado uma casquinha, ela deixa patente que é manipulável. Como um fantoche, Greer ama fazer as meninas de bonecas manipuláveis.

Desde ontem eu não estava me comunicando muito bem com o Jerry. Percebi o seu desejo louco de liberar ofensas e me incriminar por coisas tão fúteis, contudo o seu orgulho o impediu de descer do sapato social e adquirido em uma promoção na Suíça. Vulgar e supérfluo.

Agora estou eu e a garota de roupas excêntricas, fora do colégio em horário de intervalo, após termos desorientado nossos respectivos amigos.

Obs: Está vestida com uma regata branca com as caveiras dos integrantes do Guns N Roses. Uma saia plissada e de cor rosa e meias de neon azuis – como se fossem gotas caindo -, uma bota amarela no pé direito e um creeper de tartan vermelho cravejado de tachas no pé esquerdo. Usando um colar do Penny-Farthing que é uma bicicleta com uma roda muito maior do que a roda traseira, em um estilo bem gótico. Um Spike no braço direito e no esquerdo uma pulseira de vintage com rendas e, uma flor vermelha de enfeite com um anel posto em seu anelar, do mesmo jeito da pulseira. Seus cabelos continuavam da mesma cor, porém é notável o desbotamento da cor rosa, estava parecendo algodão doce e para enfeitá-los, um arco de cetim com tachas.

Nós chegamos ao nosso ansiado destino e fizemos questão de retirarmos os nossos preciosos skates para andarmos.

– Edrick, vamos continuar a aventura daquele dia? – Senti-me inimaginavelmente contente com a sua pergunta tão simples e capaz de suscitar emoções incomuns em minha pessoa. O seu sorriso era milagroso, capaz de me fazer querer me desprender das garras da loucura que tenta se apoderar da minha consciência. E os seus olhos, os castanhos escuros que cintilavam sobre a luz do sol friento de Minneapolis. Eram vívidos e profundos e algo queria me fazer mergulhar nessa escuridão com uma luz no fim.

– Vamos nessa! – Tomei o impulso e escorreguei na rampa, ouvindo as rodas arrastar no chão liso e produzirem barulhos que soam agradavelmente em meus tímpanos. O som da liberdade.

Atrás de mim, o som vinha crescendo também. Eram as rodas do skate dela, mas eles estavam criando um som não muito normal. Ouvi um gemido e um barulho de algo se estatelando no chão. Pulei instantaneamente do meu skate e o mesmo continuou a correr sozinho, até abalroar com a parede e ficar por ali mesmo.

Girei o meu corpo e encontrei-a sentada e com as expressões faciais, indicando que sentia dores pela causada pela queda. Sua coluna estava curvada para frente e suas suaves mãos, seguravam o joelho afetado.

Acocorei-me ao seu lado e tirei as suas mãos, calmamente do machucado para analisá-lo melhor. Um filete de sangue escorria por sua perna e o ferimento não parecia muito brando. Precisava de algo para estancá-lo imediatamente, mas nada solucionável me surgia no momento.

Então, ela tirou a mochila das costas e abriu-a. De dentro, ela sacou uma faixa branca e deitou a bolsa no outro lado. Esticou bem o acessório, antes de amarrá-lo no machucado com uma força um pouco amedrontadora. Ela fez um laço borboleta e virou-se para a mochila novamente, puxando uma nova coisa de lá. Desta vez, era um pano pequeno e com um vermelho em um tom meio de cereja. Percorreu o tecido pela parte onde o sangue havia melado, com serenidade, como se eu nem estivesse mais ali com ela, pronto para ajudá-la e tecnicamente, ela me dá um fora.

Terminada a limpeza, ela transforma o pano em uma bola prestes a se desmanchar, e lança-a novamente na bolsa, mas em outro lugar. No bolso da frente.

Ela, finalmente, ergue a sua cabeça e eu me descontrolo com a proximidade de nossas faces e aqueles olhos incrivelmente desconcertantes e indagadores.

– Quedas. – Emily debochou, com um riso rápido e gostoso de ser apreciado. Porém, eu a encarava com as duas sobrancelhas arqueadas, a boca entreaberta e com certeza, com o rosto surpreso.

– Você nem precisou de mim. – Abandonei aquela minha posição e sentei ao seu lado, encolhendo as pernas e abraçando-as.

– Ora, Edrick! Eu já me acostumei com isso. Você pensa que eu não levei piores tentando fazer aquele 1080, até eu conseguir? Não existem vitórias sem quedas.

– Você filosofa muito? – Zombei, mirando o céu manchado de um azul bebê e aquele sol friento, inerente do clima subpolar do norte americano. Deitei o meu corpo no chão chato e repousei as minhas mãos em cima do meu abdômen, sem deixar de contemplar as estupendas nuvens níveas e felizes daquele céu.

– Só quando necessário, que talvez seja todos os momentos. – Sua bela voz eufônica entrou em meus tímpanos, e estavam muito perto.

– Hm. – Suspirei, não transparecendo o meu nervosismo. Eu não acho que isso é legal, não.

– Então Edrick, a sua banda faz muito sucesso? – Repentinamente, eu me senti um pouco enojado ao ouvi-la pronunciar essas duas palavras, “sua banda”.

– Bem, faz. – Foi inteiramente notável o desprezo na minha entoação. – Mas pra falar a verdade, não sou muito satisfeito com esse sucesso.

Enfatizei a palavra e mudei a minha direção de olhar, para a rampa e me desenhando.

– E por quê? – Senti que no instante ela me serviria como uma ótima psicóloga.

– Porque mudou nosso estilo musical, nossas fãs são muitas vezes, umas alienadas e não podemos fazer absolutamente nada que gostamos, porque isso “prejudicaria” nossas imagens de bons moços e fomos justamente enviados de novo para o colégio, somente para manter essa imagem!

Meio que eu lancei tudo na lata, como se estivesse atirando nos inimigos que me encaixotam em caixas regadas de mentiras.

– Então é por isso que você não é você.

– Quem disse? Algumas coisas podem ter mudado, mas eu continuo o mesmo por dentro ainda.

Por dentro. – Sussurrou. Sua oposição ao meu comentário suscitou uma irritação em mim.

– O que quer dizer com isso? – Invoquei-me levantando-me e limpando as mãos na calça. Sua contestação suscitou algumas negatividades em mim. Como se ela estivesse me desafiando, coisas que não gosto, mas fazendo isso como se fosse algo comum. Tudo bem! Mal havíamos nos entrosado.

Seu rosto continuou inexpressivo e os seus olhos fixados com uma solidez incrível no céu azul bebê. Os seus castanhos esfíngicos sugavam inocentemente toda aquela beleza azular, tomando para si e o embebendo. Repentinamente, uma linha fina foi alargando o seu maxilar, posteriormente exibindo aquela fileira de dentes bem alinhados e alvos. Sua expressão de calma e alegria súbita me fez querer fitar o mesmo lugar, onde a sua visão estava cimentada.

Virei à cabeça vagarosamente e me deparei com um pássaro de cor mesclada do preto e o branco. Suas asas se batiam tão lindamente que por mero segundos, admirando aquele pequenino ser voador, eu desejei ser algum tipo de ave, ou até mesmo um ser sobrenatural, como um anjo. Notoriamente, expressava uma ledice que me fizera o invejar. Ele estava tão liberto.

– Bonito não é? Quando manifestam a liberdade dentro deles, me bate uma vontade de ser como eles e, faço de tudo para ser assim. Eu me inspiro neles. – Talvez eu já estivesse um pouco cismado com o atrevimento dela ao dizer aquilo, agora o que ela falara parecia uma indireta muito direta. Não precisava se mascarar estava nítido um pingo da sua crítica.

– Ok, agora você me mostrou um lado seu inimaginável! Você gosta de mandar indiretas? Isso não combina com o seu perfil doce. – Despejei estando furioso demais para saber até aonde aquilo poderia levar. Uma briga? O que fosse. Mas no instante, eu me sentia abalado e, cutucado em uma ferida que eu queria que cicatrizasse urgentemente.

Seu semblante, no entanto, não se alterou. O sorriso aos poucos foi se desfazendo e tomou uma expressão de pensativa. Essa era à hora da desculpa, mas nada saia da sua boca. O único barulho naquela pista de skate era o vento, que soprava seus cabelos no chão levemente, e também os meus. Uma brisa que balançava delicadamente o laço da faixa amarrada em seu machucado. Fiquei aturdido com aquele silêncio absoluto e concentrado. A minha paciência em relação a sua forma invasiva de me contrariar estava esgotando-se. Grunhi particularmente chateado e me virei para frente. Comecei a caminhar até onde o meu skate havia se esbarrado. Minhas passadas grotescas me fizeram refletir se eu não estava sendo indelicado demais. Ignorei. Não era hora de preocupar-se com quem sabia ter responsabilidade o suficiente com a sua vida.

Apanhei-o e o coloquei retamente no chão, em seguida montando e dando um leve impulso. Vi-a sentar-se e limpar as suas mãos em sua saia e, depois se levantando com certa dificuldade. No entanto, ela não conseguiu e se sentou novamente, liberando um gemido baixo e doloroso. Pulei do skate, mesmo contra a minha vontade – ou não – e fui ao seu encontro com os braços cruzados e uma careta enraivecida.

Ela soergueu a sua cabeça e os nossos olhos grudaram-se. A sensação incomoda de estar sendo examinado indiscretamente me afetava mais do que o necessário. Desviei o olhar mostrando estar amolado com aquele quase tipo de flerte.

– Seus olhares são muito levianos.

– Como assim?

– Você me julga muito precipitadamente. Nem conhece a minha história.

– Só estava ponderando sobre os seus reais sentimentos. Você é preso em um mundo que não lhe dá ouvido e esperança para libertar-se, você não soube interpretar o fato de eu te olhar tanto. – De certa forma, a sua resposta me desconcertou. Eu parecia estar sendo aviltado intelectualmente. Serviu para minha raiva subir um pouco mais, mas refreei a minha afronta. Eu ainda precisava de alguém que me entendesse, apesar de tudo.

– Não importa. – Foi uma das respostas mais mal elaboradas que eu já tive. Antes tivesse sido aquela objeção a sua análise de meus sentimentos.

Que ótima resposta. – Tudo bem... Aquilo foi à gota d’água. Alguém pode ser tão implicante assim como ela?

Apertei o punho, ansiando em tomar alguma atitude muito brusca para resolver uma situação literalmente estúpida. Fechei os olhos e soltei um suspiro longo e sossegador, que lentamente foi tentando apaziguar os meus nervos zangados. Talvez pudesse estar sendo um pouco, criança em não aceitar a sua opinião sobre o que eu estava tentando ser e, deixando de ser. Aquele que eu realmente sou. Mas eu só disse talvez.

– Não vai me ajudar? – Olhei-a de novo. Em sua face era notável que estava sentindo dor. Entre o meu orgulho e preocupação, adivinha quem ganhou?

Pô, você não é tão entendida da vida? Até uma faixa usou improvisadamente para o seu machucado. Então, deve de existir uma tática infalível para conseguir se levantar sozinha”.

Isso mesmo foi a minha preocupação. A minha bela resposta ficou engavetada em minha mente, sofrendo um arrependimento momentâneo.

Estiquei os meus braços e ela aceitou as minhas mãos. Infelizmente, foi incontrolável não sentir um bombardeio de coisas no momento em que nos tocamos essencialmente citando as minhas trocas de sensações de temperatura corporal. Frio, quente, quente, frio e vice-versa.

Puxei-a solicitamente para não causar mais dano a sua lesão. Ficamos próximos, só que ela apenas deu um sorriso pequeno e inteiramente lindo (julgue-me). Não é melação, só não vou negar uma coisa que eu não tenho o porquê de omitir. Fora isso, acho que não sinto mais nada. Largou uma das minhas mãos e abaixou para pegar o seu skate e a mochila. Soltou a minha mão para abri-la e guardá-lo. Mesmo tendo uma complicação para botá-lo em sua bolsa, não me pediu auxílio e, eu não fiz questão de me oferecer para lhe prestar voluntariamente. Após fazê-lo em alguns minutos tediosos, pôs a mochila no ombro direito.

– Quer se apoiar? – Interroguei finalmente dócil. Poxa, algo um pouco estranho está acontecendo no meu peito esquerdo. Será que necessito de ajuda de algum cardiologista?

Ela, então, girou-se para mim e apenas assentiu. Passou o seu braço pelo meu pescoço e eu fiz de tudo para não me arrepiar e, curiosamente eu falhei. Portanto, me controlei para não exibir esse fato ocorrido externamente. Agarrei a sua cintura com firmeza, porém com uma extrema delicadeza para não parecer um selvagem. Tossi para espantar as absurdas emoções que senti ao fazer aquela ação. Incomodado e estranhamente alegre. Nem parecia que há alguns minutos eu estivera louco da vida com a sua inteligência e crítica. Não, um pouco sim ainda. Aquilo ainda estava me martirizando.

– Está sabendo que perdemos todo o intervalo e agora vai ser tenso para voltar pra escola?

Uma bomba fora lançada e explodida com sucesso em minha vida. O Jerry, apenas esse humano fátuo e insensível a quem temer. Eu poderia estar encurralado, caso avisassem a ele. Ela não estava colaborando em nada, parecendo que havia escolhido este infortúnio de dia para me criticar, humilhar e entristecer.

Uma impotência me atingiu, mas acompanhando esse sentimento de falta de força, veio como brinde (bom) um pensamento sobre me divertir em uma manhã sem ser na escola e, o melhor de tudo, longe do Jerry. E talvez com ela.


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Notas finais do capítulo

E então? Ficou ruim ça merda?



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