Ah ventos limpos e divididos que migram do Oeste. Com eles, alguns pássaros procuram refugio em alguns dos poucos lugares quentes que sobraram na cidade de LazyCity. Como o próprio nome já diz, uma cidade preguiçosa, que quase sempre dorme. Calma, mas tão calma, que a gente consegue ouvir o vento batendo nós varais e nos galhos de arvore. Pacata, porém linda. Esta é LazyCity.

Arvores gigantes e lindas, cheias de folhas e vida estão por toda parte. Há um belo parque, o majestoso parque das arvores mais lindas do mundo, o GreenTree. Varias pessoas vão ate lá para refletir, sonhar, namorar ou ate mesmo só ficar de bobeira olhando para as nuvens e fazendo jus ao nome da cidade. Moro aqui a tempo suficiente para que eu tenha esquecido a data da primeira vez em que pisei neste chão. Não me canso de dizer o quanto gosto de morar em LazyCity.

As vezes eu me sinto como um pássaro. Sinto aquela necessidade de migrar para outros lugares, outros horizontes, outras vidas... Mas como não tenho asas. Me contento só com um bom hambúrguer e um belo pote de sorvete quando estou deprimida. Pode parecer coisas de filme mas mato minha tristeza comendo. Acho que, a afogo em meia a tanta comida. Soterrá-la é mais divertido do que senti-la.

Adoro ficar neste parque, sentindo o sol na testa. É como se eu fosse uma planta e fizesse fotossíntese. Muita gente gosta de ficar trancada em casa vento Tv e reclamando nas redes social. Ops, eu adoro fazer isso! Mais em fim... É legal sentir o ar puro.

– ALANY MARTINS! – Quase esqueci, esse é meu nome. E essa pessoa que gritou foi meu professor, Mr. Jimmy, ou seja, fui descoberta.

– Mr. Jimmy! Que surpresa! O senhor por aqui a essa hora? - Sou muito fingida, eu sei.

– Não me venha com essa mocinha! Eu deixei a classe com um monitor para vir atrás da senhorita! Você esta perdendo prova.

– Hora mas que honra!

– Deixe de dissimulação! Venha comigo! Vou lhe fichar por matar aula! – Diz ele agarrando meu braço e me arrastando ate a escola, que por acaso é próxima dali.

Cheguei na escola. Cadeiras arrumadas em duplas como de costume. Olhei pra um lado e para o outro, minha melhor amiga, Agelly já estava sentada com outra garota! – MAIS COMO ELA FOI ME LARGAR? QUE ABSUDO! – Ela me da um sorriso como se me pedindo desculpas e volta a se concentrar naquilo que eu acho que era um desenho - ela desenhava muito bem – faço que tudo bem. E agora? Como farei a prova?

– Dona Alany, pode se sentar com Danilo. Ele é novo e por isso vai precisar da sua ajuda com a matéria.

–“Agora eu estou muito bem lascada! Não estudei nada!” – pensei comigo. Fiz que sim e fui sentar ao lado de Danilo.

– Oi, prazer Danilo – Diz ele com um jeito calmo e doce, parecia ser super educado. Daqueles caras que lêem, e escrevem poesias. Danilo era um garoto bonito. Olhos castanhos estrategicamente colocados atrás de uns óculos grandes e preto, cabelos médios que formavam um lindo topete e que, ate o nosso horrível uniforme lhe caia bem.

–Oi, sou Alany, mais por favor me chame de Ally ?– lhe respondo com um sorriso. E é claro, sem deixá-lo perceber que reparei ate o fundo dos olhos dele. Sou uma pessoa curiosa, quando conheço alguém quero saber tudo sobre ela. Reparo os primeiros detalhes perceptíveis e logo depois os mais ocultos.

–Claro Ally. – ele diz sorrindo. – Aqui as provas são sempre em dupla ou tem outra sistemática?

–Ué, podia ser diferente?

–Bom, ouvi rumores de que a algumas escolas que aplicam um método de ensino estranho. Os alunos fazem suas provas individualmente.

– Aonde é isso? Em outro planeta?

–Bom, eu não sei – ele ri e meu sorriso é automático.

–Aqui estão as prova de vocês, boa sorte e silencio cada dupla com sua prova. – Diz Mr. Jimmy a toda classe.

– Danilo me desculpa mas, eu realmente não estudei para essa prova.

–Tudo bem Alan... Digo, Ally, eu dei uma boa revisada nesta matéria. Sou bom em Filosofia.

–Serio? Vamos testar então.

Fizemos a prova e separamos as carteiras. Danilo ficava sentado ao meu lado, e eu no lugar mais legal da sala, a parede! Cochilar na parede geladinha era a coisa mais incrível do mundo. Danilo e eu nós demos muito bem, rimos bastante e sempre é com conhecer gente nova.

Duas aulas entediantes chegam ao fim. E o sinal do intervalo toca. O sininho que salva qualquer aluno de um suicídio. Encontro Agelly, e vamos a caminho do jardim para lanchamos.

– Olha Ally, aquele ali perto do portão não é o seu novo amiguinho?

– Onde?

–Ali, logo ali na frente .

–Ah sim, é o Danilo. Vamos ver se ele quer tomar café com a gente?

– Claro.

– Ei, Danilo...

–Oi, Ally – ele abre um sorriso simpático.

– Quer vir tomar café com a gente? A cantina fica logo ali atrás das arvores.

–Eu iria adorar .

– A propósito, essa é minha amiga Agelly. – Os dois se cumprimentam e nós partimos rumo a cantina.

– Quanta coisa deliciosa tem aqui, nem sei o que escolher! – Diz Danilo com um brilho nós olhos.

– Eu recomendo os Bolypólons, - Bolinhos com recheios diversos, maça fofa e deliciosa – é como comer uma nuvem! São meus preferidos! – digo com água na boca.

– Muito bem, e que venham os Bolypólons!

Fomos para uma das mesas ao ar livre bem em frente da cantina. Agelly não parecia muito bem, estava meio amarelada e com os olhos meio virados.

–Agelly, você esta bem?

– Ally, acho que vou procurar ligar para meus pais, estou meio estranha desde o começo das aulas. – Fiquei meio chateada comigo mesma por não ter percebido assim que entrei na sala.

–Tudo bem, quer que eu vá contigo?

– Não tudo bem eu vou sozinha, a noite te ligo. – Ela levou cumprimento Danilo e se foi.

– Não fica preocupada com Agelly, deve ser só um mal estar . – Diz Danilo com um olhar reconfortante.

– É, deve mesmo, obrigada.

O dia passou rápido depois do intervalo, eu e Danilo rimos muito por todas as aulas. É claro que algumas broncas tomamos mas não ligamos. O sinal toca, é hora de ir para casa.

– Ally, eu adorei o dia, foi muito legal mesmo

– Também gostei ! Você é muito divertido!

–Obrigada, você também! - ele ri - Escuta, aquela matéria de Matemática, você entendeu? Não consigo compreender aquilo.

– Se quiser agente estuda depois da aula, sem problemas.

– Serio? Quando? Seria ótimo !

– Hoje, agente se encontra no parque GreenTree e estuda um pouco.

– Ok, vou adorar, Até lá. – ele me cumprimento e vai pra casa.

Foi um dia longo e divertido. Só não gostei de ter sido pega cabulando aula, mas se não fosse por isso eu não teria conhecido o Danilo, então o dia ta ganho. Cheguei em casa devorando tudo que via pela frente, umas pequenas mordiscadas antes do almoço.

– Menina aonde cabe tanta coisa ? diz minha mãe, Estela .

– Deixe-me comer mãe! – digo rindo. Subo pro quarto e vou direto pro banho. Saindo dela vou chegar minhas redes sociais. Como sempre, nada acontece. Varias solicitações de jogos em um, a paginação parada no outro e etc.