Capítulo I – Welcome, Sakura!

Olá, como vão? eu me chamo Sakura Haruno e tenho 15 anos. Se me perguntassem, eu diria que sou diferente das outras pessoas. Principalmente porque meus cabelos são rosas. Não que eu não goste deles, eu os amo do jeito que são, principalmente porque minha mãe também tinha os cabelos róseos.

Nasci no Japão mas moro nos Estados Unidos desde os meus cinco anos de idade, tudo por causa dos empregos do meu pai. Estamos sempre nos mudando, e ele sabe como eu não gosto disso. Sempre que eu me acostumo com um lugar e faço amizades meu pai diz que temos que nos mudar.

Embora eu não goste disso, eu entendo. Sempre fui muito compreensiva quando o assunto é ele. Nós somos muito ligados, um dos motivos disso deve-se ao fato de que eu nunca conheci minha mãe, já que ela faleceu assim que eu nasci. Nós nos entendemos muito bem e sempre compreendemos um ao outro.

Por me entender e saber como eu me sinto sobre tudo o que está acontecendo, ele decidiu me matricular em um internato. O nome é Konoha Boarding School. Meu pai me disse que os únicos matriculados naquele colégio são filhos de pessoas ricas e famosas. Acho que já dá até para ter uma ideia de como deve ser.

Nesse momento nós estamos no carro sport preto sem teto do meu pai, a caminho de lá. Se estou ansiosa? de certa forma sim. Quero fazer amizades sem medo de perdê-las, já que agora eu não precisarei mais me mudar. Mas eu quero encontrar pessoas como eu e não um bando de pessoas ricas e esnobes.

Eu levava comigo o meu laptop e tudo o que eu sabia que precisaria para sobreviver lá. Levo o meu laptop porque eu gosto de mandar e-mail pra minha avó. Eu amo conversar com ela, ela é como a minha segunda mãe. O problema é que ela mora no Japão. Mas nós sempre conversamos pelo computador. É ela quem me coloca para dormir a noite e me dá conselhos sobre a vida, já que meu pai está sempre trabalhando e não tem muito tempo em casa.

Contamos a ela que eu iria para o internato. Eu prometi a ela que levaria meu laptop e que todos os dias escreveria uma espécie de diário, contando a ela como foi meu dia. E Sakura Haruno nunca falta com uma promessa, ainda mais se tratando das pessoas que mais ama. Se tenho um namorado? não. Em toda a minha vida eu só tive um namorado, mas nós terminamos porque eu tive que me mudar, para variar.

Meu pai é do tipo ''pai super-protetor'', o que dificultava um pouco a minha vida amorosa. Ele sempre assustava os garotos que eu levava lá em casa, mesmo eles sendo só meus amigos. Nunca andei com muitos garotos, sempre fui cercada de garotas da minha idade. Pode não parecer mas eu amo esportes. Sempre gostei.

Sempre gostei de jogar basquete, por exemplo. Meu pai me disse que esse gosto por esportes eu puxei da minha mãe, já que nem ele mesmo era muito fã de esportes. Por isto ele sempre me dizia que eu era idêntica a minha mãe. Ele e minha avó sempre me diziam isto. Eles não sabem como me faziam feliz quando me comparavam à ela. Sempre ouvi dizer que ela era uma ótima pessoa.

– Já estamos chegando, Cerejinha.- meu pai me avisou.

Me inclinei para o lado na direção da porta, para ver se conseguia ver o campus. Conseguia sim. O lugar era enorme e muito bonito. A paisagem...as árvores...era como se eu pudesse me sentir conectada com a natureza, o que eu amava. Logo ao lado eu pude ver a praia. Era linda. Mal podia esperar para ir até lá.

Chegamos ao estacionamento. Parece que ele estava certo, só haviam carros de luxo ali. Felizmente achamos uma vaga, onde o meu pai estacionou o carro. Retirei o cinto de segurança ao mesmo tempo que ele. Em seguida ele abriu a porta do carro e saímos. Depois de sair do carro, parei e esperei por ele, que estava desligando tudo. Assim que ele terminou, nós dirigimos à entrada da escola.

Finalmente chegamos à entrada. A escola era muito bem frequentada, garotos e garotas da minha idade passavam o tempo todo pra lá e pra cá. Subimos os três degraus que estavam logo à nossa frente, parando em frente à bandeira. Antes que pudéssemos nos despedir ou falar qualquer coisa, um garoto que parecia ter mais ou menos a minha idade vinha na nossa direção em uma bicicleta que parecia estar desenfreada.

Saímos da direção, do contrário teríamos sido atropelados. Acho que vocês já podem imaginar o que aconteceu, não podem? ele tomou um baita tombo. Este poderia ser o único resultado de alguém que corre daquele jeito de bicicleta, em direção às escadas. Corremos para ajudá-lo, afinal, de certa forma aquilo também foi culpa nossa, já que ficamos na frente e ele tentou desviar de nós.

– Minha nossa, você está bem?- perguntei, cedendo a mão para ajudá-lo a se levantar.

– Ai... eu tô bem, eu sou difícil de quebrar, sabe.

Ele tinha os cabelos loiros e espetados, olhos azuis, riscos na s bochechas, pele clara e tinha mais ou menos a minha altura. Ele era no mínimo... estranho. Parecia ser legal, pelo menos não devia ser um dos ''ricos e esnobes''. Assim que o ajudei a se levantar, pude ver que ele estava todo ralado. Cotovelos e joelhos sangrando. Roupa suja de poeira. Ele começou a dar tapas em si mesmo, na tentativa de retirar a sujeira que havia grudado em sua roupa.

– Meu nome é Naruto Uzumaki.

– Eu me chamo Sakura Haruno, sou nova aqui.- disse, apertando a mão dele.

– Bom... seja bem vinda, Sakura.- ele disse sorrindo.

– Muito prazer, senhor Uzumaki.- havia esquecido do meu pai. E lá estava ele, dando uma de ''pai super-protetor'' outra vez. Os meninos não podiam abrir um sorriso para mim sem que ele intervisse. Não sei porque eu não previ isso.

– Prazer, senhor Haruno.

– Sakura, vamos? vou levá-la até seu dormitório.

– Não, pai. Eu sou nova aqui, o que você acha que vão achar se me verem andando por aí com meu pai?

– É... se me permitir, senhor Haruno, posso levar a Sakura até o dormitório dela. Conheço esse lugar como a palma da minha mão... que está ardendo, agora...

– Tudo bem. Mas será que poderia...?

– O quê? ah, claro, sem problemas. Vou me afastar um pouco e deixar vocês se despedirem.

– Mas não vai pra muito longe.- eu o pedi.

– Tá legal. Vou me virar, ficar de costas.- ele disse, virando-se de costas para nós, em seguida.

– Vou sentir saudades, Cerejinha.

– Também vou, papai.

E nós abraçamos. Logo o vi se afastar, saindo dali. Me virei para o Naruto, que ainda estava de costas. Sorri. Ele era engraçado. Fiquei parada e quieta, esperando para ver o que ele iria fazer.

– Já pode se virar, Naruto.- eu disse, sorrindo.

– Ah, claro, eu já sabia disso.- ele disse, sem graça.- Podemos ir, senhorita Haruno?

– Vamos.

(...)

Ficamos andando por todo o campus, ele me mostrava tudo. Aquilo acabou se transformando em um tour. Foi legal, ele me mostrou tudo e me apresentou a um monte de gente legal. Desde faxineiros a outros estudantes. Me mostrou a sala de jogos, sala de TV, sala de filmes, o refeitório. Era mesmo um lugar para pessoas ricas. Ele também me contou um pouco sobre ele.

Quem diria que ele era o filho de Minato Namikaze, um dos homens mais ricos do país e um dos empresários mais bem sucedidos. Fiquei sabendo que recentemente as empresas Namikaze estavam trabalhando junto com as empresas Uchiha. Os Uchihas. Esses sim eram os piores tipos de pessoa. Uma vez eu fui na empresa do meu pai e tive a infelicidade de conhecer uns. São arrogantes, metidos e ignorantes.

Finalmente entramos no dormitório feminino. Podia ver muitas meninas, todas elas passavam por nós e nos esnobavam, fingiam nem notar nossa presença ali. Será que as únicas pessoas legais ali eram o Naruto e as pessoas que ele me apresentou? espero que não. Torcia para que não. Queria encontrar uma amiga, conversar sobre coisas de garota. Ao entrarmos em um dos corredores, pude ver um rapaz vindo em nossa direção. Ele era lindo demais. Ele parou em frente a gente, assim que viu o Naruto. A primeira pessoa ali dentro a nos notar.

– E aí, como vão as coisas, Itachi?

– Tudo bem. Uma dica: Não vão até o banheiro feminino agora se não quiserem vomitar.

– Por quê?

– A inspetora está vomitando lá.

– Boa dica.- o Naruto disse, sorrindo. E não é que ele era legal? pena que parecia ser bem mais velho que eu, porque ele era muito lindo.

– Bom, essa aqui é a Sakura. Sakura, esse é Itachi, Itachi Uchiha.

– Muito prazer.- eu disse, apertando a mão dele. Um Uchiha legal? Bem raro, considerando que todos os que eu já conheci eram nojentos e arrogantes.

– O prazer é todo meu.- ele disse, sorrindo gentilmente e apertando a minha mão.- Bom, agora eu tenho que ir, tenho que resolver uns assuntos.

– Já sei o que vai dizer: '' ai, ele é um sonho!".- Naruto disse, após vê-lo longe de nós.

– Eu não falo assim.- eu disse, rindo da maneira que ele me imitou.- Mas como-

– Todas as garotas desse internato se amarram neles.

– Neles?- como eu pensei, tinham mais Uchihas ali. Espero que o outro seja tão legal quanto ele, e da minha idade, claro.

– Você acabou de conhecer Itachi Uchiha. Um dos garotos mais populares da escola e maior sonho das meninas. Ele só não é o mais popular da escola porque age como um nerd.

– Espera... qual dos dois ele é?

– É complicado. Itachi Uchiha é um cara complicado, como diria o Shikamaru. Considerando o número de fãs dele você não vai querer se envolver com ele. O outro é o Sasuke Uchiha, irmão mais novo e mais ranzinza dele.- claro. Sabia que era raro um Uchiha legal.- Bom, é aqui, senhorita Sakura Haruno. Quarto 222.

Com a chave em mãos, ele abriu a porta para mim. O quarto era incrivelmente lindo e espaçoso. Nele haviam aparelhos de som, televisão e tudo mais. Sem pensar duas vezes, entrei no quarto maravilhada. Ele estava perfumado, o que me deixou ainda mais encantada. Deixei meu laptop em cima do criado-mudo e fiquei contemplando o quarto.

Tinha um beliche. Eu amo beliches. O quarto era incrível. Tinha uma mochila de rodinhas em cima da cama, uma mochila de cor rosa. Naruto deixou minha mochila em cima da cama. Em seguida, ele se dirigiu a janela e puxou as cortinas. Por mais que eu achasse que não podia melhorar, por incrível que pareça, melhorou. O quarto tinha uma vista para a praia!

– É tão lindo.- eu disse, olhando maravilhada.

– Não é? vou deixar você aqui aproveitando o seu quarto.- ele disse, se dirigindo à porta.- Ah, uma dica: toma cuidado com o pessoal daqui, eles gostam de pregar peças nos novatos.

– Peças do tipo pendurar sua bicicleta no mastro da bandeira?

– O quê?- ele disse, correndo em direção à janela.- EI!- ele gritou.- Deixem minha bicicleta quieta, seus baderneiros!

Eu ria muito. Ele era muito engraçado. Parece que eu consegui um amigo.

– Eu volto mais tarde... eu... me liga.- ele disse todo atrapalhado, por causa do desespero.

– Tá, tudo bem, vá salvar sua bicicleta!- eu disse, me segurando para não rir mais.

Ele correu porta à fora. Assim que ele saiu, continuei a rir. Um grito - ensurdecedor - me fez parar de rir, me assustando. Ele vinha da cozinha. Corri na direção da cozinha, e lá, encontrei uma garota. Ela era loira, tinha os olhos azuis e parecia ter o mesmo tamanho e mesma idade que eu.

– O que aconteceu? - perguntei.

– Olha aquilo.- ela disse em pânico.

– O quê? não estou vendo nada.

– Aquele negócio branco ali!

– Aquilo é um remédio para matar insetos.- eu disse, me agachando para olhar mais de perto.

– É assustador! eu odeio insetos! se aquilo está ali, é porque tem insetos aqui, será que tem insetos, será!?

– Fica calma...?

– Eu me chamo Ino Yamanaka.

– Sou Sakura Haruno.

– Espera... você é a garota nova?

– Sim, eu-

Antes que eu pudesse terminar de falar, ela deu mais um daqueles gritos. Ai meus ouvidos.

– Nós vamos ser companheiras de quarto, isso não é incrível?

– É sim...

– Anda vamos, vamos arrumar nossas coisas. Você quer ficar na cama de cima? eu não me importo, você pode ficar com a cama de cima.

– Tudo bem.- eu disse sorrindo e seguindo ela.

...