Friendly Living escrita por Meire Connolly


Capítulo 24
Capítulo XXIV. Rapunzel


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY :)
Como vocês estão? Eu não irei falar muito aqui, pois tenho coisas importantes para fazer. Tipo, minhas aulas voltam na segunda agora, e eu ainda não comprei os materiais :O Socorro!
Mas, isso não vem ao caso. Certo, leiam as notas finais - que tem a continuação das notas iniciais - e leiam o capítulo escutando a Chances :) http://www.youtube.com/watch?v=khvC1M14S1M Porque essa música é perfeita e super combina com um trecho do capítulo :)



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RAPUNZEL CORONA

 

Mãe!— a loira gritou enquanto descia as escadas correndo. Suspirou aliviada assim que chegou ao térreo. Não queria morrer no dia de sua festa. – Mãe!

— Eu não sou surda, não precisa gritar – Gothel cantarolou enquanto saia da cozinha e aparecia na sala.

— Ok, ok – a garota deu um sorriso maroto e abraçou a morena, que retribuiu o abraço. – Quando você vai? – a loira perguntou após o abraço. Gothel torceu a boca, e depois deu um sorriso.

— Estou guardando algumas coisas de vidro, você sabe, para não quebrar – a mulher deu outro sorriso e olhou em direção á uma cômoda. – Tem camisinhas na minha gaveta, pode pegar.

Rapunzel tinha certeza que se estivesse tomando alguma coisa, teria cuspido a mesma, com o tamanho susto que havia levado. Não havia pensado em um minuto sequer de perder sua virgindade naquela festa.

— Como? – perguntou totalmente atordoada, a mãe dela não estava falando sério, estava? Estaria falando sobre a sua filha querida perder a virgindade na madrugada de sua festa?

— Camisinhas. Meu quarto. Pode pegar – Gothel repetiu pausadamente, depois colocou sua mão na testa de Rapunzel, como se estivesse medindo a febre. – Algum problema?

— Não, mas é que...

— Querida, se for para ser, será, ok? Agora, vá terminar de colocar sua fantasia, quero ver você com ela – pediu voltando ao armário que mexia antes.

Rapunzel abaixou a cabeça, sentindo suas bochechas corarem, depois subiu rapidamente as escadas. Oh, sim, já havia pensado várias e várias vezes sobre sua virgindade. E, com toda a certeza do mundo queria perdê-la com Flynn. Mas, toda a vez que pensava sobre o fato, sentia suas bochechas corarem e borboletas voarem em seu estômago. E, definitivamente, Rapunzel não gostava disso.

Abriu a porta de seu quarto, vendo a fantasia pousada em cima da cama. A fantasia era linda, a loira tinha de admitir, e segundo a vendedora, combinava muito com Rapunzel. O vestido branquinho e simples ganhava destaque pelos enfeites em dourado. A garota retirou a roupa que usava, e com cuidado, colocou o vestido branco.

Pegou as luvas douradas e colocou-as rapidamente, dando tempo para pegar a capa vermelha e prender, juntamente com o colarinho dourado. Colocou o bracelete dourado, e depois o par de botas douradas com o salto fino. Soltou o cabelo louro, fazendo o mesmo cair em várias ondas nas suas costas. Por fim, colocou o acessório final e pegou a espada de mentira. Sorriu ao se olhar no espelho. Estava pronta.

— Mãe! – chamou cantarolando. Gothel saiu da cozinha enxugando suas mãos e parou quando analisou a filha.

— Oh, meu Deus! – exclamou sorrindo. – Você está uma gata! – admirou a garota, que deu um sorriso convencido e tímido ao mesmo tempo. – Iria pegar vários garotos se não namorasse – e deixou um suspiro escapar. Rapunzel bufou e rolou os olhos nas órbitas. Porque sua mãe e Merida tinham que implicar tanto com Flynn? – Mas, do que está vestida?

— She-Ra – deu um sorriso analisando sua própria fantasia. – A vendedora disse que eu lembrava-a – deu de ombros voltando a encarar sua mãe, que tinha um sorriso nos lábios. – O que achou?

— Você ficaria linda de qualquer jeito, meu doce – Gothel deu um sorriso e depois olhou ao redor. – Bem, tente não destruir essa casa, ok?

— Mas você já vai? – a loira questionou sentindo seu estômago revirar. Gothel deu um sorriso protetor, e envolveu Rapunzel em seus braços, apertando-a cada vez mais. A menina engoliu em seco, não entendendo muito bem o motivo de tudo aquilo. – Temos duas horas ainda! – exclama se soltando de Gothel e dando um sorriso malicioso. Gothel ri.

— Certo, o que quer fazer? – pergunta enquanto se dirige a cozinha, com o pano de prato em mãos. Rapunzel da de ombros, olhando para a cozinha e se assustando quando não vê nada dos pratos e copos de vidros.

— Você realmente tirou todo o vidro e porcelana daqui de casa, né? – perguntou já sabendo a resposta. Gothel deu um sorriso e abriu a geladeira. Rapunzel deixou sua espada em cima da mesa e se aproximou, vendo a geladeira cheia.

— Bebidas, doces e um bolo de aniversário! – Gothel exclamou enquanto olhava para Rapunzel e dava um sorriso divertido. Rapunzel devolveu o sorriso. – Tem comida também – a mulher deu de ombros fechando a geladeira. – Assim como tem na despensa.

— Que horas que você volta? – a loira perguntou puxando uma cadeira e se sentando. Gothel suspirou pegando um copo de plástico e enchendo de água.

— Eu realmente não sei – falou sentando na cadeira em frente a sua filha adotiva. – Miles disse que talvez a Emma demorasse a chegar a casa – Gothel deixou um suspiro escapar por entre seus lábios. Rapunzel torceu a boca quando se lembrou que Emma estaria em sua festa, e de que aquela garota seria sua futura irmã postiça. – Mas, assim que ela chegar, eu voltarei.

— Hum, então duvido que volte cedo – a loira murmurou alto para a morena escutar. Gothel arqueou uma sobrancelha, dando um sorriso para a menina.

— Não sabia que você e Emma eram tão amigas – soltou dando um sorriso logo em seguida. Rapunzel engoliu em seco, dando um sorriso falso e forçado. Ótimo, agora estraguei de vez a chance que eu tinha de contar sobre a verdadeira Emma. Belo, sua burra!— Ela nunca veio aqui em casa antes, deveria ter trago-a.

— Você não está ressentida com o que ela disse na noite do jantar? – Rapunzel perguntou meio atordoada, tentando mudar o assunto de que possivelmente seria melhor amiga de Emma. Gothel desmanchou seu sorriso e tomou mais um gole de água.

— Ela é jovem, Rapunzel – a mulher falou dando um sorriso a filha. – Jovens são assim – deu de ombros e se levantou.

— Todos, menos eu – a loira soltou uma risada fraca, e foi acompanhada pela mãe.

— Você é uma garota especial – Gothel sussurrou se aproximando da loira e alargando seu sorriso.

— Bem, e você é uma mãe especial – Rapunzel comentou soltando outra risada fraca.

— É melhor eu ir indo – a mulher falou se aproximando da porta dos fundos. – E, pelo amor de Deus Rapunzel. Não destruía essa casa, ok? – pediu soltando um sorriso. Rapunzel assentiu. – Boa festa, minha filha! – e saiu, fechando a porta logo em seguida.

Rapunzel baixou a cabeça sentindo uma onde de raiva e fúria lhe invadir. Levantou de onde estava e foi até a sala, se tacando no sofá. Olhou para o relógio que estava pendurado, levando em conta que só havia passado vinte minutos. Deixou com que um suspiro lhe escapasse e levantou.

Com passos leves e devagar foi em direção á seu quarto, tendo em conta de que ele poderia vir a virar uma zona depois da festa. Deixou um suspiro escapar, e retirou todas as suas maquiagens da penteadeira. Colocou-as numa caixa branca, fechando-a e enfiando a mesma no guarda-roupa, dando um sorriso. Pegou seus perfumes e fez a mesma coisa. A menina observou seus quadros todos certos na prateleira, e resolveu não tirá-los. Deixaria pelo menos aqueles, já que os outros foram retirados por Gothel.

Sentou em sua cama e deixou um suspiro escapar. Seus olhos focaram no teto branco que estava em sua cama. Seu corpo tombou para trás, e tudo ao seu redor pareceu falhar, começou a ser esquecido. Sua mente voava, voava por todos os lugares possíveis e não possíveis.

A loira lembrou-se de seus professores, de suas dicas para o SAT, de suas aulas, de suas broncas, de suas matérias... Depois, lembrou-se de cada aluno que fazia parte de sua vida há tempo. Flynn, Merida, Soluço, Clara, Emma, Jack... A menina passou a mão por sobre o rosto, tendo cuidado para não desmanchar a maquiagem que Gothel havia feito.

Desistiu de pensar para esperar o tempo, quando percebeu que havia passado somente vinte minutos desde que Gothel havia ido para a casa de Miles. Na verdade, Rapunzel tinha a quase certeza de que ela havia ido para sua escola, esperar dar duas horas depois do inicio da festa para poder ir para a casa de Miles, e não ter que encontrar Emma. A loira sabia que Gothel não havia gostado muito de Emma, na verdade, a menina tinha receio de que Gothel tivesse gostado de Emma, no entanto, estava respeitando-a, deixando a menina com seu tempo para poder aceitá-la.

A loira torceu a boca para isso. Emma nunca aceitaria Gothel. Nem que fosse preciso ameaçá-la em colocá-la num internato de freiras. Emma nunca aceitaria Gothel. E isso retumbava na cabeça de Rapunzel. A loira não queria que Gothel vivesse toda a sua vida respeitando um ‘tempo’ de Emma. Tempo esse, que não existia.

A menina sentou-se na cama, sentindo o mundo realmente rodar ao seu redor. Sua visão ficou turva e seu estômago embrulhou, entretanto, por alguns segundos. Logo depois, a garota estava novinha em folha novamente.

Decidiu então (em seu tempo restante que parecia não ter fim) ir conferir toda a decoração e ver se tinha algo faltando. Naquele tempo restante poderia dar conta de arrumar se alguma coisa estivesse fora do lugar.

— X –

— Que horas são? – a loira perguntou pela quinquagésima vez, enquanto andava de um lado para o outro, tentando controlar sua ansiedade perante aquela situação.

— Oito e cinquenta e seis – Merida bufou percebendo que Rapunzel perguntava o horário sempre de um minuto em um minuto. – Não são nove horas ainda se acalme! – ordenou enquanto se levantava de onde estava sentada.

— É, mas as pessoas que chegam cedo ainda não chegaram! – Rapunzel insistiu enquanto tacava seu corpo no sofá. O pensamento de que as pessoas não viriam em sua festa rondava em sua mente, fazendo a mesma ter ataques. – E se ninguém aparecer?

— Ah, com certeza alguém irá aparecer – Merida respondeu da cozinha. Sua voz alta e clara. – Seu namorado, Soluço, Astrid, Jack e Emma para ver sua desgraça se ninguém aparecer – comentou normalmente dando calafrios em Rapunzel.

— Cala a boca Merida, antes que eu faça isso – retrucou sentindo seu corpo responder a tensão que sentia. Levantou-se do sofá e voltou a andar de um lado para o outro, apreensiva.

— Ah, por favor, Rapunzel – a ruiva pediu enquanto entrava na sala com um copo vermelho em mãos. Bebeu um gole e sentou no sofá. – É você, todos virão – afirmou voltando a beber outro gole.

— O que tem ai? – a menina perguntou se aproximando de Merida, que deu de ombros e olhou para o interior do copo.

— Vodka – respondeu normalmente enquanto bebia outro gole. A loira arregalou os olhos, temendo atitude da amiga.

— Você está bebendo vodka? – perguntou ainda abismada, esquecendo-se do fato de faltar dois minutos para sua festa. – Você?— perguntou novamente depois de Merida concordar com a cabeça. – Porque está bebendo?

— Preciso arranjar um namorado hoje – explicou enquanto voltava a tomar outro gole e encarava Rapunzel, com a boca meio torcida.

— Porque diabos você quer arrumar um namorado hoje? – a loira perguntou encarando a amiga. Não que fosse uma coisa improvável para Merida arranjar um namorado (na verdade, era), mas, assim do nada, era uma coisa estranhamente estranha.

— MacGuffin – a ruiva respondeu, com a voz amarga. Rapunzel abriu a boca, e ficou encarando a amiga, que bebia mais um gole da vodka. A loira fechou a boca e balançou a cabeça não acreditando que a amiga arranjaria um namorado somente por culpa de um desafio idiota e estúpido.

— Beber não vai fazer você arranjar um namorado – a loira comentou fitando a ruiva.

— Não, mas, vai me fazer ficar mais livre, mais solta. Posso da em cima dos caras e pedi-los em namoro, subornando eles, ou fazendo chantagem, sei lá – respondeu bebendo outro gole de vodka.

Rapunzel engoliu em seco, mordendo o lábio inferior. Sabia que Merida era frágil para bebida. A garota não podia beber muito, caso contrário acabaria perdendo sua virgindade com um cara qualquer do time de futebol, bêbado também, no sofá da sala, no meio de todo mundo. A pancada maior lhe atingiu quando deram nove horas no relógio, e ninguém havia chego ainda.

Num movimento rápido, Rapunzel pegou o copo das mãos de Merida, ignorando seus protestos e virou toda a vodka em sua boca. O liquido passou queimando sua garganta inteira, deixando um rastro quente e bom. Rapunzel mordeu o lábio inferior e devolveu o corpo a Merida.

— Era meu – a ruiva balbuciou fitando Rapunzel, que assentiu mais nervosa ainda. – Porque bebeu minha vodka?

— Você nunca ligou para isso, Merida – afirmou para a ruiva, que bufou e levantou do sofá, talvez irritada com a situação. A loira se colocou na frente da ruiva, impedindo sua passagem até a cozinha. – Não, você não irá beber até que a festa comece de verdade, ok?

— Tecnicamente, ela já começou – a menina deu um sorriso maroto e voltou para o sofá. – Já são mais de nove horas.

— Quer parar de me lembrar desse detalhe? – a loira pediu irritada voltando a andar de um lado para o outro. Seu coração batia a mil, e o desespero de ninguém vir só aumentava.

— Você pode, pelo amor de Deus, para de andar de um lado para o outro? – a ruiva perguntou enquanto fuzilava Rapunzel com os olhos. A loira parou de andar, se sentindo intimidada com a menina. A loira andou até a poltrona e se sentou ali, passando a mão nos joelhos, seu nervosismo aumentando cada vez mais.

— Você não precisa pedir um cara em namoro – Rapunzel falou, chamando a atenção de Merida, que ergueu o olhar da barra do seu vestido de pirata.

— Ai eu perco a aposta – a menina deu um sorriso de ironia. – Claro que sim!

— Merida, é mais fácil você dar dinheiro para alguém e pronto, ele simplesmente aceitaria ser seu namorado – a loira deu de ombros. Pensar em Merida namorando alguém lhe deu uma felicidade repentina, no entanto, a loira queria que esse alguém fosse especial e merecesse Merida.

— E quanto eu daria para o cara? Minha próxima mesada sai daqui a duas semanas – argumentou cuspindo as palavras. Rapunzel deixou um suspiro escapar enquanto enrolava uma mecha de cabelo em seu dedo.

— Eu poderia lhe emprestar – a loira soltou ainda enrolando a mecha de seu cabelo.

— Oh, você faria isso? – a ruiva perguntou dando um sorriso e se aproximando de Rapunzel.

— Aham – afirmou soltando um sorriso de canto – se não for uma quantia muito alta, é claro – soltou antes que a menina oferecesse mais do que o necessário para algum garoto.

Merida soltou um sorriso e ajeitou a barra de seu vestido. Rapunzel tinha que ser franca, havia adorado a fantasia de Merida. Havia adorado a vestido, o chapéu e as botas. E, toda a roupa, toda a produção da garota lhe dava um ar extremamente sensual. Rapunzel sorriu. Talvez Merida conseguisse realmente um namorado em sua festa. Um namorado real, sem ter que pagar para fingir.

— Rapunzel – a ruiva chamou a amiga, com sua cabeça baixa e voz frágil. Rapunzel mordeu o lábio inferior torcendo para que a bebida não fizesse tanto efeito na menina. – Como você... – sua voz falhou.

— Como eu...? – Rapunzel incentivou a ruiva a continuar a falar.

— Como você conseguiu... – Merida foi interrompida pelo som da campainha. Sua cabeça se levantou, encarando a loira, que não se continha. Poderiam ter vindo em grupos, Rapunzel tinha quase certeza disso.

A loira levantou-se na velocidade da luz, e parou na frente da porta. Alisou seu vestido, ajeitou as luvas e deu uma arrumada básica no cabelo. Estava uma She-Ra melhor no momento. Deu um suspiro feliz e abriu a porta rapidamente, dando de cara com seu namorado.

Rapunzel deu um sorriso assim que o viu, o pensamento de que ninguém viria a festa apagado pela presença de seu namorado. Flynn tinha óculos escuros Ray-Ban, e uma roupa bege de xerife. Um xerife moderno.

— Uau, você está linda! – o moreno exclamou quando seu rosto subiu para o rosto de Rapunzel. A menina deu um sorriso convencido.

— E, você está um gato – falou descendo o degrau eu tinha ali, ficando alguns centímetros mais baixa que Flynn. – Acho que terei que tomar cuidado, muito cuidado – sussurrou enquanto passava seus braços em volta do pescoço de Flynn.

— Já eu acho que você terá que colocar uma calça e um casaco – falou soltando um riso logo em seguida. Rapunzel sentiu suas mãos abraçarem sua cintura e se sentiu mais confortável. A loira rapidamente selou os lábios dos dois, puxando Flynn para um beijo apaixonado, calmo e preciso.

— Eu sei que eu estou atrapalhando, mas, a ruiva aqui não quer ficar sozinha – a loira ouviu a voz da amiga, e soltou Flynn virando para a mesma, que estava parada no batente da porta, uma das mãos na cintura.

— Está muito linda Merida – Rapunzel ouviu a voz grossa de Flynn e sorriu. – Não mais que a Punz, é claro, mas, está linda – o moreno falou dando de ombros, dando um sorriso de canto para a ruiva, que ajustou a postura e cruzou os braços.

— E você está o mesmo de sempre – retrucou entrando, deixando a porta aberta. Rapunzel revirou os olhos, não acreditando na ruiva.

— Acho que ela nunca vai gostar de mim – o menino deu de ombros enquanto Rapunzel virava para encará-lo.

— Vai sim – a menina comentou, não acreditando em sua própria palavra. – É tudo uma questão de tempo.

— Espero – o menino sussurrou, enquanto era puxado por Rapunzel. A menina empurrou o namorado para dentro de sua casa, e fechou a porta logo em seguida. Encarou Merida sentada no sofá, com um copo vermelho em mãos. A loira mordeu o lábio inferior, voltando seu olhar para Flynn, que olhava a casa ao redor. – Você ainda não colocou a música? – o menino perguntou enquanto ia em direção ao rádio desligado.

— Não irá dizer que minha festa esta sendo um fracasso e não irá vir ninguém? – perguntou indo atrás do garoto, que analisava alguns CDs. O moreno ergueu o olhar para a menina.

— Eu tenho certeza de que essa festa será o máximo – respondeu enquanto se levantava e passava seu dedo no rosto da menina. Rapunzel sorriu. – Esse povo que gosta de chegar atrasado, para dar um charme – Flynn revirou os olhos voltando a mexer nos CDs. – Achei que contrataria um DJ – comentou.

— Eu contratei – a menina resmungou enquanto sentava na cadeira mais próxima. – Mas o desgraçado desmarcou na última hora – a loira trincou os dentes sentindo a raiva invadir seu corpo. Havia ligado para vários outros DJs, mas, todos não poderiam ir à festa, pois não havia sido marcado antes. – Pelo menos eu não havia pagado ele – sussurrou, escutando uma risada fraca de Flynn. O menino pegou Night Visions e colocou para tocar. O som de Radioctive invadiu o local.

— Imagine Dragons? – Merida perguntou do sofá. Rapunzel percebeu o sorriso malicioso da ruiva, e foi em direção da mesma.

— Isso mesmo – falou retirando o copo das mãos da garota. – Eu disse sem bebida.

— Parece minha mãe falando assim – a ruiva comentou enquanto soltava uma gargalhada. Rapunzel torceu a boca e olhou para o interior do copo, percebendo que o mesmo estava na metade. A loira deixou um suspiro escapar e virou todo o copo garganta a baixo. Não que fazer aquilo fosse necessário, mas, aliviava a tensão que estava sentindo. – Quer parar de beber toda a bebida que eu pego? – a ruiva perguntou parando de rir imediatamente e ficando séria. Rapunzel deu um meio sorriso, sentindo sua garganta pegar fogo.

— Se você parar de pegar bebida – comentou deixando o copo em cima da mesa da sala. A loira olhou na direção da cozinha, vendo Flynn aparecer com um copo de bebida nas mãos. A menina bufou e sentou-se na poltrona.

— Ele, você deixa beber, né?! – Merida provocou enquanto se levantava e subia as escadas. Rapunzel acompanhou a amiga com o olhar, vendo-a sumir. Deixou um suspiro escapar de seus lábios.

— Hey! – Flynn chamou a loira, que virou seu olhar para o moreno, que estava sem o copo nas mãos. – Vai dar tudo certo, ok? – falou de uma forma segura e protetora. Rapunzel sorriu e assentiu.

— Espero que sim – sussurrou.

— Mas, antes que esse ‘tudo certo’ comece a dar certo – o moreno deixou um suspiro escapar de seus lábios – tenho uma péssima noticia para te dar.

— Certo, Flynn – a loira falou mordendo o lábio inferior. – Pelo amor de Deus, diga que não é nada relacionado à festa. A minha festa – acrescentou a ultima parte sentindo seus olhos marejarem. Droga, porque eu tenho que ser tão emocional? Flynn deu um sorriso de canto e encostou suas costas no sofá, ficando sério.

— Não é, não se preocupe – o rapaz sussurrou em meio a música. Droga, Rapunzel, porque você tem que ser tão egoísta? A loira se levantou de onde estava e sentou ao lado do namorado, apertando sua mão.

— O que foi? – perguntou. O moreno virou seus olhos para Rapunzel e deu um meio sorriso, feliz por ter a menina ali.

— Digamos que eu não sou mais o capitão do time – falou dando de ombros, como se isso fosse até normal. Rapunzel arregalou os olhos.

— Como não? – perguntou totalmente indignada. Se bem conhecia Hedge, ele nunca faria algo daquele gênero. Como ele poderia simplesmente tirar Flynn de seu lugar?

— Hedge acha que o Frost tem mais potencial que eu – deixou um suspiro escapar pelos lábios. – Fui rebaixado para running back – informou a namorada. Rapunzel balançou a cabeça, atordoada demais para conseguir entender tudo aquilo. Hedge havia colocado Jack Frost no lugar de Flynn Rider?

— Isso não está certo – a menina comentou enquanto levantava de onde estava e pegava o copo de Flynn que estava na mesa de centro. Virou o copo inteiro, dando vários goles enquanto sentia a bebida queimar totalmente sua garganta. Rapunzel deixou o copo em cima da mesa de centro, passando sua mão por sobre a boca. Sua garganta ainda ardia, mas não tanto quanto antes. Sua respiração estava normal, e seu corpo todo pedia por mais vodka. A menina sorriu se sentindo extremamente confortável.

— Isso realmente não está certo – Flynn comentou levantando-se e pegando seu copo. – Você bebeu tudo! – exclamou parecendo assustado. Rapunzel deu um meio sorriso ao seu namorado. – Rapunzel, isso não é bom. Você nem bebe!

— Quis experimentar – a menina inventou uma desculpa qualquer pegando sua espada de cima da mesa. A garota analisou a mesma e por um minuto pensou na possibilidade dela ser verdadeira e enfiá-la no estomago de Emma. Sorriu.

— O seu experimentar foi drástico demais – o moreno comentou ainda com o copo em suas mãos. – Não beba mais, ok? Você é frágil demais para a bebida.

A loira revirou os olhos pelo fato de ser chamada de frágil. Não era frágil, a menina tinha que admitir isso, não era nem um tiquinho frágil. Deixou seu corpo tombar para trás, fazendo com que o mesmo caísse na poltrona, e relaxou a espada em cima de seu colo. Seu corpo já não estava mais tenso. Rapunzel sorriu ao ver Flynn em pé, encarando a menina com as mãos no bolso.

Um choque lhe percorreu por todo o corpo, a sensação de querer perder a virgindade, mas ao mesmo tempo não. Desviou seu olhar de Flynn e observou o copo vermelho parado na mesa de centro. Seu corpo se contorcia, e a tensão aumentava em cada pedacinho do mesmo. Rapunzel se culpou por estar com um vestido tão curto, e culpou também a vendedora, que não havia deixado a menina ficar com o vestido enorme de Cinderela.

Rapunzel bufou e cruzou os braços em cima de seu busto. Bufou novamente, não achando a posição correta, e descruzando os braços, deixando os mesmos por sobre seu colo, repousando juntamente com a espada. Deixou que alguns poucos segundos passassem, até não curtir a posição que estava, pegar a espada e se levantar. Andando de um lado para o outro, balançando a espada em suas mãos, a garota se assustou quando Merida brotou em sua frente.

— Tem uma turma vindo ai – comentou soltando um sorriso malicioso. Rapunzel analisou a amiga, que parecia certamente diferente de antes. Sua maquiagem parecia ter sido retocada, e seu cabelo havia sido preso em um coque. O chapéu, antes mais para trás, estava mais frente. A loira observou que o decote de Merida estava mais a vista, e a saia parecia ter encurtado.

— Tome cuidado – a loira sussurrou para a amiga, que arqueou uma sobrancelha. – Não quero ter que te aturar depois, se lamentando do fato de ter perdido a virgindade – explicou saindo de perto de uma Merida assustada. A menina se posicionou na frente da porta, e alisou o vestido, puxando o mesmo um pouco mais para baixo e ajustando o decote para não ficar tão a mostra, ou aparecer coisas desnecessárias. Tacou seu cabelo para frente e deixou alguns fios caídos nas costas. Deu um sorriso confiante para a porta e esperou a campainha ser tocada.


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Notas finais do capítulo

Amigos e amigas, o Nyah que me matar, mas ok, eu estou viva ainda. Eu não faço ideia do porque diabos, mas, as notas inicias não estão indo completamente, então, eu não consegui colocar tudo lá. É, TRIZ! Obrigada pela recomendação, de verdade. Ela é tipo, perfeita de maravilha :) Muito diva. So, escolha um couple e me fale, sim? Até porque, em festas tudo pode acontecer, uhu uhu
Well, é isso. Perceberam que irá ter uma meia putaria, sim? Good, very good.
Enfim, Triz, não esqueça de mandar o ship, eu quero começar a escrever o próximo capítulo logo :) E, antes que eu me esqueça completamente - na verdade, acho que estou esquecendo mais coisas, mas ok - as fantasias deles: http://escritora-of-sonhos.tumblr.com/post/74098984898/fantasias
Ninguém acertou :( Também, seria uma dificuldade acertar as fantasias, já que eu não me baseie em nada.
Certo pessoinhas, escutaram a música? Gostaram dela? Choraram com ela? Ah, qual é, se você ver Vincent and The Doctor você irá chorar. Mas, ok. Eu amo essa música e queria que vocês amassem ela também :)
Eu agora irei me despedir de vocês, e irei voltar a comer brigadeiro e biscoito. Ah, eu comprei Midnight Memories e PJO, Mar de Monstros :) Estou happy :)
Well, irei terminar de ver a 6ª Temporada de DW - again, bye pessoinhas lindas :)
Ah, antes que eu me esqueça², vocês já leram minha mais nova fanfic? Chama Les Fuguers! Francês porque sim :) Leiam, leiam, e deem suas opiniões :)
http://fanfiction.com.br/reviews/historia/463422/
Ok, agora eu realmente irei embora.
Até!