[Harry Potter] A Batalha Final - Tudo Acaba Aqui escrita por Luís Henrique


Capítulo 7
O despencar para a morte


Notas iniciais do capítulo

Nove alunos contra nove comensais. Para sobreviver, a disputa será horrível. Sofrimento, dor, morte, tudo ocorrerá neste capítulo.



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– Rendam-se agora crianças, e tudo sairá bem. - Disse um dos comensais. Vestia um manto preto como os outros oito, era negro e bastante alto. Possuía uma cicatriz que atravessava seu olho esquerdo cego. Tinha um irmão gêmeo que estava ao seu lado, o que me fez pensar se George Weasley já havia descoberto que seu irmão Fred morrera.

– Que retardo, deixa de ser idiota! A gente não vai se render, nem agora nem nunca. - Afirmou Giovanna.

– Sua fedelha! Como ousa ofender Avery Wrigth! Eu sei quem você é... Seus pais sangues ruins trabalhavam no Ministério, não é? Mas trabalhavam. Agora não podem fazer mais nada embaixo da terra.

– Cala a boca desgraçado, cala a boca! - Gritou enfurecida - Um nojento como você é não tem o direito de falar sobre eles.

Havia ficado surpreso com esse fato sobre Giovanna, e pela expressão de surpresa dos outros, também não sabiam sobre isto. Aquele assunto parecia delicado, uma coisa desnecessária para se falar - jogar na cara.

– Tudo bem crianças, já chega. - Disse a comensal mais velha. Parecia um tanto debochada, mas não se mostrava irritada após o xingamento de Lisiel - Não é necessário brigas.

– Não é necessário brigas, sua vaca? – Falou Claudia - Então porque vocês e aquela cobra albina sem cabelo estão atacando o castelo, assassinando pessoas que estão pelo bem? Me responde! - Ordenou.

A mulher ficou em silêncio por alguns segundos, perplexa provavelmente por causa das ofensas. Mas eu havia adorado o que Claudia havia dito, e se aquela velha tentasse fazer algo... Dessa vez eu mataria sem pensar.

– Porque não temos escolha, simplesmente.

– Não tem escolhas? - Perguntou Anna.

– Não quando há apenas trevas em torno e dentro de nós. - Falou a velha.

– Você está enganada. - Afirmei - Todos têm o bem e o mal dentro de nós, mas o que nos define é o lado com qual escolhemos agir.

– Pena que nós realmente escolhemos o mal, não é Lissandre? – Comentou outra comensal com a mulher mais velha, muito magra e loira, como uma viciada em drogas – E agora crianças, liberem Rodolfo.

– Acha que vamos deixar esse cretino sujo, que matou vários alunos, torturou vários inocentes e matou a minha Ana ir embora? – Questionou Sebastian.

– Ou vão por bem – Começou Lissandre. Sabia que no final desta frase ocorreriam coisas ruins, então agarrei bem minha varinha – Ou vão por mal.

Todos pararam de falar por um instante. Não iríamos entregar Rodolfo, era óbvio que nos matariam do mesmo jeito. Avery e seu irmão deram um pequeno passado discreto para frente, preparando-se para atacar. Teríamos que agir rápido, e eu tinha um plano.

– Agora! – Gritei.

– Confundus! – Fez o irmão de Avery, porém Clara impeliu-o rapidamente.

– Expelliarmus! – Tentou Thainara em um comensal, porém o mesmo usou Impedimenta para impedir o feitiço.

– Anteoculatia! – O mesmo comensal usou com Thainara que não conseguiu defender-se. Seus cabelos pretos começaram a crescer exageradamente, a mais ou menos dois metros, e enrolaram-se em seu corpo, fazendo-a se desequilibrar e cair no chão.

– Corram até as vassouras, rápido! – Gritei para todos, enquanto corria e derrubava um comensal da morte.

Claudia reverteu o feitiço de Thainara, fazendo-a ficar normal novamente. Sebastian usou Incarcerous para prender Rodolfo em cordas, porém não conseguiu mata-lo e correu. O resto dos outros correu até as vassourar em duelo ainda, e conseguiram montar nas mesmas.

Giovanna, Sebastian e Anna começaram a voar juntos. Thainara, Lisiel e Mariana depois, e finalmente Clara, Claudia e eu.

Estávamos no céu agora, voando todos nas vassouras. Por enquanto não havia mais perigo, estávamos aliviados por termos conseguido sair ilesos de lá.

Eu estava olhando para todos os lados, paranoico. Foi assim que avistei um grande corpo esfumaçado em névoa preta perto de nós.

– Eles estão aqui! Preparem-se!

– Lumos Solem! – Alguém que não avistamos gritou, criando uma grande luminosidade no céu. Todos ao olhar para aquilo ficamos praticamente cegos.

– Ai meu Deus, eu não enxergo! – Gritou Lisiel, desesperada.

– Usem feitiços de proteção para todos os lugares, rápido! Assim bloquearemos ataques surpresa! – Alertou Anna.

E foi o que fizemos, usamos vários feitiços como Protego, Deflexio, entre outros, o que deu certo, pois nos protegeu dos ataques que vieram.

Em alguns minutos voltamos a enxergar, e partimos diretamente para o ataque. Não seriámos mais os burros agora.

– Slugus Eructo! – Mariana fizera com que os insetos mais próximos fossem lançados ao corpo de um comensal.

Havia oito comensais voando em penumbra em nossa volta, usando vários feitiços. Estávamos nas vassouras, então era um tanto difícil.

– Tonsum Talus! – Claudia conjurou diversas flechas com sua varinha e as jogou diretamente em uma comensal, que caíra do céu desnorteada.

Giovanna e Sebastian combatiam a comensal mais velha, enquanto Anna que comandava a vassoura usava feitiços de proteção.

Thainara e Liesel fizeram um movimento muito ágil e rápido para segurar e controlar a vassoura de Mariana, que caia de sua vassoura, e despencava para a morte.

– NÃO! - Gritou Clara, mudando o rumo da direção da vassoura, e seguindo o corpo de Mariana.

– Para, ela já tá morta! - Mas gritei em vão. Clara e Mariana eram amigas desde sempre, até antes de Hogwarts. Vizinhas desde os oito anos, do bairro Farrapos.

– Estupore! - Outro gritou, sem dar a chance de Lisiel se defender. Foi jogada agressivamente de sua vassoura, e Thainara conseguiu continuar segurando, ficando sozinha agora.

– Lisiel! Não, seu desgraçado! - Berrei. Não podia acreditar que aquilo acontecera, agora que nos reencontramos novamente... Minha namorada, uma das pessoas que mais amava na vida, iria morrer de uma forma covarde. Não podia deixar aquilo acontecer, de jeito nenhum. Só consegui ter um impulso, fiz uma coisa que nunca pensei que iria fazer. Joguei-me da vassoura, para tentar agarrar Lisiel. Caia em queda livre a uma altura de uns 90 metros até o chão. Estava desesperado, mas ainda tinha que chegar até Lisiel, que caia a poucos metros perto de mim, desmaiada.

– Lisiel! - Gritei, tentando fazê-la acordar.

Lembrei-me de como os paraquedistas faziam para se aproximar um do outro no ar - Tinha visto um programa de TV na casa de meu pai trouxa - Então juntei meus braços esticados a meu corpo e me inclinei na direção de Lisiei.

Consegui abraçá-la, porém ainda estávamos em queda livre. Virei minha cabeça para cima, e avistei todos ainda duelando contra os vários comensais em cima de suas vassouras. Não havia jeito de nos ajudar.

Iria morrer ali, eu não sabia usar penumbra, muito menos voar, e não tinha nenhuma vassoura. Tudo que pude fazer foi fechar meus olhos e esperar a morte certeira.

Passaram-se alguns minutos - alguns de mais na verdade. Não havia sentido a dor da queda, e de algum jeito sentia que não estava mais no ar. Estava pisando em um chão sólido.

Finalmente abri meus olhos, e eu estava em uma sala vazia. Havia apenas branco ali - paredes, teto, piso, tudo branco.

Virei-me para conseguir ver toda a sala, ver se tinha algo ou alguém ali. E havia.

– Olá Nico - Disse Ana. Estava sentada ao lado de Judah em uma poltrona tão branca que quase nem consegui enxergar - Como você está?


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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