[Harry Potter] A Batalha Final - Tudo Acaba Aqui escrita por Luís Henrique


Capítulo 6
Expecto Patronum


Notas iniciais do capítulo

Rodolfo ataca Thainara, Nico e Lisiel. Mas coisas piores que o próprio comensal podem chegar para participarem do duelo.



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É mesmo como sempre falam sobre estar na beira da morte: Você entra em desespero, sente um estranho frio no corpo todo e visualiza sua vida inteira passar em um piscar dos olhos.

Por sorte, eu fiquei apenas nessa parte de ficar entre a vida e a morte, pois algo mais inesperado que o ataque de Rodolfo aconteceu: Lisiel, a garota grifina mais linda do mundo e minha namorada apareceu do nada - e na melhor hora - e se empurrou contra eu e Thainara, fazendo-nos cair e desviar do punhal.

– É por isso que eu te amo - Falei, enquanto me apoiava pelos cotovelos para tentar levantar.

– Ah Nico, eu também...

– Cuidado meu! - Gritou Thainara.

Rodolfo apareceu do nada e acertou um chute em minha barriga, fazendo eu rolar pela grama. Ele agarrou Thainara pelos seus longos cabelos e começou a arrastá-la pela grama. Ela tentava se libertar dele, sacudindo-se e remexendo para tentar se libertar de Rodolfo.

– Fica quieta, criança idiota!

– Me solta cara! - Thainara gritou. Arranhava o comensal com força em suas mãos, porém o homem era resistente.

– Seu nojento! - Gritei enquanto me levantava.

Corri até ele e lancei-lhe um soco no rosto. O impacto foi grande, fazendo-o cair no chão. Começou a arrastar-se pela grama a procura de sua varinha - preparando seu ataque -, então apontei minha varinha para ele. Estava pronto para atacá-lo e até matá-lo, mas uma sensação estranha fez com que os pelos de minha pele se arrepiassem todos. Algo ali estava errado.

Um vento frio - quase congelante - passou sobre nós. Senti uma sensação terrível, de tristeza e depressão, e pela expressão dos outros, inclusive Rodolfo, todos nós sentíamos isso. Eu quase não sentia mais vontade de viver, e era como se toda a alegria tivesse sido sugada do mundo. Eu sabia o que causava aquilo. Dementadores.

Estavam vindo em nossa direção rapidamente, e no mínimo eram uns sete. Eram coisas malignas usando grandes mantos esfarrapados pretos, com um tipo de capuz que cobria toda a cabeça.

Rodolfo berrou um palavrão, e começou novamente a procurar sua varinha, rápido e desesperado.

Eu também estava desesperado, pois os dementadores estavam a mais ou menos dez metros de distância de nós. Em alguns momentos iríamos ter nossas lembranças sugadas, ou pior: Nossa alma sugada. Já havia lido sobre dementadores em aulas, e sabia do que eram capazes.

Apontei minha varinha na direção dos sete, e fiz o que sabia que devia fazer: Concentrei-me em minha lembrança mais feliz possível. Relembrei o momento em que recebi minha carta de Hogwarts aos 11 anos, e nunca havia ficado tão feliz na vida, e ao mesmo tempo assustado. Estava na casa de meus parentes trouxas no momento, então tive que explicar para eles sobre minhas habilidades nada normais. Acabou que eles me aceitaram como sou, e ainda ficaram fascinados com o que eu podia fazer.

Concentrei-me naquele momento, fechei meus olhos, inclinei minha varinha para as várias criaturas e fiz:

– EXPECTO PATRONUM! - Gritei o mais alto possível, mas de minha varinha saiu apenas uma fagulha de luz. Não entendi o que acontecera, pois já havia usado aquela lembrança antes para realizar o feitiço. Provavelmente os dementadores já haviam afetado meu estado emocional de mais.

Eu não sabia que fazer, parecia desolado. Thainara e Lisiel aparentavam ter medo enquanto olhavam para as criaturas. Dois metros, um metro. Estavam muito próximas. Minha mente estava embaralhada, não sabia o que fazer. Sentia-me cada vez mais triste.

Me senti feliz novamente quando todos os meus amigos - Sebastian, Claudia, Anna, Clara, Giovanna e Mariana - pousaram ali rapidamente das vassouras. Finalmente soube o que fazer novamente. Concentrei-me em todos eles, elevei minha varinha em direção aos dementadores e por coincidência gritamos todos ao mesmo tempo:

– EXPECTO PATRONUM! - Uma grande bola de luz emergiu da varinha de cada um, e de imediato transformou-se em um animal. O de Anna era um cervo, de Claudia uma raposa, Thainara um grande tigre, Lisiel um guaxinim, Sebastian um corvo assim como o de Ana, Clara um unicórnio, Mariana uma anta, Giovanna uma lontra e eu... Um lindo pássaro tordo.

Tive que admitir: A cena que se passou por ali era aterrorizantemente linda. Os patronos corriam e voavam pelo ar, criando um tipo de aura luminosa e poderosa contra os dementadores - como se estivessem lutando contra os monstros.

Os patronos logo se desfizeram quando todos os dementadores afastaram-se para longe. Estávamos bem com exceção de Rodolfo ainda estar ali.

– A gente conseguiu! - Exclamou Anna.

– Foi mal por te abandonar Nico, foi mal mesmo - Falou Clara.

– Está tudo bem - Menti. Não estava tudo bem, em meia hora que eu estava ali, já havia sofrido diversos ataques.

– E foi mal pelo atraso - Claudia falava agora - Aranhas gigantes nos atacaram. Se não fosse por Sebastian usar o feitiço certo...

Tentei localizar Sebastian para parabenizá-lo por ter salvo as garotas. O avistei ao lado de Rodolfo, com seu pé em cima do pescoço do Comensal.

– Desgraçado, eu vou te matar! - Sebastian apontou sua varinha na direção do comensal, pronto para o matar.

– Expelliarmus! - Alguém atrás de nós lançou o feitiço sobre Sebastian e o desarmou. Nos viramos para ver quem executara tal feitiço.

Nove comensais estavam parados em nossa frente, suas varinhas apontadas para nós todos, prontos para fazer o pior. A risada histérica de Rodolfo atrás de nós quebrara a tensão criada naquela situação.

– Até que enfim chegaram, companheiros! - O nojento ria de alegria - Matem logo estes malditos! Matem!

Parou de falar. Sebastian afundava mais seu sapato sobre a garganta do outro.

– Avada Kedavra! - Amaldiçoou uma comensal mais velha. Seu rosto era fino e triangular, seu cabelo era branco com vários fios cinzas e desgranhados. Seu rosto mostrava nojo e repulsa, parecendo uma velhinha malvada.

– Protego Nerus! - Defendeu-nos Lisiel. Completou seu ato com uma frase de efeito como sempre adorava fazer quando realizava algo grandioso: - Nos desculpe vovó, mas não vai ser assim tão fácil nos derrotar.



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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em uma semana.