Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 9
Capítulo 9: Prologando algo mais


Notas iniciais do capítulo

Talvez esse seja o capítulo mais esperado, melhor eu ficar quieta... Enfim, obrigado pelos comentários anteriores e me desculpem, não consegui responder a todos novamente. Nesse capítulo vamos ter apenas Klaine, como eu disse anteriormente, alguns erros são totalmente minha culpa, sério, espero que gostem e boa leitura.



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Blaine passou os braços ao redor do tronco e respirou fundo. Estava fazendo muito frio naquela noite. Deus, aquelas bermudas não ajudavam muito a sua situação. Ele andava o mais rápido possível pelo estacionamento em frente do bar, ele não fazia ideia onde estava, ele nunca esteve ali antes. O desesperado bateu de repente em Blaine e ele se arrependeu de ter fugido. Blaine consultou o seu celular e viu quantas chamadas de Cooper havia, eram mais de 20. Ele sentou no meio fio da rua e ficou ali para congelar de frio.

Algumas pessoas passavam pelo moreno e murmuravam entre si, coisas boas não eram. Blaine sobrou o ar frio quando ouviu o barulho da porta do bar abrir, provavelmente Kurt ou outra pessoal. Ele suspirou quando seu professor sentou ao lado no meio fio, esfregando as duas mãos juntas, numa tentativa de se esquentar.

— O que foi aquilo? — Kurt questionou, sem olhar para Blaine.

Não houve resposta como Kurt esperava.

— Blaine Devon Anderson, 19 anos, tem Asperger e um novo visual. — Kurt disse tranquilamente, agora olhando para Blaine. O moreno continuou com a cabeça abaixada, apreciando a vista dos seus tênis. — Mora num apartamento com o irmão, Cooper, um cara super protetor. Nesse apartamento ele canta e dança pela sala de estar feito criança no Natal. Gosta de sorvete de chocolate e creme, mesmo que não existam os dois juntos. Toca piano, mas este, lhe trás velhas lembranças. Ah, como não esquecer os biscoitos de chocolates e o leite quente!

Blaine revirou os olhos e sorriu. Um carro passou rapidamente na rua, calando qualquer coisa de Kurt iria dizer. O professor percebeu os pelos arrepiados dos braços do menor e tirou seu casaco, colocando sobre os ombros de Blaine.

— Esqueci-me de mencionar que você gosta de desenhar seus professores. — Kurt sorriu, fazendo Blaine corar furiosamente. — Vendo assim, parece que eu te conheço tanto... Mas parece tão pouco.

— V-você realmente não quer me conhecer...

— Oh, você tem um lado negro? — Kurt perguntou, arqueando a sobrancelha.

Blaine assentiu lentamente, enxugando uma lágrima que escapou dos seus olhos.

— Você é um ladrão?

— Não...

— Hmm, um ladrão de biscoitos e leites?

— N-não! — Blaine gargalhou alto.

— Não? Poxa vida, eu queria um comparsa! — Kurt disse decepcionado. Blaine finalmente olhou para ele e sorriu. — Eu realmente quero te conhecer, Sr. Anderson.

— Você é meu professor...

— E você, meu aluno... Que sorte nossa hein?

Blaine riu e desviou seu olhar dos olhos azuis. Kurt levantou do meio fio e estendeu a mão para Blaine, que aceitou e também levantou.

— Pretende ir para algum lugar? — Kurt perguntou.

— Não...

— E Cooper?

— E-ele pode viver sem mim...?

— Sim, ele pode!

Kurt sorriu e começou a andar em direção ao bar, ele avisou rapidamente a Sam e Quinn que estava indo embora com Blaine. Os dois loiros não comentaram nada sobre isso, o que foi estranho. Assim que Kurt voltou, ele e Blaine foram para um ponto de ônibus perto dali. Não demorou muito para eles pegarem um ônibus onde havia apenas eles, uma senhora, o cobrador e o motorista. Os dois estavam sentados no fundo do ônibus, lado a lado. Blaine estava ao lado da janela, olhando a movimentação de fora, ele desviou o seu olhar das ruas e olhou para Kurt, que estava quase dormindo. Um sorriso de esboçou nos lábios do moreno quando ele reparou a mão de Kurt sobre sua própria coxa.

Num rápido movimento, Blaine pegou a mão de Kurt com a sua e entrelaçou seus dedos. A cabeça de Blaine encostou-se ao ombro de Kurt e ele fechou os olhos. Kurt percebeu e abriu os olhos sonolentos, um sorriso apareceu nos seus lábios.

***

A porta do apartamento de Kurt foi aberta e os dois entraram no apartamento. Kurt tratou de fechar a porta enquanto Blaine tirava o casaco e observava o apartamento que estava um pouco diferente, talvez tivesse sido arrumado. Não havia tantos papéis como da última vez e dessa vez havia luz. Blaine sentou no sofá e observou Kurt caminhar até a cozinha e começar a abrir os armários altos.

— Você está com fome? — Kurt perguntou e Blaine assentiu. — Bom temos macarrão instantâneo, isso é maravilhoso, hein!

Blaine fez uma careta e deu de ombros, lembrando-se da macarronada de Cooper. Ele observou atentamente como Kurt pegou dois CupNoodles e colocou-os dentro do micro-ondas, rapidamente Kurt olhou para Blaine.

— Você quer tomar um banho ou trocar suas roupas? — Kurt perguntou e Blaine assentiu novamente. — Bem, você pode ir tomar um banho e eu pego algumas roupas para você, tem toalhas no armário do banheiro. Aliás, o banheiro é no final desse pequeno corredor.

— Ok...

Blaine levantou do sofá e caminhou pelo corredor, ele abriu a porta do pequeno banheiro e começou a se despir. Depois de se livrar das roupas novas, Blaine entrou no box e relaxou de baixo do chuveiro, o jato de água quente pareceu relaxar seus músculos tensos. Ele não sabia o que esperar naquela noite, então ele estava nervoso. Ele não demorou a tomar seu banho e saiu do box, enrolando-se com uma toalha branca que havia encontrado no armário.  Quando Blaine voltou para a cozinha procurando Kurt, ele o encontrou o professor enchendo uma taça de vinho.

— Kurt, eu terminei...

Kurt rapidamente se virou e tentou não olhar para o peito nu de Blaine. Ele engoliu em seco e balançou a cabeça, pegando uma muda de roupas de cima do balcão de mármore e entregando para Blaine.

— Bem... — Kurt limpou a garganta, desviando os olhos do abdômen de Blaine. — Vá se trocar no meu quarto, é logo ao lado do banheiro, enquanto eu tomo banho e então vamos comer.

— S-sim...

Kurt deu uma leve tapinha no ombro de Blaine e começou a se afastar do moreno.

— Kurt? — Blaine chamou.

— Sim, Blaine?

— Obrigado.

Kurt sorriu e piscou para Blaine antes de sumir pelo corredor. O moreno fez tudo que Kurt mandou, ele foi para o quarto do professor e vestiu as roupas, uma calça moletom e uma camisa branca, apesar de ficar um pouco frouxa, serviu. Ele saiu o quarto e voltou para a cozinha, não demorou muito para Kurt apareceu, ele vestia um short branco e uma regata preta.

Os dois sentaram no sofá enquanto comiam em silêncio, ouvindo o noticiário na televisão. Às vezes eles trocavam olhares e sorrisos. Kurt bebia sua taça de vinho enquanto Blaine bebia seu suco de laranja. Quando eles terminaram de comer, Blaine fez o favor de lavar os talheres e copos usados, Kurt agradeceu e continuou sentado no sofá.

— Devíamos ir dormir... — Kurt sugeriu, olhando para o relógio na parede.

— Amanhã é sábado. — Blaine disse baixinho, terminando de lavar um copo de vidro. Kurt olhou para ele e arqueou a sobrancelha, aliás, o professor tinha ideia sobre os dias da semana. — Quero dizer, podemos dormir mais tarde nesses dias e acordar mais tarde...

— Não eu. — Kurt o cortou, levantando do sofá. — Tenho que estragar algumas ideias para o New Yorker e preciso visitar alguns amigos amanhã.

— Oh...

— Mas, você pode ficar assistindo um filme e eu vou dormir. — Kurt sugeriu, sentando-se sobre o balcão e observando seu aluno.

— E-eu posso ir embora, caso esteja atrapalhando seu horário...

— Não, Blaine! Fique, não quero você essa hora indo pra casa. — Kurt disse tranquilamente, sorrindo para Blaine. — Cooper me agradeceria por isso, certo?

— Sim... Ele agradeceria.

Blaine riu internamente, ele sabia que seria totalmente ao contrário.

— Você pode dormir no meu quarto. — Kurt exclamou, descendo do balcão e caminhando para o seu quarto. Ele abriu a porta e sentiu seu rosto de esquentar, seu quarto estava uma bagunça, com roupas e papéis espalhados por todos os cantos. — Oh meu Deus...

— Toda a bagunça da sala de estar você jogou pra cá? — Blaine riu.

— Talvez. — Kurt deu de ombros. — Enfim, você dorme aqui e eu no sofá.

— N-não Kurt, quer dizer, é o seu quarto...

Kurt revirou os olhos e virou-se para dar de cara com Blaine. Os olhos do moreno se arregalaram com a proximidade, ele nem tinha percebido o quanto perto estava do outro. Os olhos azuis e castanhos se fitaram, Kurt engoliu em seco, temendo por sua falta de autocontrole. O professor lambeu os lábios, dando um passo para frente, onde Blaine estava de pé. Os braços de Kurt passaram em torno dos quadris do moreno como o ar que eles estavam respirando torna-se apenas um.

— Bem, isso é meio inapropriado para um professor e um aluno...

— Pode me beijar?

Kurt sorriu, apesar dos ecos rápidos que o seu batimento cardíaco estava fazendo. Ele mergulhou a cabeça e Blaine levantou o queixo. Eles se uniram, com o tempo, em sintonia, encaixando tão maravilhosamente juntos que o coração de Kurt transbordava.

Não havia nenhuma língua, mas para o momento presente, era o suficiente. Nenhuma guerra pelo domínio, sem aquele explorar de bocas. Apenas lábios puros, suavidade pura e puro amor, pelo menos para Kurt. De repente Blaine se afastou, um tom rosa cobrindo seu rosto.

— Você é... Inebriante.

— Você deve beijar-se, então. — Kurt ergueu as sobrancelhas e Blaine parecia ficar mais vermelho. O moreno abaixa a cabeça e Kurt suspira. — Não vai acontecer mais nada, Blaine...

— Pelo menos dessa vez tem luz!

— É, nem Cooper. — Kurt ri e puxou o moreno para a cama. — Nós não vamos fazer sexo, porque você ainda não está preparado, mas eu gostaria de dormir com você, aqui.

— Mhmm, eu adoraria isso. — Blaine sussurrou, deitando ao lado de Kurt, que estava puxando o edredom sobre seus corpos.

— Venha aqui e se aconchegue comigo.

Kurt puxou Blaine, com o peito contra as costas do menor. Ele não podia deixar de sorria e acariciar seu nariz contra a curva do pescoço do moreno. Aqui estavam eles, abraçados um contra o outro, as costas antes tensas agora relaxadas, com o coração apertado contra a sua coluna vertebral. Nem parecia que eles discutiam sobre quem dormiria no sofá ou na cama.

— Feito sob medida. — Kurt murmurou contra a pele de Blaine perfumada, roçando seus lábios. — E cheira tão bem...

— Kurt, eu cheiro a sabonete e suor. — Blaine bufou contra Kurt. Ele se contorceu, sua metade arrastando através de Kurt, fazendo-o apertar seu aperto em todo o corpo quente em seus braços. — V-você é...

— Shh, vire-se.

Blaine obedeceu, e tão logo seus olhos se encontraram, Kurt puxou-o por cima e seus lábios se fundiram, numa fusão doce. Dois sabores diferentes, mas tinha gosto do doce céu do mesmo jeito. Isso faz Kurt sorria internamente. Ele quase esqueceu como era esse sentimento, e então ele simplesmente retornou. Talvez, talvez ele podia escrever sobre o amor novamente.

***

Os olhos de Blaine se abriram, depois fecharam. Ele gemeu baixinho e se agitou. Ainda estava escuro lá fora. Ele olhou para seu relógio de cabeceira, mas ele não estava lá. Suas sobrancelhas franziram em confusão até que ele sentiu Kurt se agitar ao lado dele e lembrou onde estava. Seus lábios se suavizaram em um sorriso. Ele virou e seu coração acelerou ao ver o homem mais velho esparramado confortavelmente dormindo ao seu lado. Ele tinha uma mão sobre o peito e a outra perto de Blaine, quase sorrateiramente na sua coxa. Blaine um pouco sonolento, enfiou a mão sob o queixo, observando-o dormir, observando a ascensão e queda de seu peito, o olhar sereno em seu rosto, a forma como o cabelo estava desarrumado, mas continua com aquele penteado... Fabuloso.

Blaine fechou os olhos e suspirou. Sua cabeça estava dividida, lutando entre duas vozes em sua cabeça. Sua mente incomodava para ele se apressar e se vestir, sair do apartamento sem acordar Kurt e chegar em casa antes de Cooper acordar. Seu coração, no entanto, sussurrou para ele. Ele pediu a ele para continuar com aquela roupa emprestada, para beijar Kurt quando ele acordasse.

Kurt murmurou algo e se virou, a mão dele apertou a coxa de Blaine. Ele abriu os olhos lentamente e piscou quando ele encontrou seu observador com um sorriso.

— Oi — Ele disse calmamente.

Kurt olhou para ele, seus olhos piscando em cima dele, até que Blaine estendeu a mão e traçou os dedos para o lado do seu rosto. Kurt agarrou sua mão na dele e beijou sua palma, o moreno passou por cima para ele e Kurt cruzou os braços ao redor. Blaine relaxou sua cabeça em seu peito.

— Pensei que queria acordar tarde. — Kurt disse, afagando as costas de Blaine. Quando não houve resposta, aquilo fez Kurt temer um pouco. — Blaine, eu entendo que você esteja confuso, talvez seja tudo novo para você como um dia foi pra mim. Vou entender se você quiser pensar sobre isso, até mesmo conversar sobre Cooper, ou se você não gostou...

— Eu gostei. — Blaine exclamou, erguendo a cabeça e encarando Kurt. — Eu realmente gostei.

— Eu acredito em você. — Kurt sorriu, depositando um beijo entre as sobrancelhas triangulares. — Estou tentando dizer que se seguirmos isso pra frente, teremos uma grande confusão a enfrentar, entende? — Blaine assentiu lentamente. — Então, me responsabilizo sobre tudo, mas eu quero que você também faça parte disso.

— Eu faço.

— Realmente?

— Eu faço!


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Notas finais do capítulo

Então? Confesso que iria adiar mais esse beijo, mas achei o momento perfeito para eles dois. Agora vamos ver o desenvolvimento desse amor proibido. No próximo capítulo vamos ter mais um pouquinho de Klaine, também algumas reações, Anderbros e entre outras coisas. Comentários ou críticas, hein hein?