Stronger escrita por Ana Wayne, Vick Wayne e Mia Oliveira, Miranda Kaiba


Capítulo 15
12. The one who protected me when I needed




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Estava cansada. Mas mais do que isso: estava morta de cansaço. E se continuasse assim estaria morta de verdade.

Estava lutando a pouco mais que uma hora. E ela estava com pouquíssimo chakra, não conseguia atacar e por isso ela simplesmente desviava dos vários e diversos ataques desferidos pelos ninjas de Gingakure no Sato. Era ela sozinha e cansada, mas mesmo assim lutava contra seis ninjas muito bem treinados e até mesmo mais experientes do que ela.

Esquivou-se novamente de uma kunai.

– É só isso que sabe fazer, garotinha? Fugir? – Perguntou o mais alto dos ninjas. Sakura estava morta de raiva e o mataria se estivesse mais forte.

Optou por não responder. Estava cansada. Pegou uma pílula de soldado, sem que os ninjas da prata percebessem. Detestava aquilo. Colocou-a na boca e engoliu. Ela era sua única opção. Continuou se esquivando. “Finalmente”. Pensou logo que sentiu o efeito da pílula. Sorriu de canto. Eles não sabiam que estavam brincando com fogo, e iam se queimar...

 – Vocês não sabem com quem estão brincando... – Disse ela, finalmente.

Ela aproveitaria cada momento. Sabia que o poder da pílula durava no máximo duas horas. E ela tinha apenas duas horas para acabar com eles.

Um sorriso brotou no canto de seus lábios. Mas não era o mesmo sorriso de sempre. Não era o sorriso dela. Não era quente, nem amável, nem luminoso. Não tinha vivacidade ou felicidade.

Este sorriso era diferente. Era frio, detestável, sombrio. Mortal, infeliz. Era... Cruel.

---.---

Ele corria pelas matas densas. Nem mesmo o mais rápido dos ninjas conseguira alcançá-lo, mesmo que com o olhar. Era o máximo de sua velocidade youkai.

Não faça nenhuma loucura, Sakura...

---.---

Ela desviou de um Katon jutsu e atingiu a um ninja próximo com um soco. Um belo soco, diga-se de passagem. Os ataques eram fortes, mas eles fizeram dela uma imagem fraca, com isso tinham as defesas fracas. E agora estavam pagando por isso.

O shinobi voara longe, enquanto ela acertava outro com um chute ao mesmo tempo em que se defendia de uma kunai. Ela era forte. E ela ia acabar com eles. Nem que tivesse que morrer junto. Novamente um ataque surpresa.

Ela acertou outro shinobi, o mandando para longe. O jogo estava a seu favor: eram eles os que fugiam e esquivavam agora.

– Quem é que só sabe fugir, mesmo? – Perguntou, com a voz fria. Gélida.

– Você! – Disse um dos shinobis, a atacando com Doton jutsu.

“Baka” Pensou. Desviou do ataque e o encurralou utilizando uma técnica de Bushin. Atacou-o. E ele foi longe.

Percebeu que os shinobis estavam cansados. E conseguiu algo que queria. Ela estava encima das costas de um dos shinobis, este se encontrava de bruços no chão. Mesmo suas mãos sendo pequenas ela conseguiu prender os pulsos do homem – também, com a força que tinha... –. A outra mão estava um pouco ocupada demais, pressionando uma kunai contra o pescoço do homem.

– O que querem em Konoha? – Perguntou.

– Há um youkai nessas regiões, queremos ele!

– Claro! – Resmungou a garota. – E o que fazem em Konoha?

– Haruno! – Estreitou os olhos ao ouvir o próprio sobrenome. – Há alguns anos um ninja da família Haruno roubou algo importante de Gingakure.

– O que? – Perguntou novamente. Mas estava tão distraída com seu interrogatório que só reparou quando foi acertada com uma kunai.

– Nada que seja da sua conta.

A força e a surpresa a fizeram regredir. E o ninja, que antes estava a sua mercê, estava agora a atacando. E ela fugiu novamente. Voltara a desviar e atacar. Em seu braço tinha um corte profundo que ardia. Ardia e doía de forma alucinante. Desviou novamente.

Eles estavam cansados, mas ela estava enfraquecendo. Havia-se passado muito tempo. Seu poder estava desaparecendo. Sua força se enfraquecendo. Seu chakra sumindo. “Merda!” Estava fodida. Começou a recuar. Estava contra a parede, ou melhor, contra a árvore. A sua frente havia seis ninjas. Cansados. Mas ainda sim, com mais disposição e força do que ela.

– Ora, ora... Quem está encurralada agora? – Sorriu um dos ninjas. O que ela rendera. Ela não respondeu.

– Hey! Kiirie-san, nós devemos matá-la?

– Claro que não, Songa... Ela pode possuir informações valiosas. – Disse o tal Kiirie.

Outro ninja olhou para ela. Mas ela estava exausta. Sentia-se tonta. Levou a mão até o ferimento do braço tentando curá-lo, inutilmente. “Veneno!” Tsc. Desviou o olhar. Mesmo que a matassem ela não falaria nada. Se havia aprendido algo com seu treinamento com Tsunade era a resistência a dor.

– Ora, acho que essa garotinha pode dar mais do que informações – Disse de forma sugestiva, enquanto se aproximavam.

“Estou morta! Kakashi-sensei, Sasuke-kun, Naruto-kun!” Em sua mente veio a imagem do sonho. Ambos se afastavam dela. Eles iam embora. E agora, ela iria morrer. E jamais veria os dois novamente. Naruto que prometera protegê-la, não estava lá quando ela mais precisava. Sasuke, o homem que tanto amava, não estava ali quando ela precisava. Kakashi, seu mentor – aquele que deveria apoiá-la e ensiná-la – não estava ali quando ela precisava. “Eu estou sozinha!” Suspirou. O veneno parecia mais concentrado que o anterior, e agora parecia que este lhe sugava a vida.

Os ninjas se aproximavam dela. Olhavam-na com malicia. E o olhar deles lhe causava náuseas. Nojo. O poder da pílula já se fora. O veneno já fazia efeito. E ela estava exausta. Sua respiração começava a ficar mais fraca. A tontura já ameaçava derrubá-la. Foi quando aconteceu. Ela não podia se lembrar direito quem era. Para ela fora apenas um vulto de um homem(?) de ombros largos, cabelos longos e prateados e ele usava um kimono com uma hakama e haori enquanto empunhava uma espada.

Por algum tempo ela se deixou mergulhar na escuridão. E ao seu redor sentira algo estranho. Não sabia o que era e duvidava que fosse querer saber. E quando sentiu um caloroso par de braços a envolver foi puxada novamente para a realidade. Sua visão estava turva. E ela não enxergava nada. Mas foi capaz de ouvir aquela voz novamente.

Eles não podem mais machucá-la, Sakura-chan!

E ela caiu na imensidão dos sonhos novamente. Sentindo-se segura. Amada. Protegida. Porque naquele momento, ela sabia, estava nos braços da única pessoa que a protegera quando ela mais precisava. E que a protegeria dali por diante. Independente da vontade dela.


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