Dreams escrita por AustinandAlly


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Muuuuuuito obrigada pelos comentários pessoal, continuem comentando, vocês não tem noção do quanto significa pra mim cada palavrinha que vocês escrevem #)) continuem acompanhando, estou suuuper ansiosa pela resposta de vocês ao capitulo.

Não sei se ficou legal o encontro deles dois ;xx tentei fazer o meu melhor. beijão!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/383073/chapter/4

Austin

Eu estava completamente em êxtase ao ver aquela foto, os traços, a boca delineada e os olhos castanhos, ela estava ainda mais bonita do que nos meus sonhos, mas a melhor parte é concluir que agora ela se tornou realidade. Prestando mais atenção percebi que essa era uma foto de uma das notícias do site, ela estava abraçada com um garoto, o garoto o qual apartou a minha briga hoje mais cedo, na legenda dizia:

“O casal mais queridinho da Marino High Schcool, abre o olho Ally Dawson”

Abre o olho? O que isso queria dizer?  Fiquei intrigado com aquilo, mas o pior era saber que ela era do grupo dos “poderosos”, não dava pra acreditar que ela com esse rosto tão meigo e de expressões delicadas andava com pessoas tão arrogantes e mesquinhas como aquelas.

- Ally Dawson? Então esse é o nome dela. – disse pra mim mesmo ainda não conseguindo acreditar que ela existe de verdade.

 No calor do momento voltei a vasculhar mais um pouco o site, mas não consegui encontrar o dono, tudo que estava escrito era anônimo, isso me deu um pouco de medo, podia ser qualquer um! Essa pessoa com certeza sabe tudo da vida de todo mundo e isso não é nem um pouco animador pra mim, não quero ninguém xeretando minhas coisas. Voltei para a página onde estava a foto de Ally Dawson, desprezei por completo o garoto que estava com ela e olhei apenas para a intensidade de seus olhos, aquilo me deixava louco. Passei alguns minutos pensando no que aquilo significava, eu estava a mil e precisava me acalmar então me levantei da cadeira e resolvi jogar um pouco de basquete na quadra aqui de casa.

Comecei a jogar sozinho, eram apenas algumas batidas de bola no chão e tentativas de cesta. O meu antigo Eu gostava de jogar basquete com os amigos e fazer tantas outras coisas que agora não possuem a mesma importância, suspirei com as lembranças da minha antiga vida, dos amigos que não ligaram pra mim depois do acidente e da namorada que nunca apareceu quando soube que eu estava internado. Aquelas pessoas não gostavam de mim, elas eram interesseiras, pois um dia eu fui popular na minha antiga escola.

De pensamento em pensamento voltei a lembrar de Ally, aquele nome já soava familiar na minha cabeça. O que eu deveria fazer? Me aproximar dela? Ri de leve com esse pensamento, ela jamais iria querer fazer amizade com um esquisitão feito eu, acho que devo deixar as coisas irem acontecendo, tudo ao seu tempo. Joguei mais um pouco até ficar cansado, então subi para meu quarto, tomei um banho e dormi.

Acordei com o barulho do despertador, essa noite eu não havia sonhado com a garota, tinha sido uma noite sem sonhos. Criei coragem e me levantei, quem sabe eu a veria hoje.

Ally

- Eu não acredito que você tá fazendo isso comigo! O que você pensa que eu sou? Burra? Achou que eu não iria descobrir? – eu gritei com Dallas logo que o carro dele parou na porta de minha casa, ele passava todas as manhãs para irmos juntos ao colégio.

- Que é isso gata? Eu não fiz nada, chega dessa palhaçada e entra logo nesse carro! – ele falou sem paciência e eu não podia acreditar que estava ouvindo aquilo, por algum acaso ele achava que iria me enganar e ficar por isso mesmo? Idiota!

- Eu não vou entrar nessa droga de carro, pra mim chega! ACABOU! – gritei em alto e bom som no meio da rua, ele não disse nenhuma palavra apenas deu partida no carro e acelerou rapidamente cantando pneu. Comecei a chorar, que droga de vida! Logo minha mãe saiu de dentro de casa e correu para me abraçar.

- Venha meu amor, vai ficar tudo bem. Ele não te merece. – ela dizia tentando me confortar.

- Mãe, ele me traiu com a Cassidy! – eu a olhei e ela ficou surpresa com minha revelação.

- Não acredito Ally, a sua amiga Cassidy? – ela perguntou incrédula, eu apenas assenti com a cabeça, pois dessa vez a voz faltou e eu tornei a chorar. Ela me abraçou e me levou para dentro de casa.

Minha mãe sempre foi maravilhosa pra mim, eu não podia ter alguém melhor ao meu lado. Ela preparou um leite morno para que eu me acalmasse, mamãe sempre fazia isso quando me via nervosa. Eu peguei a caneca das mãos dela e bebi o leite devagar. Cassidy sempre foi minha melhor amiga desde que nós eramos crianças, eu não esperava que ela fosse roubar o meu namorado! Isso me faz sentir uma dor enorme, como uma adaga enfiada nas costas.

- Tudo vai passar! – mamãe sorriu pra mim, eu sorri de volta.

- Preciso ir ao colégio mãe. – eu declarei.

- Você quer mesmo ir? Seu pai e eu não vamos nos importar se você quiser ficar hoje.

- Eu prefiro ir, não posso ficar me escondendo, só vou dar mais motivos pra eles falarem. – eu sorri tristemente enquanto limpava minhas lágrimas que estavam pretas, pois haviam se misturado com o rímel.

- Você é tão forte minha filha, não me lembro de ser assim na sua idade – ela beijou o topo de minha cabeça, pude ver que ela sentia orgulho de mim pelo seu tom de voz.

- Imagina mãe, tudo que eu sei eu aprendi com você. – ela sorriu enquanto limpava os borrões pretos que manchavam minhas bochechas. Nós conversamos mais um pouco até que foi ficando tarde e eu resolvi ir para a escola. Refiz minha maquiagem e ergui a cabeça ao entrar no carro. Esse com certeza será um longo dia, pelo menos eu terei Kira para me ajudar.

Me despedi de minha mãe e desci do carro, quando me vi sozinha senti uma dor imensa, como pude me deixar enganar por eles dois? Eles estavam tendo um caso bem debaixo do meu nariz! Segurei o choro ao cruzar a porta do colégio e então resolvi mandar uma mensagem para Kira no celular, mas ela não me respondeu. Continuei caminhando, minha primeira aula era matemática e eu precisava pegar meus livros no armário então segui para o corredor onde ele ficava, sem esperar avistei Cassidy e pior ela estava acompanhada por DALLAS!! Como assim?? Aquilo não podia estar acontecendo, porque eles tinham de ser tão caras de pau? Antes que eles me vissem dei meia volta e segui para a aula de matemática sem pegar os livros, eu não ia passar por uma humilhação como aquela, era melhor levar uma bronca do Sr. Daves do que passar por eles.

Entrei atrasada na sala, Kira também estava pegando aquela matéria, mas ela nem se quer olhou pra mim quando eu entrei. Estranhei aquele descaso, mas vai ver ela estava distraída e não me viu, então dei de ombros. Não havia nenhum lugar perto do pessoal com quem eu ando, eu não tinha outra escolha senão sentar do outro lado e foi o que eu fiz.

Sentei perto de um garoto esquisito, ele usava um capuz preto, reparei que ele prestava atenção em mim, discretamente mas prestava. Sem livro eu fiquei totalmente perdida na aula e não conseguia prestar atenção em nada, estava tudo confuso e embaralhado e pra meu azar o Sr. Daves me fez uma pergunta.

- Allycia, responda qual o resultado desse problema. – ele me olhava sério com aquele bigodinho bizarro, eu não conseguia pensar em nenhuma resposta.

- 0,78. – alguém falou baixinho, logo percebi que a voz vinha do garoto encapuzado. Não perdi tempo e repeti instantaneamente.

- 0,78 Sr. Daves. – ele me olhou desconfiado, ele tinha noção de que eu não estava acompanhando a aula, mas não me perguntou mais nada e prosseguiu com o assunto. Senti meu corpo relaxar, ufa!

- Obrigada. – eu disse baixinho para o garoto, talvez ele não fosse tão esquisito assim. Ele olhou pra mim e eu pude pela primeira vez desde o começo da aula ver seu rosto com mais clareza, ele era realmente lindo, lindo não! De tirar o fôlego. Porque se escondia num capuz como aquele? Não fazia sentido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!