Dreams escrita por AustinandAlly


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oiiii! Gostaria de agradecer por todos os comentários e enfim consegui responde-los ;P está ai mais um capitulo e espero que vocês gostem e comentem. Preciso de vocês para dar continuidade à historia. beijão flores :*



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Austin

Hoje não é um dia qualquer, na verdade não chega nem perto disso. Estou nervoso, afinal mesmo que meu plano de ajudar Ally seja muito bom, modéstia a parte, eu ainda não sei como ela vai reagir. Como se não bastasse ela ainda me fez prometer que contaria algumas coisas sobre minha vida para ela, não sei como pude ser tão burro a ponto de achar que poderia conversar em voz alta naquele dia no hospital.

Já era noite e eu me arrumava para buscar Ally, foi quando minha tia entrou no quarto.

- Querido? – sua voz me chamou e eu a olhei.

- Como você está lindo. – ela me examinou.

- Espero que dê tudo certo lá, quero que saiba que te admiro muito pelo que você está fazendo a essa garota. – ela ajeitou meus cabelos e eu sorri.

- Achei que você fosse aparecer lá mais tarde. – disse um pouco desapontado, ela fazia parte disso afinal de contas ela me deu o capital necessário.

- Tenho que terminar alguns processos, é muita coisa e não posso me dar o luxo de relaxar. – ela soltou um suspiro triste e eu me orgulhei, ela é esforçada

Tia Charlie me deu um beijo na testa e logo depois eu me dirigi até a casa da minha garota, estava quase na hora e ela com certeza já devia estar me esperando. Dirigi pensando se essa noite mudaria a minha vida, se ela entenderia ou acreditaria nas coisas que eu contasse. Os sonhos apesar de não tão frequentes continuavam sempre ali me atormentando quando tinham a chance.

Com Ally doente eu não consigo me suportar, sinto como se estivesse sendo egoísta. Eu continuo aqui perto dela mesmo achando que talvez a culpa seja minha, deveria me afastar, mas eu sei o quanto ela sofreria e esse não é o momento certo pra isso. Eu precisava voltar à casa de madame Sabine, precisava contar para aquela senhora tudo que está acontecendo, preciso acender uma luz.

Ally

Eu não sabia aonde Austin queria me levar, eu só queria me levasse. A minha perna doía, mas mais do que ela doía o meu coração. Pela primeira vez eu havia chorado, eu estava doente e talvez eu não aguentasse os messes seguintes, talvez a quimioterapia não me salvasse e mesmo o médico me dizendo que minhas chances são grandes eu só irei acreditar quando eu me ver livre desse destino.

Não sabia o que aconteceria quando meus cabelos começassem a cair, quando eu tivesse que enfrentar Kira, Cassidy e todos os outros. A minha única certeza era Austin e ainda assim estava tudo perdido, afinal logo eu teria de me mudar para Orlando.

- No que está pensando amiga? Não quero te ver assim. – Trish me disse.

- Na minha vida Trish, em como tudo virou de cabeça pra baixo. – respondi chorosa.

- Não quero que sofra Ally, você precisa erguer a cabeça e aguentar firme. Sabe que estarei  aqui com você, não sabe? – sempre gentil, ela sabia as palavras certas.

Não a respondi, apenas me aconcheguei em seu abraço. Trish estava sendo uma ótima amiga, ela e Dez eram os únicos que sabiam do meu estado de saúde, nem mesmo para Lindsay eu havia contado.

- Filha, Austin chegou. – minha mãe disse ao abri a porta.

- Tudo bem, Trish vai me ajudar a descer. – respondi e ela sorriu fraco para mim, minha mãe estava sofrendo por mim.

Desci me apoiando na minha amiga, antes de chegar ao final das escadas meu loiro prontamente correu para me buscar. Ele levou-me em seus braços e nós nos despedimos de meus pais que estavam na sala e de Trish que agora estava indo para sua casa. Ele me colocou devagar dentro da sua BMW preta e logo depois inclinou-se para depositar um beijo demorado em meus lábios.

- Como está a perna? – ele me perguntou quando entrou do lado do motorista.

- Está melhor, desinchou um pouco mais. – o fitei, seus olhos tinha um brilho, mas por trás eu podia notar um sentimento distinto. Algo que eu não podia distinguir.

- Não quero mais falar sobre isso, quero apenas que me leve aonde quiser. – disse sem medo, eu confiava plenamente naquele garoto, eu estava descobrindo sentimentos por ele.

Austin assentiu com um sorriso e nós seguimos viagem, eu conhecia aquele caminho. Tinha algo de muito familiar em tudo onde estávamos passando e foi ai que me dei conta.

- Estamos indo mesmo pra lá? – ele me olhou com um sorriso torto.

Ele não precisou me responder, estávamos na frente do antigo teatro, mas dessa vez eu via tudo diferente. Haviam carros por todos os lados, luzes iluminavam sua entrada e aparentemente estava tudo funcionando como se aquele lugar tivesse ganhado vida própria.

- Austin, o que está acontecendo? Eu não entendo. – disse ainda maravilhada com as luzes e com as pessoas que entravam para ver algum espetáculo que ali teria.

- Você logo vai saber.

Eu abri minha porta e ele correu para me conduzir, eu conseguia andar mesmo com dificuldade. Ele tomou minha mão e eu descansei meu corpo no seu para não cansar minha perna, eu não tinha forças para longas caminhadas. Austin me levou por uma outra porta, não era a principal. Logo que adentramos me vi em um camarim, estava rodeado de lírios de todas as cores que exalavam um perfume delicioso e delicado.

Olhei para o loiro a minha frente e ele sorria como nunca o havia visto sorrir antes, eu não sabia o que ele pretendia com tudo isso. Ele me ajudou e eu e sentei em uma cadeira acolchoada com o mais lindo veludo vermelho.

- Viemos assistir um espetáculo? – estava completamente confusa, ele deu uma risada gostosa.

- Eu vou, já você não. – ele disse não contendo aquele sorriso torto que eu amava.

- Como assim? Austin! Pare com tanto mistério e me explique! – disse em meio a risos, eu não estava entendendo nada.

Sua boca se mantinha séria, seu sorriso estava dentro de seus olhos. Ele roubou um lírio azulado de um vaso de cristal e veio em minha direção, eu acompanhava seus movimentos maravilhada, Austin era a criatura mais linda que eu já havia visto. Ele ajoelhou-se próximo a mim, ele era alto então nossos rostos ficaram próximos. Ele depositou a linda flor em minhas mãos e eu a apreciei, então ele me tomou com um beijo apaixonado, delicado, mas cheio de desejo.

- Isso tudo aqui é seu. – ele me disse ao fim de nosso beijo.

- Eu o reconstruí pra você e hoje quero que me dê a honra de estrear com uma apresentação de piano. – ele disse por fim me fazendo liberar as lágrimas, ele havia me dado o teatro?

- Eu não... não. – tentei dizer, mas não haviam palavras e muito menos espaço maior em meu coração para guardar tudo o que eu estava sentindo, pois ele já ocupava tudo ao seu redor.

- Não quero que diga nada, só quero que mostre a todos a excelente pianista que você é. Eu tomei a liberdade de trazer as crianças as quais você costuma ensinar na instituição carente, mas o resto pagou o ingresso e o dinheiro vai ajudar para que vocês comprem a casa de volta. – ele me explicou com seu sorriso mais lindo.

Realmente não havia nada para ser dito, o que eu poderia fazer era ama-lo do jeito que ele merecia. Eu me levantei ainda com sua ajuda e o abracei por completo, não queria sair dali, eu tinha sorte por tê-lo. Passei minhas mãos por seus cabelos e nossos olhos se encontraram com intensidade, eu o beijei devagar sentindo seus lábios, ele me segurou diminuindo o peso sobre minha perna ferida. Sua língua pediu passagem de forma selvagem me deixando louca, ele sabia como beijar uma garota.

- Está na hora. – ouvi uma voz e uma porta se abrindo.

- Ops, desculpe! Eu não.. – era Trish completamente sem graça por nos ver dando uns amassos.

Nós rimos e eu olhei o loiro mais uma vez, ele me lançou uma piscadela.

- Boa sorte. – ele me disse, eu ainda não tinha palavras, então apenas sorri enquanto Trish me levava ao palco com a ajuda de Dez.

Olhei para a multidão e não esperava ver todo o colégio ali, além de outras pessoas que eu não reconhecia. O teatro estava todo decorado com lírios de todas as cores, as cortinas que eu tanto amava haviam ganhado cor, o veludo vermelho estava vivo. Eu me sentei em minha banqueta e dedilhei a canção mais linda que eu pude imaginar no piano o qual eu usei tantas outras vezes na companhia do meu loiro, eu deixei o sentimento fluir enquanto fechava meus olhos.  Eu podia imaginar o olhar de Austin na multidão enquanto eu tocava e então os abri mais uma vez para procura-lo e lá estava ele do jeito que eu imaginei.

Austin

Estava tudo perfeito, nada poderia ter sido diferente. Ally estava feliz e o sorriso que ela estampou quando soube do presente que eu a havia dado só me fez sentir uma felicidade interior maior por pelo menos tê-la ajudado de alguma forma. Eu estava ouvindo sua melodia, Ally estava estupenda. Estavam todos lá, principalmente Dallas e Elliot e apesar de o dinheiro que eles deram na bilheteria fosse ajuda-la a presença deles me dava raiva, eu não os queria aqui.

Podia sentir o olhar do moreno caindo sobre mim, ele partilhava da mesma raiva que eu, mas por um minuto de tempo senti que não haviam diferenças entre nós. Ele havia feito Ally sofrer e no entanto se eu me achava diferente eu não era, até porque talvez a culpa fosse minha de tudo o que está acontecendo.  Kira ainda não havia me deixado em paz, tenho que admitir que suas investidas não eram das mais descaradas, mas isso me deixava irritado, tinha algo de errado nisso.

Ally terminou sua apresentação da forma mais graciosa possível, ela era perfeita em todos os sentidos e isso me deixava desconcertado. Eu iria atrás dela, mas não fui tão rápido. Dallas já havia tomado a frente e Kira insistentemente estava no meu pé.

- Qual é a sua? – respondi rude, não era do meu feitio, mas estava me dando nos nervos.

- Eu apenas vim perguntar se você tinha gostado do espetáculo, não precisa falar assim. – ela disse num tom ofendido, eu me senti mal.

- Tudo bem Kira, mas deixei-me ir. – disse virando as costas e quando olhei lá estava Dallas importunando a minha Ally.

Ele havia lhe dado um beijo no canto de seus lábios fazendo a garota fazer uma cara de repulsa. Ele estava se aproveitando por ela não poder andar direito e eu não ia deixar isso acontecer, não mesmo. Eu me preparei para defende-la, mas fui impedido por uma mão delicada, mas que me puxou com rapidez e força as quais eu não estava esperando, eu estava atordoado, mas Kira me roubou um beijo.


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros, realmente não tive tempo de corrigir! beijão e espero que comentem e se eu merecer recomendem.