Dreams escrita por AustinandAlly


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Gente queria dizer de coração que eu amei todos os comentários de vocês e eu espero que entendam minha situação, estou MUITO atarefada... estou sem tempo pra nada. Escrevi mais um capitulo no meu horário livre pra não deixar vocês na mão.... bom ME DESCULPEM por não poder responder vocês :/// eu amo responder os comentário, mas tá difícil.. prometo responder assim que tiver a oportunidade.

Espero que curtam o capitulo, está um pouco triste, mas tudo vai melhorar. Beijao e espero comentários e se eu merecer recomendações, não me abandonem!



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Austin

Eu não sabia o que pensar, tudo estava desmoronando e eu podia sentir que a culpa era minha. Eu havia causado a dor e o sofrimento dessa família e da minha garota, e agora eu começo a achar que no fundo ela nunca foi minha, ela não era pra ser minha. Eu forcei a barra pra que ela fosse. Podia sentir a lagrima solitária rolando minha face e desaparecendo no meu queixo.

- Onde ela está? – perguntei firme, talvez essa fosse a última vez.

- Ela está desacordada, a perna estava doendo muito e deram um anestésico que a deixou sonolenta. – o pai de Ally me respondeu, ele estava arrasado, mas se recompôs e se tornou o único em condições de falar alguma coisa.

- Posso vê-la? – pedi sentindo a culpa, eles não sabiam do que eu sabia.

- Claro, o médico já liberou as visitas. – ele disse sem sorrir, não era momento pra isso.

Eu segui o pai de Ally até o quarto onde ela estava, ele abriu a porta e disse que nos deixaria a sós. Eu entrei devagar ainda com medo de encarar a realidade, as cortinas estavam fechadas e estava um pouco escuro, mas logo eu a vi deitada em uma cama hospitalar com os olhos mais incríveis do mundo fechados.

- Meu amor. – disse me aproximando e sentando-me do lado de sua cama.

Tudo estava silencioso, ela dormia profundamente. Seu rosto inocente e relaxado, suas expressões serenas destoavam da perna tão machucada, cheia de pontos e curativos. Ela ainda não sabe a doença que tem, leucemia é um tipo de doença maligna. Mil coisas faziam minha cabeça rodar, Ally teria de enfrentar quimioterapia.

- É tudo culpa minha, se eu tivesse dado ouvido aos sonhos...burro! espero que possa me perdoar. – eu disse quase num sussurro, ela estava dormindo e jamais saberia a verdade.

- A...Austin? – ouvi sua voz fraquejar pelo silêncio do quarto.

Ela teria ouvido? Senti meu corpo gelar.

- Durma, tudo vai ficar bem. – eu disse encostando meus lábios levemente nos seus.

Ela não respondeu, devia estar sonolenta e provavelmente não se lembrará quando acordar que eu estive aqui. Me levantei e sai ainda sentindo dificuldade em deixa-la, eu precisava fazer algo de bom a ela e eu sabia bem o que. Eu preciso terminar o que comecei o quanto antes.

...

Disse aos pais de Ally que poderiam contar comigo para qualquer coisa e que assim que ela recebesse alta eu apareceria para busca-la junto com eles. Após visita-la Dez e Trish me seguiram para concluirmos meu plano, precisávamos terminar o quanto antes. Ally e sua família estão numa situação muito complicada e ainda mais agora com a descoberta da doença da garota, eles precisam de dinheiro para dar entrada no tratamento e pagar as contas, não posso deixá-los ir embora para Orlando com Ally doente.

Estava muito cansado carregando peso e indicando aos decoradores onde deveriam deixar cada objeto decorativo, Trish escolhia as cores e dava ideias enquanto Dez ajudava na divulgação. Estava quase tudo pronto e quando eu a pegasse daria a boa noticia.

Ally

Eu acordei ouvindo um barulho engraçado de alguma máquina, a cama era dura e eu podia sentir minha perna imobilizada. Abri meus olhos devagar ainda tentando entender o que estava acontecendo e logo flashs da noite anterior me assombraram. Trinquei os dentes e apertei os olhos aos lembrar da dor que senti quando o estilhaço de vidro penetrou minha pele, lembro-me de estar apresentando Austin para meus pais e de repente uma súbita fraqueza se apoderar de mim. Abri os olhos por completo e notei qual era o barulho engraçado, eu estava num hospital e meus batimentos cardíacos estavam sendo monitorados. Senti que agulhas me perfuravam repassando o soro que gotejava insistentemente.

- Filha? – uma voz doce me chamou.

- Como você está meu amor? – minha mãe se aproximou e me perguntou.

- Acho que é você quem precisa me dizer. – soltei um risinho triste.

- O que aconteceu? – perguntei.

Minha mãe não conseguia falar, ela me abraçou apertado o que fez meu corpo inteiro estremecer afinal isso era um sinal de que as coisas com certeza não estavam bem.

- Mae... me conte de uma vez. – pedi olhando em seus olhos, eu sabia que havia algo errado.

- Você está doente meu amor, mas vamos cuidar de você. – ela me disse e eu gelei, doente? Que doença? O que eu tenho?

- Isso minha filha, vai dar tudo certo. – meu pai se pronunciou chegando mais perto.

- Logo o médico vai te dar alta, você vai pra casa e depois a gente cuida de tudo. – meu pai continuou me deixando mais atordoada ainda, eles não queriam me contar.

Eu ia perguntar, eu ia exigir que me dissessem que diabos está acontecendo, mas o meu loiro abriu a porta do quarto com aquele sorriso, mas não estava iluminado. Ele estava cansado, triste, abatido.

- Austin! – quase gritei quando o vi, seu sorriso aumentou um pouco.

- Princesa. – ele disse se aproximando, ele não me esconderia a verdade.

- O que está acontecendo? O que eu tenho? – perguntei direta, senti seus olhos fraquejarem como se o brilho estivesse indo embora.

Meus pais e Austin se entreolharam e eu me contorci de raiva, mas parei ao sentir minha perna incomodar, ela estava imobilizada com alguns curativos.

- Nós vamos conversar sobre isso. – foi tudo o que ele conseguiu dizer, mas eu não aguentaria mais isso.

- Me conte agora! Estou cansada de você me esconder as coisas. – eu não queria ser grosseira, mas era a mais pura verdade. Se ele não quisesse me contar da vida dele tudo bem, mas se tivesse haver comigo eu precisava saber.

- Leucemia. – ele disse baixo, mas seus olhos não saiam dos meus.

Senti o arrepio começar da ponta dos pés e ir subindo até minha cabeça, leucemia? Eu tinha câncer? Eu não consegui chorar, não haviam lágrimas pra isso. Eu não conseguia acreditar que estava vivendo aquilo, eu iria morrer?  Austin me abraçou e meus pais se abraçaram me fazendo enxergar a realidade, eu estou doente.

- Com licença. – o médico atrapalhou nosso momento.

- Senhorita Dawson? – ele me chamou e eu ergui a cabeça, precisava ser forte. Austin se afastou.

- Bom, você está bem e em condições de voltar a sua rotina normal. Só peço que evite aborrecimentos e situações que possam causar fadiga. É importante que você não se canse. – ele dizia e eu não ouvia metade.

- E o tratamento? Eu vou precisar fazer tratamento não é? – perguntei direta e todos olharam pra mim.

- Sim, pelo que vejo seus pais já conversaram com você. Olha Senhorita Dawson não há com o que se preocupar, você fará o tratamento de quimioterapia aqui no hospital, mas não vai precisar se internar ou coisa parecida, apenas precisa vir algumas vezes ao hospital para iniciar o tratamento. – ele me respondeu profissional enquanto meu coração batia fracamente, eu faria quimioterapia.

- Eu tenho chances? – disse sentindo o medo aflorar em meu peito.

- Não diga isso! – O loiro se pronunciou, seus olhos estavam sem brilho. Minha mãe chorou silenciosa.

- Claro que sim, a medicina avança a cada ano Senhorita Dawson e seu caso não é dos mais graves. Não tem com o que se preocupar, apenas se concentre em ficar boa e seguir as orientações medicas. Você precisa acreditar na sua cura. – ele me respondeu com um sorriso suave nos lábios. Eu precisaria criar esperanças.

...

O médico tinha acabado de me dar alto e eu iria pra casa, Austin tentou esconder, mas eu o vi pagando a conta do hospital e meu pai insistindo em paga-lo assim que tivesse o dinheiro enquanto meu namorado afirmava que não era necessário. Austin me pegou nos braços e meu pai abriu a porta do carro, eu fui colocada delicadamente dentro do veiculo e logo todos estávamos indo em direção à minha casa.

- Você vai ficar bem meu amor. – Austin me disse enquanto estávamos deitados em minha cama, meus pais estavam na sala vendo TV e ele resolveu ficar comigo até mais tarde.

- Se você quiser acabar tudo bem, eu vou entender. – disse, eu sabia o que eu tinha e não era justo faze-lo ficar comigo.

O loiro me envolveu em seus braços e beijou devagar meu pescoço até seguir para minha boca, um beijo leve e apaixonado. Eu fechei meus olhos, eu o queria tanto e não conseguia pensar em pior castigo do que esse, ser doente.

- Nunca vou te deixar, prometo. – ele sussurrou em meu ouvido e logo depois mordiscou minha orelha me fazendo arrepiar.

Eu passei minha mão por seu peitoral, para um garoto ele era bem definido. Estamos no último ano do colégio, ele já tinha seus dezoito e eu dezessete, ele não era tão garoto assim. Nos beijamos mais uma vez, ele fez com que sua língua me enlouquecesse repetindo movimentos imprevisíveis dentro de minha boca.

- Amanhã quero você mais linda do que já é, eu vou passar pra te pegar as 20:00. – ele me disse quando nosso beijo cessou.

- Aonde vamos? – perguntei me aninhando em seu abraço, seria um sábado.

- Surpresa. –ele respondeu com um sorriso nos lábios, dessa vez iluminado e com brilho nos olhos.

- Eu preciso ir, preciso resolver umas coisas amanhã cedo. – ele disse se levantando e eu o puxei pelo braço.

- Austin por que me pediu perdão hoje mais cedo? De que sonho estava falando? – perguntei me lembrando do que ouvi antes de apagar por completo no hospital.

Ele ficou pálido, seus lábios avermelhados perderam a cor rapidamente.

- Não faça as coisas se tornarem mais difíceis, eu não quero me afastar de você. – suas palavras me atingiram, por que ele precisaria se afastar? De novo ele estava sendo misterioso.

-Tudo bem, não quero que vá embora, mas vamos conversar sobre isso. Me prometa! – pedi olhando em seus olhos.

Ele me beijou levemente e se afastou.

- Me prometa Austin! – insisti quando notei que ele estava tentando sair sem se comprometer.

- Prometo. – ele disse hesitante, eu sorri e ele me mandou um beijo no ar.

Eu não sabia o que estava acontecendo, o que ele escondia, mas haviam segredos em seus olhos e eu podia ver isso nele, mas eu não irei me dar por vencida, ele terá de me contar!


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Notas finais do capítulo

Comeeentem :))))