Talvez Eu Possa Ser Normal escrita por N1ck


Capítulo 12
Shut Up


Notas iniciais do capítulo

Eu falei que eu ainda postava hoje!! -dançando loucamente-

Tuntz tuntz tuntz tuntz. Okay, isso não foi normal.

Então, aqui vai mais um capítulo para compensar aquele horrível de ontem.

Então, comentem se vocês acham que compensou hein? Porque eu vou sair amanhã e era para eu acordar cedo (isso significa dormir cedo também) e estou enrolando por vocês!

Estou muito feliz que tenho leitoras novas, um "oi, amor" pra vocês. Então comentem também, galerê!

Até as notas finais!



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"- Por que gosta disso se tem medo?

- Eu tenho medo, então rio do meu estado lamentável e acabo gostando. Pode parecer não ter sentido.

- Por que não tem.

- Cala a boca.

- Cala a boca."

E se eu falasse que um mês se passou? E se eu falasse que nesse mês eu vi Will com cada vez mais frequência? E se eu falasse que Lisa e eu nos tornamos melhores amigas do nada, neste fim-do-mundo? E se eu falasse que Travis e eu ficamos muito próximos, e ele de repente me ligava de madrugada meio inseguro, perguntando sobre coisas aleatórias? E se eu falasse que Jay apareceu numa noite na minha casa podre de bêbado e eu tive que fazer ele dormir no quarto de Eliot, que dormiu comigo? E se eu falasse que Marie mal olhava na minha cara?

Bem, se eu falasse tudo isso, eu não estaria mentindo.

E, o mais estranho, era dizer que eu até gostava disso. Essa era a minha vida nada normal. Essa era a minha vida, e eu a amava mais do que tudo.

De dia a vida na família perfeita, e de noite a vida de uma cantora em um bar. Eu me sintia totalmente à vontade em ir ao mesmo bar todos os dias menos sexta e domingo. Mais à vontade do que sinto no meio daquela perfeição frágil de Marie e suas mini clones.

Eu tinha acabado de sair da casa da Lisa para ir à casa de Will, por que ele finalmente me mandara a mensagem que eu estava esperando.

"Terminei A Culpa É Das Estrelas. Passa aqui mais tarde."

E o pior foi que eu só não esperava a primeira frase da mensagem, sem a segunda eu não teria ficado tão animada quanto fiquei.

Bati a porta e ouvi um "entra aí" vindo de dentro. Entrei e vi que Will estava deitado em um colchão no chão da sala.

- Você é lerdo para ler isso em um mês, mas fico feliz que terminou - Admiti, me sentando ao lado dele

Ele sorriu. Colocou o livro ao lado dele.

- Ok. Por que você gosta desse livro? - Ele perguntou

- Gosto do desenrolar. Da maneira como ele descreve os pensamentos dela. E, principalmente, me apaixonei pelo Gus.

- Eu admito. Também gostei dos dois primeiros pontos. Por que gosta do menino?

- Isso são perguntas críticas do livro ou porque você simplesmente tem curiosidades pervertidas com a minha pessoa?

- Os dois. Fale-me agora o que esse cara tem que eu não.

Eu ri. Perdia o amigo, mas não a piada.

- Uma perna mecânica?

-HA-HA.

- Ok. Eu acho ele fofo. Ele é carinhoso com ela sem ser meloso, é um garoto engraçado e dedicado ao mesmo tempo. Achei bonitinho ele realizar o sonho dela de conhecer o escritor favorito dela e acho legal os "ok's" deles.

- Nós podemos ter algo como isso.

Era sério que ele estava perguntando isso? Ele queria ter uma palavra nossa? Esse era mesmo o Will ou um alien pegou o lugar dele, como Lisa me dissera que poderia acontecer?

- Cala a boca, Will.

- Cala a boca, gostei desse.

- Vá à merda, William.

- Ah, eu tentei né? Ou você espera que eu pague uma viagem internacional para você?

Ele estava rindo. O que me fazia rir também. Eu gostava de Will e sentia as paqueradas que ele dava. Mas eu não sei. Nós só nos conhecíamos há um mês.

- Ai, Will, você não tem jeito.

- Eu posso tentar. Espere e verá, minha cara garota.

- Cala a boca.

- Cala a boca.

O pior era que essa era mesmo a coisa que nós mais nos dizíamos. Fazer o quê?

- Eu não estou brincando. Cala. A. Boca.

- Cala a boca - Foi o que ele disse antes de correr para a cozinha

E voltar com Chá Gelado.

Isso sim era uma coisa que tínhamos em comum. Gostar de Chá Gelado.

- Olha, está passando Atividade Paranormal 4 - Disse Will quando eu fui pegar algum salgadinho na cozinha

- Ai meu Deus! Não tira, eu amo esse filme. É o melhor de todos os Atividade Paranormal.

E eu corri para a sala e me joguei ao lado dele. Eu gostava do filme, apesar de me assustar durante ele. Sei lá, eu sou anormal mesmo. Não tem algo que eu possa fazer sobre isso.

Em todas as partes que me davam susto eu me encolhia, em uma delas Will me abraçou. E não soltou mais. Quando eu me encolhia em direção ao seu peito ele ria, mas me segurava mais forte. Quando o filme acabou ele disse, sem me soltar:

- Por que gosta disso se tem medo?

- Eu tenho medo, então rio do meu estado lamentável e acabo gostando. Pode parecer não ter sentido.

- Por que não tem.

- Cala a boca.

- Cala a boca.

- É serio, você está me irritando.

- Você é quem manda.

Eu sei. Acabamos vendo a Sessão Terror que estava passando na TV. Acabei cada vez mais encolhida ao lado de Will. Que me abraçava cada vez com mais força. Dava para ver que ele não estava com medo, mas entendia que eu tinha. Até se divertia com isso.

Pervertido.

O mais bizarro foi que quando acabou a Sessão Terror começou um filme de romance, isso já de madrugada. Então acabei dormindo no meio de Um Amor Pra Recordar.

Afinal, que tipo de pessoa fica acordada em um romance depois de ver uma Sessão Terror de madrugada?

O peito de Will cheirava a maçã. Eu dormi no peito dele, ele tinha um cheiro bom, mesmo que eu não gostasse de maçã. Nele ficava bom. Fechei os olhos. Senti ele sorrir, ele beijou a minha testa.

Não. Não, não, não. Já era manhã. Merda, já era manhã! Estava entrando luz pela janela e o relógio de pulso de Will marcava 11:46.

- Merda, Will! Eu dormi aqui! - Eu bati no peito dele, o qual antes estava sob a minha cabeça

- Hã? O que foi? - Ele estava sonolento, abriu apenas uma parte dos olhos

- Eu dormi aqui, besta! Eu preciso que você me leve para casa!

- Ah - Ele bocejou. E então arregalou os olhos - Ah, merda! Merda! Merda!

- Nossa, nem foi tanta merda assim.

Eu sei que era ruim. Mas não queria que ele não tivesse gostado, já que no fundo - bem no fundo - eu gostei.

Que merda eu estava falando?! Eu não gostei, não! Ah, quem eu estou enganando? Eu gosto dele sim! Eu gosto do William! Eu gosto, e pronto! Ah, foi bom pensar isso. Mas, de qualquer forma, não conte a ninguém.

- Se você diz. A minha mãe vem almoçar aqui hoje ao meio dia. Não dá tempo de arrumar a sala.

- Droga. Ok, vai arrumando a sala que eu vou me arrumar no banheiro.

E subi as escadas para tomar banho no chuveiro de Will. Foi a banho mais rápido da minha vida. Durou uns 5 minutos.

Eu vi um pacote de Halls na escrivaninha dele quando saí do banho. Eu estava com bafo, e não iria escovar com a escova dele, né? Coloquei um Halls preto na boca e desci a escada tremendo. Eu não estava acostumada com o preto.

E então a campainha tocou.

- Will! Tem uma mulher alta idêntica a você lá fora - Disse assustada vendo pelo olho mágico

- Quer conhecer a minha mãe? - Ele sorriu envergonhado

Ele abriu a porta antes de eu pensar em uma resposta. Ah, droga. Ela me tratou super bem. Não fez as perguntas envergonhastes de mães, e quando Will pediu para me levar para casa de moto ela assentiu, feliz.

Ele me deixou em casa e saiu tão rápido quanto chegou.

Entrei a tempo de ver uma família irritada almoçando.

- Boa tarde - Eu disse - Sinto muito por tudo

Meu pai suspirou. Marie pigarreou. Eliot piscou para mim. Alisson e Annabelle se entreolharam. Eu vi uma coisa peluda se aproximar e arranhar a minha perna. Mozart, será que ele sentira a minha falta noite passada?

Por que estou me perguntando isso? Eu estou ferrada!

- Podemos conversar no seu quarto, Ari? - Perguntou meu pai, levantando-se

- Com todo o prazer.

Nós subimos as escadas. Eu estava esperado levar aquela bronca em forma de monólogo interminável. Mas ele suspirou e me abraçou. Em vez disso, apenas ouvi quatro palavras.

- Nunca mais faça isso - Disse ele

- Desculpe.

- Nunca. E não vai sair esse fim de semana.

Ou seja, não veria os meninos hoje a noite. Mas tudo bem, eu andava vendo eles muitas vezes agora. Quando eu não ia almoçar com eles perto da Tigers eles vinham almoçar comigo na rua da Lions. E, eu não podia culpá-lo por me castigar. Afinal, eu fiquei uma noite fora sem avisar. Só imaginava o monólogo que ele deveria ter ouvido de Marie.

- E sem celular essa semana - Ele disse

- Sim, senhor.

Eu mal almocei. Estava sem apetite, queria dormir. Adordara muito apressada. Marie estava mais irritada do que o normal. Quando o almoço acabou ela disse ao meu pai que queria conversar com ele no quarto.

Coitado. Eu sabia que era sobre mim. E sabia que eu teria que ouvir para saber o que aconteceria. Então grudei o meu ouvido na porta quando ele se trancaram lá.

E não gostei do que ouvi.


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Notas finais do capítulo

Desculpe acabar em aberto, mas se eu colocasse iria ficar um capítulo muito grande e eu tenho que dormir pra acordar cedo amanhã!

Então beijos, boa noite, sonhem comigo nadando no dinheiro enquanto como pizza.

Comentem, favoritem, recomendem, virem leitores e tirem boas notas.

—eu dando bom exemplo-

—manda beijo e a tela dá zoom até ficar tudo preto-



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