Talvez Eu Possa Ser Normal escrita por N1ck


Capítulo 11
Singing In The Rain


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi! Tudo bem contigo meu amor? -carinha fofa-

Eu sei que o último capítulo estava uma merda. E, como só a linda da Babi Dias me dá críticas, eu vou seguir as ideias dela né?

Então, para compensar, vou postar não só um, como dois capítulos hoje! E ambos vão ter mais dos personagens que vocês mais gostam. Eeeee!

Meu Deus, eu não estou bem hoje...



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"- Isso é muito legal! - Eu gritei - E provavelmente vou me arrepender disso amanhã!"

Depois de dar uma ajuda ao meu velho pai, eu fui ler alguma coisa velha no meu quarto. Passei os olhos e vi A Culpa É Das Estrelas, e me toquei do quanto queria ver Will.

Isso fez algum sentido? Não, eu acho que não. Mas dane-se, porque na minha linda cabeça isso faz todo o sentido do mundo!

Espera! Eu disse que eu queria ver o Will?! Não, não, não. Eu não queria! E eu nunca pensei que eu queria, e você não tem provas de que eu pensei!

Isso também está meio confuso... Dane-se!

De qualquer forma, eu tinha uma desculpa para vê-lo. Se eu queria ou não queria vê-lo, isso é problema meu! Só meu e não se intrometa na minha vida pessoal!

Peguei um sanduíche e o livro. Fui comendo enquando andava pelas ruas de Ambler. E, por mais que eu não queira admitir, eu estava começando a gostar dessa cidade. E eu nem estava lá há tanto tempo! Isso é tipo um milagre da natureza.

O fusca de Jay não estava na garagem, o que significava que ele, como na maioria das vezes, não estava em casa. O que eu achei estranho, já que eram 10 da manhã de um domingo chuvoso. Ele deveria estar de ressaca  na casa daquele Victor, provavelmente. Ou de ressaca na casa de uma menina que ele ache bonita.

Ninguém atendeu a campainha. Cheguei a conclusão de que Will estaria dormindo. Havia uma janela aberta, entrei por ela. Eu não ia perder a viagem! Eu tinha andado, e eu não curto ficar andando sem motivo!

Joguei o livro no sofá e subi até os quartos. O quarto de Will era grande. Havia alguns jogos de videogame e muitos discos de vinil nas paredes. Havia uma pequena estante de livros. Era um quarto bagunçado, típico de uma casa de solteiros. O que eu esperava?

Ele dormia jogado na cama casal. Estava com frio, eu acho, dormia com a coberta cinza até a cabeça. Cutuquei as costas dele. Ele se assustou, mas relaxou ao ver que era eu. Ele era (não diga que eu pensei isso para ninguém, ouviu? Ninguém!) fofinho dormindo.

- Devo chamar a polícia por invasão de propriedade ou algo mágico aconteceu com Jay e ele acordou cedo pra te atender? - Perguntou Will, bocejando

- Na verdade, Jay não está em casa. Mas você não vai chamar a polícia, por que você me adora e não vai fazer isso.

Eu definitivamente não duvidaria se ele chamasse a polícia. Ele é o Will, ele pode fazer qualquer coisa.

- Como assim? Já era estranho ele ultimamente estar saindo o tempo todo. Agora até essa? Eu nem vi ele na festa ontem. E eu não vou chamar a polícia, porque eu te adoro. E você me adora também.

É, o Jay não estava de ressaca na casa do Victor. Então eu aposto na segunda opção.

- Deixa ele. E aí? Como foi a festa?

Eu me sentei na cama dele. Não que eu quisesse, foi meio que instinto. Eu sentei sem pensar, então não pensem que eu queria ficar mais perto dele. Eu provavelmente estava cansada pela caminhada, então foi um instinto sentar. Como quando estamos com calor e o nosso corpo libera calor pelo suor. É exatamente como aquilo, só que menos nojento.

- Ah, muito legal. Só faltou você, minha linda amiga. E o bar?

- Muito bom. Ganhei um emprego como cantora lá.

- É? Que legal. Algum dia vou lá te ouvir. Mas a pergunta séria: porque me acordou domingo de manhã?!

Eu ri. Ele também. Mas os olhos dele brilhavam, estava feliz. O que, inexplicavelmente, me deixava feliz também. Nem eu sabia direito porque estava ali. Eu simplesmente queria estar ali.

De novo, não conte que eu pensei isso para ninguém!

- Trouxe o livro.

Ele suspirou, rindo.

- Ok. Ou você realmente gosta deste livro e quer que eu leia, ou você sentiu minha falta. Já que você me adora mesmo...

Eu senti corar. Que merda! Por quê? Por que, Deus, isso foi acontecer?! Que merda, que merda, que merda. Ai que ódio! Cadê o Jay agora para interromper?! Jay, saia da casa das suas ficantes e venha para cá agora! Jay? Jay... Cadê você?!

- Eu sabia! - Ele gritou - Admita, você gosta de mim, Ariane Jones.

- Cala a boca! - Gritei, olhando para baixo e rindo - Vai escovar os dentes que eu vou fazer umas panquecas para a gente. Você está com bafo!

Ele não estava com bafo. Desci para fazer as panquecas. Coloquei-as na mesa de jantar e vi Will descendo as escadas.

Ah, merda. Ele era muito lindo.

Ele estava usando calças pretas de pijama, e estava sem camisa. Ele tinha aquele peitoral perfeito que só os caras mais lindos tem. Não é aquela coisa exagerada, mas é perfeito. Tipo aqueles caras de tumblr? Então, é hoje que eu morro. Que droga!

- Wow, William - Suspirei - Parabéns

Eu falei isso sem pensar. Era agora que ele iria pensar que eu gostava dele, e eu gostava? Sei lá, mas não era hora para pensar naquilo.

Foi a vez dele corar.

Ele estava meio constrangido. Então não disse nada, ele se sentou na minha frente na mesa de jantar. Nós comemos panquecas e jogamos mel um na cara do outro. A chuva estava aumentando.

- Posso te contar uma coisa? - Eu disse, ele assentiu com a cabeça - Eu sempre quis dançar na chuva. Cantar. Deve ser, sei lá, diferente.

Por que eu estava falando aquilo? Já sei, era porque eu estava de frente para a porta de vidro dos fundos, limpando o mel da minha cada e vi a chuva.

Mas foi aí que eu me arrependi com todas as minhas forças da minha ultima fala. Ele se levantou rápido, como para me pegar. E eu percebi, percebi que teria que correr.

Eu corri pela casa inteira, mas ele era mais rápido e forte. Me agarrou pela cintura e abriu a porta dos fundos. Entre gritos e risadas, ele estava correndo no jardim comigo no colo.

Essa seria aquela típica hora em que eu gritaria "minha chapinha!", mas eu não usava chapinha. Então era hora de gritar, "meu tênis novo!", apesar de eu usar aquele all star preto há anos. Mas o que veio na minha cabeça era "olha a chuva no tanquinho desse garoto!", e isso eu não gritei, por mais que fosse verdade. Obviamente.

- Você é louco! - Gritei

- Você é mais! - Ele gritou de volta, mas, diferente de mim, ele estava rindo

Éramos assim mesmo. Os dois amigos mais loucos e problemáticos que poderiam existir em uma cidade no fim do mundo em um domingo de manhã. Mas eu gostava disso.

E lá estávamos nós, dois adolescentes encharcados e felizes. Cantando This Love - Maroon 5, como se fosse a última coisa que faríamos na vida.

E talvez fosse mesmo, Lisa disse que o dia da Invasão estava se aproximando. E que a maioria dos humanos morreria assim que eles pousassem.

Mas não importava. Nada importava enquanto eu e Will estivéssemos cantando e dançando juntos na chuva. Nem mesmo a morte da metade da população importava.

- Isso é muito legal! - Eu gritei - E provavelmente vou me arrepender disso amanhã!

É, eu com certeza ficaria doente. Fazer o quê? Nós vivemos o hoje, e amanhã a metade dos humanos poderia estar morta por raios extraterrestres causados por uma nave marciana.


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Notas finais do capítulo

Okay, podem me matar. Eu não coloquei nem o Travis nem o Jay. Mas eu mencionei a Lisa, isso conta?

Acho que não.

Enfim, eu fiz esse capítulo meio que para o Will, porque eu estou "romântica" hoje. -aperta a bochecha-

Mas acho que está melhor que o capítulo anterior? Compensou? Respondam nos comentários.

Comentem, favoritem, recomendem, virem leitores e adorem o Will!

Beijões, eu ainda vou postar hoje, okay?

—explosão de fumaça e desaparece-