Always escrita por CKS


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Yo minna-sama!
Mais um cap novinho pra vocês, no prazo!
VIVA EU! XD

Espero que gostem e comentem...

até próximo sábado! ^^



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Já era 2 horas da tarde quando Sesshoumaru começou a ligar para o celular de Kagome, estava preocupado com que poderia ter acontecido com ela. Nunca tinha visto ela tão estranha, parecia estar paralisada de medo... apesar do mais abosurdo que fosse a ideia, ele quase agradeceu por aquele “amiguinho” de Kagome ter aparecido e tira-la dali. Por alguma razão, ele sabia que ficar ali naquela sala com eles poderia por em risco a vida dela...

Durando toda aquelas horas que se passaram após aquele incidente, Sesshoumaru não parava de ficar remoendo o que havia acontecido naquela sala, e ficou furioso pela atitude do meio-irmão para com ela. Definitivamente ele iria fazer Inuyasha obedecer à ordem de não chegar perto dela... Se ele o desobedecesse ele iria o arruinar financeiramente. Inuyasha não saberia viver no mundo lá fora sem a proteção da sombra da família Taisho, muito menos sabia o significado da palavra "trabalho". Não que Inuyasha fosse um total vagabundo, mas em termos técnicos era totalmente inútil para a empresa... Uma criança ou um macaco treinado poderiam fazer o trabalho dele que não haveria diferença alguma.

- "O telefone chamado está desligado ou fora da área de cobertura..." - falou a secretária eletronica do celular de Kagome, pela quarta vez. Onde é que ela estaria para ter de desligar o celular ou estar fora de área de cobertura? Estava começando a se arrepender de ter a deixado ir com o amigo yokai dela... Mas sabia que fora a escolha certa. Sesshoumaru pode escutar cada manifestação do corpo de Kagome, o coração acelerado, a face começar a perder a cor... sabia que ela desmaiaria ali mesmo, e seria perigoso pois poderia se machucar na queda ou algo pior. Isso o fez irritar-se mais ainda, seu instinto protetor estava o levando à loucura, não conseguia pensar em mais nada a não ser a defender e proteger de Inuyasha. Ainda bem que seu irmão tinha ido embora de seu escritório por vontade própria... Bom, tecnicamente foi isso, afinal ele ofereceu a alternativa de jogá-lo no corredor ou pela janela abaixo. Se ele ainda se encontrasse na empresa, não saberia como reagiria... Estava com vontade de enforcá-lo e desta vez o fazer parar no mínimo na UTI do hospital ou talvez no cemitério. A morte de Inuyasha era alternativa era a mais cabível, pois assim nunca mais incomodaria Kagome.

- "O telefone chamado está desligado ou..." - Era melhor parar de ligar antes que se irritasse mais ainda, Kagome entraria em contato depois. Se ocorresse alguma coisa speria, ela certamente o chamaria. Era melhor se concentrar, ou pelo menos tentar, na papelada a sua mesa. Sabia que o que ocorreu seria o assunto mais comentado nos próximos meses na empresa, no entanto Sesshoumaru intimidou todos os funcionários com seu olhar ao lançar Inuyasha para fora de sua sala. Nenhum funcionário seria louco o suficiente de comentar aquilo perto de sua sala ou naquele andar, pois ele poderia escutar. Às vezes havia vantagens de ser um yokai...

---xxx---

Kouga havia levado Kagome ao único lugar que ele considerava seguro, sua casa. Lá estava longe da agitação da cidade, do estresse e principalmente dos irmãos Taisho. Todos empregados da casa eram yokais lobo, e havia também lobos comuns ao redor da casa, patrulhado a área... Se alguém ou algo tentasse entrar ali, ele seria avisado imediatamente. Ao entrar em casa, a levou para o quarto de hospedes e a deitou sobre a cama. Kagome aparentava estar dormindo tranquilamente, como se nada tivesse acontecido.

Quando Kouga a levara para fora do prédio na qual ela trabalhava, e tentará a colocar no chão pos insistecia dela, kagome só deu três passos e quase não deu tempo para que ele a segurar antes que caísse no chão. Ela havia desmaiado de uma forma estranha, segurando a barriga... Isso o assustou de tal maneira que e a levou literalmente correndo para o hospital onde Houjo, amigo do colegial dela, trabalhava. Mesmo com ela desacordada ele a examinou e confirmou que não havia nada de errado com o bebê. Kouga explicou o que aparentemente aconteceu no escritório de Sesshoumaru para Houjo, que achou melhor não a levar tão cedo de volta para casa, afinal aquela situação já havia sido tensa e estressante demais pra uma gravida suportar. Aplicou-lhe um remédio intravenoso para que dormisse pelas próximas horas e mandou não deixar nada nem ninguém a incomodar pelas próximas 24 horas. Obedecendo a recomendação médica, Kouga desligou o celular dela e a levou para sua casa, pois o hospital não era um lugar para relaxar... Muito menos para uma grávida.

Com cuidado para não acordá-La, Kouga lhe tirou os sapatos, soltou-lhe os cabelos e lhe colocou o cobertor, deixando o mais confortável possível, e ficou a observando durante algum tempo... mas não sabia definir se fazia isso por preocupação ou algum sentimento egoísta seu. Ela ficava linda quando dormia, e isso o fez sentir um pouco de inveja do yokai esteve com ela em seus braços, dormindo em cama. Bom, provavelmente nenhum homem ou yokai conseguiria dormir ao lado dela, sem a desejar para si, e provavelmente foi isso que aconteceu com o pai do bebê dela. Kouga sabia que ela estava grávida de um yokai, pois sentia energia sinistra emanar dela... Poderia dizer até mesmo quem era o pai se não tivesse o cheiro de Sesshoumaru tão impregnado nela. Bom, ela morava com o “cachorrão” há algum tempo e era normal que acabasse tento o cheiro dele... provavelmente a maquina que lavava a roupa da mansão dele era usada para todos da casa, isso explicava o cheiro dele em tudo. Mas se Kagome pudesse morar sozinha por um tempo, sem qualquer yokai por perto ele conseguiria dizer quem era o yokai que a engravidou... como yokai lobo, seu faro era mais apurado que um yokai cachorro. Seria muito fácil ele saber quem fora o desgraçado que fez isso e o matar para... isso era loucura. Não devia pensar assim!

Kouga deixou o quarto, levando consigo o celular de Kagome. Iria telefonar para casa do “cachorrão” e avisar onde, como e com quem ela estava. No entanto ao ligar o celular viu que havia inúmeras chamadas não atendidas de Sesshoumaru, então resolveu que era melhor retornar a ligação.

- Sesshoumaru? - indagou Kouga ao perceber que atenderam o celular

- Kouga, não é? - indagou Sesshoumaru identificando a voz de quem estava usando o celular de Kagome – E Kagome? Como ela está?

- Ela está bem, está dormindo agora. - respondeu Kouga - Eu levei ao médico e ele lhe aplicou um remédio para dormir, pois estava muito nervosa e é perigoso ela ficar assim no estado que está.

- Do que exatamente se refere quando diz "o estado que ela está" ? - indagou Sesshoumaru quase rosnando

- Kagome está quase anêmica... - comentou Kouga, inventando uma desculpa na hora. Por pouco não falará a verdade... Se Kagome estava escondendo de todo mundo o seu atual estado, sendo só ele e a médico que estavam cientes, era melhor que continuasse assim. Não cabia a ele falar isso e a meter em problemas maiores do que já estava tendo. - Ela não deve estar comendo direito com todo esse estresse que Inuyasha tem a feito passar. O medico falou que a energia sinistra liberada por Inuyasha e você podem ter a entoxicado... afinal ela é uma humana.

- Entendo... Realmente ela tem estado diferente ultimamente. - comentou Sesshoumaru desconfiado - Onde ela está?

- Está na minha casa, não achava seguro a deixar no hospital. - respondeu Kouga - Ela está dormindo num dos quartos. Não precisa se preocupar, quando ela estiver se sentindo melhor eu a levarei de volta, se ela quiser.

- Certo... - respondeu Sesshoumaru - Ligue quando estiver a levando pra casa. Irei avisar meus seguranças e a Jaken o que ocorreu hoje e irei impedir que Inuyasha volte a incomodar.

- Eu também irei ajudar nisso. - respondeu Kouga – Vou mandar alguns de meus lobos pra lá.

- Não será necessário. - respondeu Sesshoumaru – EU vou protege-la.

- Se for para proteger Kagome, tudo é mais do que necessário para lhe manter segura. - respondeu Kouga determinado. A conversa acabou em poucos minutos depois, mas Kouga ficou muito mais intrigado com aquele mistério que envolvia a família Taisho e Kagome. Havia algo estranho ali... E iria descobrir.

---x---

Inuyasha havia ido pra casa depois daquela briga com Sesshoumaru, na qual estava terrivelmente irritado e descontando toda sua raiva nos objetos e moveis de sua casa e causando medo em todos seus empregos que ficavam olhando a tudo sem fazer nada para o impedir. Depois de praticamente destruir todos os meveis da sala, ele se sentou no sofá (ou o que havia sobrado dele), e cobriu o rosto com as mãos. Estava exausto fisicamente, mas nada tirava aqueles sentimentos conflitantes que estavam em sua mente e coração. Não sabia o que podia ou o que devia fazer para ter Kagome de volta. Sabia que as coisas entre eles estava ruim, na verdade estavam mais que péssimas, mas só agora tivera uma dimensão do que aconteceu... Agora tinha certeza, Kagome lhe odiava com toda a sua força, e provavelmente nunca mais voltaria pra ele.

O pior de tudo era ver Sesshoumaru se comportando como o guardião dela e, agravando mais a situação, lhe deixava nas mãos de Kouga que provavelmente estava se aproveitando da situação. Só de pensar nisso lhe dava uma cólera de raiva, ódio, ciúmes... e fazia ter vontade de destruir qualquer coisa em seu caminho para descontar sua frustração... Mas sabia que mesmo que destruísse a casa inteira não poderia o aliviar. Não queria ver Kykio, pois no animo que se encontrava poderia a matar para descontar por tudo que estava acontecendo... Como pode deixar que tudo isso acontecesse?

- Senhor Inuyasha? - chamou o mordomo entrando na sala destruída - O senhor está se sentindo melhor?

- Pareço estar melhor, velho? - indagou Inuyasha estupidamente

- Perdão pela pergunta obvia senhor. - respondeu o mordomo se aproximando dele - Devia ter sido um pouco mais claro. O que vai fazer agora?

- Não posso fazer mais nada se já a perdi... - respondeu Inuyasha – Dessa vez, é pra sempre. Ela não vai mais voltar... e a culpa e minha.

- A senhora Kagome não vai mais voltar? - indagou o mordomo

- Não, ela me odeia e duvido que me dê a chance de nos reconciliar. - respondeu Inuyasha - Ela já deu entrada no divorcio e o juiz que analisou o processo me disse que é impossível que minha esposa reconsidere tudo e volte pra mim. Além disso, ela já tem outro... ela esta refazendo a vida dela sem mim.

- É vai desistir dela assim tão fácil? - indagou o mordomo - Então realmente não a merece...

- Não me provoque velho, não estou com animo e não irei poupar ninguém se me provocar. - respondeu Inuyasha num rosnado

- Senhor Inuyasha, permita-me lhe falar minha história. - falou o mordomo, e tomou o silencio de Inuyasha como permissão - Quando eu era mais jovem, eu me casei com a mulher que me apaixonei perdidamente, mas na época eu não sabia da responsabilidade que tinha o casamento em si. Eu e ela éramos muito jovens e ingênuos... O primeiro ano casado eu e minha querida esposa nos amávamos muito, mas com o passar dos anos nos distanciamos um do outro... Não que não nos amassemos, mas eu e ela nos comportávamos tão apaixonados como antes. E com essa situação eu acabei traindo minha esposa com uma colega de trabalho, e minha esposa descobriu. Tivemos uma briga terrível e ela disse que me odiava e pediu divorcio e voltou para casa da mãe dela. Ficamos um tempo longe um de outro e foi terrível aquele sentimento de perda, pois eu compreendi que não conseguia viver sem ela... a sensação que ela tinha levado tudo. Eu tentei de tudo para a fazer voltar pra mim, utilizei de métodos civilizados, românicos e até machis homens das cavernas... mas nada disso adiantava, ela estava decidida. Quando percebi que não podia a obrigar a voltar e tentei a conquistar novamente sua confiança em mim, que fossemos amigos novamente. A primeira reação dela foi como um animal ferido, de defendeu e resistiu a tudo, me xingando e jurando que me odiaria até o ultimo dia da vida e que preferia me ver morto se tivéssemos de ficar no mesmo ambiente e até mesmo jogava objetos em mim... Uma vez ela jogou o ferro de passar na minha cabeça... Depois veio a fase de eu ser invisível, na qual ela me ignorava e usava sarcasmo contra mim... o pior foi ver ela sair com outros homens, isso me dilacerava por dentro, e tentei a impedir, mas só piorou a situação. Depois de algum tempo ela começou a se acalmar e eu me aproximei aos poucos dela, lhe pedi para que pudéssemos pelo menos sermos amigos, depois começamos a evoluir aos poucos... Eu lhe mandava flores e chocolate todos os dias, conversávamos muito. Já estávamos devidamente divorciados naquela época e ela começou a namorar... e antes que pergunte, na minha época, sair com alguém e namorar eram coisas completamente diferentes! ... Não sabe a dor e raiva que eu sentia ao vê-La com outro, aqueles abraços e beijos que ela dava naqueles homens me pertenciam... Mas eu me controlei ao máximo meus sentimentos e dizia pra ela que ela merecia ser feliz e que a felicidade dela era a minha... e a deixava ir.

- Ótima história sobre perder... - comentou Inuyasha o interrompendo – Obrigado, você sabe incentivar alguem ao suicideo!

- Eu não acabei ainda de contar minha história. Fique quieto e escute! – lhe repreendeu o mordomo energicamente, fazendo Inuyasha voltar a se calar - Uma noite após um encontro com um cara, ela me procurou e tivemos uma conversa séria. Ela perguntou porque tudo aquilo havia acontecido entre nós e se eu ainda a amava. Fui sincero com ela e disse que ainda amava, mas agora meus sentimentos por ela eram muito maiores do que no começo. No entanto eu preferia a ver nos braços de outro do que as lágrimas dela molhando meu peito... Ela chorou e decidiu me dar mais uma chance. Eu e ela nos casamos novamente e continuamos juntos por mais 20 anos e tivemos dois filhos maravilhosos...

- Onde está mulher tão benevolente agora? - indagou Inuyasha mais calmo

- Ela morreu a 6 anos. - respondeu o mordomo tocando na aliança de casamento que não havia tirado - Senhor Inuyasha, um homem ou yokai pode ter várias mulheres, mas apenas uma ele ira amar mais que a própria vida. Se achares que a senhora Kagome é essa mulher, lute por ela. Mesmo que a perca não se arrependerá por ter tentado...

- Mas eu não quero a perder. - respondeu Inuyasha

- Então sugiro que comece a lutar por ela agora mesmo. - respondeu o mordomo dando um leve sorriso - Quanto maior o tempo que se passar entre vocês, mais difícil será a ter de volta em seus braços. E uma mulher como a senhora Kagome é difícil de encontrar...

- Eu sei... - respondeu Inuyasha sorrindo - Obrigado por me contar essa história.

- Disponha Sr.Inuyasha. - respondeu o mordomo - Tenho grande consideração pelo senhor e a senhora Kagome, seria muito triste ver jovens que me amavam tanto se separassem dessa maneira. Boa sorte patrão...

- É... Eu vou precisar de muita sorte. - comentou Inuyasha se levantando do sofá, e agora estava mais motivado que nunca a reconquistar Kagome.

---x---

Kagome acordou ainda meio tonta e enjoada, mas se sentindo um pouco melhor... Tirando o gosto ruim que tinha na boca. Ficou olhando para o teto, tentando lembrar o que houve exatamente, mas por alguma razão estranha não se lembrava de nada. O que houve aquela manhã e onde ela estava? Ela se sentou na cama e ficou olhando tudo ao seu redor, não se lembrava de alguma vez ter vindo ou visto um quarto parecido com aquele que estava. Estava escuro ali, a pouca luz que vinha era do luar que penetrava pelas janelas e guarita. O vento sobrava era um pouco gelado, mas agradável, e agitava as cortinas finas e brancas do quarto. Aquele lugar dava a sensação de total segurança e calma que não tinha há algum tempo... Mas, onde era exatamente estava e horas eram? Mas antes que pudesse de levantar e averiguar onde estava à porta do quarto se abriu e alguém com cabelo estilo "moicano", que levava uma bandeja com comida, uma pequena jará e um copo e os deixou sobre a escrivaninha do quarto e acendeu o abajur que estava sobre a mesma. Nesse momento ela percebeu que era que entrara no quarto era um yokai, tanto por causa da energia sinistra quanto as orelhas pontudas que ele tinha, além de uma calda... Mas não lembrava se o conhecia ou não. Devia ter feito algum barulho, pois ele se virou e ficou olhando diretamente para ela com curiosidade.

- Deseja comer na escrivaninha ou quer que eu leve para a cama, Kagome-sama? – indagou-lhe, muito prestativo

- Eu posso me levantar, obrigada. - respondeu Kagome sorrindo docemente, estava com muita fome pra perguntar onde estava e quem ele era. Depois de comer faria perguntas... Levantou-se da cama e foi até a escrivaninha comer. Aquele yokai lhe havia trazido uma rica bandeja com frutos do mar da culinária japonesa, arroz e um chá verde. Pela aparência que tinham tudo fora preparado na hora e estava com aparência ótima. Sem muitas delongas Kagome começou a comer, sem se importar com o yokai que estava ali em pé ao seu lado, a olhando comer.

- Deseja mais alguma coisa Kagome-sama? - indagou o yokai depois dela terminar de comer

- Sim... - respondeu ela - Quero saber quem é você? Onde estou? Quando cheguei? Que horas são? Quem me trouxer aqui? E o que exatamente aconteceu?!

- Meu nome é Hagaku, sou um yokai lobo, e uma espécie de irmão de Kouga. Está na mansão dele, que a trouxe aqui porque estava desacordada e precisava descansar e relaxar. Ambos chegaram por volta das 3 da tarde aqui e... bom, eu não sei mais nada. Terá que perguntar a ele por mais informações.

- Onde está kouga? - indagou ela

- Ele teve de sair e fazer algumas ligações e mandou ficar e cuidar da senhora enquanto estivesse fora. - respondeu Hakaku

- E que horas são? - indagou Kagome inquieta

- São 22:45 agora. - respondeu Hagaku olhando no relógio

- Nossa, é tão tarde assim?! - indagou Kagome se levantando da cadeira rapidamente - Por Kami-sama, eu tenho que voltar pra casa agora mesmo! Onde estão meus sapatos e minha bolsa? Cadê o...

- Calma Kagome-sama, eu irei providenciar tudo, mas, por favor, espere aqui. - falou Hakagu - Kouga me pediu para lhe avisar assim que a senhora acordasse e que a levaria para casa, caso quisesse e se sentisse melhor pra viajar.

- Não é questão de querer, eu tenho que voltar pra casa. - respondeu ela rapidamente, tentando amarrar os cabelos – Como assim viajar?

- Irei chamar ele agora mesmo. Com sua licença. - falou Hagaku saindo do quarto rapidamente, indo pegar o telefone e ligou para Kouga, que voltou para casa imediatamente após a ligação. Em poucos minutos ele estava entrando no quarto de Kagome, que estava devidamente pronta para ir embora dali.

- Olá Kagome, como se sente? - indagou Kouga ao entrar no quarto e se aproximar dela

- Muito melhor obrigado. - respondeu ela educadamente - Mas, como vim parar aqui?

- Não se lembra do que aconteceu? -indagou Kouga

- Não... - respondeu ela - Só lembro-me de ter trabalhado hoje de manhã no escritório de Sesshoumaru e depois... Bom, eu acordei aqui.

- Entendo... - respondeu Kouga pensando de devia ou não contar o que ocorreu. Era melhor que não, pois podia a assustar novamente e eles estavam longe da cidade para poder a socorrer, caso passasse mal e ele não queria prejudicar o bebê - Você saiu pra almoçar comigo, mas passou mal com o sanduíche que comeu e desmaiou. Eu a levei para o hospital e seu amigo Houjo, que mandou lhe levar pra casa e deixar descansar. Por isso a trouxe a meu lar, é o lugar mais calmo e você poderia descansar devidamente.

- Parece que abusei de sua hospitalidade. - comentou Kagome meio desconfiada, algo lhe dizia que não fora assim...

- Por favor, peço que abuso dessa hospitalidade sempre que desejar. - comentou Kouga lhe oferecendo a mão, para ajudar a se levantar e sem querer tocou em sua barriga. - Perdão eu não...

- Tudo bem, não me machucou e nem ao meu bebê. - respondeu Kagome colocando a mão sobre o ventre - Ele está bem.

- Desculpe, eu não... Que?! Como assim “Ele”? - indagou Kouga incrédulo por ela já saber o sexo do bebê

- É... É um menino. - respondeu Kagome sorrindo ao ver a cara de desconfiança de Kouga - Eu que estou gravida aqui, o carrego no ventre, eu sei que é um menino.

- Espero que seja tão teimoso como a mãe dele. - comentou Kouga e levantou a mão e libertou os cabelos de Kagome daquele penteado meio rigoroso que ela insistia em fazer - E que tenha lindos cabelos pretos e lindos como os da mãe dele...

- E eu que seja tão lindo como pai dele e que herde os seus olhos... - comentou Kagome e de repente se calou, tapando a boca com a mão. Por pouco não falou quem era o pai de seu filho... Por ora era melhor que esse segredo continuasse sendo só seu. Não que não confiasse em Kouga, mas sabia que certas verdades eram praticamente impossíveis de acreditar... - Podemos ir agora?

- Sim, claro. Deixe-me dar um telefonema antes... - respondeu Kouga se refazendo do choque. Saiu para telefonar e depois a ajudou a descer as escadas e a entrar no carro, e a levou de volta para a cidade... Especificamente para a casa de Sesshoumaru, atual lar de Kagome.

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Quando Kagome finalmente entrou em casa, foi recepcionada por Jaken e Rin, que estavam muito preocupados com ela. No entanto não viu Sesshoumaru em casa, apesar de jurar ter visto um par de olhos dourados perto da janela do escritório, que dava de frente para a entrada da casa, quando ela chegou com Kouga. No entanto quando piscou e olhou novamente não viu mais ninguém ali, e não houve movimentação da cortina... Talvez fosse apenas sua imaginação.

Rin virou, ou pelo menos tentou, ser a enfermeira de Kagome. Depois que Sesshoumaru havia lhes contado que Kagome havia passado mal, Rin não saiu de perto dela nem por um minuto. Tudo que fazia era auxiliada por Rin, que inclusive deu ordens para Jaken fazer um jantar reforçado e ambos ficaram no pé de Kagome até que ela acabasse de comer tudo. Quando subiu para o quarto para descansar, Rin foi com ela e disse que iria ficar ali para socorrê-la caso não se sentisse bem... levando consigo um ursinho de pelúcia e um livro de história que leria para Kagome dormir. No entanto Kagome se controlou para não rir, pois a menina acabou dormindo muito antes da "paciente" que iria cuidar. No entanto ela ficou a observando dormir e pensou no que estava acontecendo, ela tinha uma família naquela casa. Apesar de tudo Jaken gostava dela, e Rin a adotara como uma mãe... Sesshoumaru era seu protetor, mas as vezes gostaria que pudesse significar mais para ele. Kami-sama devia estar punindo pelos pecados que cometera em vidas passadas, pois acaba amando yokais que não correspondiam os seus sentimentos... Era nesse tipo de mundo que seu filho iria nascer, e mais do que nunca ela desejava poder mudá-lo.

---x---

Sesshoumaru tinha a visto chegar no carro de Kouga, ela estava aparentemente normal, não havia nem sinal da palidez ou qualquer sequela do que ela tivera sofrido no escritório, por causa da sua briga com Inuyasha. Ela estava sorrindo e calma quando saiu do carro. Percebeu que quando ela se virou o viu, mas ele se ocultou novamente nas sombras do escritório. Era melhor que ela não o visse hoje... De acordo com a ligação que recebeu de Kouga, ela não se lembrava de nada do que houve aquela manhã e seria melhor que continuasse assim. Amanhã também agiria como se nada tivesse acontecido, mas agora iria se precaver para que ela saísse no mesmo horário que ele e que Inuyasha não a importunaria. Se a saúde de Kagome estava em declínio por causa dos acontecimentos, era melhor se precaver para que eventos com Inuyasha não voltassem a acontecer tão cedo. E ligou para seu advogado, desta vez iria fazer com que seu meio-irmão lhe obedecesse...

---x---

- Como assim eu não posso ficar menos de 500 metros de distancia de Kagome? - indagou Inuyasha nervoso ao receber o telefonema do advogado da família

- Você a importunou a ponto dela passar mal e parar no hospital, e Sesshoumaru-sama o proibiu de chegar perto dela.- respondeu o advogado – Ele conseguiu o aval de um Juiz. Se você se aproximar mais que isso, você será preso.

- Ele deve estar se divertindo muito com essa situação... Nem deve se importar com ela ou...

- Está enganado Inuyasha, ele está tomando essa atitude não por vingança, mas por estar preocupado com o estado de saúde de Kagome... Você só piorará o estado dela se a importunar. - respondeu o advogado - E caso não obedeça a sua ordem, além da prisão, ele ira tirar todas essas suas vantagens de ser membro da família Taisho e bloquear todos os seus bens.  Resumindo, ficará sem dinheiro, sem a casa onde mora e o emprego.

- Em outras palavras ele quer que eu desista de me aproximar dela... - comentou Inuyasha passando a mãos nos cabelos com raiva, como poderia conquistar Kagome sem estar com ela? - O que eu posso fazer, já que quase tudo é proibido?

- Bom, ele disse nada caso ela decidisse ir ate você e conversar, mas creio que não deve forçar nada. Se ele perceber que está chantageando Kagome de alguma forma pode dar adeus a sua boa vida que leva até então. Ela tem de vir até você por livre e espontânea vontade...

- Mas ela não quer me ver nem pintado a ouro... - comentou Inuyasha - Como poderia me reconciliar com ela se...

- Desista dela e não a importune mais é uma solução plausível... - retrucou o advogado simplesmente

- Não posso desistir dela... Eu a amo.

- Bom, então sugiro colocar a funcionar a cabeça que está sobre seus ombros, ao invés da que está entre suas pernas, e pense em algo realmente bom. Mas está avisado sobre a distancia que deve respeitar. - respondeu o advogado e deu um suspiro pesado - Olha Inuyasha, não queira criar mais problemas com Sesshoumaru, pois ele é o patriarca da família agora e tem todo o poder sobre nós. Se Kagome agora é uma protegida dele, sugiro que tenha cuidado e não incomode ela para não levantar a ira de dele sobre si. Eu sei de tudo que aconteceu entre você e sua esposa, e para ser franco creio que ela tem todos os motivos para tratá-lo dessa forma tão arisca e ríspida. Meu conselho é que....

- Não preciso de sua compreensão ou opinião! - bracejou Inuyasha e desligou o telefone. Tinha que pensar em uma maneira de conseguir se aproximar de Kagome sem desrespeitar as regras. - Droga, esta cada vez pior.

--x--

Aquela noite Kagome estranhou a ausência de Sesshoumaru, pois nem quando desceu as escadas para ir a cozinha tomar água ela o viu. Jaken havia lhe dito que ele estava trabalhando até tarde, e que não chegaria voltaria pra casa hoje... Mas se isso era verdade, porque a porta do escritório estava trancada pelo lado de dentro? Ela queria conversar com ele, pelo menos o ver seria o bastante... Os hormônios estavam começando a afetar, pois uma hora se sentia mais forte e independente que nunca, outra totalmente carente e frágil. Desejava que ele estivesse sempre por perto nesses momentos, nem que fosse pra ficar calado apenas a observando... Pelo menos assim se sentia melhor. Quando voltou a subir para seu quarto, ela primeiro entrou no quarto de Sesshoumaru e procurou algo que indicasse a presença dele ali, mas o quarto estava impecavelmente arrumado, incluindo a cama. Nesse momento ela se sentia um pouco acuada e sozinha... O que houve aquela manhã no escritório? Ela sentia que a história de Kouga era uma mentira, havia acontecido algo mais que a fez passar mal e desmaiar... Mas o que foi? E porque queria tanto ver Sesshoumaru e o abraçar? Com certo ressentimento Kagome voltou para sua cama e dormiu tranquilamente o resto da noite ao lado de Rin, que dormia como uma pedra.

A manhã seguinte foi para o trabalho como sempre, acompanhada por Sesshoumaru que a seguia a poucos metros o carro dela. Quando entrou na empresa sentiu uma atmosfera estranha, todos os outros funcionários a olhavam de uma maneira estranha, incluindo as secretárias do andar que ela trabalhava. Elas cochichavam algo e olhavam para Kagome, que começou a estranhar e se irritar com isso... Afinal o que estava acontecendo? Por acaso haviam descoberto que ela era a esposa de Inuyasha ou talvez...

- Ignore-os e vá trabalhar. - comentou Sesshoumaru chegando perto de Kagome, colocando a mão em suas costas, a fazendo caminhar para sua sala. No entanto ela não percebeu o olhar ameaçador que ele deu para seus empregados, que acuados saíram e começaram a se dedicar a seus serviços. Com isso aparentemente as coisas voltaram ao normal e começaram a fluir. Sesshoumaru chamava Kagome e lhe pediu pastas, documentos e café que na qual ela lhe atendia como sempre. Isso continuou até às 10 da manhã, quando um entregado de uma floricultura entrou no escritório.

- Posso ajudá-lo? - indagou Kagome sem entender porque um entregador de uma floricultura fazia ali

- Sim, eu estou procurando Higurashi Taisho... - comentou ele olhando novamente no cartão para ler o nome do endereçado a receber a encomenda - Kagome Higurashi Taisho.

- Sou eu... - respondeu ela desconfiada

- Por favor, assine aqui. - pediu o entregador lhe entregando um recibo e sem muitas delongas ela o assinou - Obrigado, os rapazes vão subir e lhe entregar sua encomenda agora.

- Encomenda?! - indagou Kagome, incrédula quando homens começaram a entrar carregando com vasos e mais vasos com rosas de diversas cores. Eles pareciam àqueles ajudantes do filme "a fantástica fabrica de chocolate", pois não paravam de entrar e deixar vasos e mais vasos com flores ali. Em pouco tempo o escritório ficou lotado de flores, com uma fragrância das rosas de diversas cores. Quando a entrega acabou, Kagome se levantou de sua cadeira e foi procurar... Ou pelo menos tentar achar o cartão que provavelmente havia entre as flores. Não demorou muito para encontrar, pois ele estava num envelope vermelho, no meio do único vaso de rosas brancas. Ela abriu o cartão e começou a ler o que estava escrito...

"Mesmo que eu toque todas as pétalas das flores no mundo, nenhuma delas se compara a delicadeza e maciez de tua pele..." - Kagome leu e releu aquele cartão, seria uma poesia para ela? Ela reconheceu a letra daquele cartão por imediato, era de Inuyasha... Mas porque aquilo agora? Naquela sala havia mais flores do que ele havia lhe dado em todos os anos que se conheciam. Estaria tentando a impressionar ou talvez....

- O que diabo aconteceu aqui? - indagou Sesshoumaru abrindo a porta de sua sala, e viu inúmeras flores ali. - Quem é o responsável por isso?

- Bom, a destinatário era eu. - comentou Kagome lhe mostrando o cartão - Inuyasha as mandou pra mim com um poema, ou algo parecido com isso, pra mim.

- Um buque seria mais que o suficiente... - comentou Sesshoumaru olhando ao redor da sala - O que esse idiota pensa que está fazendo?  

- Devo usar como material para arrumá-las em uma forma de coroa de flores para o enterro dele? - comentou Kagome ironicamente, ao ver a cara irritada de Sesshoumaru

- Se ele mandar uma encomenda dessas novamente para o escritório ele receberá a coroa de flores mais cedo do que imagina. - comentou Sesshoumaru irritado - Acha que consegue trabalhar nesse ambiente de "primavera da Disney"?

- Não, mas eu tenho uma idéia do que fazer com essas flores. - comentou Kagome e ligou para o RH (recursos humanos) e pediu para pegarem as rosas e distribuírem para todos os setores da empresa, dando um pouco mais de vida a empresa. Isso animou de certa forma todos os funcionários, e direcionou as fofocas para as misteriosas flores e quem fora que as encomendou. Os entregadores não havia falando nada sobre quem havia as encomendado ou para quem eram exatamente... Apesar de todos concordavam que a destinatária fora Kagome, mas as especulações de quem as mandou varreram soltas pela empresa.

Dois dias depois chegou uma nova entrega, mas desta vez foram caixas e caixas de bombons de chocolates trufados. E mais um cartão havia chegado junto com elas...

"Nem a sobremesa mais doce supera o sabor e o prazer que encontrei em teus lábios" - dizia o cartão. Kagome riu com aquela poesia fajuta, parecia que com o tempo as coisas ficavam piores... Apostava que nos próxima encomenda, se chegasse, ela vomitaria um arco-íris de tão meloso aquilo poderia ser. Mas de certa forma ficava ansiosa para saber o que mais Inuyasha iria mandar para ela... Kagome não teve muito trabalho para se desfazer daquelas caixas de chocolate, pois pediu para que as distribuíssem de graça para os funcionários na hora do almoço. Aquilo causou uma espécie de alvoroço na empresa, todos estavam rindo e se divertindo com aqueles acontecimentos atípicos na empresa e estavam se esquecendo completamente do que haviam fofocado sobre a briga que houve no escritório de Sesshoumaru. A maioria estava interessado em saber quem era esse bem feitor que mandava presentes para a secretária do chefe e o que mais iria chegar na próxima entrega...

A terceira entrega, no entanto foi muito discreto, um homem de terno que carregava uma maleta entrou no escritório indo falar com Kagome diretamente.

- O que é agora? - indagou Kagome o homem, após ter lhe dado o papel assinado, mas ele não lhe respondeu. Em vez disso abriu a maleta em cima da mesinha dela e lhe dei uma caixa de veludo. Dentro dela havia um conjunto de gargantilha, anel, pulseira e brincos cravejados de diamantes 24 quilates e safiras orientais. Qualquer mulher perdoaria qualquer coisa que o marido tivesse feito para ganhar um presente daqueles, dignos de uma rainha... Bom, qualquer uma menos Kagome. Aquilo tinha que acabar, pois estava ficando um incomodo para ela na empresa. Pegou o telefone e ligou para a sala de Inuyasha.

--x---

- Então, ela recebeu bem meus presentes? - indagou Inuyasha meio apreensivo ao seu secretário, que estava coordenado tudo e vigiando o que ela fazia com os presentes.

- Bom, aceitar ela o fez. - comentou o secretario - Mas não ficou com nenhum deles...

- Como assim?

- Bom... as rosas e os chocolates ela distribuiu pela empresa. - comentou o secretário - Eu disse que era impossível ela poder aproveitar tudo aquilo que mandou. Mas acho que ela ficou com as jóias... A propósito, ela mandou isso um recado para o senhor, quer que eu leia?

- claro...

- Ela diz, "chega de presentes e poemas ridículos. Se quer conversar use a droga do telefone", e o numero está aqui. - disse o secretário lhe entregando o cartão com o numero do celular de Kagome, na qual ligou em seguida.

- Oi Kagome...

- Olá Inuyasha, o que quer de mim? - indagou Kagome calmamente

- Queria conversar. - respondeu Inuyasha - Como você está?

- Você ficou me mandando um monte de presentes durante essa semana, me torturando com uma poesia enjoativa para me perguntar como eu estava? - indagou, incrédula

- Queria fazer as pazes com você. - respondeu Inuyasha – Não queria que me odiasse...

- Inuyasha, eu não lhe odeio. - respondeu Kagome docemente como sempre, mas a tonalidade da voz fez Inuyasha sentir arrepios. - Eu apenas não quero continuar casada com você e nem lhe ver pelo resto da minha vida.

- Nossa, imagine se me odiasse. - ironizou ele - Bom, o que achou dos presentes?

- Todos da empresa gostaram dos presentes. - respondeu Kagome

- E você?

- Eu não usufrui de nenhum sequer. - respondeu Kagome

- Porque não?

- A poesia estragou os presentes. - respondeu Kagome - Eu tinha que falar com você para parar de envia-los, antes que me mandasse algo mais absurdo como casaco de pele ou uma estátua de gelo.

- Porque acha que mandaria presentes assim...

- Sua capacidade de fazer poesias é horrível. - respondeu Kagome - Pensei em coisas óbvias depois das poesias anteriores. A do casado de pele seria provavelmente " você aquece meu corpo" e a estátua de gelo seria...

- Ok, já entendi. - respondeu Inuyasha e escutou Kagome rir no telefone, aquilo causou um alivio enorme em seu coração. A dica de seu mordomo estava dando certo.... Poderia ter Kagome de volta aos poucos. - Gostou do colar?

- É por isso que eu entrei em contato com você. - respondeu Kagome - Irei lhe devolver as jóias.

- Por quê? Quer maiores ou de outra pedra? - indagou ele preocupado - Posso mandar mais se quiser...

- Inuyasha, eu não tinha me casado com você para ganhar esse tipo de presente... E mesmo agora, eu não os aceitaria. - respondeu Kagome simplesmente - Não pode me comprar Inuyasha... Talvez Kykio as aceite...

- Não fale dela quando estamos finalmente nos entendendo Kagome. - pediu Inuyasha - Por favor...

- Porque não? Ela é sua amante a tanto tempo e eu a conheço tão bem... - provocou Kagome

- Como assim “a conhece”? a que exatamente se refere?

- Quem você acha que me dizia que estava com ela toda vez que viajava “a trabalho”? - indagou calmamente - Quando e onde...

- Ela lhe dizia isso?! - indagou Inuyasha irritado, afinal nunca havia pensado nessa possibilidade. Como fora tão idiota e cego para não perceber isso?

- Eu era concorrente dela, e queria que nos divorciássemos para vocês dois poderem ficar juntos. Que eu não entendo é porque tenta me bajular se está finalmente livre de mim para poder oficializar seu amor por ela.

- A única que eu amo é você Kagome, e ninguém ira ocupar seu lugar.

- Quer dizer que pretende ficar solteiro e sozinho se não voltar pra você Inuyasha?

- Sim... dessa vez, é pra sempre.

- Mentiroso, se quando eu estava contigo você me traia com ela... Agora que estou longe deveria aproveitar. Ou fazia aquilo apenas para me torturar? É isso inuyasha, você queria me fazer sofrer por você?

- Porque sou um idiota a ponto de não dar valor a um tesouro, a não ser quando é tarde demais...

- É um bom começo, o primeiro passo é admitir. - comentou Kagome sarcasticamente

- Podemos sair pra jantar e conversar? - indagou Inuyasha

- Se eu disser que não vai continuar a me torturar com suas poesias? - indagou Kagome

- Talvez... - comentou Inuyasha um pouco humorado

- Vou pensar no caso... - respondeu Kagome e desligou o celular. Realmente teria que pensar seriamente nesse assunto antes de vê-lo. No entanto Inuyasha estava mais que feliz com aquela conversa... Mesmo que demorasse em aceitar o convite dele, valeria a pena... Por ela esperaria o tempo que fosse.

---x---

- Como assim Inuyasha comprou "La Reina"? - indagou kykio quase histericamente. Aquela joia ela havia pedido a Inuyasha há muito tempo, e se ele a comprou significava que daria para ela para se reconciliar com ela - Você viu? Confirmou que ele comprou esse conjunto de joias?

- Sim... - respondeu Horigumo – Eu vi até a caixa que guarda as joias.

- E o que mais? - indagou kykio curiosa - Quando ele pretende me dar?

- Essa informação lhe custara caro Kykio, o que dará pra mim por ela? - indagou Horigumo sorrindo maliciosamente - Tem um corpo muito bonito...

- Uma noite... - respondeu Kykio – Agora me diga, quando ele vai me dar as joias?

- Ele não lhe dará as joias. - respondeu Horigumo adorando ver a cara de choque e transtorno de Kykio.

- Como assim? - indagou ela nervosa - A quem ele as daria se não a mim?

- A esposa dele... - respondeu Horigumo se divertindo cada vez mais com aquela notícia. - De acordo com minhas fontes, Inuyasha comprou flores, chocolates trufados e "La Reina" para Kagome nessa semana. Parece que está se dedicando ao máximo para a ter de volta...

- "La Reina" é minha... Eu a quero desde sempre! Ele jurou que daria pra mim...

- Parece que você perdeu seu valor para com ele... - respondeu Horigumo se levantando do sofá, da sala onde estava com Kykio - Vamos subir, quero meu pagamento por serviços prestados agora mesmo.

- Não, espere. - respondeu Kykio irada pela notícia - Quero que faça mais uma coisa pra mim

- Isso vai lhe custar caro. - falou Horigumo - Mais uma noite?

- Lhe darei uma semana interia se fizer o trabalho direito. - respondeu Kykio amargamente, desta vez acabaria com todas as chances de Inuyasha com Kagome... Custasse o que custasse.


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