- Ham... agora? - perguntei nervosa e ele assentiu. - Ok.

- Vem, vamos para a sala. - ele PEGOU NA MINHA MÃO e me levou até o sofá. Obviamente, estremeci com o toque, mas tentei disfarçar.

- Cadê a Esmeralda? - perguntei um tanto curiosa.

- Saiu com uma amiga. Agora voltamos ao assunto. - ele se sentou ao meu lado e esfregou suas mãos uma na outra. Parecia que estava nervoso. - Você já tá sabendo dessa viagem para o Canadá, né?

- Sim... Eu, você, Violetta e León. - respondi, mas não estava entendendo aonde ele queria chegar com esta conversa. - mas o que tem?

- Então... Já que temos que fazer esta viagem... e nós brigamos muito... e não seria legal ficar brigando a viagem toda...

- Tá, tá, Germán, vai direto ao ponto!

- Bom... em primeiro de tudo, eu quero te pedir desculpas, por tantas vezes que briguei com você e coisas do tipo...

- Ah, claro, eu também te devo desculpas por tudo. - falei em baixo tom.

- Eu te desculpo. Mas e você, vai me perdoar? - agora ele parecia preocupado.

- Sim... Às vezes a gente perdoa uma pessoa pois a falta que ela faz na sua vida é maior que o erro que ela cometeu. - respondi baixo, e depois me toquei no que eu disse! Ai meu Deus!

- Como? - ele pareceu surpreso com a minha fala.

- Ah, esquece! Esquece, apaga, deleta, finge que eu nunca disse nada! - falei nervosa.

- Eu também sentia sua falta. - ele respondeu sorridente. Sim, ele ouviu direitinho o que eu disse. Ai, que vergonha...

Não pude evitar, deixei escapar um sorrisinho bobo e apaixonado. Era engraçado porque nós dois estávamos bem nervosos e atrapalhados com as palavras.

Pov Germán

Minha nossa, não sei o que me deu. Finalmente achava que tinha esquecido a Angie, que eu não sentia mais nada por ela.

Eu gostava sim dela, mas como um amigo, ou um cunhado. Pelo menos era o que eu achava, até ela dar aquele sorrisinho bobo.

Não se dizer, mas aquele sorriso mexeu comigo de uma maneira esquisita, intensa. Aquele sorriso iluminou meu dia. Aquele sorriso me lembrou de todo o encanto que tem a Angie. Aquele sorriso me trouxe fortes sentimentos, inexplicáveis, porém eu tinha um palpite: amor. Seria amor? E foi aí que eu percebi que... Ainda sinto coisas extremamentes fortes por Angeles Carrara.

Pov Angie

- Então, apesar de tudo, eu quero perguntar se podemos ser... amigos... - ele disse depois de um curto período de silêncio.

AMIGOS? APENAS AMIGOS? Ok, ok. Estava me corroendo por dentro. Não queria ser sua amiga, queria ser sua mulher. Mas bem, a amizade é o começo de um amor.

- S-sim... Podemos ser amigos... apenas amigos... - respondi em baixo tom e com vontade de chorar. Suspirei.

- Ótimo. - ele sorriu. - Um abraço? - estendeu os braços e eu travei, não sabia se ia ou não. - Eu não mordo! Vem! - Germán estava simpático, e eu não resisti: o abracei com todas as minhas forças.

Não queria me soltar daqueles braços nunca mais. Sabe aquele abraço confortável, e que faz você se sentir segura? Era essa a sensação.

Não consegui evitar, derramei uma só lágrima. Tentei segurar as outras que já queriam escorrer, mas não deu certo. Chorei.

Ao soltar o abraço, eu tentei limpar todas as lágrimas antes que ele visse, porém em vão.

- Está chorando? - Germán perguntou.

- Não! Quer dizer, sim! Não! Ah, deixa pra lá... Eu ando sensível, só isso.

Ele riu.

- Vamos dar uma volta por aí?

- Er... Eu adoraria, mas não posso. - mentira, eu podia sim, mas estava nervosa demais. Precisava me acalmar.

- Ah... Então tá. Bom, amiga, então te convido para vir jantar conosco hoje.

Mais uma vez jantando aqui? Mais uma vez naquele clima tenso? Mais uma vez vendo Esmeralda e Germán sendo felizes juntos? Ahhh não, não sei se quero vir jantar aqui.

- Por favor, Violetta vai adorar a sua presença. - ele continuou pedindo, pois viu que eu hesitei um pouco.

- Ai... Tá bom.

- Às 19h.

- Estarei aqui.