Quero te ter junto a mim escrita por Giih Santiago


Capítulo 27
Ei, você


Notas iniciais do capítulo

nada a dizer, boa leituraaa



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Angeles jogou as chaves na mesa e a bolsa no sofá. Fechou a porta e encostou-se nela, respirando fundo e fechando os olhos.

– Não chorar. Não chorar. Não chorar. Quem precisa de homens, não? - ela dizia a si mesma, quase num sussurro. Comprimiu os lábios, engolindo as lágrimas com toda a força. German e ela sempre brigaram, mas desta vez as coisas estavam completamente diferentes. Nunca foram tão longe.

Angeles olhou em volta e suspirou. Latas de refrigerante, baldes de pipoca e pacotes de chocolate estavam espalhados pelo chão e sofá da sala. A mulher abriu um leve sorriso, com a visão se embaçando pelas lágrimas novamente. Ela e German mal tinham visto o filme na noite anterior, comiam e se beijavam, entre risadas baixas e mordidas carinhosas. Angie se aproximou do sofá e recolheu o lixo da noite anterior. Então tirou o DVD do aparelho, guardou-o na caixinha e deixou-o separado para não se esquecer de devolver na locadora depois. Então, a loira dirigiu-se à cozinha, procurando coisas para ocupar sua cabeça. Viu a mesa do café da manhã especial que German preparara pra ela e simplesmente quis morrer.

– Eu não preciso do German. - ela dizia baixo, tentando se convencer daquilo. Então novamente sentiu a ardência nos olhos.

Balançou a cabeça, desistindo, e começou a recolher as coisas da mesa e colocar na pia, enquanto lágrimas silenciosas rolavam pela maçã de seu rosto. Angie sabia que não voltaria com German. Ela sabia que apesar de tudo jamais o perdoaria e o orgulho a impediria de correr atrás. Isso era um defeito, talvez. Mas naquele momento a mulher via como qualidade. Seu orgulho jamais a permitiria se mostrar fraca e arriscar quebrar a cara novamente. Não com ele.

O amor é uma fraqueza, no final das contas. Era o que ela pensava. A paixão consome a razão e te impede de enxergar o que sempre esteve a sua frente. Angie se condenava por não ver, durante seis meses, a mentira que German carregava nos olhos cada vez que a olhava. Ainda na cozinha, abriu a torneira para lavar a louça, mas desistiu ao tocar a água gelada com a ponta dos dedos. Já estava frio, ela não precisava ficar com as mãos ainda mais geladas. Deixou as coisas daquela maneira e subiu as escadas devagar, indo para seu quarto diretamente.

Parou na porta e cruzou os braços. Primeiro viu o casaco de German dobrado na cômoda, e algumas coisa pertencentes a ele espalhadas pelo quarto. Então avistou sua cama, que não fora arrumada por conta do atraso que tiveram naquela manhã. A mulher se jogou nos lençóis amontoados e sentiu o cheiro de German ali. Ela sabia disso. Sabia que o sentiria ao se deitar, mas no fundo precisava de alguma forma daquilo, do seu único remédio, sendo ele ilusão ou não. Depois de minutos ali parada, se levantou para arrumar a cama. Foi ao pegar seu travesseiro para ajeitá-lo que ela avistou um envelope, que estava escondido debaixo dele. Ela parou, pegou-o e se sentou. Abriu-o cuidadosamente e fechou os olhos como se tivesse acabado de levar uma facada no peito ao ler no papel dobrado "para aquela que fez meus seis meses mais bonitos". Como se aquilo já não fosse dolorido o suficiente, ela continuou. Desdobrou o papel e analisou a carta manuscrita com aquela letra que ela tanto zoava, mas que ali era perceptível o esforço feito para fazê-la de uma maneira mais caprichada. Angeles respirou fundo, e leu receosa a primeira frase. E a segunda, e a terceira... até o último ponto final.

Amor, anjinho, gatinha, boneca, princesa... Cada apelido que te dou é especial de certa forma. Não são apenas palavras, ou vocativos. Elas carregam em si tudo o que você é: carinhosa, angelical, linda, doce, inacreditável, generosa... E sabe o que eu estive pensando? São cinco apelidos. Um por mês, podemos dizer assim. Cada um deles representando cada mês que o nosso namoro passou. E agora completamos o sexto. Fiquei horas pensando em qual apelido eu poderia te dar agora para simbolizar esse aniversário. Mas tudo e ao mesmo tempo nada me vinham a cabeça. Uma outra palavra que possa representar tudo o que você significa na minha vida simplesmente não existe, era o que eu pensava. Porém, no final das contas eu consegui. Eu encontrei uma. Você. Você, você, você. Você, quatro letras juntas, as melhores possíveis para simbolizar tudo. Porque você é nada mais nada menos que... você. Você é o novo apelido que eu te dou hoje.

Ei, você, obrigado por ser a mulher mais incrível do mundo.

Ei, você! Obrigado também por me fazer o homem mais feliz do mundo.

Você, sabia que eu te acho uma gata? Tenho vergonha de dizer, mas sonho contigo toda noite. É a mais bela mulher que poderia aparecer nos meus pensamentos, sabia disso, você?

Você é tudo. Meu tudo, Angeles. Você está desenhada no meu DNA, eu realmente acredito nisso. Porque você me fez acreditar que tudo era possível. Você fez meu coração palpitar de uma maneira que eu sempre acreditei que só as princesas Disney fossem capaz. Eu sei o que é amor desde o momento em que vi Violetta nascer, mas, quando eu vi você pela primeira vez, descobri o que é amar, ser amado, sentir paixão, sentir desejo.. sentir tudo, na verdade. Você não me ensinou somente a amar mas também a ver o mundo ao meu redor com outros olhos. Com novas perspectivas. Você me ensinou a ser eu. Eu devo tudo a você.

Esses últimos seis meses foram mais que um sonho realizado. Porque você é mais do que eu sempre pedi. Confesso que às vezes eu te olho dormir e me pergunto se eu realmente merecia alguém assim. Pode acreditar, eu vou me perguntar isso pra sempre. Sabe por quê? Porque eu te quero comigo pra sempre. É engraçado como todas as mulheres com quem eu fiquei antes foram para tentar tapar a minha dor, enquanto você foi a única que me mostrou que a dor da perda da Maria não podia ser tapada, que o buraco que aquilo deixou fazia de mim o homem que eu era, que fazia parte da minha história. E como se não bastasse me mostrou algo ainda mais lindo: transformar a dor em boa lembrança, me dando um novo recomeço, trazendo a esperança de volta. Não só pra mim como pra toda a família.

E te escrever isso foi a melhor maneira que eu encontrei para te dizer tudo o que andei sentindo nos meses que passaram. Eu prometo que vou mostrar o quanto sou grato a você cada dia da minha vida que se passar. Eu prometo te olhar da maneira que nenhum outro homem te olhou e cuidar de você como ninguém nunca cuidou. É o mínimo que eu poderia fazer, porque você fez muito mais por mim. Obrigado por me dar uma nova vida.

E, bem, faltou um pequeno detalhe nesta carta. Eu sei que não preciso dizer, que te digo todos os dias, que você já sabe e que até ficou escrito nas entrelinhas daqui, mas eu gosto de ser explícito, então...

Ei, você, eu te amo. Hoje. Ontem. Amanhã. Até o meu último suspiro, eu te amo.

Feliz seis meses, Angeles, e que venham muitos e muitos mais.

O choro não era mais algo que Angeles podia controlar. As lágrimas desciam desesperadamente, enquanto a mulher soluçava, gemia e tremia. Ela queria sentir raiva, mas a única coisa que conseguia sentir era uma profunda tristeza que nunca sentira antes. Quis rasgar aquela carta, toda borrada pelas lágrimas, mas não conseguiu, e simplesmente jogou-a no chão. Angie gritou e enfiou a cara no travesseiro sem parar de chorar. Inquieta, sentou-se novamente na cama e pegou o celular. Antes mesmo de desbloquear a tela lá estava, como plano de fundo de bloqueio, aquela bendita foto, ela e German em seu primeiro encontro. Naquele restaurante. Antes do musical no teatro. Antes do pedido de namoro em cima do palco, com Romeu e Julieta. Antes mesmo dela conhecer a chácara, a Jojô e seu novo cavalo Bey. Antes de simplesmente tudo. O choro só aumentou. A primeira foto deles juntos, com aqueles sorrisos tão grandes e tão sinceros, a trazia lembranças que a machucavam.

– Eu. Odeio. Você. - agora sim, com raiva, não de German mas sim por estar sofrendo tanto por isso, Angeles jogou o celular na parede e se virou na cama. Precisava dormir. Precisava de uma válvula de escape deste mundo e a única maneira era adentrar seus sonhos. Não se passaram nem cinco minutos e ela caiu pesadamente no sono.

xx

Quando Angeles acordou, o céu estava escuro, e seu quarto também. Olhou o relógio na cômoda ao lado da cama, que marcava 20:12, e quando viu o porta-retrato com a foto dela com German e Violetta na piscina da chácara ela se lembrou de tudo. Por segundos havia se esquecido do que acontecera mais cedo, ou talvez quisesse acreditar que fosse apenas um pesadelo. Mas enxergar desta maneira agora tornava tudo muito real.

A loira sentou-se na cama e suspirou. Se levantou, foi ao banheiro e lavou a cara, trocou de roupa e pegou seu celular do chão. Bufou ao ver que o canto da tela tinha uma leve rachadura, mas que pelo menos ele ainda funcionava. 15 chamadas perdidas. 5 de Pablo e 10 de Violetta.

– Não foi nem capaz de ligar - Angie bufou baixo se referindo a German.

Então trocou a foto de plano de fundo, deletou a sua infinita conversa com German do whatsapp, mas, ao abrir a galeria de fotos, não teve coragem de clicar "apagar" para nenhuma delas. Rolava para cima distraidamente o rolo da câmera quando viu um vídeo gravado que nem se lembrava que existia. Arqueou as sobrancelhas. Então sentou-se no chão e clicou play.

– Querida Angie - ele começou e Angeles soltou uma risada, algo lhe dizia que aquilo seria engraçado.

– Ah, meu Deus, deixa eu filmar isso? - ela gargalhou.

– Não, sua boba - German riu. Ele parou no meio do palco novamente - Você ama esse lugar né, Angie? O teatro - o homem começou.

– Amo sim. Por quê? - ela continuava sem entender.

– E de peças de teatro? - German cruzou os braços, sorridente.

– German, o que você vai fazer?

– Apenas responda. - German mantinha o sorriso divertido nos lábios. Angie bufou.

– Gosto sim. Agora dá pra dizer por quê?

– Romeu e Julieta, o que acha? - German riu. - Vamos lá - German limpou a garganta e se ajoelhou, fazendo certa pose teatral. - Só ri das cicatrizes quem ferida nunca sofreu no corpo! - ele iniciou com a voz entonada, falando de um jeito engraçado, uma fala de Romeu em uma das principais cenas do grande clássico. Angie gargalhou. - Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente? - German olhou-a e Angie caía na risada, tentando conter-se para German conseguir continuar - Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que, como serva, és mais formosa que ela. - ele fazia gestos e expressões faciais exageradas, como se estivesse atuando. - Deixa, pois, de servi-la; ela é invejosa. Somente os tolos usam sua túnica de vestal, verde e doente; joga-a fora. Eis minha dama. Oh, sim! É o meu amor. Se ela soubesse disso! Ela fala; contudo, não diz nada. Que importa? Com o olhar está falando. Vou responder-lhe. Não; sou muito ousado; não se dirige a mim: duas estrelas do céu, as mais formosas, tendo tido qualquer ocupação, aos olhos dela pediram que brilhassem nas esferas, até que elas voltassem. Que se dera se ficassem lá no alto os olhos dela, e na sua cabeça os dois luzeiros? - ele se levantou e continuou atuando com sua voz engraçada e Angie não conseguiu segurar a risada desta vez. A cena era linda, é óbvio que ela reconhecia, mas o jeito que German interpretava era extremamente engraçado. German olhou-a e sorriu vendo-a rir daquela maneira. - Suas faces nitentes deixariam corridas as estrelas, como o dia faz com a luz das candeias, e seus olhos tamanha luz no céu espalhariam, que os pássaros, despertos, cantariam...

A gravação parou neste ponto. A mulher tinha gravado-o escondido, e quando notou que ele estava percebendo rapidamente parou de filmar.

– Vede como ela apoia o rosto à mão. Ah, se eu fosse uma luva dessa mão, para poder tocar naquela face.. - Angie continuou a fala sem fazer esforços para se lembrar. Chorava baixinho, mas desta vez bastou passar a mão no rosto para parar.

– Faz exatos seis meses. - uma voz conhecida disse da porta e Angeles se assustou, olhando rapidamente e aliviada ao ver sua sobrinha. Violetta estava séria, apoiada de braços cruzados no batente.

– Violetta, o que você está fazendo aqui? - Angeles disse calmamente, se levantando do chão e ajeitando a roupa.

– Fiquei preocupada. Aliás, Pablo não ficou muito contente com a sua saída repentina do teatro.

– Ótimo, perdi meu namorado e vou perder meu emprego também - a mulher bufou e se dirigiu ao banheiro novamente. Fechou a porta, pois ia fazer xixi. - Acho melhor você ir, eu estou bem - gritou para Violetta de dentro do banheiro. A menina suspirou, aproximou-se da porta e se apoiou nela.

– Tia, eu quero te ajudar. Você é sempre a única que eu deixo conversar comigo quando eu estou mal, queria que isso fosse recíproco também. - Violetta disse baixo, ouvindo o barulho da descarga e seguidamente da torneira. Logo Angeles abriu a porta com força e trombou com a sobrinha que ali estava.

– Bem - ela suspirou - meu amor, é mais complicado do que você imagina.. - a loira parou de falar, fechando os olhos ao sentir uma forte dor de cabeça.

– Que foi?! - a garota se preocupou.

– Dor de cabeça. Nada demais. Vou na farmácia comprar remédio porque aqui acabou. - Angie pegou a bolsa e ia andando até a entrada da casa, seguida por Violetta.

– Eu vou com você. - Vilu disse. Angie parou, suspirou, e se virou para a menina.

– Está bem, mas depois eu vou te deixar na sua casa. - a loira disse sorrindo leve ao ver a sorbinha concordar com a cabeça. Ambas saíram da casa e entraram no carro. Até a farmácia foram em silêncio.

Angie estacionou o carro, e ela e sua sobrinha desceram. Entraram no local e foram procurar o remédio que Angeles tanto queria.

– Os para dor de cabeça ficam por ali - Violetta apontou. Angie assentiu e caminhou até lá com a menina. - Tia, você não está bem. Está calada, e calada é a última coisa que você é.

– Eu vou ficar, Vilu - a mulher disse analisando um pacote de comprimido. - É esse mesmo, vamos. - puxou a sobrinha até o caixa.

– Mesmo? O papai não está legal... - Violetta murmurou brincando com o pacote de trident que ficava à venda no caixa. Angie pegou o pacotinho das mãos da sobrinha e deu para a mulher passar junto com o remédio. Angie pagou com o cartão, pegou a sacolinha e saiu do caixa com a sobrinha.

– Toma - a loira deu para a sobrinha o trident que havia comprado e Violetta sorriu. - Eu imagino que ele não esteja, mas tudo isso é culpa dele. - elas voltaram para o carro. Antes de Angie dar a partida, tomou o comprimido com a água da garrafinha que trazia consigo na bolsa.

– Eu não sei o que ele fez, na verdade - Violetta disse confusa e Angeles arregalou os olhos.

– Não? Ah, meu Deus... - ela balançou a cabeça, tirando a atenção do trânsito para olhar rapidamente para a sobrinha - Se tem alguém que tem que te dizer isto é o teu pai. Não faço mais parte dessa história.

– Não diz isso, claro que você faz! - Violetta mascava o chiclete desesperada. Estava nervosa por dentro.

– Eu prometo que quando você souber do que se trata, você vai entender. - Angie parou o carro em frente a mansão. - Eu te amo, princesa. Mas me desculpa. Eu não posso voltar com o seu pai.

Violetta suspirou derrotada. - Eu também te amo. - ela abraçou a tia rapidamente e saiu do carro. Angeles esperou-a entrar na mansão e então partiu novamente para a sua casa.

Chegou com fome, e foi para cozinha deixar o miojo para cozinhar. Depois subiu para arrumar a bagunça do seu quarto. Coisa que deveria ter feito naquela tarde. Pegou a carta de German no chão e suspirou.

– Você me fez sonhar. Você me deu um mundo novo em que eu acreditava em mim mesma. Eu sempre imaginei um futuro distante para mim, e você me mostrou o quão perto ele podia estar. Você me fez querer uma eternidade ao seu lado. Você me fez querer casar, ter filhos... eu nunca pensei em ter filhos antes. Mas, com você.. tudo ficava diferente. Eu sonhei, eu criei uma imagem do meu futuro ao seu lado. Eu queria uma família com você. Eu criei um mundo só nosso. E você acabou de destruí-lo. - Angeles dizia para si mesma, como se dissesse a German. No fundo, queria que ele a escutasse. A mulher balançou a cabeça, dobrou a carta e abriu uma gaveta na cômoda para guardá-la.

Mas antes de fechar a gaveta, algo chamou sua atenção. Um pequeno cartãozinho com letras prateadas, escrito algo em francês. Angie lembrou-se da proposta. Fazia seis meses. Mas o que custaria tentar? Ela não tinha mais nada a perder, pensou. Rodou o cartãozinho entre os dedos pensativa. Podia ser muito cedo para tomar uma decisão, podia estar agindo por impulso... Mas a única maneira de se esquecer de tudo aquilo era essa. Recomeçar.

Com medo de pensar demais e desistir, rapidamente pegou o celular e discou os números que brilhavam no cartão. Esperou tocar uma, duas, três vezes.. quase desistiu, pensando que não a iriam atender. Mas foi quando ouviu uma voz grossa do outro lado da linha.

– Gravadora SPS, França, posso ajudar? - o homem falava espanhol. Provavelmente tinha visto no número de Angeles o país que pertencia.

– Er.. oi, meu nome é Angeles, moro em Buenos Aires e.. há seis meses recebi uma proposta de trabalho como compositora. Eu sei que já faz muito tempo, mas.. - ela respirou fundo. - a proposta ainda está de pé?


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Notas finais do capítulo

amo vcs jshfjasdfjdfnd



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