Animos Domi escrita por Chiye


Capítulo 15
Mini-capítulo (15) - Rose


Notas iniciais do capítulo

Então, capitulo narrado com a Rose. Sim, com a ROose. Leiam e tirem suas próprias conclusões.



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Então era isso. Não era tão ruim assim. Rose sentia seu próprio corpo doer inteiro, sem contar que achava que não aguentaria mais ficar ali, sozinha... Agora sabia o que John sentira.

O escuro em volta dela de certa forma tornava tudo mais confortável, mas ela queria que alguém estivesse ali com ela. Um enorme escuro se formara na periferia da sua mente, como se ela não fosse mais a formadora de pensamentos. Ilógicos, irracionais...

Ela tentava conter sua infelicidade também, por que deixara John para trás. Ela não pode fazer nada, era verdade, mas mesmo assim se sentia péssima... Pensou no que aconteceria se ela voltasse e falasse com ele. Será que ele responderia? Mas o que ela estava pensando, é claro que não podia...

Ela mudou para uma posição mais confortável. Não sentia fome, o que era definitivamente estranho, afinal, fazia muito tempo que não comia nada. Então era isso que a pessoa sentia quando... Ou talvez apenas ela se sentisse assim. Não conhecia mais ninguém que tivesse passado pelo mesmo...

Ela tentou se lembrar da explosão que houvera no corredor se torchwood. Sim, John havia tentando protegê-la... Ela se lembrava de ele te-la puxado para um lado... Mas não lembrava o que acontecera depois. Acordara ali, sem saber quem ou o que a levara aquele lugar.
Seu primeiro pensamento quando acordara fora gritar por John, mas de que adiantava? Havia uma coisa enorme que os separava agora, maior até que uma barreira entre dimensões: O véu que separava os vivos dos mortos.

E esse véu erra a barreira final, imutável e impenetrável. Não poderia atravessá-lo, ou será que poderia...? Não, estava pensando bobagens, não poderia fazer isso, não, jamais... Embora... Não, definitivamente tinha que tirar isso de sua mente. Seu lugar era ali, não era? O escolhido para o outro lado fora John e não havia nada que ela pudesse fazer.

Seu rosto inteiro se contraiu para conter as lágrimas. Isso não era justo! Por quê? O universo não estava sendo justo com ela! Perdera o Doutor três vezes, agora perdera John também... Será que tudo aquilo era seletivo e escolhido especialmente para ela? Por que não era nada justo, era doloroso e cruel...

O que aconteceria se ela atravessasse o véu? Por que ela achava que sabia um meio, rápido e fácil, de se fazer. Então se deu uma sacudidela imaginária. Não podia! Mas seria por John...

Ela se sentou, estava completamente tonta, tudo ao seu redor girou e ela quase caiu. Então se levantou. Estava cansada do lugar onde estava, precisava de algo que a aproximasse mais de John, seu humano. Afinal, tinha todo o direito. Passou pelo corredor claro e entrou no quarto na penumbra. As lembranças, tão fortes, tão vivas, inundaram-na. A cama ainda estava meio bagunçada, como ele havia deixado. A estante abarrotada de livros também estava lá, intocada. O quarto ainda resguardava certa magia, certa vida...

Ela se sentou na cama e se enrolou no cobertor.

--POR QUÊ VOCÊ TINHA QUE MORRER?—Gritou ela para o quarto vazio e se encolheu no cobertor, se sacudindo com os soluços. Afinal, o véu que separava os vivos dos mortos era completamente impenetrável...
 


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Notas finais do capítulo

Tiraram suas conclusões? Perceberam o que eu quis dizer?



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