O Adeus De Teresa escrita por otomriddle


Capítulo 2
A Segunda Vez




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Uma noite... Entreabriu-se um reposteiro...
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus...
Era eu... Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa...

E ela entre beijos murmurou-me: "Adeus!"

"Draco, para com isso! Estou lendo, não está vendo?" Hermione disse, bufando.

Ambos se encontravam à beira do Lago Negro, sentados em baixo de uma árvore de modo a se protegerem do sol forte. Ao redor deles, o gramado brilhava com um verde intenso, e flores de diversas cores se espalhavam por todo o pátio. Draco, com sua cabeça descansando no colo de Hermione, pegara uma dessas pequena flores (ele achava que era uma orquídea) e usava-a para fazer cócegas na garota que lia "Hogwarts, uma História", concentrada, sobre ele.

"Mione, você não precisa ler isso agora, precisa? Nós quase nunca conseguimos tempo livre para ficarmos juntos, e quando conseguimos você me troca por um livro? E um que você já leu milhares de vezes, também." Draco comentou, girando a flor em seus dedos sem encarar a garota. Com um suspiro, Hermione fechou o livro e depositou-o cuidadosamente ao seu lado.

"Eu sei que eu não tenho tido muito tempo pra gente, Draco. Mas você precisa entender, estou ajudando Harry em algumas coisas."

"Potter! É sempre tudo sobre ele?" Draco disse, sua voz alta enquanto ele se sentava, usando o tronco da árvore para apoiar suas costas. Hermione o olhou, franzindo o cenho e suspirando outra vez, como se preparando-se para dizer algo . "E eu suponho" Draco a interrompeu antes mesmo que uma a garota tivesse dito uma palavra. "Que você não vá me contar em que coisas esta ajudando Potter." Ele encarou Hermione, seu rosto sem expressão, esperando pela resposta que, ele sabia, seria um não.

"Eu não posso." Ela respondeu, desviando o olhar para o chão e brincando com uma folha que caíra entre os dois. Ele acompanhou os movimentos dela com o olhar por um momento.

"Não pode... Você nunca pode nada, já percebeu? Não pode me contar o que Potter e Dumbledore tanto conversam nessas reuniões que eles têm, não pode contar para seus amigos que estamos juntos, não pode passar mais tempo comigo..." Draco disse, magoado, desviando o rosto e encarando o lago em sua frente.

Um minuto se passou em silêncio, e então Hermione se moveu até estar frente a frente com o garoto, colocando as mãos no peito dele de forma a acompanhar sua respiração:

"Nossa relação é complicada, Draco. Eu sou complicada. Você é complicado. Mas eu quero que você saiba que eu estou fazendo o que posso para... Para fazer isso dar certo. Porque eu quero que dê certo. Não me importa que você não me conte para onde vai quando some e fica horas sem aparecer, e também não me fale o que Voldemort está fazendo." Draco se encolheu ligeiramente diante do uso do nome. "Eu não me importo com segredos, Draco, não enquanto as coisas importantes ficam bem claras. Como por exemplo, que eu te amo." Ela disse as últimas palavras de forma suave, quase sussurrantes. A respiração do garoto prendeu em sua garganta, e ele encarou a jovem em sua frente, sem fala. Hermione nunca dissera aquelas palavras para ele. E Draco nunca esperaria isso dela. Ele ainda mal podia acreditar que estavam juntos fazia meses. Que Hermione aceitasse ficar com ele já era uma dádiva tão grande que ele não se atrevia a desejar nada mais, quem diria desejar amor.

"Me ama?" Ele finalmente conseguiu botar pra fora, sua voz um tom mais alto do que de costume.

"É claro que te amo, sua doninha boba." Hermione disse, rindo e tocando a ponta do nariz de Draco quando as sobrancelhas dele se uniram em desaprovação à menção do apelido.

Hermione Granger, a nascida trouxa, amava a ele, Draco Malfoy, um dos poucos bruxos com sangue puro da Grã-Bretanha. Ele testou o pensamento. Uma, duas vezes. Sentiu um formigamento nas pontas dos dedos que descansavam na cintura da jovem e, então, como se as palavras estivessem apenas esperando por aquele momento, ele falou:

"Eu creio que também te amo, Granger." Ele sussurrou, encarando onde suas mãos tocavam Hermione ao invés do rosto dela, o que o fez perder o sorriso carinhoso que a jovem deu.

"É claro que me ama, sua doninha boba." Ela repetiu, mas dessa vez se inclinou para beijar-lhe a boca ao invés de tocar a ponta de seu nariz.

"Você sabia que eu te amava?" Draco disse por entre beijos, um tanto sem fôlego.

"Eu sei de muita coisa, Draco. Não te falaram?" Hermione respondeu, com um sorriso travesso brincando nos cantos de seus lábios enquanto ela trazia o garoto para mais perto de si. "Eu sou a bruxa mais brilhante da nossa geração."


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