Após algum tempo deitada olhando para o teto,resolvi sair novamente,afinal graças a aquele garoto eu mal havia visto a cidade e eu já estava ficando com fome...Sai da estalagem decidida a ir para o lado oposto daquele estábulo para não ter que vê-lo novamente.Mas quando sai tive uma surpresa...

-Pensei que não fosse sair mais... - Ele estava sentado na porta da estalagem,brincando com um filhote de gato.

-Como sabia que eu estava aqui? - Eu estava parada na porta da estalagem encarando-o.

-Obvio,esta é a única estalagem deste lado da cidade. – Ele abriu um sorriso e se lavantou. – Imagino que esteja com fome.Sei um ótimo lugar em que podemos comer.

-O que te faz pensar que eu vou com você?Eu nem te conheço. – Disse isso sem me mover.Ele continuava sorrindo...

-Desculpe,eu sou o Taiyang.Mas pode me chamar de Tai...

-...Eu sou a Lunny. – Disse um pouco contrariada.

-Então,agora podemos ir. – Ele disse já pegando minha mão e me puxando.

-Eu posso ir por conta própria. – Disse soltando minha mão da dele.Como parecia que nada o faria mudar de ideia,acabei cedendo,afinal eu estava realmente com fome.

-Você é sempre tão arisca assim? – Ele disse em tom de diversão.

Não respondi,apenas continuei seguindo ate chegar ao lugar que ele havia dito.Era uma taberna simples,mas acolhedora.Sentamos em um canto,ele fez um gesto com a mão,como se estivesse chamando alguém,ele então se virou para mim.

-Então,o que você vai querer?Aproveite que vou pagar,esta é uma chance única na vida. – Ele sorriu e ficou me encarando.

-Qualquer coisa... – Eu não estava sendo mal educada,apenas não sabia o que pedir e a esta altura eu realmente comeria qualquer coisa.

A pessoa que ele havia chamado anteriormente veio até a mesa e anotou o que ele pediu.

-A comida já vem.Agora eu quero saber o que você pretende fazer. – Ele parecia pensativo.

-Não é da sua conta. – Aquele garoto era realmente intrometido.

-Você não pode ser nem um pouco flexível? – Ele sorriu.

-Você não vai me deixar em paz vai? – Perguntei séria.

-Não mesmo,já disse que não quero perder a diversão. – Ele continuava sorrindo,apesar de parecer estar pensando em algo.

-Tudo bem,mas em troca você vai dizer o que esta pensando. – Ele olhou para mim e apenas concordou. Então comecei.

-Eu pretendo passar no máximo mais dois dias aqui...Então irei em direção a cidade dos magos que era o destino do meu pai e lá tentar ter alguma pista do que foi que ele descobriu. – Terminei de falar e ele sorriu.

-Você gosta mesmo de sair sem planejar as coisas. – Fiquei um pouco brava,mas não retruquei.

-Você disse que ia contar o que estava pensando. – Ele riu.

-Apenas em como vou arrumar minhas coisas sem que você fuja de mim. – Se estivesse comendo com certeza teria engasgado.Ele acabou de sugerir que vai comigo?

-Você o que? – Perguntei perplexa,quase gritando.

-O que?É tão surpreendente que eu vá com você? – Ele parecia confuso.

-Você não vai. – Eu disse com firmeza.

-Mas é claro que vou,eu já queria sair daqui...Só arrumei um motivo. – Ele não parava de me encarar.

-E este motivo seria? – Eu ainda não estava acreditando.

-Você é claro. – Ele não parava de sorrir – Você é minha diversão.

Eu já ia responder quando nossa comida chegou,eu então desisti de argumentar e comecei a pensar em como fugiria dele.