Kenyako : Recordações Ao Luar escrita por Hikari


Capítulo 1
Recordações ao Luar


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira one-short! E é um dos casais que menos se vê no Nyah, Kenyako! Vai ter um pouco de Takari, mas nada de mais.
Espero que gostem e comentem sim?
Beijinhoos!



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Estava uma noite linda de Verão. A lua estava cheia e brilhante, uma leve brisa corria no ar, uma noite perfeita. Um casal de namorado estava sentado num banco de parque olhando o lago. Era um pequeno lago com água cristalina e fresca, e alguns peixes nadavam lá.

— Está uma noite perfeita. - A rapariga disse fechando os olhos para poder sentir a brisa na cara. Ela tinha os seus 20 anos e o rapaz que estava com ela, 19.

— Sim, está mesmo perfeita. - O rapaz envolveu seus braços em torno da cintura da namorada e encostou a sua cabeça com a dela - Miyako, posso-te fazer uma pergunta?

— Claro que sim Ken, o que é? - Miyako levantou ligeiramente a cabeça para poder olhar nos olhos azuis do namorado.

— Ainda te lembras do dia em que começamos a namorar? - Ela olhou o reflexo dos dois no lago e sorriu.

— Que pergunta é essa? Mas claro que lembro. - Miyako deu-lhe um rápido beijo nos lábios - Foi poucas semanas depois da derrota de Malomyotismon, foi no naquele piquenique...

Flashback:

Era inverno do mundo humano, mas apesar disso, estava um dia lindo no Digimundo. Estava um sol bem quente, e quase não havia vento, perfeito para um piquenique perto do mar. Os digiescolhidos tinham ido até lá com os seus digmons para aproveitar o bom tempo.

— Esta um calor infernal.- Queixou-se Daisuke - Preciso mesmo de ir dar um mergulho.

— Este lugar da-me muita nostalgia - Takeru olha em volta. Lembrava-se bem daquele lugar, o lugar onde passou a primeira noite no digimundo, com o Taichi e os restantes digiescolhidos.

— Takeru, não vens á água? - Gritou Daisuke já sem camisola, de perto das águas do mar.

— Sim, já vou. - Takeru tirou sua camisola e correu para perto do amigo.

— Eu cá vou ler. - Miyako pousou o cesto com a comida que trouxe da loja de seus pais numa sombra e sentou- se no chão. - Mais logo vou dar um mergulho.

— Acho que também só vou mais logo. - Ken senta-se ao lado de Miyako na sombra. - Que livro estás a ler?

— O Reino do Silêncio - Miyako sorri-lhe - É um livro muito bom.

— Eu vou fazer um castelo de areia com os digimons- Iori diz - Se precisarem de mim é só chamar.

— Está bem Iori. - Hikari sorri-lhe.

— E tu Hikari - Pergunta Miyako - Que vais fazer?

— Eu acho que vou ter com os rapazes á água. - Ela retira seus calções e sua camisa e fica em biquíni. - Mas não sei se vou agora...

— Anda Hikari! - Ouve-se Daisuke a chamar o nome dela. - A água está ótima!

— Não me obrigues a ir ai buscar-te! - Gritou agora Takeru.

— Não sei se quero ir agora! - Gritou de volta.

— Eu cá vou sair. - Takeru dá um olhar sugestivo a Daisuke, que percebeu o que ele ia fazer. - Vou ter com eles.

— Se eu fosse a ti fugia ,Hikari - Ken tentou avisar. - Acho que sei o que o Takeru tem em mente...

— Acho que sei do que estás a falar Ken... - Miyako olha para ele.

— Vocês fazem telepatia, é? - Hikari sorri para eles - A isso chama-se química humana!

— Não sei do que falas. - Miyako baixa o rosto levemente corado para o livro que estava a ler.

— A água está perfeita. - Fala Takeru quando chega perto de Hikari. - Tens a certeza que não queres ir?

— Vou pensar no teu caso.- Hikari lança-lhe um olhar amoroso e sorri.

— Realmente a Hikari tem moral para falar... - Miyako ri.

— O que queres dizer? - Ken não estava entendendo o que ela queria dizer com aquilo.

— Estou a dizer que ela sabe do que fala. - Ela olha para Takeru e Hikari. - Olha bem para ela e para o Takeru, química é coisa que não lhes falta, são perfeitos um para o outro. Quem me dera encontrar alguém assim para mim, que tivesse química comigo.

— Se calhar essa pessoa já apareceu, e tu nem deste conta. Pode estar mesmo á tua frente e tu nem vês... - Ken estava a tentar dar a entender algo, que a Miyako lhe estava a passar ao lado.

— Não me parece... - Ela suspira. - Provavelmente ninguém tem paciência para me aturar... Ou para me fazer aquilo...

— Aquilo o quê? - Ken estava novamente confuso.

— Olha bem para o casal que tens a frente... - Ela olha novamente para Takeru e Hikari.

— Anda lá comigo para a água... - Takeru fala ao ouvido de Hikari e põe os braços em volta da cintura da morena. - Não te faças de difícil, ou eu vou ter de tomar medidas mais drásticas.

— E que medidas seriam essas? - Ela vira a cabeça ligeiramente para trás e olha para o namorado nos olhos.

— Não sei, talvez... - Takeru num movimento rápido pega a namorada ao colo. - Já estás a imaginar o que eu vou fazer contigo?

— Não! - Ela ri e finge-se de assustada. - Não tinhas coragem de fazer isso.

— Queres ver? - Ele começa a andar com ela para perto do mar.

— NÃO, TAKERU! A ÁGUA DEVE ESTAR GELADA! - Ela põe as mãos em volta do pescoço do namorado e grita. - POR FAVOR NÃO!

— Já estas a perceber o que te quero dizer? - Miyako volta a olhar para Ken. - Ninguém vai chegar a gostar de mim assim. Aposto contigo com vou acabar sozinha, a viver numa casa cheia de gatos e a perguntar-me o porquê de eu merecer isso.

— És mesmo pessimista Miyako.- Ken não parava de rir das coisas que acabavam de sair da boca da garota. - Desculpa mas isso meteu muita piada.

— Para mim não tem piada nenhuma! - Ela fecha o livro que estava a ler e cruza os braços.- Para ti é muito fácil falar, podes escolher a rapariga que quiseres, de entre as cinquenta mil que estão apaixonadas por ti.

— Que grande exagero, elas não são cinquenta mil... - Ele tenta mudar de assunto. - Não queres ir dar um passeio por ali? - Aponta para uma parte da floresta com muita sombra e arvores.

— Parece-me bem. E aquela sombra agrada-me.

— Vamos então. - Os dois amigos levantam-se e começam a caminhar pelo caminho que Ken indicou.

Aquele lugar era realmente bonito. Tinha muitas árvores e arbustos, que davam uma bela sombra e que tornavam o local mais fresco e agradável.

— Isto é realmente lindo... Miyako fecha os olhos para sentir o ventinho no rosto.

— Sim, pois é. - Ken olha para ela, e um sorriso abre-se quase instantaneamente nos seus lábios.

— Tenho alguma coisa na cara? - Miyako abre os olhos e olha para ele.

— Não... Mas porquê essa pergunta agora?

— Estavas a olhar para mim de uma maneira, que parecia que eu tinha alguma coisa na cara.

— Eu estava só a... Olhar. - O garoto ficou com o rosto completamente vermelho, ele não sabia que ela tinha reparado nos olhares dele.

— Sou assim tão feia? - A menina sentasse numa grande pedra que estava ali perto e continua - Era escusado seres assim tão obvio.

— Não, não é isso. - Senta-se ao lado dela. - Pelo contrário...

— Pelo contrário? Como assim? - Miyako estava a ficar curiosa, e ainda não entendia bem o que o amigo queria dizer com aquilo.

— É que... Eu não... É só que... - Meteu-se numa bela embrulhada. Ele queria lhe dizer que ela era linda, queria poder dizer-lhe que gosta dela, queria abraça-la, queria beijá-la, mas tinha medo. Tinha medo que ela não sentisse o mesmo por ele. Miyako era diferente , diferente das outras garotas que se diziam apaixonadas por ele, ela era especial, e por ser especial é que ele tinha medo de não ser correspondido. Não queria perder aquela amizade, por nada do mundo.

— Alô, Ken chamado á terra!- Miyako passou a mão na frente do rosto do garoto para ver se o " acordava".

— Ah? Disses-te alguma coisa? - Ele olhou-a surpreso.

— Não... Mas esperava que tu dissesses!

— E... Se fossemos ter com os outros? - Ken queria a todo o custo mudar de assunto. - Já devem estar preocupados.

— Ok, vamos lá. - Miyako ao salta da pedra caiu no chão. - AI! Acho que me magoei.

— Miyako, estás bem? - Ken saltou também da pedra quase de imediato.- Onde te magoas-te?

— Acho que foi o meu tornozelo. - Ela tentasse levantar mas cai de novo. - Isto dói muito! - Choraminga.

— Não te preocupes. - Ele mete as mãos por detrás das costas dela e pega-lhe nas pernas.- Eu levo-te.

— Obri... Brigada... - Ela gaguejou.

— Não tens de quê... - Ken corou. Ter a sua amada nos seus braços sem a poder beijar, sem a poder abraçar... Não era fácil.

Ken começou a andar e por algum tempo ficou um silêncio bastante desconfortável . Ninguém dizia uma palavra que fosse, apenas davam sorrisos discretos.

— Olha uma coisa... - Miyako quebra o silêncio. - Não é por nada, até porque o passeio está a ser muito bom, mas acho que já passamos por aquela árvores uma vez.

— As árvores são todas parecidas... Não te preocupes que não estamos perdidos.

— Então e aquela pedra? Não foi onde cai? - Ela olha-o com a sobrancelha arqueada.

— Acho que é e... Acho que estamos perdidos.

— Só me faltava mais esta agora também... - Resmunga Miyako baixinho.

— Não te preocupes... Vamos encontrar o caminho.

— Amanhã de manhã né?

— Não confias em mim? - Ele olha-a mesmo nos olhos, o que a deixa muito corada.

— Confio. Claro que confio. Se não confiasse achas que te deixava pegares-me ao colo? Se fosses outro rapaz já tinhas levado um estalo que nem sabias mais de que terra eras!

— Para ti não sou apenas mais um rapaz qualquer? - Ele sorri esperançoso.

— Não... Não és.- Ela vira a cabeça para o lado. - És meu amigo... Especial.

— Também és muito especial para mim... - Ele fala baixinho.

— Muito... Muito?

— Muito... - Ele passa-lhe a mão pelo rosto. - E muito bonita, se era isso que querias que te dissesse á pouco.

— Era só isso que queria ouvir... - Miyako po-lhe a mão no cabelo e ponha o rosto de Ken para perto do seu e com os lábios a roçar nos dele diz. - Já não quero saber se os outros estão preocupados, agora eu só quero saber de nós os dois.

— Mentiria se dissesse que não estou a pensar assim também... - E finalmente os dois selam os lábios num beijo calmo, mas que durou algum tempo, os dois querem aproveitar aquele tempo em que estavam sozinhos.

— Isto foi... Mágico. - Disse Miyako quando se separaram.

— Melhor coisa que já me aconteceu... Quero-te perguntar uma coisa.

— Pergunta todo o que quiseres.

— Queres... Namorar comigo? - Ken estava ligeiramente nervoso com esta pergunta.

— Mas é claro que sim. - Abraçasse forte a ele. - Eu amo-te muito, muito, Ken!!

— Afinal já não vais acabar com muitos gatos em casa, porque eu sou alérgico! - Ele ri e ela ri com ele.

— Só mesmo tu, e é por isso que eu te amo muito! - Dá-lhe mais um beijo nos lábios.

— Eu amo-te muito também Miyako. - Ele sorri-lhe - Acho que já sei o caminho, estou-me a lembrar de onde estamos.

— Finalmente! Quero ir para casa... Contigo!

— Nada me deixaria mais feliz. - E novamente Ken começa a andar com Miyako nos braços, tentando desta vez, encontrar o caminho certo.

Fim do Flashback.

— Lembro-me perfeitamente desse dia... - Ken suspira. - E o melhor que encontramos o caminho de volta.

— O melhor foi isso? Estas a brincar comigo? - Ela ficou indignada com a afirmação do namorado.

— Claro que sim... - Ele sorri - Mas agora já não vou estar!

— Não estás a brincar com quê?

— Com isto. - Ken retira Miyako do seu colo e senta-a no banco. Ajoelha-se diante dela e continua. - Miyako Inoue, com todo o meu coração eu te peço, aceitas casar comigo?

— Mas claro que sim!- Começam a cair lágrimas do rosto da garota.- Ken, eu amo-te tanto! - Diz abraçando-o.

— Se me dás licença... - Ele tira uma caixinha de veludo branca de dentro do bolso e a abre. Lá dentro tinha dois anéis de ouro, lindos, como o nome de cada um gravado. Ele pega na mão dela e põe no dedo anilar um dos anéis, o que tinha o nome de Ken gravado. Ele pega o outro anel e põem no seu próprio dedo.

— Amo-te Miyako. - Levanta-se do chão e vai até ela. - Para todo o sempre. - Envolvia em seus braços e eles se beijam, um beijo bem demorado, e cheio se sentimento.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem. Podia melhorar ? Comentem.
Espero mesmo que tenham gostado, trabalhei muito nela
Beijinhoos