O Meu Guarda-chuva escrita por Ana Eduarda


Capítulo 7
Eles existem!


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho para postar mais já tá aqui xD
Nesse capítulo vocês vão ver um lado engraçado e um lado bem de suspense da estória. Espero que gostem e comentem sua opinião. Daí por diante tudo vai começar a se explicar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382468/chapter/7

Capítulo 7 – Eles existem!

Ao abrir as pálpebras sentiu a mesma sensação de tontura invadindo seu corpo e sua mente, quando ela chegou ao Mundo Fantasma sentiu a mesma sensação de tontura intensa. Ela percebeu que não estava exposta ao sol escaldante e sim protegida debaixo de uma pequena tenda. Lembrou-se das estranhas figuras e se apavorou fechando os olhos ao ouvir de longe duas vozes e também observar as sombras se moverem do lado de fora.

O dia já estava no final – Ela observou por conta do sol que estava mais fraco batendo sob a tenda – E era a hora do crepúsculo. De repente Luiza acabou notando algo que ela não havia percebido antes, os dias pareciam ser mais longos. Observou seu relógio preso ao pulso pela primeira vez e percebeu que ele estava um pouco desconcertado, os minutos marcavam as horas e o segundo os minutos. Tudo era muito confuso.  Quando ela pensou em se mexer, as duas sombras se aproximavam da tenda e ela gelou de medo.

- Ela acordou?! – Uma voz conhecida soou e Luiza acalmou-se reconhecendo a voz. Era de Felipe.

- Felipe! Que bom que você me achou! – Luiza deu um pulo e abraçou-o de felicidade e alívio.

- Eu também to aqui sabia Luiza? – Falou Túlio.

- Oh, gente! Muito obrigada. Foram minutos tão atordoantes aqui! Eu desmaiei! E lembrei da lenda e achei que vocês fossem fantasmas! – Luiza falou rapidamente.

Túlio e Felipe se entreolharam.

- Luiza – Falou Túlio – Você passou dias desacordada, e só te encontramos depois de quase dez dias! Aqui nesta infinidade de areias tudo é muito diferente e confuso.

- Quando você estava indo em direção ao deserto nós estávamos a alguns metros. Tentamos correr o mais rápido possível para te impedir, mas foi tudo em vão. Acabamos nos perdendo também. – Disse Felipe.

- E... Porque vocês se arriscaram para me salvar? – Disse Luiza intrigada.

Com um pequeno sorriso Túlio explicou:

- Digamos que você se esqueceu de uma das palavras do rei. Quem achar o indivíduo que ia nos salvar será o guardião do próprio o protegendo sempre. – Ele terminou triunfante por estar em um cargo tão importante.

Luiza deu um leve sorriso, mas se lembrou de Ivo. Onde ele estaria?

- Mas e o Ivo? - Ela perguntou.

- O Ivo ainda não entende o que se passa e preferiu ficar. – Diz Felipe.

Depois das explicações Luiza se juntou a Túlio e Felipe para fazerem uma pequena fogueira. O frio estava se arrastando na direção deles calmamente. Pegaram alguns destroços de madeira que estavam em uma mochila enorme e colocaram no chão fazendo todo o processo para que finalmente o fogo ardesse.

A noite finalmente chegou trazendo uma escuridão enorme. Não havia lua nem estrelas no céu, só a imensidão do vazio negro. Os garotos estavam em seus sacos de dormir preparados para caírem diretamente no sono, diferente de Luiza que com essa aventura toda sentiu vontade de ficar com os olhos abertos. O guarda-chuva que a trouxe para este mundo estava ao seu lado fechado. Ela sentiu uma imensa vontade de abri-lo e ver o céu perfeito naquela noite tão escura. Ela o abriu delicadamente e quando ele estava completamente aberto pode se ver algo surpreendente: No seu interior estava um céu negro com estrelas cintilantes e prateadas reluzindo a tenda de modo surreal.

A noite se arrastava silenciosa e todos estavam dormindo tranquilamente. Mas de repente Felipe se levantou num pulo ofegante o que acordou Luiza e Túlio que se viraram curiosos para o companheiro.

- O que houve Felipe? – Luiza perguntou coçando os olhos.

- Estamos sendo observados! – Sussurrou.

E de longe era possível ver uma enorme sombra que andava em direção à cabana.

Túlio se levantou em um pulo e tirou uma espada de dentro da bolsa, Felipe pegou um enorme machado e os dois estavam atentos a qualquer movimentação com os olhos sérios e atentos... E Luiza pegou a bolsa rapidamente meteu a mão e puxou uma serra... De unha. E se escondeu atrás dos meninos olhando com os olhos serrados para fora.

- ATACAR! – Túlio gritou pegando uma tocha e saindo correndo.

- AVANTE! – Felipe gritou correndo destrambelhado pela areia.

- NÃÃÃO ATACARRRRRRRRR! – Luiza grita choramingando ficando sozinha no local.

Enquanto eles se aproximavam em direção a grande sombra, a mesma ia se afastando a passos largos. Luiza estava lá choramingando e com os olhos lacrimejantes. Ela sentiu uma presença ao seu lado e arregalou os olhos.

- Não tem ninguém ai. Não tem ninguém ai. Não vou olhar... Isso é meu subconsciente fazendo uma brincadeirinha... – Luiza falava sem parar.

Ao falar isso ela escuta um barulho como um pisar em cima de uma pedra. Seu rosto involuntariamente olha para o lado se inclinando e de repente... Uma figura fantasmagórica era possível ser vista.

Uma múmia. Isso que ela pensou no exato momento que viu, A múmia levantou a mão lentamente como se fosse querendo fazer algum sinal, todo o seu corpo estava trajado com trapos de roupas sujas que realmente lembravam uma múmia e sua boca estava coberta pelos trapos emitindo um som estranho como se estivesse tentando falar.

- Aug! Aug! – O som atrapalhado saia enquanto ela tentava puxar algo da cintura, o que estava parecendo um punhal.

Luiza endoidou de vez!

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! PORQUE VOCÊ QUER ME MATAR????? APARTA-SE DE MIIIIIIIM! SOCORRO! – Ela rapidamente pega uma tocha e joga em cima da múmia que rapidamente pega fogo e fica pulando em círculos, as chamas alcançam a tenda e rapidamente pega fogo.  

Os meninos enquanto estavam tentando alcançar o que se parecia com um gigante, ouviram os gritos e a luminosidade que vinha da cabana onde Luiza estava.

- Luiza está sendo atacada! – Falou Felipe com raiva – Vamos!

E os dois saíram correndo em direção a cabana rapidamente enquanto Luiza ainda surtava – Mesmo que a Múmia saísse correndo pelo deserto, ora pulando ora se embolando pela areia para tentar apagar o fogo que logo cessou e então a escuridão predominou novamente.

Os meninos chegaram e de susto soltaram a espada e o machado no chão, tudo estava queimado! Desde bolsas e até mesmo a cabana, o que dava para se aproveitar era algumas comidas que estavam soltas pelo chão e um pouco ao fundo estava Luiza coberta por uma manta.

- Luiza! O que aconteceu? – Túlio perguntou.

- A m-m-m-m-m-m-múmia! A lenda é verdadeira! – Disse Luiza tremendo e gaguejando.

Felipe engole seco e pela primeira vez temeu a sua ida ao encontro de Luiza no deserto.

O dia demorou a amanhecer as noites eram sempre mais longas naquele lugar, restava apenas esperar o raiar do sol.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Meu Guarda-chuva" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.