O Meu Guarda-chuva escrita por Ana Eduarda


Capítulo 3
Arte com perfeição




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Capítulo 3 – Arte com perfeição

Ela estava completamente ensopada, e se sentindo idiota. Com um guarda-chuva nas mãos, e não abriu no momento de necessidade. Enquanto andava pelas ruas molhadas, viu de longe o terraço de sua casa.

É pequena, mais muito aconchegante. Sua fachada é composta por duas janelas estreitas de vidro, uma porta de madeira polida, e uma lâmpada um pouco acima da porta atarracada na parede. Tem algumas plantas na janela, de um verde vivo, que estão cheia de gotículas de água por conta da chuva forte.

Chegando a sua casa, ela foi em direção ao banheiro onde tomou um banho quente e demorado, e sentiu em seu estômago desejando uma comida, ao sair do banheiro foi a geladeira e não tinha nada, foi ao armário, e o que encontrou lá foi o resto da feira do mês passado, olhou para o relógio e resmungou:

- Droga! Estudar com a barriga vazia, assim não dá. Vou fazer uma breve pesquisa sobre aquela velharia que se diz ser um guarda-chuva e depois ir à padaria, resta agora saber onde mainha botou o dinheiro.

Neste exato momento ela percebeu que estava falando sozinha e isso fez ela se sentir mais deprimida ainda.

Ao ligar ao computador teve uma grande decepção. A internet não havia sido paga, por isso não estava conectada.

- Poxa! Tenho que ir naquela droga de Lan house, com muitos pivetes viciados em joguinhos sem graça.

Ao se referir aos garotos, ela usa o termo ‘’ pivetes ‘’, mesmo tendo a mesma idade deles. Saindo de casa, começou a chuva novamente, o que já era de se esperar, pela época do ano, ela se lembra do guarda-chuva que recebeu da velha senhora e sai com ele nas mãos, quando as gotas de chuva engrossaram, ela sentiu a necessidade de abrir o guarda-chuva, mais não conseguiu de imediato, o guarda-chuva estava duro e por isso foi correndo para a lan house.

- Ai que dia! Estou molhada novamente, com fome, e ainda tenho que fazer essa pesquisa e esse guarda-chuva não serve para nada.

A garota fez a pesquisa e viu os seguintes pontos:

Historicamente, os guarda-chuvas ou sombrinhas, eram feitos para a realeza em forma de proteção e de status, ao passar dos anos a população foram aderindo ao clima chuvoso, mais antes disso eram usados como acessórios pelas mulheres da época.

Quando ela estava pesquisando, falta a energia geral, ou seja, em toda a cidade do recife, o que se dava para escutar era os resmungos da vizinhança com aquele celebre acontecimento.

- Ei! Marcos! Ainda tinha tempo na minha máquina. E agora?

- Calma ai Luiza, não pedir para faltar energia. E minha clientela também foi embora, você pode vir aqui mais tarde e não precisa pagar.

- Não vai me enrolar não hem?!  Não tem mais internet em minha casa, eu to com fome, faz dias que não vejo minha mãe e para completar com essa chuva toda, minha casa deve tá cheia de goteira.

- Poxa Luiza, não sabia que estava nessa situação. – Falou ele rindo – Tome dois pães doces aqui eu ia lanchar, mais agora vou ter que sair correndo, pois minha mãe está chegando com a feira e por isso vou ajuda lá.

Enquanto comia os pães, Luiza esperava a chuva estiar, mas só fazia piorar e as ruas começavam a alagar, Foi quando ela bateu sem querer no guarda-chuva e ele se armou automaticamente fazendo a mesma sentir um enorme susto e se engasgou com o pedaço do pão que engolia.

Ao ver o guarda-chuva aberto, viu a sua beleza. Dentro do guarda-chuva lembrava ao teto das antigas igrejas com suas pinturas de nuvens, pássaros só não tinha um sol brilhante. Ela achou lindo e completamente perfeito, os traços pareciam reais ela nem imaginava que o guarda-chuva preto, velho e com cheiro de mofo, tinha uma arte em seu interior.

Luiza pegou o guarda-chuva e se pôs de pé, andando nas ruas molhadas, de repente ela sentiu um calor e um vento fresco em volta de si, como se fosse um vento de verão, revoadas de passarinhos cantando uma doce melodia, e o cheiro de campos e flores que emanavam uma loção floral, de dentro também ainda saiam chicotes de flores muito coloridas e com beija-flores, então ela sentiu seu corpo tremer de pavor, tudo que foi citado saia do próprio guarda-chuva e ao perceber isso ela simplesmente desmaiou.




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