Dizem que nascemos destinados a amar uma pessoa em especial, uma pessoa com que passaremos o resto dos nossos dias e amaremos mais do que a nós mesmos. Eu não nasci com essa sorte, nunca fui o tipo de garota que atrai garotos e sempre preferi que fosse dessa forma.

Nunca namorei, nunca beijei ninguém, nem quando era bem novinha e ia para as escolinhas, desde aquela época eu me sinto invisível e isso só se intensificou na adolescência. Minha mãe diz que é comum eu não querer me relacionar com ninguém por enquanto, que é comum eu me sentir excluída e que um dia tudo melhora e eu irei me sentir especial. Serei especial para alguém.

Eu era estranha, todos sabiam disso, mas ninguém sabia o real motivo: Desde pequena tenho sonhos com um rapaz. Um rapaz morto.

Nunca contei á ninguém sobre isso, já é horrível demais ser chamada de esquisita apenas por não me socializar com as pessoas, ninguém precisa saber desse pequeno empecilho na minha vida. Eu poderia ter contato para minha mãe, ou quem sabe para o meu avô, porém a última coisa que eu queria era ser levada a um psicologo.

Eu estava acostumada a ter pesadelos, acordava de madrugada toda soada em com manchas roxas pelo corpo, isso era rotineiro para mim.

Mas as coisas ficaram mais intensas.

Nunca acreditei em fantasmas, até me apaixonar por um.