Love In The Media escrita por Bellabitch


Capítulo 17
Capítulo 16 - Hands To Myself


Notas iniciais do capítulo

Peço perdão por ser tão ausente, meu colégio e estudos exigem isso de mim, por mais que me doa.
Voltei pra avisar que Love In The Media já está na reta final. Sinto que devo um final decente aos meus leitores e é exatamente isso que vou fazer.
Hands To Myself é uma música da musa Selena Gomez.
Espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382254/chapter/17

POV Katniss

Após o grande ocorrido aqui em casa, os ânimos de todos se acalmaram e assim a ficha caiu. Nosso tempo para compor era limitadíssimo. Faltava menos de duas semanas pro programa e todos estávamos na estaca zero. Então, cada um se uniu como nunca antes a seu parceiro e todos nós começamos a, pelo menos, buscar inspiração para começarmos a compor. Quero dizer, com exceção de Percy e Annabeth que trabalham separados. Annie ficou responsável pela letra já que ambos concordaram que ela era muito mais eficiente em escrever, pois se entrega a isso como ninguém mais. Percy, obviamente, ficou com a melodia, graças ao seu talento de saber tocar inúmeros instrumentos e fazer um simples acorde tocar o coração de qualquer um. Enfim, toda essa pressão vinda de todos os lados me travava e a única pessoa que conseguia me tirar da inércia agonizante era Peeta.

Mellark e eu nos aproximamos muito graças a isso e, às vezes, por um breve instante, eu agradeço a esse maldito destino por ter nos unido nessa. Não houve um único dia na última semana que Peeta ficou mais que cinco minutos longe de mim. Quando não estamos compondo ou implicando um com o outro, estamos no cinema de casa assistindo Netflix (começamos Orange Is The New Black ontem) ou então estamos bagunçando a cozinha enquanto preparamos, ou melhor, tentamos preparar algo pra comer. Não importava o que fosse, tudo era muito mais divertido com uma dose de Peeta Mellark.

Peeta está colocando um pacote de pipoca amanteigada no microondas e eu estou sentada na bancada da cozinha. Tirando Annabeth, que não sai do quarto a dias, todas foram pra casa dos meninos quando o sol ainda raiava e juraram que só voltavam com as musicas prontas. O som dos primeiros milhos estourando dentro do microondas era o único que se podia ouvir, até que Peeta resolveu romper o silêncio:

– Qual a nossa grande dificuldade em escrever um simples refrão? Já está tudo pronto, falta só esse maldito refrão.

– Sei disso, – concordei. – mas relaxa, ainda temos mais três dias pra terminar.

– Não, nós SÓ temos três dias. – disse, cruzando os braços. – A música está tão boa, não podemos colocar tudo a perder com um refrão meia boca.

– Relaxa, vamos pensar em alguma coisa.

– Não pensamos em nada nos últimos 10 dias, o que te leva a pensar que nas últimas 72 horas vamos ter uma ideia genial?

– Porque nós vamos parar de pensar nisso.

– Vamos fazer o quê?

– Parar de pensar nisso. Não dizem que quando você para de procurar algo é aí que aparece? Não é isso que falam sobre o amor e tudo mais? Falam que só quando você para de procurar alguém, a pessoa certa encontra você.

– Bem, se o refrão aparecer assim vai ser quando estivermos menos esperando. – Peeta se aproximava mais de mim a cada palavra até se posicionar entre as minhas pernas e fixar seus hipnotizantes olhos azuis nos meus.

– "Assim" como?

– Assim como a pessoa certa.

– Você acha que já encontrou a pessoa certa, Mellark?

– Tenho certeza que sim.

– E o que te faz pensar isso?

– Porque uma vez me disseram que o amor é cego, mas quando eu a conheci percebi que essa frase não poderia estar mais errada, porque amar não é ser cego, amar é enxergar sim cada um dos defeitos do outro, mas amar cada um deles.

– Ela é uma garota de sorte... – falei com o coração apertado.

Peeta deu uma risadinha de lado, fitou o chão, olhou nos meus olhos novamente e, então, tomou meu rosto em suas mãos.

– Não, eu que sou um cara de sorte. Porque ali, naquela premiação, no meio de tanta gente, você foi diferente e tudo fez sentido, Katniss.

Imagino que após me deixar sem falas com essa declaração improvisada, Peeta tinha a intenção de me beijar em algum momento nos próximos dez segundos, mas como eu não podia passar nem mais um ansiando por aquilo, agarrei a gola da camisa do loiro e puxei, fazendo seus lábios irem de encontro aos meus.

Peeta me puxou pra perto de si e repousou uma das mãos em minha cintura, enquanto a outra passava pelos meus cabelos. Cruzei minhas pernas, prendendo-o entre elas, colei nossos corpos ao me impulsionar mais pra beirada da bancada, deixei uma das mãos no peitoral de Peeta e a outra levei a sua nuca. Nossas bocas pareciam que desejaram uma a outra durante tempo demais. Nosso beijo era intenso, daqueles de tirar o fôlego, mas que ao invés de me saciar só me dava mais vontade de beija-lo.

Agora, tudo que vocês precisam saber é que depois disso tirei a camisa de Peeta e ele tirou a minha, ele tirou a calça e eu tirei a minha... Algum tempo depois todas as nossas peças de roupa estavam jogadas em algum canto da cozinha e, bem, o resto é história.

+++

POV Clary

– Olha só essa! "Integrante da girlband Fifth Warrior, Clary Fray, após término com Percy Jackson, da Only One Objective, é vista constantemente acompanhada de parceiro de grupo de Jackson. Seria Jace Wayland pivô da separação?" – Eu lia, entre risadas, a matéria publicada no site do The Hob.

– Essa é mais leve, bem melhor que aquela outra do Pandemonium. – Jace tentava se lembrar do título da matéria. – "Entenda como Jace Wayland, o maior fura-olho do momento, destruiu a felicidade do casal mais queridinho do mundo da música."

– Mas nada supera a do Hogsmeade. – Eu ria enquanto lembrava as exatas palavras estampadas na capa da revista de fofocas. – "Discórdia em pessoa! Veja como Clary Fray deixou a amizade de Percy Jackson e Jace Wayland abalada e a Only One Objective por um fio."

– Realmente, essa ninguém barrou. – Jace concordava quase sem fôlego de tanto rir.

– É incrível até onde vai a criatividade desse povo. – falei enquanto colocava o laptop na mesinha de cabeceira e me jogava na cama, ao lado de Jace.

Instalou-se um silêncio um tanto quanto reconfortante no quarto, considerando todo o alvoroço da imprensa nos últimos dias. Diferente do que todas as revistas e sites de fofocas diziam, Percy e eu nos tornamos grandes amigos e estamos muito bem, obrigada. Inclusive depois que confessei a Percy meus sentimentos por Jace, ele me desejou toda a felicidade do mundo.

Enfim, Jace e eu resolvemos sermos mais reservados para evitar os holofotes e não gerar ainda mais especulações sobre nós dois, apesar de sermos só amigos. Ainda.

Lembrei de mais uma matéria engraçada e comecei a rir sozinha. Quando virei meu rosto na direção de Jace para contar, fui surpreendida por aquele par de olhos azuis me encarando.

– O que foi? – perguntei sorrindo meio envergonhada.

– Gosto do seu sorriso. Sempre que o vejo me deparo com o infinito mais bonito. – Eu ia dizer algo, mas ele me interrompeu, prosseguindo. – Olha, Clary, eu tinha prometido pra mim mesmo que ia esperar a poeira baixar, mas eu não aguento passar nem mais um segundo sem deixar sair aquelas palavras que nunca foram ditas...

– Eu amo você. - Soltei de uma vez só, sem nem pensar.

Jace calou-se e eu pensei que havia estragado tudo. Já estava me preparando para o fora que ia levar, até fechei os olhos para ele não vê-los marejar caso batesse aquela vontade de cair no choro. Mas ele não disse uma palavra sequer, apenas colou seus lábios nos meus e cheguei à arregalar os olhos surpresa, mas logo os fechei e me entreguei aquele tão esperado beijo.

Não era um beijo surpreendente, não era de tirar o fôlego, muito menos um dos mais intensos, era só um selinho. Um selinho longo, simples, com gosto de menta, graças ao chiclete que Jace havia mascado mais cedo. Era apaixonante, hipnotizante, viciante e carregado do amor que havíamos guardado um para o outro e que nunca soubemos dar a ninguém.

Ao fim do beijo, permanecemos de olhos fechados. Ficamos ali, com as testas coladas e o perfume de Jace invadia minhas narinas.

– Eu realmente não me importo com o que vão anunciar ou publicar sobre nós, eu tô disposto a tudo pra ter você do meu lado. Você me dá a paz que o mundo me tira, Clary, e eu não quero nunca mais viver sem essa paz e... – Jace levou seu polegar ao meu rosto e começou a acariciar minha bochecha. – sem esses lindos olhinhos verdes.

– Sabe minha mãe sempre me diz que o amanhã não nos é prometido, – Segurei sua mão e a beijei. – então eu vou te amar como se cada segundo fosse nosso último.

Jace me olhava como uma criança olhava para os presentes embaixo da árvore numa manhã de natal.

– Ei, isso se encaixaria bem na parte que falta da música, não é? – Eu disse assim que percebi.

– Verdade! Não tinha pensado nisso. Bem, pode deixar que eu termino e amanhã te vemos como ficou. Acho melhor você ir pra casa logo, antes que escureça mais. Não quero que você pegue um sereno e fique resfriada, ruiva.

Dei uma risadinha, olhei no fundo dos olhos de Jace disse:

– Não se preocupe, minha casa é qualquer lugar que eu esteja com você. – Então, sorri, sendo envolvida pelos braços de Jace e desejando nunca mais sair dali.

+++

POV Narrador

Percy estava sentado na cama encarando a janela de Annabeth, como fazia todas as noites antes de cair no sono. Ele podia ver a sombra da loira na cortina ir e vir no quarto e, algumas vezes, a via parar na direção da janela e esticar o braço para puxar a cortina, porém ela sempre desistia da ideia.

Esses momentos faziam o coração de Percy acelerar e, logo depois, ficar apertado pelas 24 horas seguintes, até ela ameaçar abrir a cortina de novo e o ciclo se repetir. Ele ansiava pelo dia que ela realmente puxasse a cortina, o visse ali e percebesse que sentia sua falta tanto quanto ele sentia a dela.

Assim que a luz no quarto de Annabeth foi apagada, Percy pegou o violão do lado da cama decidido tocar a primeira música que passasse pela sua cabeça, torcendo para aquilo trazer um pouco de paz para sua alma.

Posicionou o instrumento e escolheu a música que melhor definia como se sentia em relação a toda aquela situação, "Sorry" do Justin Bieber.

Is it too late now to say sorry?

É muito tarde para pedir desculpas?

Cause I'm missing more than just your body

Pois estou com saudades de mais do que apenas seu corpo

Is it too late now to say sorry?

É muito tarde para pedir desculpas?

Yeah I know that I let you down

Sim, eu sei que te decepcionei

Is it too late to say "I'm sorry" now?

É muito tarde para dizer "me desculpa" agora?

I'm not just trying to get you back on me

Não estou apenas tentando fazer você voltar comigo

Cause I'm missing more than just your body

Pois estou com saudades de mais do que apenas seu corpo

Is it too late now to say sorry?

É muito tarde para pedir desculpas?

Yeah I know that I let you down

Sim, eu sei que te decepcionei

Is it too late to say "I'm sorry" now?

É muito tarde para dizer "me desculpa" agora?

Quando terminou, encarou a janela da casa da frente, sem expectativas, porém, é como dizem, com baixas expectativas você pode se surpreender. Lá estava ela, apoiada no parapeito da janela e com seus fios, parecendo ainda mais dourados graças a luz, trançados de lado, sorrindo. Annabeth.

Logo que ela percebeu que ele a havia descoberto o observando tocar, tratou de tentar se explicar.

– Er... Eu só vim avisar que... É que... – Nenhuma boa desculpa para estar ali vinha a sua mente. – Eu... Eu terminei a letra e amanhã eu vou te enviar por e-mail. É. Isso. Então é só isso mesmo. Beijo, tchau. – falou tudo de uma vez só, fechou a cortina, afastou-se da janela e apagou as luzes.

Por uns segundos, Percy só ficou parado ali, sem reação. Então, aos poucos, um sorriso foi surgindo em seu rosto.

O moreno deixou o violão de lado e jogou-se na cama, sorrindo de orelha a orelha. Aquela noite foi a melhor de Percy em dias. Não uma noite em claro como as últimas, mas uma boa noite de sono, lotada de sonhos com sua amada. Uma noite sem coração apertado, sem angustia e sem peso na consciência.

Ainda havia esperança afinal. Afinal, ainda havia amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

I beg you, don't leave me! Faltam menos de 5 capítulos para o fim de Love In The Media, me deem uma última chance, por favorzinho.
XOXO, Bb.