Descobrindo O Erro! escrita por Lizzy
Notas iniciais do capítulo
Neste capítulo vocÊs irão conhecer Marina... Prestem atenção nela, eu garando que ela é cheia de mistérios. A cada capítulo Julie se convence mais do erro!
Espero que gostem do capítulo!
P.S: Malu Santiago seja bem vinda e obrigada por favoritar minha fic! Nós escritoras ficamos muito feliz quando isso acontece!
- Meu nome é Marina. – Respondeu a fantasma misteriosa – E você como se chama?
- Daniel. – Respondeu seco.
- Muito prazer, Daniel – Estendeu a mão para ele, olhando no fundo dos olhos de Daniel. Daniel apertou sua mão e a olhou, pensativo.
- Não sei, mas... Tenho a impressão de que te conheço de algum lugar. – Comentou Daniel, apertando os olhos.
Ela sorriu, e colocou a mão no queixo, chegando mais perto do rosto dele – Chris Garcia te lembra alguma coisa?
Daniel arregalou os olhos - Peraí, você é a garota que ganhou o concurso!
- Exatamente. Até que você tem uma boa memória.
- Mas, como que...
- Três anos depois de vocês. Numa tragédia de avião. – Respondeu ela sem deixá-lo terminar a pergunta.
Diante da resposta, Daniel calou-se. Ela, então, descruzou as pernas, cruzando-as em seguida para o outro lado. Ele deu uma disfarçada, mas não pode deixar de notar outra vez que ela tinha belas pernas.
Ela bebeu um gole do seu suco de ectoplasma e perguntou:
- O que faz um fantasma como você, sozinho, numa noite como essa?
- Um fantasma como eu?!
- É... Você é bem interessante. – Mordeu o lábio inferior.
- E você é bem direta.
Ela riu do comentário – Direta e determinada. Quando eu quero uma coisa, eu vou lá e consigo. - Olhou mais uma vez para ele de forma sensual. - E no momento já tenho meu alvo.
Daniel riu sem graça. Ele achou a fantasma bem atrevida, mas tinha de admitir que estava gostando de ser assediado daquele jeito.
Do outro lado, Martim e Félix também estava sentados em uma mesa, conversando.
- Félix, meu amigo, hoje o Daniel não me escapa!
Quando ouviu isso, Félix quase se engasgou com seu suco – Quê?!
Martim deu uma risada divertida - Tem razão. Soou meio estranho, né?
- Meio?!
- Ok! Mas, o que eu estava querendo dizer é que finalmente eu tenho a fantasma perfeita que vai fazer o Daniel esquecer da Julie de uma vez por todas.
- Ah, é?! Quem?
- O nome dela é Juliana. Ela é a fantasma mais gata do bar dos fantasmas.
- Não é não. – Martim franziu a testa – Aquela – Apontou para trás de Martim com o queixo - é a fantasma mais gata do bar.
Martim virou o rosto por cima do ombro – Cara, você tem razão. Ela é gata! Peraí, aquele não é o... Daniel!
- Ele mesmo.
Martim virou o rosto em direção ao Félix – O nosso Daniel voltou! – Eles bateram as mãos. –Agora é a sua vez.
- Minha vez? Minha vez de quê?
- Sua vez de arranjar uma namorada.
- E quem disse ao senhor que eu estou atrás de uma?
Ele pegou no ombro de Félix – Félix, meu amigo, todo mundo quer uma namorada. Então, não se preocupe que eu vou te ajudar. Qual a sua preferência? Comece com o cabelo, depois os olhos e por fim, o corpo.
Félix fez careta – Cara, você é doente. – Revirou os olhos.
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Enquanto isso, na casa de Julie, Nícolas e Julie estavam assistindo a um filme, sentados no sofá. Nícolas estava com o braço ao redor dos ombros de Julie acarinhando seu braço. O filme já estava na metade, quando Julie pegou o controle e pausou.
- Quer pipoca? – Perguntou Julie para Nícolas.
- Quero.
Julie se levantou – Já volto!
Ela foi direto para cozinha. Chegando lá, abriu o armário e pegou uma pipoca. Colocou-a dentro do forno microondas. Ligou por 3 minutos. Então foi até a geladeira para ver o que tinha para beber. Escolheu pegar um refrigerante que já estava aberto. Quando fechou a porta da geladeira, levantou o rosto e deu de cara com alguém. Ela tomou um susto, levando a mão instintivamente ao coração, e quase derrubou o refrigerante no chão.
- Ai que susto, moleque! O que você tá fazendo aqui? – Perguntou Julie com raiva.
- Eu só vim fazer um sandwiche pra mim. Tô morrendo de fome. – Respondeu Pedrinho com inocência.
- Tá bom. Mas, faz teu sandwiche rápido e sobe porque o Nícolas tá aqui e eu não quero que você fique bisbilhotando a gente.
O forno microondas tocou anunciando que a pipoca estava pronta. Julie abriu a portinha dele e com cuidado pegou a pipoca, despejando-a numa bacia. Depois colocou refrigerante em dois copos. Pegou uma bandeija e colocou tudo em cima dela.
- Ainda não subiu, Pedrinho? – Perguntou para o irmão que começara a comer, sentado à mesa.
- Não. Você sabe muito bem que o papai não gosta que a gente coma no quarto.
- É. Mas, o papai saiu e na ausência dele quem manda aqui sou eu. – Mostrou o dedo indicador em riste - Chispa daqui! – Pedrinho demorou a levantar-se – Vamos, moleque! - Bateu palmas, o enxotando - Rápido! Parece um bicho preguiça!
- Tá! – Respondeu emburrado - Já tô indo! – Pedrinho levantou-se, pegando o copo e o sandwiche – Mas, Julie, eu tenho que te dizer uma coisa...
- Agora não, Pedrinho. – Julie equilibrava a bandeija, indo em direção a sala - Depois você me conta. – Saiu deixando Pedrinho falando sozinho.
- Tá bom. Eu só queria dizer que o papai ligou e que ele disse que ia chegar cedo, mas já que você não quer me escutar. Boa sorte! – Soltou uma risada travessa e saiu correndo escada acima.
Ao chegar na sala, Nícolas levantou-se para ajudar Julie com a bandeja. Ele retirou de suas mãos, colocando-a em cima da mesinha que ficava entre a tv e o sofá. Julie sorriu agradecida. Então ambos sentaram outra vez no sofá, e Julie já ia dando play no filme quando Nícolas pegou em sua mão, impedindo-a.
- Espera, Julie! – Ela parou esperando que ele continuasse. Mas, ao invés de falar alguma coisa, Nícolas enfiou a mão no bolso de sua calça e retirou um envelope, entregando-o para Julie.
- O que é isso? – Julie perguntou olhando para o convite.
- É o convite de casamento da minha irmã. – Julie sorriu – Quero que você vá comigo... – Pegou delicadamente em sua mão - Como minha namorada.
Julie sorriu ainda mais, e ao invés de responder, o beijou. Diante disso, ele segurou sua cintura tentando chegar mais perto. Julie ia segurar sua nuca quando, de repente, pra tomar um pouco de fôlego, abriu os olhos...
- PAPAI! – Gritou Julie, olhando, assustada, em direção à porta da frente. Nícolas tomou um susto, virando-se. – O senhor não ia trabalhar hoje até tarde?
- O Pedrinho não te deu o recado? – Julie se sentiu uma anta por não ter escutado seu irmão - Eu liguei e disse que ia chegar cedo. – Cruzou os braços - Mas, agora, dá pra alguém me explicar o que está acontecendo aqui?
- Eu posso explicar, Seu Raul... – Nícolas intrometeu-se – Meu nome é Nícolas. – Estendeu a mão para o pai de Julie – Eu sou o namorado da Julie. – Seu Raul, apertou a mão de Nícolas, com cara de poucos amigos.
- Mas, vocês tão namorando mesmo? Não é aquela coisa de ficar não, né? Eu digo isso porque quando a Julie tava namorando o Valtinho, eles não passaram nem três dias namorando, então... Acho bom vocês terem certeza do que tão fazendo. Não quero minha filha mal falada por aí.
- Pai! – Julie gritou, trincando os dentes.
- Valtinho??!! – Estranhou Nícolas.
- É uma longa história. Depois eu te conto. – Julie falou para o namorado, envergonhada.
Seu Raul foi até a tv – Hum, esse filme é bom! – Sentou-se no sofá. Julie e Nicolas se entreolharam, sem entender.
- Pai, por que o senhor tá sentado aí? – Julie quis saber.
- Porque eu vou assistir o filme com vocês. – Julie olhou para o namorado, revirando os olhos. – Vá, filha! Rebobine aí!
- Pai, isso é um DVD, não uma fita cassete. A gente não “rebobina” mais o filme! – Falou Julie, irritada.
- Ah, filha, tanto faz! Volta aí o filme e pronto!
Julie obedeceu, pegando o controle. Nícolas, por sua vez, sentou-se do lado direito de Seu Raul, já que Seu Raul fez questão de sentar entre os dois. Julie sentou-se à sua esquerda. Seu Raul tentava ficar cada vez mais a vontade. Parecia que ele nem se tocava do que estava fazendo. Isso a irritou profundamente.
Ao longo do filme, Nícolas espreguiçou-se com a desculpa de esticar a mão em direção a Julie. Mas, desistiu do feito quando viu que Seu Raul o olhou de relance. Eles tiveram que se conformar. Julie colocou a mão no queixou e bufou, sabendo que teria uma longa noite... Sem namorado.
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Ao mesmo tempo, no bar dos fantasma, Daniel e Marina conversavam animadamente. Eles descobriam muitas coisas em comum. De repente, sem assunto, o silêncio reinou entre os dois, quando a música do bar mudou de agitada para bem lenta.
- Quer dançar? – Marina perguntou, pegando Daniel de surpresa.
- Não. – Respondeu seco.
- Por que não sabe, ou porque não quer?
- Porque não quero.
- Que pena, então... – Suspirou e levantou – Eu terei de dançar sozinha. Se mudar de idéia, eu estarei lá no meio do salão. – Virou-se e rebolando foi para o meio do salão.
Daniel continuava sem acreditar no quanto aquela fantasma era atrevida. Ela dançava com toda sua sensualidade passando a mão pelo seu corpo, provocando-o. Daniel riu pelo nariz e baixou a cabeça em negativa quando percebeu que ela o chamava com o dedo indicador. Contudo ao levantar a cabeça, mal pôde acreditar no que via, não era mais Marina quem dançava ali, e sim Julie. Pelo menos, era o rosto dela que ele via com o corpo de Marina. Daniel ainda tentou apertar os olhos e esfregá-los, mas aquela visão não desapareceu, pelo contrário, ela ficou ainda mais forte. O que estava acontecendo com ele? Será que havia pirado de vez?
Ela o chamou mais uma vez, e dessa vez, ele não pensou duas vezes, levantou e foi até ela. No começo, ele achava que se chegasse perto talvez aquela imagem desapareceria, mas para seu desespero isso não aconteceu.
- Julie?! – Exclamou, olhando para aquela visão.
A fantasma enlaçou Daniel pelo pescoço – Eu posso ser quem você quiser. – Sussurrou em seu ouvido. Daniel a puxou pela cintura, como que hipnotizado e eles começaram a dançar.
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Mais tarde, o filme terminou. Julie pegou o controle para desligar. Seu Raul havia dormido na maior parte do filme.
- Acho que ele tá dormindo. – Comentou Nícolas, e um ronco bem alto ecoou pela sala – Só acho. – Os dois gargalharam. Seu Raul se mexeu em meio a risaiada. Eles colocaram a mão na boca, segurando o riso, mas ele não acordou – Acho melhor eu ir. Tá ficando tarde.
- Eu te acompanho até a porta. – Julie disse e os dois saíram abraçados.
Quando Julie abriu a porta – Bia?!
- Ah, oi Julie! Eu já ia tocar a campainha... Oi Nícolas! – Ela deu dois beijinho nele, um de cada lado.
- Oi Bia! – Respondeu Nícolas – Cadê o Valtinho?
- Daqui a pouco ele tá vindo me buscar, ou seja... Ele não sabe que eu tô aqui, portanto, bico calado.
Nícolas riu – Tá bom. Pode deixar que eu fico queto – Virou para Julie e lhe tascou um selinho – A gente se vê amanhã na escola. Boa noite!
- Boa noite! - Julie respondeu, e esperou até que seu namorado dobrasse a esquina para pegar a mão da amiga em direção ao quarto – Vamos lá pra cima! Lá a gente conversa melhor.
Quando chegaram na escada, Bia parou – Seu Raul, tá no sofá?
- É, ele fez o favor de assistir ao filme com a gente. Acredita nisso?
Bia gargalhou – Ai Julie, que mancada!
Elas subiram até o quarto e sentaram-se na cama com os pés em forma de borboleta, uma de frente para outra.
- Vai, Julie, me conta, como foi o encontro do Nícolas com os fantasmas? – Perguntou Bia com animação.
- Foi bom até... O Nícolas partir pra cima do Daniel.
- Quê?! Eles brigaram?
- Não, porque na hora que eles iam se atacar, eu pulei no meio dos dois pra impedir.
- E por que o Nícolas fez isso?
- Porque ele lembrou que o Daniel foi o fantasma que o assustou naquele dia. E também porque... Ele disse que acha que o Daniel quer me roubar dele. Acredita nisso?
- Ai Julie, você sabe que é verdade.
- Eu sei, mas... Isso não dá o direito do Nícolas se comportar daquela maneira. Eu já estou me enchendo com isso, sabia?! O Nícolas é muito ciumento, e olha que eu já cansei de repetir pra ele que o Nícolas e eu somos apensa bons amigos e que o Daniel sempre será o meu namorado.
Bia caiu na gargalhada e Julie não entendeu – O que foi? Eu disse alguma coisa engraçada?
- Ai Julie, você ouviu o que você acabou de dizer? – Julie franziu a testa – Você disse que o NÍCOLAS e vc são apenas amigos e que o DANIEL é o seu namorado. Você trocou os nomes!
- Sério que eu fiz isso?
- Sério. Sabe o que deve ser isso?
- O quê?
- Seu inconsciente querendo outra coisa – Continuou rindo.
Julie fez careta – Não fala bobagem, Bia!
- Imagina se o Nícolas escuta isso?!
- Nem brinca com um negócio desse! – Exclamou Julie.
Bia riu, mas seus olhos se voltaram para o convite que estava na mesianha de cabeceira de Julie – Ah, tava estranhando você ainda não ter sido convidada para o casamanto da sua cunhada. – Julie sorriu – A irmã do Nícolas disse que o Nícolas podia convidar um amigo, e ele escolheu o Valtinho, ou seja... Eu também vou.
Julie ficou super feliz e abraçou a amiga – Graças a Deus que você vai porque eu já tava pensando como era que eu ia enfrentar a família do Nícolas, sozinha.
- É, e... Você já falou com os fantasmas?
- Não. Por que eu deveria falar com eles?
- Ai Julie, você não viu a data do casamento? – Julie negou com a cabeça – É no mesmo dia do show dos Insólitos.
- Ai meu Deus! Jura?! – Julie perguntou, apavorada.
Bia assentiu com acabeça e já ia confortar a amiga quando...
- BIAAAAA!
- Droga! É o Valtinho! - Bia comentou com Julie.
- BIAAAAAA! – Gritou Valtinho mais uma vez. Ele estava no jardim gritando para a janela.
Bia foi até à janela – Para de gritar Valtinho! Vai acabar acordando todos os vizinhos!
- Não quero saber! Você tem dez segundos para descer senão eu vou gritar de novo 10, 9, 8...
Bia se virou pra Julie, enquanto Valtinho contava – Er, eu tenho que ir...
Julie riu – Vai lá antes que ele suba a parede igual um Romeu.
- De Romeu esse aí não tem nada. – Disse Bia rindo. Julie levantou e abraçou a amiga, despedindo-se.
- Ah, só uma coisa... – Falou Bia com a porta entreaberta – Como ficou aquele papo do Nícolas com a Thalita?
Julie sorriu – Tá tudo bem. O Nícolas me prometeu que nunca mais vai acreditar na Thalita.
- Que bom! Tô indo! Tchau, Julie! – Saiu, fechando a porta atrás de si.
Julie não viu os fantasmas o dia inteiro. Sentiu falta e foi correndo para edícula.
- Martim, Félix! – Julie falou quando os viu sentados no sofá - Ué, cadê o Daniel?
Eles se entreolharam – O Daniel tá lá no bar dos fantasmas dançando com uma gatinha – Respondeu Martim.
Julie riu – Ai, vocês ainda continuam com isso?! O Daniel vai matar vocês quando chegar. Ele odeia dançar com a Débora.
- Mas, a gente não falou que era a Débora. – Disse Félix.
- É, e eu posso garantir que o Daniel não está nem um pouco com raiva da gente. – Completou Martim com malícia.
- Ah, não?! – Julie estranhou
- Não. Ele está dançando com o rosto bem coladinho. E ela é muito gata!
Julie baixou o olhar. Ela não gostou nem um pouco de escutar aquilo. Morreu de ciúmes.
- Tá bom então! Eu queria falar uma coisa com os três, mas depois eu falo... Boa noite vocês!
- Boa noite, Julie! – Responderam em uníssono
Julie saiu e voltou para o quarto. Desabou na cama. Não estava bem. Teve vontade de chorar e não sabia o porquê disso. Será que estava ficando maluca? – Pensou.
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- JULIE! O que significa isso? – Perguntou Nícolas, jogando com ttoda força, o jornalzinho da escola na carteira da Julie. Ela fiocu assustada com o tom de Nícolas e olhou para a foto de capa. Ela mal podia acreditar no que via.
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E aí o que Julie irá decidir?
E que foto será essa? Alguém arrisca!
Marina é um perigo, Julie que se cuide!
Reviews, please!
Beijos:***