The Big Six - School Of Guardians escrita por Zakuro


Capítulo 25
Ao resgate


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pelos comentários ♥ ♥ ♥ ♥
Se eu demorar a postar, não me culpem, acabaram minhas férias D: enfim, leiam as notas finais ;)



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POV Soluço

Não gostei do fato de Astrid concordar que o Ian é fofo e isso estava me incomodando mais cedo, mas agora eu tenho mais o que me preocupar; Banguela sumiu.

 Estava em meu quarto quando Jack chegou voando pela janela, me chamando urgente para a sala da diretora para falar com North. Assim que recebi a notícia a porta da sala foi aberta novamente, dando passagem para as garotas entrarem rapidamente.

 Astrid veio até a mim e segurou minhas mãos enquanto meu cérebro ainda assimilava a notícia. Logo que chegou, Rapunzel havia começado a chorar e duvido que ela percebeu isso, já que estava fazendo mil perguntas.

- Mas c-como? Quem faria isso com eles? – Ela perguntou entre lágrimas. Violeta e Merida a amparavam vendo o nervosismo dela. Astrid já me abraçava na tentativa de me dar um apoio maior.

- Eu lamento, mas ao que sabemos Breu tem aliados, porém não imaginávamos que fossem tão poderosos! – North comentou, passando a mão pela barba branca. - Vocês precisam partir em uma missão de resgate imediatamente. E como dessa vez não podem voar no Banguela, irão por terra mesmo. Darei os portais, seria mais simples irem pelas tocas do Coelhão, mas estamos próximos a Páscoa, e ele tem que arrumar tudo. Portanto...

- Já entendemos Noel, vamos logo antes que a loirinha cause uma enchente com tantas lágrimas. – Jack cortou North, pegou seu portal e jogando-o contra a parede para abri-lo.

  Eu queria salvar meu amigo, mas estava me sentindo fraco sem ele; impotente, sem forças para lutar sem aquele que era minha força. Só que mais do que eu, era Rapunzel quem estava sofrendo mais; assim como eu, os animais faziam parte da sua vida de um modo importante e Pascal era um velho amigo dela, apesar de não ser tão forte quanto meu Banguela.

Dei um selinho em Astrid que suspirando falou:

- Vai lá. – Ela estava com o rosto preocupado, mas sorriu como se falasse “vai ficar tudo bem”, então segui os outros pelo portal. 

Violeta ainda amparava Punzie, mas dessa vez só segurando sua mão, e Merida estava ao seu lado. Wilbur chegou até mim e tocou no meu ombro; eles estavam tentando nos ajudar, eu entendo, mas tudo que poderiam fazer por mim seria me dar o meu dragão de volta!

- Chegamos. – Jack indicou sério, sendo o primeiro a pisar fora do portal. Todos saíram antes de mim e de Rapunzel para checar o local, no fim acabamos ficando um curto tempo a sós.

- Você acha que vai ficar tudo bem? – Ela perguntou serrando os 

punhos. Sorri fraco e dei a resposta que gostaria de ouvir de alguém naquele momento.

- Sim, garanto que sim. – Vi os o olhos dela brilharem novamente por um segundo, mas ela logo abaixou a cabeça novamente. Um sentimento incômodo percorreu meu corpo no mesmo momento.

Astrid poderia até reclamar comigo depois pelo que fiz, mas a Punzie é minha amiga e eu vou ajuda-la!

Peguei delicadamente sua mão, entrelacei nossos dedos e a puxei rápido para sairmos do portal. Pelo canto do olho pude ver que ela me encarava parecendo surpresa, mas tentei ignorar enquanto sentia o rosto esquentando.

    Quando saímos do portal paramos em uma espécie de grande sala, com paredes de ferro e vazia. No canto havia um painel com vários botões e alavancas estranhas, o que me pareceu importante por algum tempo, mas não durou muito; um leve grunhido familiar me chamou a atenção para o centro da sala.

Banguela.

Levei um susto ao ver Banguela preso como no dia que fomos derrotar o Morte Vermelha, mas diferente daquele dia, ele estava amarrado com fios azuis brilhantes feitos de alguma coisa energética.

- Essa não! – Violeta exclamou, olhando para o mesmo lugar que eu. - Minha família e eu ficamos presos nisso quando Bochecha nos capturou. Temos que tira-los rápido daqui! – Ela estava assustada com a lembrança e parecia presa em pensamentos quando Merida, mesmo estranha, foi na frente e tentou puxar Pascal dos fios. Jack também tentava soltar Banguela com seu cajado. – Cuidado! – Vi gritou de repente e levou as mãos à boca com a cena que vimos. Os fios envolveram Jack e Merida, prendendo suas mãos e pés e puxando-os para a armadilha; eles tinham sido presos também.

- Que Droga! – Jack murmurou, se debatendo frustrado. – Ótimo, estou preso. E agora? – Os olhos de Jack foram até Wilbur, o encarando.

- Vi, como vocês se libertaram? – Wilbur perguntou meio cuidadoso. Estava perto do painel com a mão nos botões e parecia confuso ao olha-los.

- A mulher que pegou meu pai, Mirage, nos ajudou. – Violeta estava muito nervosa, colocando as mãos no rosto para esconder o medo. - Rápido, precisamos...

- Minha queria Violeta Incrível! – Me virei quando uma voz desconhecida chamou Vi, a deixando mais assustada. - A quanto tempo não nos vemos! Como vai a família Incrível? – Saindo das sombras, um cara de cabelo em pé e com um enorme “S” na roupa preta e branca chegou voando, perguntando para Violeta como se fossem amigos. Ela se encolheu um pouco e nós três estranhamos o ato dela.

- Como eles estão não te interessa, Bochecha! – Ela voltou à posição normal de ataque, com as mãos fechadas.

- Já disse que é Síndrome, e não Bochecha! – O cara urrou nervoso, mas depois pareceu se acalmar ao olha-la melhor. - Olha só, tenho uma surpresinha para você, sabia? Um velho amigo meu, que eu achei que poderia me ajudar... – Ao lado dele se aproximou um garoto magro e magro, moreno e de cabelo escuro.

- Toninho... – Violeta arregalou os olhos em choque. Eu e Punzie estávamos perto de Wilbur e assim que ele ouviu o que ela falou, largou o que quer que fosse que estava fazendo nos botões, e olhou para onde ela olhava; correu e ficou no mesmo lado que Vi.

Acho que Wilbur estava se preparando para algo, caso precisasse, já que até de olhos meio fechados ele estava.

- Vejo que ainda se lembra de mim, não é Vivi? – O menino que ela chamou de Toninho disse e sorriu de lado. Enquanto eu piscava, ele já estava do lado dela lhe dando um beijo na bochecha, mas da distancia em que eu estava não parecia ter sido de fato na bochecha. Violeta fez um campo de força ao redor de si, o afastando bruscamente.

- Síndrome, o seu problema é comigo! Não precisava trazer esse imprestável para te ajudar! A não ser, é claro, que você não seja bom o suficiente para dar conta de uma garota! – Violeta provocou o tal Síndrome furiosa e pareceu funcionar já que ele lançou um raio preto em sua direção.

 Procurei Rapunzel ao meu lado, mas ela já estava ajudando. Provavelmente se aproveitou de um momento de distração e acabou prendendo Toninho com cipós, enquanto Wilbur dava socos raivosos nele.

É, acho que o ciúme deixou o Wilbur meio pirado.

   Parei de observar os outros, corri até o painel e fui tentar mexer nos botões para libertar os outros. Passaram-se alguns segundos enquanto desesperadamente tentava apertar algum botão que ajudasse, mas só acabei piorando a situação por estar nervoso.

Violeta parecia esgotada e seu escudo falhava algumas vezes. Logos os raios a acertariam se suas cambalhotas dessem errado e ela não arrumasse um jeito de atingir Síndrome que voava. A vi correndo em direção de uma parede, pegando impulso, pulando para o alto e se segurando nos pés de Síndrome.

Com uma agilidade incrível, Violeta escalou as costas dele e prendeu o pescoço de Síndrome entre seus braços, querendo sufoca-lo. Infelizmente o vilão voou de encontra às paredes de aço, fazendo as costas Violeta se chocar com brutalidade.

Toninho havia escapado e, de fato, era muito rápido para Rapunzel prende-lo sem ajuda. Ela estava de joelhos no chão, puxando Wilbur desmaiado e com o nariz sangrando para trás de si enquanto esperava um ataque do ex-namorado de Violeta, que logo surgiu e atingiu a loira com um chute no estomago.

Jack e Merida gritavam enfurecidos olhando as cenas, mas em algum ponto um choque começou, fazendo-os gritar de dor. Olhei para eles assustado quando o barulho do choque terminou e os vi desmaiarem.

Eu não queria acreditar que isso estava mesmo acontecendo; meus amigos estavam todos machucados de algum modo, e eu não posso fazer nada!

   Continuei mexendo nos botões sentindo um desespero gigantesco fazer meus joelhos e mãos tremerem. Ouvi um baque no chão e me virei para olhar o corpo de Violeta caído no chão e Rapunzel apoiada nas mãos, parecendo ferida enquanto tentava cantar sem folego a canção de cura com os cabelos espalhados ao redor de Wilbur.

 - Rapunzel! – Gritei, vendo os cabelos dela começarem a brilhar a partir da raiz. Logo Toninho estava atrás dela, acertando sua nuca e fazendo-a desmaiar. Violeta se levantava cambaleante, soltando alguns gemidos de dor e estendendo a mão na minha direção.

Um escudo falho se formou ao meu redor quando Toninho desapareceu do lado de Rapunzel. O barulho dele batendo contra o campo de força de Violeta me assustou, mas tentei me concentrar nos botões do painel; se pelo menos conseguisse soltar Banguela poderia ajudar!

 Eu precisava de Banguela. Eu poderia ajudar!

Até que o campo de força se desfez por completo, enquanto o ruivo chegava com o menino ao mesmo tempo em minha frente, soltando umas pequenas agulhas em minha direção. Me abaixei bem a tempo e ouvi o barulho do painel de metal sendo perfurado.

- E agora Guardião do Outono? Como se sente vendo seus amigos sofrerem e ainda assim, não poder salva-los? – Síndrome tirou de dentro da roupa um pequeno controle, apertou um botão que fez o choque ressurgir e atingir Jack, Merida, Banguela e Pascal presos. Mesmo desmaiados eles gritaram quando sentiram o choque os atingindo e se espalhando pelos seus corpos.

- Quem disse que eu não posso salva-los? – Decidi desafia-los, tentando arrumar um plano. Tudo bem que eu ainda não tenho poderes, mas como passo muito tempo com Astrid, aprendi a lidar melhor com desafios.

- Eu digo! Você é só o Guardião do Outono. – O vilão disse, flutuando ao redor da mesa para me encontrar. - E Guardião das estações só tem poder perto da natureza, não pode agir salvando os amigos sem suas folhas secas por perto, probrezinho! Isso é função de outro tipo de Guardião.

Fiquei em silêncio, ouvindo Síndrome rindo da minha suposta burrice com Toninho, apontando algum tipo de arma em minha direção. 

Fechei os olhos para não ver o que me atingiria, me lembrando de todos os momentos importantes que vivi até agora.

Conhecer Banguela, namorar Astrid, me tornar o orgulho de Berk e descobrir que sou um Guardião. Um Guardião do Outono e da Amizade morto, sem nem mesmo descobrir seus poderes...

É isso!

Eu sou o Guardião do Outono. E também o guardião da Amizade. Mas eles não desconfiam disso!

 Porém, mesmo sabendo que posso salvar todos, não tenho a mínima ideia de como liberar meus poderes. Vamos tentar distraí-lo até uma ideia melhor surgir, certo?

 - Se você diz... – Dei de ombros e desviei de mais uma agulha. Quando me virei vi de relance meus amigos com expressões de dor e o raio aumentando de intensidade conforme Síndrome girava algum botão no controle.

Meu plano de distraí-lo daria certo, se não tivesse acontecido uma forte dor no meu peito. Caí de joelhos no chão, sentindo uma dor de cabeça gigantesca, vendo tudo rodar. Os gritos ecoavam dentro de minha cabeça mais altos, e a visão dos outros caídos no chão e feridos fez meu estomago se embrulhar.

- Quem diria que esse fracote de uma só perna iria aguentar esse tempo todo!? Pois é, viu os outros sofrerem e não aguentou. – Não identifiquei quem falou, minha cabeça girava.

Pensei que seria o fim para todos nós quando senti um leve vento soprar meu rosto como em um sonho, mas ouvi minha consciência falando algo. Disse, me alertando com a voz urgente:

“Soluço, não desista! Você tem muito a viver, deve derrotar o mal ao lado dos seus amigos, proteger as amizades. Levante-se!”

Fiz o que eu “ouvi”. Olhei ao redor, me levantando lentamente sem saber de fato o que fazer, até um escudo cinza aparecer em minha frente; tinha faixas marrons e o aço dele era brilhante como diamantes à luz do sol. O peguei e o encaixei no meu braço perfeitamente.

“Pela união dos ventos.” Minha consciência disse confiante.

 - Pela união dos ventos! – Repeti alto e forte, para todos ouvirem. Do meu escudo saíram folhas alaranjadas como se impulsionadas pelo ar e por algum motivo sabia que eram mais afiadas que qualquer lâmina. Acompanhadas de um vento fortíssimo, que mais parecia um tornado, atingiram Sindrome e o amigo que estavam de costas se divertindo com os choques.

Eles foram jogados contra a parede e só conseguiram se soltar quando o vento parou. Havia vários cortes espalhados na pele deles, enquanto se levantavam um pouco zonzos.

- Como?! – Perguntaram chocados, e quase ao mesmo tempo. Lançaram um raio negro, ao qual desviei. E sumiram na areia negra.

   Repeti a frase, mas desta vez apontando para o local onde meus amigos estavam. Eles caíram no chão assim que se livraram dos fios azuis quando destruí a maquina que os produzia.

Banguela correu até mim assim que se soltou. Demos um abraço muito forte e, por um momento, esqueci-me do escudo. Quando o olhei, este tinha virado uma caneta, e estava no meu bolso do uniforme.

O camaleão de Rapunzel correu até a menina desmaiada no chão e começou a lambê-la, preocupado e soltando guinchos altos, logo a acordando.

- Pascal – Punzie quase gritou quando abriu os olhos e o viu. Fui ajuda-la a se levantar e a pegar Pascal entre as mãos, enquanto Banguela ajudava os outros a acordarem. – Amigo, quem fez isso com você? Me conta depois, ok? – Ele “assentiu” enquanto a voz da loira ficava carregada com as lágrimas.

Demorou algum tempo para conseguirmos acordar os outros, mas os cabelos de Rapunzel foram uteis agora que ela conseguia cantar mesmo que baixinho e com a voz rouca.

- Todos estão bem? – Perguntei me aproximando dos outros. Wilbur parecia cansado e o nariz não sangrava mais, ainda assim tinha em ombros uma Violeta quase desmaiada só que menos ferida do que antes; Merida estava esticada no chão - provavelmente desmaiada - com o Jack colocando um pouco de gelo em sua testa; - Acho melhor Banguela levar Violeta e Merida.

- Vamos logo, precisamos trata-las. – Jack pegou Merida no colo e a montou em Banguela, depois Wilbur fez o mesmo com Violeta.

É, parece que já já não seremos só eu e Astrid namorando.

   O mesmo processo de sempre foi feito; entrar no portal e sair em algum lugar da escola onde alguém nos esperava. Durante o percurso do portal todos foram me dando os parabéns por ter conseguido o escudo e me agradecendo por salva-los.

Enfim me senti importante para alguma coisa.

- Soluço! – Astrid pulou nos meus abraços, e com o olhar dela percebi a pergunta que queria fazer. Assenti e ela sorriu. Banguela foi com North para algum lugar deixar as meninas para serem tratadas, Wilbur e Jack foram para o dormitório conversando algo importante com muito ódio. E eu fiquei com as duas loiras.

- Eu queria te agradecer por nos salvar hoje. Você foi incrível. – Rapunzel falou sorrindo. Ela também estava cansada e por isso se desequilibrou um pouco por causa do cabelo, mas eu e a Astrid a pegamos antes de cair.

- Tenho que ir, ainda estou em aula.- Astrid disse, ouvindo o sinal tocando. Ela nos olhou e sorriu para mim, passando a mão nos meus cabelos carinhosamente. - Soluço, cuide bem da minha amiga. – Disse rápido, me dando um leve beijo e correndo em direção das salas.

Vimos Astrid sumir da nossa vista e ficamos sozinhos novamente, eu e Rapunzel. Quebrei o silêncio, respondendo o agradecimento da loira.

- Não foi nada Punzie. Eu até já deveria ter te pedido desculpa por ter te deixado se machucar com aquele robô. Você sabe, eu... Eu... – Ela se soltou do apoio do meu ombro ficando em minha frente, com um olhar de dúvida. – Por Odin, eu quero te pedir desculpas por ter te deixado se machucar. Pronto, é isso.

Ela riu, cobrindo a boca enquanto eu olhava para o chão sentindo o rosto esquentar. Uma turma de alunos saía da sala na mesma hora, jogando bolinhas de papel e fazendo brincadeiras ao trocarem de sala.

- Ai! – Alguma coisa acertou as costas dela, fazendo-a desmanchar o leve sorriso, e cair para frente violentamente. Com o impulso ela colocou os braços em volta do meu pescoço para se segurar, e nossos narizes quase se tocaram.

   Santo Thor, que a Astrid não me ouça e nem leia pensamentos, mas os olhos da Rapunzel são ainda mais lindos de perto!

Vendo nossa proximidade ela ficou vermelha, possivelmente mais do que eu já estava. Se soltou de mim, saiu correndo e gritando um “desculpa”, com os cabelos voando na medida que ela corria.

    E eu fiquei que nem um bobo ali, vermelho, até despertar do que quase tinha acontecido. Também corri para o meu quarto, tentando espantar os olhos de Rapunzel da minha mente.

-

- Admita logo Frost! Não vai tirar essa ideia fácil da minha cabeça! – Ouvi Wilbur quase gritar assim que entrei no quarto, sendo acertado por um travesseiro em seguida.

- Nunca! Eu já disse que não tem nada haver! Eu faria isso com qualquer um! – Jack estava sentado na própria cama, e Wilbur na dele, os dois se encaravam como se uma guerra fosse acontecer.

- Não faria! Eu te conheço. – O Albino levantou uma sobrancelha diante da frase de Wilbur, que se corrigiu. – Quer dizer,meconheço. E sei que somos parecidos, portanto...

- Do que estão falando? – Perguntei para ver se notavam minha presença; Me olharam meio assustados, mas relaxaram, acho que por constar que era apenas eu.

- Refletindo sobre o que a menina mais linda do colégio falou sobre a tal porção. – Wilbur  disse com uma expressão sonhadora, sei lá, suspirando, como eu fiquei com a Astrid; Jack gargalhou, e eu já suspeitava de quem ele falava, mas mesmo assim perguntei.

- Rapunzel? – Eles me olharam divertidos e maliciosos.

- Punzie? – Perguntaram juntos, então me toquei do meu erro.

- Por Odin, onde eu estava com a cabeça?! – Ouvi Jack murmurar que “em cima do pescoço”, ignorei e continuei. – Me refiro a Astrid. Ela é a mais linda!

- Uhum... – Eles fingiram concordar e se olharam cumplices.

  Deuses, eu suplico, faça com que essas crianças não contem nada, ou eu serei um viking sem cabeça, já que a Astrid a cortara em milhões de pedacinhos, e distribuíram para os dragões selvagens se satisfazerem.

  Sabe aqueles dragões da ilha dos exilados? Exato, ela domou um deles, portanto para servir o jantar ao modo Soluço, é fácil. E se os deuses gostam ao menos um pouco de mim, eu peço  isso.

- E-eu... Do que vocês estavam falando mesmo? – Tentei fugir do assunto, me sentando depressa da cadeira que estava virada para a minha cama.

- Sobre o que a Violeta falou em relação ao modo de quebrar o efeito da poção. – Jack me respondeu, e eu notei a quem Wilbur tinha se referido anteriormente; Viu? Eu disse que em breve não seremos só eu e Astrid de casal!

- E? – Eu não tinha entendido direito o que ela tinha dito, por isso gostaria de explicações.

- E que ogêniodo futuro descobriu o que é o tal beijo do “amor verdadeiro”... – Jack fez as aspas com a mão, e uma cara muito estranha.

- Mas acabei de ter uma ideia para podermos descobrirquemé o amor da ruiva! – Wilbur falou alegre e estalando os dedos; Jack fez cara de entediado; e eu continuei meio serio, meio risonho por causa da expressão que Jack tentava esconder.

- Qual é a ideia? E você sabe que esse amor pode estar em qualquer lugar do mundo, não sabe? – Perguntei arqueando uma sobrancelha e cruzando os braços, o sorriso dele diminuiu um pouco.

- Fazer um jogo, mas nãoqualquerjogo! Lembram do jogo da verdade? – Wil me perguntou, fazendo lembranças ressurgirem na minha memória. - Pois é, estou pensando em testa-lo no nosso grupo. – Ele continuou animado, em um impulso Jack se jogou para trás na cama.

- Soluço, acho que nosso amigo quer dar um jeito de ficar com a Vivi. – Jack disse sorrindo de lado, Wilbur fingiu nem ouvir.

- Não Frost, o que eu me refiro é entre você e a ruiva! – Jack ficou ainda mais branco quando ouviu isso, em sua face vi uma rápida hesitação, mas ele logo voltou ao normal.

- Topetudo, já falei que eu não tenho, nem quero ter NADA com a Tochinha! Ela tem namorado! Além disso, não tenho nada mais que amizade com ela! – Ele fechou os olhos bruscamente, e eu vi Wilbur escrever alguma coisa para mim com um papel amassado que achou. Ele jogou uma bolinha, eu peguei o papel e li:

“Então aposto que caso não tivesse, ele iria querer!”

Sorri, e quando o olhei ele também sorria, Jack estava de olhos fechados. Peguei a caneta-escudo e rabisquei a resposta:

“Sou quase forçado a acreditar! Mas melhor deixarmos ele em paz, ou possivelmente iremos ser congelados! E aqui eu não sei como funciona, mas em Berk, a única coisa que nos aquece é o que guardamos perto do coração.”

Não demorou e ele jogou a resposta:

“Calma, espera, só um momento, acho que achei um pouco de petróleo com essa ultima frase. Já volto! Cara, como você consegue ser tão profundo!”

Sorri, e quando ia escrever novamente, vi Jack abrir o olho desconfiado. Guardei o papel rápido no bolso, e falei o que estava pensando

- Gente, acho que eu não vou participar... – Eles me olharam como se falassem “ah, vai sim!” – Eu tenho namorada! E seja lá como for esse jogo, lembro que a Violeta não quis seguir essa ideia de vocês, portanto, não deve ser coisa boa.

- Vai ser divertido! – Jack estreitou os olhos e sorriu de lado. – Mas eu quero cair com qualquer uma, menos a Foguinho! Entenderam? Rezem para eu cair com outra. – Ele enfatizou o “A” para esclarecer a Wilbur que ele se referia a meninas.

 Já que eles adoram se sacanear, isso deve ser mesmo necessário, sabe? Neste tipo de conversa. Eu só espero que não aconteçam coisas ruins nesse jogo, e que a Astrid não me acerte com o machado.

- Hey meninos, fiquei com uma duvida, sabe? Quando vocês sumiram, eu e a Punzie... – Eles olharam desconfiados por causa do “Punzie” – Rapunzel! Eu e a Rapunzel ficamos preocupados, mas ai vocês apareceram de repente aqui no quarto, podem me explicar?

- Oras meu caro viking, não precisa ficar corado ao chamar um apelido! – Jack sorriu de lado, mas o fechou rápido e completou. – Eu não lembro bem como chegamos; o que lembro é ser acertado por uma espécie de raio em minhas costas, e depois alguns vultos me carregando e jogando na cama. Mas eu estava muito mal para abrir os olhos, minha cabeça doía muito e é isso! Não sei de mais nada.

- Exatamente. Eu também não identifiquei, mas me pareceu capangas do espião de Breu. – Wilbur disse em seguida, e se levantou brusca e animadamente – E ai?  Topam o jogo?

- Fazer o que?! – Jack deu de ombros e eles bateram as mãos. Eu assenti, sendo derrotado pela insistência dos dois.

Ouvi alguém abrir a porta do quarto e entrar, jogando a mochila no chão; era Ian com uma espada, e meio cansado.

- E ai Ian? Ate agora com a ruiva? – Wilbur falou novamente. Jack estava normal, mas ao ouvir a segunda pergunta meio que fitou fortemente o moreno.

- Não, com a Astrid. – Epa,minhanamorada? Ele não tem a dele? Para que quer a minha também?! Mas se bem que Astrid esta calma comigo, disse que desconta a raiva nesses treinos com ele. Não se sei agareço ou não ao mesmo tempo.

Apesar de estar mais carinhosa, eu e ela estamos nos afastando. É, preciso pensar e falar com ela sobre isso!

- Você vai deixar Soluço? – Era Jack pronto para encher meu saco novamente. Suspirei cansado e me deitei, eles deram de ombros e foram arrumar o que fazer.

   Peguei minha caneta-escudo e girei entre os dedos. Tinha sido um longo dia, e eu ainda estava refletindo a frase do meu poder.

  Me mexi na cama e adormeci segurando a minha nova arma; amanhã parece que será um longo dia e esses dois estão dispostos a tudo para fazer esse jogo. Só espero que não me arrumem confusão.


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Notas finais do capítulo

~Gostaram?
~ Esse foi mega grande XD
~ como estou de "bom" humor pela volta as aulas, lembrem-se de pegar seu sorvete na hora de deixar o comentário ;) escolham o sabor, e entre sorvete ou picolé ;) MAS só se deixarem ai menos um "gostei" U.U se não, nada de coisas geladas U.U ok? *_*

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