A Stranger - Season 3 escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 17
3x15 - We all have a dark side


Notas iniciais do capítulo

Hey mi amores me perdoem pela demora, meu pc formatou novamente tive de fazer tudo e ainda estou atolada com a escola. Me perdoem!! Agora que minha escola tá de greve eu to tendo um tempinho! Esse capítulo ficou bem grandinho, e algumas novidades estão chegando!! Quem ficou com saudades da Alyssa? Bora ler?



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PDV REBEKAH

– O que está me dizendo?

– O que acha que isso significa? - pergunto com certo sarcasmo, mas terror na voz. - Há sangue e corpos em toda parte! Alguém os deixou despedaçados.

Mesmo eu não estando ao lado de Niklaus, o mesmo, do outro lado da ligação, parecia aterrorizado, furioso com que eu lhe contava. Parte dele não queria acreditar que eu tinha encontrado 6 de seus híbridos mortos, mutilados.

– E não há nenhum sinal de quem tenha feito isso. - completo a fim de dizer ao meu irmão que seria muito difícil de encontrarmos que fez tal barbaridade.

– Continue procurando. – meu irmão disse com frieza - Eu já estou indo.

PDV STEFAN

– Há uma semana que não temos contato. - Rebekah dizia enquanto nos passava o endereço de onde Alyssa lhe contou que ficou da ultima vez;

– É, barbie klaus, você sabe que sua amiga corre perigo, certo?

– E é por isso que estou com vocês nessa. - ela deu de ombros sentada no banco de trás do carro de Damon, e ao lado de Charlotte, que há um bom tempo não abria a boca para nada.

– Sua ajuda não é útil. - Damon retrucou enquanto assumia o volante. Já fazíamos horas que estávamos no carro a caminho de uma cidade que fazia divisa com New Orleans.

– Eu não posso morrer. Vocês podem. - ela disse sorrindo sarcástica - Minha ajuda é útil.

– Alyssa não deve estar nas mãos de um assassino em série, e mesmo assim, ela é uma vampira. - Damon voltou a dizer - Sua ajuda não é útil. - tornou a dizer tal frase.

– Se não fosse por mim, você não saberiam nem por onde começar.

– Chega os dois. - mandei impaciente - Alyssa pode estar em perigo para descobrir sobre o irmão dela, e vocês ficam discutindo.

O silêncio pairou entre nós, e tive de admitir que a presença de Rebekah era um tanto necessária. Damon já estava incomodado com essa demora de horas até New Orleans, e Rebekah parecia um pouco ansiosa. Ambos eram o oposto de Charlotte, que estava quieta e pensativa.

– Acho que uma música seria bom para alegrar os ânimos. - meu irmão disse largando uma das mãos do volante para ligar a caixa de som, ouvimos um suspiro de Rebekah e Damon rolou seus olhos, provavelmente gostando de trazer incomodo a loira Original, que a esta altura estava incomodada não apenas com meu irmão, como também com o irmão dela - Então, Barbie Klaus, você não deveria estar ao lado de seu irmão buscando quem cometera aquele estrago todo no bosque?

– Nik pode se virar sozinho.

Ela ainda estava furiosa com o fato de Klaus ter lhe quebrado o pescoço um dia atrás, e não pretendia tão cedo ouvir o nome dele novamente.

– Verediana! - ouvimos Charlotte gritar assustada e então, vimos o que ela apontava a frente, uma mulher que recém parada na estrada vazia. Damon imediatamente girou o volante, e sem preocação o carro bateu contra um posto de luz. Faíscas explodíram sobre o carro, e naquele mesmo momento, mesmo com a batida repentina, Charlotte desceu do carro inumanamente.

– Charlotte! - gritei vendo-a indo na direção daquela mulher, que surpreendedoramente, a segurou com uma grande força. Tentei abrir a porta do carro e antes de tanto Damon e Rebekah quanto eu descermos do carro, a mulher sumiu levando consigo Charlotte.

– Mas que diabos?! - Rebekah gritou com ódio.

PDV ALYSSA

– Mentirosa! - com uma grande força, arremessei aquela bruxa contra a parede ouvindo alguns estralos dos ossos da mesma. Avancei até ela sem me preocupar com minha face aterrorizadora. Agir dessa maneira nunca foi de meu agrado, mas naquele momento, eu não estava pensando direito, queria apenas matar Claire pelo seu grande erro.

Clare, a bruxa que um dia tinha me ajudado quando visitou-me em Mystic Falls para alertar a chegada de Klaus, hoje estava sendo minha inimiga. E eu queria matá-la.

Quando segurei Clare pelos cabelos, a fim de sugar seu sangue até a morte, senti a presença de alguém no recinto e sua voz me alertou:

– Se matá-la, mataremos seu irmão, Alyssa!

Olhei imediatamente para tal voz e vi quem parecia estar no comando todo esse tempo.

– Sophie. - balbuciei com certo ódio.

– Em pessoa. - ela assumiu uma dura postura e cruzou seus braços a frente do peito - Pode largá-la, Alyssa?

Apontou discretamente para a bruxa que estaria a ponto de ser meu jantar naquela noite. Meu rosto foi voltando ao normal silenciosamente enquanto meus braços largavam Clare com brutalidade. A mesma gemeu caindo ao chão.

– Não estamos mais com seu irmão, é a verdade! - Sophie anunciou o que Clare me dizia há minutos.

– Vocês me ameaçaram com toda essa história, agora me dizem que Peter não está mais com vocês? - minha voz sai alguns ou muitos tons mais altos.

A bruxa caída ao chão resolve levantar-se, sem a ajuda de ninguém.

– Ele fugiu. - ela disse com sua voz fraca - E recebeu a ajuda de alguém.

– O que querem dizer com isso? - digo mais baixo, controlando-me para não ter um banquete de bruxas. E isso era estranho, de certa forma, elas são mais poderosas do que a mim, uma simples vampira, por que elas não usam seus poderes para fazer algo contra a mim?

– Peter estava sobre nossa vigia, e infelizmente ele conseguiu fugir. - Sophie disse num suspiro baixo em desaprovação.

– O que vocês fizeram a ele? - minha voz se alarmou, com um grande aperto no peito, uma enorme dor. Tinha descoberto recentemente que meu irmão estava vivo, porém sobre ameaças de bruxas.

– O que nós fizemos? - Clare deu ênfase nelas mesmo - O que Benedetto fez, essa é a pergunta correta!

Meus olhos se arregalaram no mesmo momento. Eu não esperava em ouvir tal nome depois de tantos séculos. E me doía saber que ele poderia estar envolvido com esse aparecimento repentino de meu irmão Peter.

PDV DEMI

Meus olhos estavam focados na foto em minhas mãos. Uma lágrima ousou em cair, e logo a limpei delicadamente. Não era uma foto qualquer, e parecia ser mais uma lembrança triste.

– Parabéns, meu amor! - minha mãe Charlote parabenizou-me no meu décimo quinto aniversário, ao lado de meu pai que carregava um grande embrulho.

– Este é o seu presente! - Helbert anunciou logo após dar-me um beijo na testa e um carinho na bochecha.

Era um lindo vestido para meu baile de 15 anos. E meus pais pareciam que explodiriam de felicidade.

Deixei de sorrir quando imaginei que aquele momento jamais se repetiria. Eu nunca mais teria meus pais ao meu lado, eu nunca mais seria aquela garota tímida, audaciosa e determinada. Era como Damon dissera: Demitria não voltaria mais. E eu não sabia como trazê-la.

Escutei um certo barulho, como um ruído, e naquele momento senti que havia alguém ao meu lado. Fechei meus olhos silenciosamente, e um sorriso ousou em abrir em meus lábios.

– Damon. - sussurrei com certa ansiedade.

Abro meus olhos e viro-me para onde está aquele vampiro trajado de negro, com seus belos olhos azuis me encarando com curiosidade, mas sua expressão parecia um tanto incomodada.

– O que faz aqui?

Minhas pernas se mexem e ergo-me no chão. Não ousei em aproximar-me dele. De repente, havia uma grande parte de mim que desejava por Damon, como nunca desejara.

– Precisamos conversar.

PDV NIKLAUS

Caminho com facilidade no silêncio da noite em Mystic Falls. As folhas úmidas caídas no chão de terra, o barulho dos galhos das arvores dançando conforme a melodia da fraca ventania que fazia e os poucos animais se escondendo em suas tocas.

Sentia o cheiro de sangue dos híbridos mortos, mas meus genes de lobo não conseguiam encontrar quem cometera tal crueldade. Com a leve brisa se arrastando na minha direção, sentia o cheiro de alguém próximo, na direção de onde vinha o cheiro do sangue de meus híbridos mutilados.

Silenciosamente, meus pés se moveram numa velocidade inumana, até encontrar tal pessoa; com meus braços, sem nem ao menos meus olhos identificarem quem poderia ser, arremessei-a com brutalidade, ouvindo seu corpo rolando pelo chão úmido.

Então, numa posição de ataque, seus cabelos compridos balançaram delicadamente e seus olhos amarelos ficaram com um grande brilho de lobo.

– Perdoe-me pela brutalidade, love. - digo antes de atacá-la novamente. A garota lobo, ainda inclinada numa posição de ataque, com seus olhos brilhando, me olha um tanto incomodada e irritada.

– Klaus Mikaelson. - ela fica de pé cautelosamente, e meus pés se movem na sua direção, para logo segurar seu pescoço com força.

– Por que será que os criminosos sempre voltam ao local do crime cometido? - pergunto sarcasticamente, enquanto ela tenta respirar e soltar-se de minhas mãos - Agora, garota lobo, diga-me o que a levou para cometer tal crime?

– A... Acha... mesmo... que eu conseguiria... matar... Seis híbridos? - ela tentava dizer com dificuldade. Meus olhos semicerraram e imediatamente ela voltou a dizer - Ainda mais quando um deles se trata de meu irmão?

Solto-a com surpresa, e a mesma começa a tossir desesperada, tomando o ar como se nunca tivesse respirado em toda sua vida.

– Meu nome é Hayley Marshall, e um desses híbridos era Vitor, meu irmão de criação. - ela diz ainda com certa dificuldade, enquanto ainda respirava com ardor.

Lembro-me de Vitor, fazia parte de um bando que encontrei nos Apalaches. Nunca soube e nunca fiz questão de saber sobre ele, e muito menos seus parentes.

– E o que a traz aqui?

– Assim como você, venho em busca de quem fizera isso com ele. - ela toma uma dura postura, como se não intimidasse com meu olhar, ou nem mesmo com quem eu era - Infelizmente... Eu estou do seu lado, Klaus.

PDV DEMI

– O que está querendo dizer, Damon?

O vampiro trajado de negro, jogou na minha direção algumas peças de roupas, retiradas de meu armário, peguei-as sem entender nada do que ele dizia, mas estava assustada. Charlotte tinha desaparecido.

– Charlotte sumiu, mas deixou-nos uma pista: Verediana...

Meus olhos se arregalaram e Damon calou-se no mesmo momento. As lembranças de Aghata sabia quem era Verediana, mas era impossível.

– Aghata.

De repente, meus olhos passaram para Damon como se fosse outra pessoa olhando para ele, após o mesmo dizer tal nome.

– Você conhece essa Verediana? - Damon voltou a dizer, como se conversasse com a própria Aghata.

Meus olhos foram se fechando quando as lembranças foram invadindo a mente.

– Querida, quero que conheça Elyzabeth Wilson e suas filhas. - Henry Carter tinha trago-me até onde encontrava-se uma dama ao lado de três garotas. As duas menores aparentavam a mesma idade que a minha... No mínimo uns 12 e 11 anos. Já a mais alta, ao lado da dama Elyzabeth, aparentava uns 15 ou 16 anos. Era bela, e diferente das irmãs e mãe. Tinha cabelos loiros, ao contrario de todas que tinham os cabelos negros - Estas são: Charlotte, Georgina e Verediana. - apontou da mais nova para a mais velha, respectivamente.

– Verediana. - um sussurro escapou de meus lábios e vi Damon me olhar surpreso.

– Ótimo, você sabe quem é ela, só precisamos descobrir onde ela está. E desconfiamos que Georgina possa saber...

– Ela é nossa irmã mais velha. - digo com meus ombros caídos, Damon encara-me surpreso - Como espera encontrar Georgina?

– Elijah. - ele deu de ombros em dizer o nome do vampiro Original.

– Não. - nego com certa angustia e Damon me olha com pena.

– Eu sinto muito, mas seu querido namorado ainda mantém contato com sua meia irmã.

PDV REBEKAH

– E então?

Stefan perguntou ansioso, assim que entrei no carro. Tínhamos parado logo após que conseguimos um carro quando deixamos Damon na estrada para o mesmo voltar à Mystic Falls atras de Charlotte. Dei um sorriso para Stefan, como se lhe dissesse que eu sempre consigo o que quero.

Enquanto dava a partida no carro, olhei-me no retrovisor, para logo limpar a pequena mancha em meu rosto.

– Isto é sangue no seu rosto? - Stefan questionou com nojo e sorri de lado - Rebekah...

– É preciso alguns sacrifícios para conseguir informações. - disse sem me importar e ele semicerrou seus olhos. Já estávamos em New Orleans, e tudo estava muito diferente, desde a ultima vez.

– E quem você sacrificou? - ele olhou-me desconfiado.

– Três vampiros foram nescessários - expliquei sem meras delongas.

– Então, você mata vampiros e consegue informações sobre Alyssa? - ele me olha desacreditado - Mortes em troca de algo?

Dou um sorriso óbvio e ele nega.

– Mortes em troca de algo. - repito, vendo o quão aquilo me parecia familiar...

"- Seis pessoas foram encontradas mortas no bosque essa noite" A voz de Alyssa invadiu minha mente.

"- Há sangue e corpos em toda parte! Alguém os deixou despedaçados.
Parte dele não queria acreditar que eu tinha encontrado 6 de seus híbridos mortos, mutilados"

– Um sacrifício. - aquilo escapou de minha boca, mas não fazia sentido algum.

12 sacrifícios, mas seis híbridos e seis humanos. O que isso significava?

– E você descobriu algo? - Stefan me chamou a atenção e consegui sai do meu transe. Pisquei atonita e respirei fundo, acho que Niklaus deveria saber sobre isso. Eu sei, eu estava furiosa com ele, mas aquele miserável ainda era meu irmão.

– Vamos encontrar um velho amigo de Alyssa. - disse com um sorriso irônico brilhando nos lábios. Stefan me olhou um tanto ansioso e continuei a prestar atenção na estrada - Benedetto Vincenzo.

PDV DAMON

Demitria estava com um olhar furioso, um olhar de mulher traída que poderia desabar a qualquer momento, mas ela estava sendo forte, não queria deixar escapar sua tristeza ou mágoa.

Vendo-a e a conhecendo tão bem, eu tinha mais raiva de Elijah. Não pelo mesmo ainda manter contato com Georgina, ou mesmo deixar a tal viva, e sim por ele estar magoando minha Demitria da maneira que está fazendo. Ela tinha o escolhido e era assim que ele a agradecia?

Finalmente tínhamos chegado na mansão Mikaelson, estava quase amanhecendo em Mystic Falls e a mansão até parecia deserta. Seis híbridos a menos, era de se esperar.

– Tem certeza de que pode fazer isso? - perguntei a Demitria, segurando-lhe sutilmente no braço. Ela olhou para meu toque e em seguida olhou-me grata.

– Sim. - afirmou determinada, aquilo me surpreendeu. Há tempos que não via aquela determinação em seus olhos, ao contrário da grande prepotência de Aghata.

Caminhamos lado a lado até a mansão. Logo, sem pedir autorização, já estávamos lá dentro em busca de alguma alma com o nome de Elijah Mikaelson.

– Elijah! - Demi exclama sem muita paciencia. Poderíamos ter ligado para ele, mas ela quis resolver tal problema pessoalmente.

Demi voltaria a gritar tal nome novamente, mas ao mesmo tempo sentimos a presença de alguém se aproximando. Então ele apareceu sorridente, saindo de uma das inumeras portas. Mas aquele sorriso do Original morreu quando notou que Demi não estava sozinha.

– Aghata. Damon. - ele nos saudou em confusão, vindo até nós sutilmente. Quando foi se aproximar melhor de Demi, a mesma recuou, vindo mais próxima a mim. Infelizmente eu não consegui segurar meu sorriso, ou felizmente? - O que está havendo? - Elijah questionou, trajado com roupas sociais escura e uma postura cordial.

– Por que nunca me contou que sempre soube onde Georgina esteve?

A vos dura de Demitria foi de intimidar até mesmo a mim que não escondi o paradeiro de Georgina. E isso me divertiu.

PDV ALYSSA

As palavras de Sophie ainda invadiam minha mente. Meu irmão esteve por todo esse tempo com Benedetto, e o mesmo estava em New Orleans. Isso estava me apavorando, de certa forma eu tinha de agradecer as bruxas por terem tirado meu irmão das mãos daquele maldito, mas elas me ameaçaram então não, eu não era grata a elas. Agora meu irmão desapareceu, novamente.

Deixo meu carro a frente de um bar um tanto silencioso. O sol já tinha aparecido no céu limpo em New Orleans. Durante a noite, a cidade me pareceu um filme de terror, com a quantidade de vampiros dominando o Quarter. Era de assustar. Esse era o motivo pelas bruxas terem me ameaçado. Elas não tinham me explicado o motivo ao certo, mas me ameaçavam para eu as ajudá-las a encontrar uma tal pedra de Assíria. Assim, suponho, elas poderiam trazer a paz de volta na cidade. O que ainda não tinha explicação pelo fato delas serem bruxas, um grande empecilho na vida de qualquer vampiro que se preze. Da forma que elas imploravam por ajuda, pareciam frágeis aos meus olhos. Tanto Sophei quanto Clare não me contaram quais os planos que teriam quando eu trouxesse a tal pedra (que ainda não tenho a mínima que seja) até aqui. Mas suas ameaças nunca funcionaram, e não funcionariam mais. Além do mais, eu nunca tinha visto ou ouvido falar dessa Pedra de Assíria.

– Você é nova na cidade. - escuto uma voz diferente chamando pela minha atenção. Era o cara que ficava atrás do balcão servindo bebidas. Reviro meus olhos, pouco me importando e resolvo fazer meu pedido.

– Um uisque. - peço com educação, mas ignorando ao seu comentário.

– Não está muito cedo para beber? - ele pergunta buscando meu pedido.

– Ao contrário. - sopro com desgosto. Estava furiosa, precisava urgente encontrar meu irmão, e ao mesmo tempo fugir desta cidade.

E eu estaria sendo covarde. Markes Peter. Quando voltei para Inglaterra e encontrei meus pais mortos, não encontrei meu irmão. Agora tenho a oportunidade de encontrá-lo, mas estou fugindo de New Orleans, para talvez nunca mais encontrá-lo.

– Aqui está. - minha bebida chegou. Apanhei o copo, e engoli todo aquele líquido sem meras demora.

Eu não podia fazer isso. Por toda minha vida passei sozinha, imaginando que tinha perdido a todos que amava, e quando descubro que não estou mais sozinha, resolvo fugir assim?

– Hey! - chamou pelo homem que me atendera há minutos. Fico de pé rapidamente e lhe seguro no colarinho de sua camisa vermelha com cheiro de bebida alcoolica. Ele se assusta, e olha-me nos olhos, para meu agrado - Diga-me como encontro Benedetto Vincenzo. - aplico a complusão na sua mente e ele parece paralisado.

– Eu não sei. - ele diz para estragar meu dia. Semicerro meus olhos e tento novamente.

– O que sabe sobre ele? - pergunto irritada.

– Nada. Eu não o conheço.

Eu o largo, vendo que de lá eu não receberia nenhuma informação. Bufo frustrada e resolvo sair de onde estava. Quando meus pés caminham para fora do bar, sou cercada por dois homens altos e fortes. Franzo meu cenho, confusa com aquilo. Eram vampiros. Mais essa para começar meu dia?

– Escutamos você. - o moreno de olhos claros disse num tom ameaçador.

– Uh, que ótimo! - ironizo, mas percebo que talvez... - Então vocês podem me ajudar.

– Durona. - o outro brinca me avaliando dos pés a cabeça - Vi isso no momento em que copiliu o cara para encontrar Benedetto. - sorriu balançando a cabeça negativamente.

– E vocês sabe como posso encontrá-lo?

– As pessoas nunca encontram Benedetto, ele as encontram. - o moreno volto a pronunciar. Suspiro cansada de tanta ladainha.

– Quem é você?

– Alyssa Smith. - cruzo meus braços a frente dos peitos - Tenho a certeza de que ele está a minha procura.

Sim, eu praticamente estava me entregando de bandeja para Benedetto, pode ser até que meu irmão não esteja com ele, mas eu estou fazendo isso por ele, então, valerá a pena.

PDV DEMI

– Quem lhe contou isso?

– Então é verdade? - minha voz se alarma e Elijah respira profundamente.

Ele olha para Damon, que entende o recado, para logo se afastar, nos dando privacidade. Mas antes me olha como se anunciasse que estaria ao meu lado. Assenti silenciosamente enquanto ele se afasta e Elijah, puxa-me delicadamente para seu lado. Grunhi com ódio em sentir seu toque.

– Não me toque, Elijah! - mando enojada e ele me solta.

– Eu nunca quis lhe magoar, Aghata. - ele diz com cautela.

– Mas prefere ajudar Georgina, que tentou me matar inumeras vezes, que matou meus pais... Acabou com minha vida duas vezes! - exclamei com ódio.

– Ela também sofreu, você se lembra? - ele disse a defendendo como se eu fosse me culpar ou algo parecido.

– Está colocando a culpa em mim agora?

– Estou querendo que se lembre que Georgina transformou-se em algo que nunca quis, assim como você...

Minha mão alcançou a face de Elijah brutalmente, num alto barulho. Elijah me olha espantado, e eu mesma fico surpresa com minha atitude.

– Não me compare com aquela vadia! - digo com ódio novamente.

– Hey!

Damon se intrometeu vindo até nós cautelosamente, como se esperasse que a qualquer momento, faísca caíssem de mim.

– Charlotte ainda está desaparecida, e precisamos encontrar Georgina. - ele disse amigável. Ainda estava surpresa pelo fato de Damon estar preocupado com Charlotte, sendo que mal conhecia a tal.

Olhei no mesmo instante a Elijah, que suspirou pesadamente. Antes do mesmo responder, sinto a presença de alguém, e no mesmo momento Elijah, Damon e eu viramos para a entrada, encontrando Klaus adentrando ao lado de uma garota. Klaus olhou-me surpreso, enquanto meus olhos iam de Klaus para a garota. Sem saber o que pensar, ou entender algo.

– Agora isso está estranho até mesmo para mim. - Damon disse de sua maneira Damon de ser.

PDV STEFAN

Ainda estava surpreso por Rebekah sempre conseguir o que quer. Agora a caminho de onde supostamente encontraríamos Benedetto, Rebekah parecia ansiosa e ao mesmo tempo animada.

Era um bar bem espaçoso e de uma aparencia antiga. As portas estavam abertas, trazendo uma música baixa vinda de lá. Rebekah e eu, após deixarmos o carro, seguimos para lá, segundo ela, era onde encontraríamos Benedetto.

Não havia muita gente por lá, dois homens sentados numa mesa e uma bartender limpando o balcão, cantarolando uma música qualquer. Rebekah e eu fomos adentrando no lugar com sutileza. A loira ao meu lado, olhava com certa prepotencia a tudo sua volta.

– Quem de vocês irá me dizer onde está Benedetto Vincenzo? - a voz de Rebekah foi de intimidar a todos. Os dois rapazes e a mulher olharam surpresos para Rebekah, que ainda mantinha uma postura rude - Eu não tenho o tempo todo.

PDV ALYSSA

Meus saltos contra o chão amadeirado, faziam um delicado barulho enquanto minhas pernas me levavam direto para a boca do leão. Sentia um certo frio na barriga. Mais de 7 séculos se passaram desde a ultima vez que eu o vi, e cá estou, depois de séculos fugindo, indo encontrá-lo, ou indo dar-me de bandeija a ele.

Estava nos fundos de um bar antigo em New Orleans. Um bar vazio, com apenas dois vampiros e uma garçonete. Aqueles rapazes (o moreno e o loiro, Liam e Oscar, respectivamente) tinham me trazido aqui quando lhes expliquei que Benedetto poderia matá-los se descobrisse que eles deixaram escapar Alyssa Smith.

As paredes eram frágeis, amadeiradas assim como o chão, a qualquer momento poderiam cair com o estrago de cupins. Uma única porta estava aberta, de lá vinha risos e conversas fiadas. A medida de que ia me aproximando, um sotaque francês foi sendo reconhecido em minha mente, e minhas pernas travaram. Era tarde de mais, eles já tinham me visto já que estava de frente à unica porta alí.

Seus cabelos negros estavam arrastados para trás, agora não mais compridos como séculos atrás, seus olhos azuis, pele branca como neve e um semblante carregado de segundas intenções.

– Mary. - seu sotaque francês clamou pelo meu nome.

Engoli em seco, não conseguindo mover nenhuma parte a mais de meu corpo. Droga, agora eu estava em suas mãos, novamente.

– Ah, que honra ter-lhe aqui! - ele não conteve sua maravilha nos olhos. Levantou-se causando um frio maior em meu estomago. Droga, por que eu tinha tanto medo dele? Não tive tempo para responder meu pensamento, logo Benedetto já estava a minha frente, com sua respiração batendo em minha face e o calor de seu corpo próximo ao meu.

– Eu... - tentei dizer, mas meus lábios, assim como minhas pernas, estavam travados. De algum lugar, que só Deus sabe onde, arranjei forças para encarar Benedetto e provar que eu já não era mais aquela garota indefesa e solitária. Séculos se passaram, eu me tornei forte, a prova disso é eu ter chegado até aqui - Eu vim atrás de meu irmão. - finalmente consegui dizer.

Os olhos dele me avaliavam como se o que eu tivesse lhe dito não fosse nada mais que aquilo. Ele sorriu. Aquele sorriso era de me dar calafrios.

– Foram 8 séculos. - ele começou a dizer.

– Maravilhosos oito séculos. - sorri com sarcasmo, utilizando a lição de Damon Salvatore - Chega de ladainha, onde está meu irmão?

PDV DEMI

– Aquela era Hayley. Amiga de Tyler. Agora amiga de Klaus também, pelo que vi.

Ainda não estava acreditando naquilo. Klaus e a garota lobo que Caroline não confiava, juntos. Isso era... Eu estava sem palavras. Damon continuava a prestar atenção na estrada, como se não se importasse com o que eu dizia. Suspirei cansada. Elijah basicamente me traindo com Georgina. Agora Klaus com essa garota lobo.

– Você não esperava que Klaus ficasse a sua espera até a hora que você largasse o engomadinho?

Eu olhei incrédula a Damon quando o mesmo se manifestou pela primeira vez. Eu suspire chateada.

– Ainda assim, ninguém sabe o que há entre ele e a tal Haley. - ele completou.

Hayley

– Não me importo.

Volto a prestar atenção nas ruas de Norfolk. Segundo Elijah, por aqui encontraríamos Georgina.

– Você tem razão. - sopro com angustia. Damon finalmente me olha, mas por breves segundos, logo voltando a prestar atenção na estrada - A imortalidade não me caiu bem. - dou um sorriso sem humor algum - Eu sou tão dividida.

– Aghata e Demitria estão falando ao mesmo tempo. - ele disse o que eu já sabia. Suspire alto deixando meu corpo escorregar melhor no banco.

– As vezes eu seinto que... Eu apenas preciso gritar! Mas eu... Aghata... Quem precisa gritar?

Damon ficou calado. Eu estava errada em pensar que poderia contar com algum conselho seu. O carro parou silenciosamente a frente de um prédio.

– Bom, acho que agora teremos alguns ajustes de contas. - Damon murmurou com um sorriso criança no rosto.

PDV STEFAN

Não me locomovi nenhum centímetro quando aqueles dois vampiros ao mesmo tempo foram lançados na direção da parede a nossa frente. A garota que antes estava atrás do balcão, correu para os fundos do bar. Um dos rapazas veio na direção de Rebekah e a mema o lançou com mais força, desta vez, destruindo a frágil parede que dividia o bar com os fundos.

Pude ouvir a mulher aclamando por ajuda, e Rebekah caminhou na direção da parede destruída, passando por lá sem cautela. Fui ao seu encalço e quando um dos outros vampiros levantou-se, meus pés se moveram na sua direção, até minhas mãos torcerem seu pescoço.

– E é assim que se entra com estilo. - Rebekah já estava alguns passos a minha frente, parecendo chamar atenção de mais alguém que estava do outro lado da unica porta do local.

– Rebekah!

Aquela voz fez meu corpo tremer. Fez com que todas essas horas de ansiedade valessem a pena. Não consegui ser mais rápido que um humano, e passos pesados e demorados me levaram até onde Rebekah estava. Uma pequena sala parecendo um escritório de amigos que se uniam para beber e conversar, com algumas pessoas dentro... Mas dentre elas, apenas a loira no fundo do ambiente com um olhar espanto foi quem me deixou abobalhado.

– Alyssa.

PDV ELENA

– O que está havendo com Mystic Falls? - escuto Caroline resmungando para Bonnie logo que me aproximo delas naquela manhã no colégio.

Ambas estavam a frente dos armários. Hoje eu tinha acordado disposta a qualquer coisa, mesmo um pouco preocupada por Demi não ter dormido em casa, meu dia parecia prometer algo. De alguma forma, eu estava ansiosa.

– Demi não dormiu em casa, é de se preocupar? - pergunto antes de cumprimentá-las. As duas me olham surpresas e Caroline revira seus olhos.

– Outra que estragou a vida com o cara errado. - Caroline resmunga.

– Oh, Caroline, você acordou com o pé esquerdo essa manhã! - Bonnie diz sorrindo.

Antes mesmo de alguma de nós dizermos mais algo, meus olhos vão de encontro ao garoto logo a frente, que parecia que me olhava um tanto intrigado. Bonnie e Caroline o olham ao mesmo tempo e em seguida voltam a me olhar.

– Ah, o novato. - Caroline diz com um certo desanimo.

– Novato? - questiono confusa - Estamos quase no fim do semestre.

– Foi o que eu disse. - Caroline resmunga incrédula e Bonnie revira seus olhos.

– Gente, o que há de mal? - Bonnie diz sorrindo - Ele é novato apenas isso.

– E estranho. - Caroline disse.

Caroline estava errada. Ele não era estranho, ao contrário: era bonito, com um jeito diferente e... lindo. Sim, ele era lindo. Tinha os olhos mais azuis que já tinha visto, e uma expressão amigável, mas tímido.

– Oh, Elena, você está o encarando! - Caroline disse incrédula. Eu a olhei confusa e Bonnie.

– Parece que Peter conquistou o coração de Elena? - Bonnie brincou.

– Peter? - sussurrei confusa.

– Sim, Peter, o novato.


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Notas finais do capítulo

E então?? O que acharam minhas divas??? Cheguei divando com esse capítulo né?
Gostaram? Odiaram? Deixei suspense? Quem quer mais? Próximo capítulo só quando houver 10 comentários!! Pode ser?
Mil beijos e abraços!!
XOXO